Sindicatos chegam a acordo “aquém do desejado” com Banco Montepio para aumentos salariais
Acordo fica aquém do que desejavam os sindicatos bancários afetos à UGT, que admitem, porém, que não podiam "protelar mais a situação" depois de dois anos sem aumentos.
O Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) anunciaram que chegaram a um princípio de acordo com o Banco Montepio para aumentos de salários de 0,4% e cerca de 1% em 2021 e 2022, respetivamente, admitindo, porém, que ficaram “aquém do que desejavam” e que aceitaram para “não protelar mais a situação” depois de quase dois anos sem atualizações
“A solução fica aquém das necessidades dos trabalhadores e do seu merecimento, mas a situação que se vive atualmente não permite protelar mais no tempo a inexistência de aumentos no Montepio”, dizem os três sindicatos da UGT em comunicado.
O princípio de acordo prevê atualizações da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária relativas a 2021 e 2022. Em relação a 2021, os salários aumentam 0,4% em todos os níveis e cláusulas de expressão pecuniária registam uma atualização de 0,4%, com efeitos a 1 de janeiro de 2021.
Em relação à atualização deste ano, o acordo prevê aumentos de 1,1% dos salários do nível 1 ao nível 12 (inclusive) e aumentos de 1% do nível 13 ao nível 18 (inclusive), enquanto as cláusulas de expressão pecuniária sobem 1,1% e o subsídio de almoço passa para os 10,50 euros, com efeitos a 1 de janeiro de 2022.
Os sindicatos adiantam que o pagamento dos retroativos será efetuado em novembro, sendo que a atualização de todos os valores resultantes dos aumentos acordados será feita já este mês.
Apesar do entendimento, Mais, SBC e SBN consideram que os aumentos são insuficientes e que o banco liderado por Pedro Leitão terá de compensar os trabalhadores “pelo seu esforço e profissionalismo” na negociação salarial de 2023, que terá início em breve. Os sindicatos argumentam que o banco “já está em melhor situação”.
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