Cabaz de bens essenciais volta a subir e já custa mais de 214 euros
Monitorização feita pela Deco revela que preço de um cabaz de bens essenciais encareceu 3,79 euros na última semana, quebrando uma série de três semanas consecutivas estabilizado. Custa 214,30 euros.
Após três semanas relativamente estável, o preço de um cabaz de produtos essenciais subiu 3,79 euros, o que representa um aumento de quase 2% face à semana anterior, passando a custar 214,30 euros, segundo as contas da Deco, a associação de defesa do consumidor.
A invasão russa da Ucrânia veio puxar ainda mais pelos preços da energia, agravando a escalada de preços de diversos produtos alimentares. Deste então, o preço do mesmo cabaz de bens essenciais disparou 30,67 euros, o que representa um aumento de 16,71% face ao registado em 23 de fevereiro (183,63 euros), um dia antes da guerra, para os atuais 214,30 euros.
Em causa está a monitorização feita desde então pela Deco a 63 produtos alimentares essenciais, que incluem o peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga. E, de semana para semana, os preços destes produtos variam, aumentando ou reduzindo o custo total do cabaz.
Na última semana — isto é, entre 12 e 19 de outubro — o cabaz encareceu 3,79 euros, o que representa uma subida de 1,81% face à semana anterior. Os produtos que mais aumentaram de preço foram o iogurte líquido de morango (20%), o açúcar branco, os cereais (ambos 17%), o alho seco (13%), a massa espirais (12%), os douradinhos de peixe, o esparguete (ambos 9%), o salmão e a dourada (ambos 8%) e as ervilhas ultracongeladas (7%).
Evolução do custo do cabaz da Deco:
Já no que toca aos produtos que mais aumentaram de preço desde o início da guerra está a pescada fresca (78%), os brócolos (48%), a couve-coração e o açúcar branco (ambos 41%), o leite meio gordo, a laranja e a polpa de tomate (todos 34%), a laranja, o frango inteiro e o bife de peru (ambos 31%) e a farinha para bolos (29%). No que toca às categorias de produto, a carne e o peixe registam as maiores subidas, com aumentos superiores a 20%.
Numa altura em que a inflação atinge os 9,3%, o Governo avançou com um apoio de 125 euros para os cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos, para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços. O cheque começou a ser pago por transferência bancária esta quinta-feira.
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