Estoril-Sol fica com casinos do Estoril e de Lisboa, após exclusão da Bidluck
Júri do concurso para a concessão dos casinos do Estoril e de Lisboa afasta proposta que propunha pagar ao Estado um total superior a 86 milhões de euros por ano.
O júri do concurso público internacional para a atribuição da concessão da Zona de Jogo do Estoril, que engloba os casinos do Estoril e de Lisboa, decidiu excluir a proposta que tinha sido apresentada pela Bidluck e entregar este negócio ao grupo Estoril-Sol, controlado pelos descendentes de Stanley Ho, que tinha oferecido menos cerca de 20 milhões de euros do que a concorrente.
Num comunicado enviado à CMVM esta quarta-feira, a Estoril-Sol informa ter sido notificada pelo júri do concurso, através de um relatório preliminar de análise das propostas que tinham sido apresentadas. Seguem-se agora “as fases subsequentes do procedimento, designadamente o prazo para audição prévia das entidades proponentes”, acrescenta nesta mesma nota o grupo que é o maior operador português do setor.
A quase desconhecida Bidluck, que aquando do lançamento do site de jogos online em Portugal foi apresentada como uma casa de apostas pertencente à B-Lucky Entertainment B.V., que tem registo comercial em Curaçau, uma pequena ilha holandesa no Caribe, entrou na corrida à exploração dos casinos do Estoril e de Lisboa com uma contrapartida global de 86 milhões de euros ao ano, entre valores fixo e variável.
Segundo noticiou o Público na semana passada, Jorge Manuel Galvão Miguel, administrador da Bidluck SA, com sede em Leiria, está a ser julgado no Tribunal de Viseu por um crime de exploração ilícita de jogo. Juntamente com mais quatro arguidos, de acordo com a acusação do Ministério Público, montou um esquema que consistia em “colocar máquinas de jogos de fortuna ou azar em cafés e snack-bares na região centro do país”.
As concessões das salas de jogo do Estoril e de Lisboa, assim como o da Figueira da Foz, deviam ter terminado no final de 2020, mas devido ao impacto da pandemia acabaram por ser prolongados por dois anos. No caso do casino figueirense, a concessão deverá manter-se nas mãos da Amorim Turismo por mais 15 anos, pelo menos. É que o grupo nortenho, que também detém 32,7% da Estoril-Sol, foi o único a apresentar proposta até ao final do prazo, a 30 de setembro.
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