Nigéria já fez Galp perder até 245 milhões de euros em dois trimestres, calcula o CaixaBank

"A probabilidade de futuras falhas é elevada", consideram os analistas, que calculam que, nos últimos dois trimestres, as perdas com fornecimentos da Nigéria terão ascendido a 245 milhões de euros.

“Notícias negativas”. É desta forma que os analistas do CaixaBank BPI recebem a informação divulgada pela Galp esta segunda-feira, de que as inundações que estão a ser vividas na Nigéria vão causar uma “redução substancial” na produção e fornecimento de gás natural liquefeito vindo deste país, que é o principal fornecedor da empresa.

Esta avaliação consta de uma nota de investimento a que o ECO/Capital Verde teve acesso, na qual os mesmos analistas consideram que as restrições no fornecimento de gás natural por parte da Nigéria têm sido um obstáculo para a Galp.

Sempre que a Nigéria falha um carregamento, a Galp terá de abastecer-se no mercado spot, “a preços muito mais elevados”, pelo que a casa de investimento calcula que a petrolífera tenha sofrido perdas de cerca de 65 milhões de euros ao longo do segundo trimestre do ano, às quais se devem somar entre 150 a 180 milhões de euros de perdas no terceiro trimestre.

“Com esta declaração de ‘força maior’ por parte da Nigéria a probabilidade de futuras falhas é elevada“, o que sugere que no quarto trimestre se verifiquem novas perdas, cuja magnitude dependerá não só da evolução dos preços de mercado do gás e do número de falhas nigerianas, mas também da dimensão da mudança de clientes do mercado livre para o regulado, diz o CaixaBank BPI.

A petrolífera fechou a sessão desta terça-feira nos mercados com uma quebra de 4,47% para os 9,66 euros.

A Galp, antes de ser privatizada, assinou contratos de longo prazo com a Nigéria que se destinam a cobrir o mercado regulado de gás natural, onde a empresa ainda atua como comercializador. A 25 de agosto, para proteger os consumidores domésticos e os pequenos negócios do aumento de preços marcados para outubro no mercado de gás natural, o Governo permitiu que a generalidade dos consumidores regressasse ao mercado regulado de gás.

A medida irá vigorar durante 12 meses e poderá abranger 1,5 milhões de consumidores domésticos. A empresa declarou-se contra esta medida mas o Governo negou que a petrolífera tivesse direito a indemnização por perdas resultantes da mesma. “Se a Galp tiver alguma alteração do seu mix, o que pode acontecer é uma revisão da tarifa regulada”, disse.

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BE pede audição de ministro sobre preços e garantia de abastecimento de gás

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Os bloquistas querem ouvir Duarte Cordeiro sobre "a questão dos preços da energia e a salvaguarda do abastecimento do nosso país no que é fundamental nos próximos meses que é o gás”.

O BE pediu esta terça-feira a audição do ministro do Ambiente para discutir os preços da energia e a salvaguarda do abastecimento de gás, exigindo uma resposta do Governo que garanta a redução da fatura energética para os portugueses.

“Ou nós temos uma solução que passa por ter mão no setor energético, garantindo que respondemos a qualquer escassez, mas também que não aceitamos que a especulação vá ser o saque do país nos próximos meses, ou então teremos problemas nas famílias, na economia, da desigualdade que vai ser criada”, alertou, em declarações aos jornalistas no parlamento, o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.

O bloquista anunciou o requerimento para a audição parlamentar do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, que tutela a energia, para “discutir a questão dos preços da energia e a salvaguarda do abastecimento do nosso país no que é fundamental nos próximos meses que é o gás”.

De acordo com Pedro Filipe Soares, assiste-se a várias dinâmicas em termos energéticos, “todas elas negativas para o bolso das famílias”, entre as quais o “potencial resultado da escassez de gás em Portugal e na Europa que está a fazer disparar os preços do gás”.

“A Comissão Europeia tomou duas decisões que nós consideramos que vão no caminho certo, esperamos nós é que elas sejam bem executadas. Por um lado, haver um mecanismo de compra, solidária, à escala europeia e por outro lado a limitação de preços no gás”, referiu.

No entanto, na análise dos bloquistas, o “Governo português tem tardado a retirar estes ensinamentos para Portugal”, criticando a ausência de uma verdadeira limitação nos preços da energia e o galopar do preço combustíveis “para valores inaceitáveis e incomportáveis para a larga maioria da população”.

“O Governo olha para a Europa, que admite colocar limites máximos no preço do gás, e nada faz na especulação a que assistimos nas bombas de gasolina. O Governo assiste impávido e sereno a este saque que à Galp tem dado centenas de milhões de lucro, mas que ao Governo não lhe retira um minuto de sono”, condenou.

Para Pedro Filipe Soares “deveria existir uma resposta quer na parte da energia elétrica, quer na parte dos combustíveis quer na parte do gás do Governo que garantisse uma redução da fatura junto das pessoas”.

“Associamos esta causa a uma outra dinâmica porque basta ver os dados estatísticos mais recentes que comprovam o empobrecimento generalizado da população que não só é generalizado como é acelerado e temos na vertente energética uma das vias desse empobrecimento”, alertou.

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Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro premeia melhores ideias de negócio

AIDA – Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro vai premiar as três melhores ideias empreendedoras de um negócio inovador, sustentável, no âmbito do concurso “Big Ideas Challenge”.

“Se és jovem, tens um espírito empreendedor e gostavas de te aventurar num negócio inovador e sustentável, na resposta aos desafios sociais, este desafio é para ti”. É desta forma que a AIDA CCI – Câmara de Comércio e Indústria do Distrito de Aveiro lança o desafio do concurso “Big Ideas Challenge” para premiar as três melhores ideias com um valor monetário total de cinco mil euros.

“Incentivar o espírito empreendedor e o surgimento de novas empresas inovadoras e sustentáveis” é o principal propósito deste desafio, que surge no âmbito do projeto “YEP 5.0 – Young Entrepreneurship Program. E que vai também premiar 20 projetos com um programa de mentoria, a decorrer durante meio ano, avança a AIDA.

As candidaturas estão abertas até 30 de outubro. O projeto divide-se em três etapas: uma convocatória para apresentação de ideias de negócio, uma jornada de pitch de ideias e um processo de avaliação, classificação e seleção dos projetos vencedores do concurso.

Segundo a AIDa, “O YEP 5.0 é uma verdadeira alavanca na área do empreendedorismo, que, além do Big Ideas Challenge, contempla ações de sensibilização, dirigidas a jovens estudantes do 3.ª ciclo e ensino secundário, assim como workshops sobre esta temática.

O projeto em causa é co-financiado pelo Compete 2020 e pelo Fundo Social Europeu.

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Mais de 4.300 investidores emprestam 70 milhões à Mota-Engil

Construtora portuguesa obteve um financiamento de 70 milhões de euros de mais de 4.300 investidores para financiar expansão internacional e alongar maturidade da dívida.

Gonçalo Moura Martins, CEO da Mota-Engil, toca o sino da bolsa de Lisboa.Euronext Lisbon

Mais de 4.300 investidores participaram no empréstimo obrigacionista sustentável no valor de 70 milhões de euros da Mota-Engil EGL 1,14% , de acordo com os resultados da operação divulgados esta terça-feira pela Euronext.

É uma operação que nos “dá mais responsabilidade perante os novos investidores”, sendo “um sinal da confiança do mercado na marca e no trajeto da empresa”, disse Gonçalo Moura Martins, CEO da Mota-Engil, na apresentação dos resultados da emissão.

Emitir dívida sustentável “vai ser uma auto-obrigação para o futuro para a Mota-Engil“, acrescentou o responsável, dizendo que “cumprir critérios de sustentabilidade é uma prioridade da empresa”. Moura Martins lembrou que a empresa tem “uma gestão dos custos muito eclética e muito oportunística”. “Temos fontes de financiamento mais baratas, vamos fazendo essa gestão em função dos momentos do mercado”, explicou o gestor.

A procura válida superou os 93 milhões de euros, ficando 1,34 vezes acima do pretendido pela construtora nacional, adianta a operadora da bolsa portuguesa. O dinheiro obtido nesta operação visa, entre outros, financiar a atividade corrente e de expansão internacional e alongar a maturidade da dívida da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins.

Em causa estavam duas ofertas que decorreram em simultâneo nas últimas semanas: uma oferta de subscrição de novos títulos ligados a indicadores de sustentabilidade com uma taxa de juro de 5,75% e maturidade em 2027 e uma oferta de troca de obrigações que venciam este ano por estes novos títulos.

Em relação à oferta de subscrição, com a procura a atingir os 79 milhões de euros, quase 3.600 investidores compraram um total de 55,15 milhões de euros em obrigações. Já outros 716 investidores decidiram trocar as obrigações antigas por estes novos títulos (acrescidos de um prémio de 2,375 euros por obrigação e juros corridos de 8,875 euros), num total de 14,85 milhões de euros.

Por se tratar de um financiamento associado a fatores de sustentabilidade, a Mota-Engil comprometeu-se a melhorar o desempenho de sustentabilidade até 2026 e, caso não cumpra o objetivo, vai pagar uma remuneração adicional de 1,25 euros por obrigação na data de reembolso final do empréstimo.

Qual é o indicador relevante? Diminuir o índice de acidentes de trabalho, de 4,55 em 31 de dezembro de 2021 para 2,76 em 31 de dezembro de 2026.

A operaçãoque inicialmente visava um financiamento de 50 milhõesteve um custo de mais de 2,4 milhões de euros para a Mota-Engil, entre impostos e encargos com os bancos, marketing e outras comissões, pelo que a construtora obteve 67,6 milhões de euros líquidos com esta transação.

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Furacão Ian: Swiss Re com prejuízo de 500 milhões

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

A Swiss Re prevê perdas líquidas de cerca de 500 milhões de dólares no terceiro trimestre. A resseguradora absorveu os sinistros preliminares do Furacão Ian em cerca 1,3 mil milhões de dólares.

A Swiss Re previu hoje perdas líquidas de cerca de 500 milhões de dólares no terceiro trimestre, após a companhia de resseguros ter absorvido os sinistros preliminares do Furacão Ian de cerca de 1,3 mil milhões de dólares.

“Embora a meta de 10% de ROE do Grupo 2022 seja pouco provável de ser atingida dado o impacto de catástrofes naturais, a guerra da Ucrânia e a volatilidade dos mercados financeiros, o Grupo apresenta-se confiante nas perspetivas a médio prazo e empenhado nos seus objetivos de rentabilidade para 2024″, disse a resseguradora, em declarações.

A Swiss Re estimou a perda total do mercado segurado preliminar do furacão Ian no intervalo entre 50 mil milhões de dólares e 65 mil milhões de dólares.

As ações da empresa, sediada em Zurique, foram indicadas para negociar 0,7% mais baixas.

A empresa disse que os ramos vida e saúde, L&H Re e Corporate Solutions, continuam alinhados com os objetivos de 2022, enquanto o ramo propriedade e acidentes P&C Re tem poucas probabilidades de atingir os objetivos de rácio combinado normalizado de menos de 94% em 2022, dado o aumento dos sinistros de pequena e média dimensão.

“A Swiss Re mantém a posição de capital muito forte, com um rácio de grupo (Teste de Solvabilidade Suíça) de 274%, a partir de 1 de julho de 2022. Isto permite à Swiss Re prosseguir oportunidades lucrativas num mercado de resseguro mais duro, mantendo-se ao mesmo tempo empenhada nas suas prioridades de gestão de capital”, afirmou a Swiss Re antes dos resultados trimestrais de 28 de outubro.

 

 

 

 

 

 

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Eurodeputados recusam-se a aprovar contas de 2020 da Frontex

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Os eurodeputados consideram que a Frontex não conseguiu proteger os direitos humanos dos migrantes e requerentes de asilo.

O Parlamento Europeu (PE) recusou-se esta terça-feira a aprovar as contas de 2020 da Frontex – Agência Europeia de Fronteiras e Guarda Costeira –, no valor de cerca de 40 mil milhões de euros.

No total, 345 eurodeputados seguiram a recomendação da Comissão de Controlo Orçamental do PE para recusar aprovar a quitação, ou execução orçamental, da Frontex, sendo que 284 votaram a favor de aprovar as contas e oito abstiveram-se.

O PE criticou a “magnitude da má conduta cometida” pelo anterior diretor executivo da agência, que se demitiu em 28 de abril de 2021, na sequência da publicação de um relatório do Gabinete Europeu de Luta Antifraude (OLAF). Os eurodeputados consideram que a Frontex não conseguiu proteger os direitos humanos dos migrantes e requerentes de asilo e, alegadamente, terá expulsado ilegalmente pelo menos 957 refugiados entre março de 2020 e setembro de 2021.

Por outro lado, houve ainda denúncias de 17 casos de abuso sexual, um dos quais terá resultado, alegadamente, no suicídio de um membro do pessoal da agência, sendo que 15 denúncias foram encerradas sem que tenha havido qualquer investigação. Numa outra votação, o PE recusou-se a conceder a quitação orçamental ao Conselho da UE, o que acontece há mais de dez anos, por falta de cooperação da instituição.

Já o Comité Económico e Social viu as suas contas serem aprovadas pelos eurodeputados. O Parlamento Europeu, desde o Tratado de Lisboa, exerce um controlo democrático para assegurar que a Comissão Europeia e as restantes instituições gerem de forma adequada os fundos europeus, decidindo se é concedida a quitação, isto é, a aprovação final da forma como foi executado o orçamento para determinado ano.

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“Desde há 13 anos que o orçamento da Justiça não tinha tanta verba”, diz Maria Emília Teixeira

O painel dedicado ao que se pode esperar do novo executivo em questões de justiça contou com a participação de Maria Emília Teixeira e José da Silva Lopes, ambos da Universidade Portucalense.

Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense, e José da Silva Lopes, professor auxiliar da Universidade Portucalense, reuniram-se na Advocatus Summit Porto para debater o que se pode esperar do novo executivo em questões de justiça.

Sobre o Orçamento de Estado para 2023, Maria Emília Teixeira começou por sublinhar que este é o orçamento da Justiça com maior verba disponível desde há 13 anos. “O Governo prevê um gasto de 1.701 milhões de euros. No entanto, o seu saldo orçamental positivo global continua a ser 197 milhões. Ou seja, prevê-se que a receita proveniente da Justiça será maior que a despesa”, explicou.

Cerca de 117 milhões de euros serão injetados na Justiça por força da aplicação do PRR. Portanto este aumento de verbas disponíveis irá permitir uma remodelação da justiça e, uma delas, sabemos já, será gastos em serviços informatizados e com serviços do sistema prisional de reinserção social e de menores”, acrescentou.

José da Silva Lopes começou por referir que há uma grande aposta, “declarada no Programa do Governo”, de que a informatização, digitalização e desmaterialização de todos os serviços é um denominador comum em todas as áreas da Justiça. “Há um conjunto de propostas do Governo, desde logo na base informática dos tribunais, inclusive nos tribunais superiores, e é bem preciso, por exemplo a plataforma Citius merecerá um cuidado maior”, considerou.

Face à facilidade do acesso à Justiça aos cidadãos, o professor da Portucalense deixa um alerta ao Governo. “Deveria haver o cuidado de especificar mais com checklist aquilo que um cidadão necessita de ter, recolher e observar para obter o resultado que pretende”, notou.

O advogado considerou ainda que os funcionários judiciais é um tema que merece da parte do governo alguma atenção, “uma vez que a falta de funcionários está evidente”, sendo poucos para a tramitação que se verifica.

Relativamente ao combate à corrupção, José da Silva Lopes acredita que o Governo está a tentar dominar a corrupção “por todos os ângulos”. “A corrupção no mundo é impossível de eliminar”, completou.

A conversa entre os dois intervenientes já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de AVM Advogados, Gama Lobo Xavier, Luis Teixeira e Melo e Associados e PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados. Contamos ainda da Universidade Portucalense.

Programa

Painel 1 – “Regime da transparência fiscal dos advogados”

  • Com José Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, José Alves do Carmo, sócio da AVM e Matilde Freitas Fortes, Consultora Fiscal. Moderado por Frederico Pedreira, jornalista do ECO/Advocatus. Vídeo aqui.

Painel 2 – O que se espera deste novo Executivo em questões de Justiça?”

  • Com José Augusto da Silva Lopes, professor auxiliar na Universidade Portucalense, e Maria Emília Teixeira, docente investigadora da Universidade Portucalense.

Painel 3 – “Igualdade de género nos escritórios de advogados ainda é uma miragem?”

19 de outubro no digital

  • Com Pedro Sá, sócio da PRA, e Maria Helena Almeida, Head of Sustainability na Sonae Capital.

Painel 4 – “O novo Estatuto do Denunciante: estão as empresas preparadas?”

20 de outubro no digital

  • Com José Pinto de Almeida, sócio da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira e Melo e Associados, Margarida Machado, sócia da Gama Lobo Xavier, Luís Teixeira, Melo & Associados, e César Araújo, CEO e CFO da CALVELEX e Presidente da ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Moda.

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Chefe da cibersegurança da Alemanha demitido após denúncias de ligações à Rússia

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

A demissão de Arne Schoenbohm foi justificada por acusações que “afetaram a necessária confiança do público na neutralidade e imparcialidade" do diretor da agência BSI.

O diretor da agência nacional de cibersegurança da Alemanha foi demitido na sequência de denúncias de possíveis ligações aos serviços secretos russos, anunciou esta terça-feira o Ministério do Interior.

Segundo a mesma fonte, a ministra do Interior, Nancy Faeser, demitiu Arne Schoenbohm do cargo de diretor da agência BSI após acusações que “afetaram a necessária confiança do público na neutralidade e imparcialidade” da sua gestão, indicou a agência de notícias alemã DPA.

Schoenbohm cofundou há uma década um grupo de cibersegurança que reúne especialistas de instituições públicas e do setor privado. A comunicação social alemã noticiou que um dos seus membros é uma empresa fundada por um ex-agente dos serviços secretos russos.

O Governo alemão afirmou há mais de uma semana que estava a investigar as denúncias em pormenor. Arne Schoenbohm, de 53 anos, era o diretor da agência BSI desde fevereiro de 2016. Não foi ainda anunciado quem lhe sucederá no cargo.

O ministério indicou que a decisão de o substituir é também do interesse dos 1.500 funcionários da agência e da sua necessidade de trabalhar sem especulações envolvendo o pessoal, noticiou a DPA. Existe na Alemanha uma preocupação cada vez maior de que infraestruturas essenciais do país sejam alvo da Rússia, por causa do apoio de Berlim à Ucrânia, invadida no início deste ano pelas forças militares russas.

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Apoio de 125 euros chega esta quinta-feira a 500 mil pessoas, diz Medina

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

“A partir desta quinta cerca de 500 mil processamentos serão feitos por dia o que nos faz pensar que em 10 dias teremos o processamento efetuado”, disse ainda o ministro das Finanças.

O apoio de 125 euros vai chegar esta quinta-feira a 500 mil pessoas, anunciou esta terça-feira o ministro das Finanças, Fernando Medina, estimando que o processamento da medida fique concluído em 10 dias.

Os primeiros 500 mil beneficiários vão receber já os 125 euros nesta quinta-feira”, disse Fernando Medina à margem de um encontro organizado pelo International Club of Portugal, detalhando que o ritmo diário será de 500 mil pagamentos por dia.

“A partir desta quinta cerca de 500 mil processamentos serão feitos por dia o que nos faz pensar que em 10 dias teremos o processamento efetuado”, afirmou o governante. Em causa está um apoio de 125 euros pago a adultos não pensionistas com rendimentos mensais inferiores a 2.700 euros.

Outra das vertentes deste pacote é o apoio de 50 euros pago a todos os dependentes até aos 24 anos, que será pago juntamente com os 125 euros. Desta forma, referiu o ministro, uma família em que ambos os elementos do casal reúnem condições para receber os 125 euros, e que tenha dois filhos, “irá receber já a partir desta quinta-feira 350 euros na sua conta”.

Fernando Medina salientou que este apoio visa ajudar as famílias face ao aumento de preços que estão a sentir, mas antes, quando falava no encontro, já tinha referido ser um “erro” pensar que perante uma crise desta dimensão se poderia garantir que ninguém fosse atingido.

“Acho que seria um erro do Governo salientar a ideia que perante esta crise seria possível qualquer Governo garantir que ninguém fosse atingido”, disse, para acrescentar que “não é razoável” alimentar a ideia “de que todos podem ser protegidos perante uma crise inflacionária desta dimensão”.

Neste contexto precisou que o importante é ter um equilíbrio de que “não devemos gastar antes de ter [os recursos necessários] porque, quando se desenham apoios, não se pode “gastar antes de termos os recursos para fazer essa despesa”. Sem esta atitude, disse, o Governo não poderia fazer o discurso que tem feito sobre a redução da dívida pública.

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Nuno Antunes é o novo Country Manager da HDI em Portugal

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

A HDI Global SE nomeou Nuno Antunes para Country Manager Portugal e Chefe da Estratégia do Cliente na Península Ibérica. A empresa de origem alemã compromete-se a servir os clientes portugueses.

A HDI Global SE nomeou Nuno Antunes para Country Manager Portugal e Chefe da Estratégia do Cliente na Península Ibérica. A seguradora de origem alemã orienta-se para os clientes localizados em Portugal, objetivo que passa pela abertura de um escritório em Lisboa. A decisão é parte da estratégia global de serviços da companhia, que tem em vista aproveitar os benefícios das empresas que compõem o grupo Talanx AG.

Nuno Antunes é um executivo internacional quadrilingue, com experiência nos setores dos seguros, consultoria tecnológica e manufatura e mais de 20 anos de carreira internacional, incluindo supervisão de equipas no Reino Unido, Europa, Médio Oriente e América Latina.

Formado em Engenharia Aeronáutica na Universidade da Beira Interior, Nuno Antunes possui mais de 20 anos de experiência profissional em Portugal, Reino Unido, França e Espanha. Ocupou cargos de direção na American International Group (AIG), onde dirigiu a atividade em Portugal e, mais tarde, negócios Multinacionais e Cativos de Londres, e na Allianz Global Corporate and Specialty (AGCS), a sua mais recente responsabilidade, onde foi Diretor Geral Regional para a Península Ibérica e América Latina.

Nuno Antunes manifestou motivação em colaborar com o “grande grupo financeiro multinacional, com muito talento, amplas capacidades e a firme ambição, nestes tempos incertos em que vivemos, de fornecer cada vez mais valor aos seus clientes e corretores no espaço Ibero-Americano”.

Para Juan Aznar, CEO da HDI Global SE, a adição reforça “a nossa estratégia de crescimento em Espanha, Portugal e América Latina, e o objetivo de conceber e fornecer soluções globais aos clientes, numa altura em que são necessárias soluções alternativas de transferência de risco para satisfazer as necessidades de muitos segurados. Nuno Antunes, a reportar à HDI Global Espanha, liderará a operação em Portugal como parte da nossa estratégia de crescer em proximidade com os clientes no país, onde, na pendência de aprovações regulamentares, teremos um escritório em Lisboa, num futuro próximo”, disse o CEO.

A HDI Global SE é a empresa principal da Divisão de Clientes Industriais do Talanx Group.

Com outras entidades afiliadas “HDI”, atua como fornecedor multimarca nos segmentos de Seguro Predial/Casualidade e Seguro de Vida Primário, Não Vida e Resseguro de Vida/Saúde (Hannover Re), bem como Serviços Financeiros.

A HDI Global SE define-se ainda como um parceiro de serviços B2B nos setores dos Seguros e Gestão de Riscos. Apresentam-se como uma one-stop-shop para soluções inovadoras, orientadas para as necessidades específicas de um cliente.

“A HDI desenvolve conceitos de seguros sob medida, adaptados aos riscos operacionais enfrentados por cada dimensão e tipo de empresa. Uma gestão abrangente dos riscos concebida para evitar perdas e danos, tanto de parte do serviço fiável da empresa, como de uma gestão profissional e rápida dos sinistros”, definem-se, nas redes sociais.

A empresa, sediada na Alemanha, gera mais de metade do seu volume de prémios internacionalmente. A Europa é o seu principal mercado, onde a companhia está representada em 17 países, e emprega cerca de 2.700 pessoas.

A antiga HDI-Gerling Industrie Versicherung AG mudou o seu nome para HDI Global SE em 2016. Sucursais, filiais e afiliadas em todo o mundo foram também renomeadas para assegurar uma imagem corporativa uniforme. A empresa opera agora a nível mundial sob a marca HDI.

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Imobiliário espera ano recorde, mas antecipa descida de preços no mercado comercial

Investimento imobiliário deverá chegar aos 3,4 mil milhões de euros em 2022, um máximo histórico. Cushman & Wakefield espera abrandamento da atividade e descida de preços no mercado comercial.

Já se contam 1.656 milhões de euros investidos em imobiliário nacional e, até dezembro, esse número deverá subir para cerca de 3.400 milhões. As projeções são da consultora Cushman & Wakefield, que nota que o ano “está a correr muito bem”, embora encare com “receio” e “cautela” o próximo ano. Isto porque o arrefecimento que já se sente no resto da Europa não tardará a chegar a Portugal e, com isso, virá um abrandamento do investimento em imobiliário comercial e uma descida dos preços.

“Este é um momento muito estranho. O ano está a correr muito bem, mas estamos com receio do que aí vem. 2022 está com números muito interessantes, mas encaramos o próximo ano com mais cautela“, disse Eric van Leuven, diretor-geral da Cushman & Wakefield em Portugal, na apresentação do Marketbeat de Outono, esta terça-feira.

Os 1.656 milhões de euros investidos no primeiro semestre representam já um aumento de 27% face a 2021. Desde montante, 74% é proveniente de investidores estrangeiros e 34% (607 milhões de euros) foi canalizado para o mercado de escritórios.

“Há uma espécie de esquizofrenia entre o que aconteceu até agora – sobretudo em Portugal, porque temos estado melhor que outros mercados europeus – e o que se espera em termos de atividade e preços”, diz o responsável da consultora imobiliária.

Eric van Leuven nota como Portugal é um mercado “altamente dependente do investimento estrangeiro” e que, “por mais que Portugal esteja na boca do mundo, os fundos internacionais são, em primeiro lugar, influenciados pelo que se está a passar no seu mercado doméstico“. “E isso afeta a forma como olham para oportunidades noutros mercados”, explica.

Nesse sentido, a Cushman antecipa uma “descompressão nas yields” no mercado comercial. “As yields vão subir e os preços vão descer”, diz Eric van Leuven. “Nos próximos dois ou três trimestres esperamos algum abrandamento da atividade e uma redução do preço”, afirma o responsável, referindo que, até ao final de 2022, as yields deverão subir cerca de 0,25%, o que poderá levar a uma redução dos preços na casa dos 6%, esperando-se o mesmo para 2023.

Cushman prevê “aumento do desequilíbrio” do mercado residencial

2022 será um ano recorde para o mercado de escritórios. No final do terceiro trimestre contavam-se quase 250 mil metros quadrados de taxa de absorção na Grande Lisboa, um aumento de 200% face ao mesmo período de 2021. Quanto à oferta futura, 73% já está ocupada e só uma pequena parte virá, efetivamente, para o mercado. Assim, não haverá um aumento significativo de oferta nos próximos tempos.

À semelhança da capital, também no Grande Porto o setor de escritórios registou entre janeiro e setembro um aumento expressivo da procura (+34%) quando comparando com o período homólogo, num volume de ocupação de 45.200 metros quadrados.

No retalho, 2022 também foi um ano bastante positivo. O aumento do volume de vendas foi, contrariamente ao normal, impulsionado pelo setor não alimentar. Para 2023 espera-se um acréscimo de cerca de 70 mil metros quadrados na oferta, sobretudo devido a expansões, a conjuntos comerciais já existentes e ao acréscimo da oferta de retail parks.

No mercado logístico, a absorção foi inferior à registada em 2021, mas “não por falta de interesse”, diz Eric van Leuven. “Sim por falta de oferta”, explica. A área média transacionada subiu para quase 8.000 metros quadrados e a procura sente-se, sobretudo, em Lisboa e no Porto. “O aumento dos custos de construção e a falta de espaços de qualidade pode levar a revisões em alta das rendas”, nota o responsável.

No que toca à hotelaria, foram inaugurados 35 hotéis, num total de 2.080 quartos. Há 115 novos projetos para o futuro, o equivalente a mais dez mil quartos nos próximos três anos.

Já no mercado residencial, o estudo da Cushman evidencia o problema na falta de oferta para a classe média. Contudo, nota que começam a surgir projetos, sobretudo na periferia de Lisboa. Nos próximos meses, o segmento residencial deverá ser marcado pela contínua entrada no mercado de produto mais direcionado às classes média-alta e alta e pela cada vez maior dificuldade de desenvolvimento de produto para o segmento médio e médio baixo. Assim, prevê-se o aumento do desequilíbrio do mercado, agravando-se a falta generalizada de oferta de habitação.

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Moody’s melhora a classificação da Coface

  • ECO Seguros
  • 18 Outubro 2022

A agência de notação Moody's melhorou a classificação de solidez financeira (Insurance Financial Strength Rating - IFSR) de A2 para a Coface. A perspetiva passou de estável para positiva.

A agência de notação Moody’s melhorou a classificação de solidez financeira (Insurance Financial Strength Rating – IFSR) de A2 para a Coface. A agência também mudou a perspetiva da Coface de estável para positiva.

Em comunicado, a Moody’s destaca que a classificação reflete a “forte capitalização da Coface, a boa rentabilidade e a exposição limitada à Rússia. A Coface tem mantido consistentemente um rácio de solvabilidade do grupo acima dos 190% desde 2020 e uma baixa sensibilidade a choques financeiros e macroeconómicos. Esta baixa sensibilidade foi reforçada por melhorias recentes na qualidade dos ativos do grupo“.

A rentabilidade da especialista em seguro de crédito tem sido robusta nos últimos cinco anos, com um rácio médio combinado de 75% entre 2017 e 2021.

A Moody’s também partilhou que, desde 2016, “o grupo melhorou os seus processos de monitorização de riscos e tem sido mais pró-ativo em ajustar a sua carteira de riscos”.

A agência espera que “estas melhorias se traduzam em menos choques no rácio combinado do grupo no futuro, mesmo que a volatilidade dos ganhos continue a ser uma característica da indústria de seguros de crédito”.

A firma de seguros de crédito considera que a “mudança de perspetiva estável para positiva reflete a crescente diversificação do grupo, a monitorização e melhor gestão das exposições ao risco de crédito, as quais a Moody’s espera que resultem numa menor volatilidade dos lucros e que tornem a seguradora resistente a uma recessão económica”.

Phalla Gervais, Chief Finance & Risk Officer da Coface, diz, em comunicado que se congratula com a mudança de perspetiva “que recompensa o trabalho das equipas da Coface e reconhece o elevado nível de serviço que oferecemos aos nossos clientes. Reconhece também a agilidade e resistência da Coface, bem como a qualidade da sua gestão de risco, que estão no centro da nossa cultura e experiência. A Coface está confiante em concluir o seu plano estratégico Build to Lead.

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