Patrões confiam em início de “ciclo” de redução fiscal com OE2023

Apesar de pedirem mais ambição, associações empresariais dão benefício da dúvida ao Governo no OE2023, crendo numa nova trajetória de desagravamento fiscal ao longo da legislatura de maioria absoluta.

A proposta do Orçamento do Estado para 2023 podia ir mais longe, “não responde às necessidades” da atual conjuntura económica, mas “Roma e Pavia não se fizeram num só dia”. “Este é o primeiro de um ciclo de quatro orçamentos e o importante é que, Orçamento após Orçamento, seja incorporada a redução da carga fiscal para empresas e famílias, e a consequente melhoria generalizada das condições de vida”, resume António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

Prometendo não desistir da redução da taxa do IRC para uma meta mínima de 17% e de uma baixa também gradual da derrama estadual, em Barcelos, o patrão dos patrões deu o mote para a reação dos empresários ao documento apresentado por Fernando Medina. A principal confederação patronal do país diz ao ECO que prefere “aguardar pela versão final, depois da discussão na especialidade” para analisar mais em detalhe as medidas. “Este é o momento de os partidos negociarem, apesar da maioria absoluta. É o tempo do Parlamento”, acrescenta.

Também a Associação Empresarial de Portugal (AEP) acredita que o facto de o OE contemplar medidas plurianuais do acordo aprovado em concertação social “permitirá, nos próximos anos, reduzir a incerteza e conferir uma maior previsibilidade, estabilidade e paz social”, frisando que “este é o caminho para uma trajetória de maior confiança, com impacto na atração e na realização de investimento”. Ainda assim, nota que partindo de um quadro macroeconómico “relativamente otimista”, face ao contexto de incerteza crescente, teme que as medidas “possam não ser suficientes para a concretização desse cenário”.

A associação mais representativa dos patrões do Norte, presidida por Luís Miguel Ribeiro, elogia as medidas que prometem “resolver fragilidades” ao nível dos incentivos ao investimento, da capitalização das empresas e dos ganhos de escala, ou da redução dos custos da energia. Por outro lado, frisa que este documento “mostra pouca determinação no que toca à redução estrutural da carga fiscal sobre as empresas e sobre os recursos humanos, sobretudo os mais qualificados, fatores essenciais para a melhoria da produtividade e da competitividade e da retenção e atração de talento”.

Luis Miguel Ribeiro, presidente da AEP, em entrevista ao ECO - 13SET22
Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEPRicardo Castelo/ECO

O presidente da APIMA (indústria do mobiliário), Joaquim Carneiro, corrobora que o OE2023 “reflete algumas das importantes conquistas alcançadas em sede de concertação social e prevê um conjunto de medidas que permitirão aliviar, ainda que de forma insuficiente, alguma da pressão e constrangimentos a que as empresas estarão sujeitas”. “Incentivos de extrema importância”, reforça, num cenário que descreve como de enorme instabilidade económica, inflação galopante e sérios constrangimentos sociais e políticos na cadeia logística internacional.

Em declarações ao ECO, o empresário de Paços de Ferreira, que é dono da Animovel, insiste, porém, na necessidade de uma “urgente desburocratização da máquina do Estado, nomeadamente nos organismos que tutelam os apoios e incentivos das empresas, mas igualmente ao nível dos licenciamentos e fiscalizações”. “Se os mecanismos financeiros são de grande importância, a facilitação do acesso aos mesmos, a celeridade dos processos e flexibilidade de aplicação adquirem igual prioridade, sob pena de estes apoios se tornarem quase inacessíveis para uma significativa parte das empresas”, adverte.

Joaquim Carneiro, presidente da APIMA (mobiliário)

“Um pequeno passo no sentido certo”. É desta forma que o líder da associação da indústria do têxtil e do vestuário (ATP) classifica a proposta apresentada pelo ministro das Finanças. Citado pelo T Jornal, Mário Jorge Machado destaca o “comprometimento para o crescimento em 2% da produtividade”, que, não sendo feito “por decreto”, passa por maior flexibilidade no plano fiscal e laboral. O gestor frisa que “é o aumento da produtividade – e não o das vendas [pela subida] dos preços – que permite às empresas pagar melhor, gerar mais emprego e aumentar a riqueza do país”.

“Em Portugal não promovemos o trabalho, despromovemos o trabalho. Quando pedimos às pessoas para trabalharem mais, esse prémio é taxado no IRS. Não estamos a ser um país amigo do trabalho e Portugal tem um problema de produtividade. Enquanto os salários não estiverem indexados à produtividade, continuaremos a ser um país pobre”, concorda César Araújo, presidente da ANIVEC, para quem “até mil euros as pessoas não deviam pagar IRS”.

Em Portugal não promovemos o trabalho, despromovemos o trabalho. (…) Enquanto os salários não estiverem indexados à produtividade, continuaremos a ser um país pobre.

César Araújo

Presidente da ANIVEC (vestuário)

O líder da indústria portuguesa do vestuário e da confeção, que detém a Calvelex, atesta ainda que, depois de saírem de uma pandemia, de enfrentarem o colapso da cadeia de fornecimento a nível global e de estarem a suportar todos os meses a crise energética nas faturas da eletricidade e do gás natural, “não se pode exigir mais às empresas, que estão asfixiadas na sua tesouraria e precisam de ter uma redução da carga fiscal – e não só no IRC”.

Os industriais da metalurgia e metalomecânica relevam igualmente a importância de terem sido “abertos alguns precedentes no sentido de desagravar fiscalmente as empresas” e das medidas anunciadas para conter a escalada dos preços do gás e da energia elétrica. “Será fundamental que se prossiga a trajetória de redução das tarifas de acesso às redes. A proposta de orçamento parece ir nesse sentido, o que aplaudimos”, acrescenta a AIMMAP.

Parece-nos importante que tenham sido abertos alguns precedentes no sentido de desagravar fiscalmente as empresas.

Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP)

Numa reação enviada ao ECO, a associação que representa o setor mais exportador da economia nacional lamenta, no entanto, que o Executivo tenha optado por “não cumprir a sua obrigação no sentido de aumentar os salários líquidos dos trabalhadores, impondo que esse ónus seja assumido exclusivamente pelos empregadores”. A alternativa defendida é que os montantes respeitantes aos aumentos salariais de 2023 não fossem tributados em sede de IRS.

Ricardo Costa, presidente da AEMinhoDR

Embora note “o sinal relativamente ao acordo sobre os rendimentos” na proposta orçamental, também a Associação Empresarial do Minho reitera o foco numa “descida efetiva, concreta e duradoura dos impostos sobre o trabalho”. Lamenta que continue a haver “uma disparidade muito grande entre aquilo que as empresas pagam aos trabalhadores e aquilo que os mesmos efetivamente recebem”, assim como a tributação sobre horas extraordinárias ter ficado de fora do OE2023.

A associação sediada em Braga e liderada por Ricardo Costa, particulariza o caso do incentivo fiscal ao aumento dos salários, que depende de uma valorização superior a 5,1% no próximo ano, de não haver um aumento do leque salarial na empresa e se esta estiver debaixo das contratações coletivas. Calcula que se destina a 24,5% das empresas, deixando de fora “praticamente todas as PME”, e que “poderá beneficiar indiretamente apenas cerca de 20% da população ativa em Portugal”. “Esta medida parece-nos insuficiente, pouco esclarecida e, definitivamente, não estrutural”, avalia a AEMinho.

José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), declara ao ECO que “este Orçamento tem avanços, mas claramente ainda [há] caminho a percorrer no desejável aumento da produtividade e competitividade das empresas”. Quanto ao enquadramento macroeconómico apresentada pelo Executivo socialista, que já foi contrariado pelo FMI, e as medidas inscritas no diploma, diz que “representam um equilíbrio entre, por um lado, ajudar a economia e, por outro, a necessidade de prudência orçamental dada a elevada dívida pública existente e a necessidade de conter a inflação”.

A par da descida generalizada do IRC esperamos que se crie um enquadramento fiscal ainda mais favorável às fusões e aquisições para garantir o desejável redimensionamento das empresas.

José Eduardo Carvalho

Presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP)

Já no que toca a medidas alternativas, o líder desta câmara de comércio e indústria responde que, a par de uma “descida generalizada” do IRC, espera que seja criado um “enquadramento fiscal ainda mais favorável às fusões e aquisições para garantir o desejável redimensionamento das empresas”; defende o desagravamento das tributações autónomas e a anulação das contribuições extraordinárias setoriais; por último, o aumento da percentagem sobre os lucros tributáveis passiveis de report dos prejuízos fiscais.

Alexandre Meireles, presidente da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE)ANJE

Finalmente, a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) congratula-se com a anunciada redução seletiva do IRC para as empresas que valorizem os salários e invistam em investigação e desenvolvimento (I&D). Ainda que, reclama o organismo presidido por Alexandre Meireles, devesse também majorar “outros comportamentos social e ambientalmente responsáveis por parte das empresas e outros fatores críticos de competitividade, como as transições digital e energética”. Além disso, conclui, o desagravamento fiscal deve ser “compreensível e exequível para as empresas, sob pena de não produzir os efeitos desejados”.

(Notícia atualizada às 10h30 com reação da AIMMAP)

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Organização da Jornada Mundial da Juventude vai custar 36,5 milhões, estima o Governo

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

O reforço aprovado esta quinta foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros.

O Governo estima gastar 36,5 milhões de euros na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJLisboa2023), que se realiza em Portugal em agosto de 2023, com a presença do Papa Francisco. O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um reforço de 20 milhões de euros, mais IVA, para a organização da JMJ, segundo fonte do gabinete da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.

A mesma fonte esclareceu à agência Lusa que foi aprovada uma alteração à Resolução do Conselho de Ministros relativa à organização da JMJ que compete ao Governo, “reforçando as competências do grupo de projeto para a JMJ 2023 e garantindo a capacidade financeira para fazer face às novas responsabilidades que o Governo teve de assumir”.

O reforço aprovado foi de 20 milhões de euros, mais IVA, elevando a estimativa dos custos da responsabilidade do Governo para 36,5 milhões de euros, adiantou a fonte. De acordo com o gabinete da ministra, estas contas não incluem ainda custos com segurança, mobilidade, saúde, entre outras, “uma vez que as inscrições para o evento abrem apenas nas próximas semanas e tudo dependerá do total de participantes”.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto de 2023, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

Além da verba estimada pelo Governo, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) anunciou em meados de setembro que prevê investir, pela sua parte, “mais de 30 milhões de euros” na JMJ, tendo o vice-presidente da autarquia adiantado que o processo de repartição de responsabilidades já “foi concluído”.

“Está em avaliação, mas estimamos que sejam mais de 30 milhões de euros”, indicou a 13 de setembro à Lusa o vice-presidente da CML, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem a competência executiva de preparação e organização da JMJLisboa2023.

No início de agosto, no âmbito de uma segunda visita aos terrenos que vão acolher o evento, nas duas margens do rio Trancão, entre Lisboa e Loures, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, responsável no Governo pelo grupo de projeto para a JMJLisboa2023, recusou falar sobre o valor total estimado para a realização do evento.

A realização da JMJLisboa2023 vai envolver “vários espaços da cidade de Lisboa – nos quais decorrerão eventos diários e uma programação diversificada –, nomeadamente Parque Tejo, Parque Eduardo VII, Terreiro do Paço, Alameda Dom Afonso Henriques e/ou Parque da Belavista”, segundo a proposta, que elenca as várias tarefas da câmara nestes espaços, desde a recuperação do aterro sanitário de Beirolas aos palcos com área para ‘backstage’.

A JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição de 2023, que será encerrada pelo Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para este ano, mas foi adiada devido à pandemia da covid-19.

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Descobrirpress de Jacques Rodrigues declarada insolvente

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

A Descobrirpress é presidida por Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, e tem como atividade a edição de revistas e de outras publicações periódicas.

O tribunal judicial da comarca de Lisboa Oeste, juízo de comércio de Sintra, declarou na semana passada a insolvência da Descobrirpress, do dono do grupo Impala, de acordo com sentença a que a Lusa teve esta quinta-feira acesso.

“No tribunal judicial da comarca de Lisboa Oeste, juízo de comércio de Sintra (…), no dia 04 de outubro de 2022, ao meio-dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do (s) devedor (es) Descobrirpress – Serviços Editoriais e Gráficos”, lê-se no documento. “São administradores do devedor Jacques da Conceição Rodrigues (…), Lucília Maria da Conceição Simões” e “Cláudio Bruno Simões Rodrigues”, refere a sentença de declaração de insolvência.

Ficam “advertidos os devedores do insolvente de que as prestações a que estejam obrigados, deverão ser feitas ao administrador da insolvência a não ao próprio insolvente”. O tribunal também adverte “os credores do insolvente de que devem comunicar de imediato ao administrador de insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem”. O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.

A Descobrirpress é presidida por Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, e tem como atividade a edição de revistas e de outras publicações periódicas.

Em fevereiro de 2021, no parlamento, o credor Luís Monteiro Pereira, no âmbito de uma audiência dos trabalhadores do grupo Impala com o grupo de trabalho da Comissão de Trabalho e Segurança Social, afirmou que a Impala, dona das revistas Nova Gente e Maria, mantinha “ordenados em atraso” desde 2011 e contava, na altura, com 174 ex-trabalhadores à espera de receber créditos salariais, num valor acumulado de 2,85 milhões de euros.

“Neste momento existem 174 ex-trabalhadores da Impala em continuada espera para receber os créditos salariais, alguns há mais de 10 anos“, afirmou, na altura, salientando que os créditos “que a empresa se recusa a pagar” rondam os 2,85 milhões de euros.

Na sua intervenção, Luís Monteiro Pereira começou por apontar a transferência “da faturação que é produzida pela empresa base, inicialmente Impala Editores”, que designou por editora, “para outra empresa detida por si”, que atualmente é a Impala Multimédia. Este movimento trata-se de “uma manobra ilusória”, já que a segunda empresa faturou entre outubro de 2009 e dezembro de 2011 “120 milhões de euros sem ter um único funcionário ao seu serviço”, prosseguiu.

E desde 2012 a 2019″ a faturação foi de 156 milhões de euros, “tendo tido no máximo cinco funcionários em simultâneo durante este período. E porquê? Porque os 200 e tal funcionários que a empresa tinha mantiveram-se na editora [Impala Editores]”, referiu. Apontou a criação “de uma teia de mais de uma dezena e meia de sociedades à volta desta editora”, da “família” do empresário Jacques Rodrigues, que “não têm qualquer atividade”.

Estas empresas “não têm qualquer atividade que não seja prestar serviços entre si, retirando os recursos financeiros à editora e criando uma falsa ideia de debilidade financeira para permitir, com base nisso”, um dos passos da estratégia do grupo, que é “o sucessivo recurso ao instrumento PER – Plano Especial de Revitalização”, que a empresa “viu como uma oportunidade para diluir o pagamento das suas dívidas, ou não o fazer de todo”, acusou o representante dos trabalhadores.

No fundo, “transformou a editora numa mera prestadora de serviços, passando o produto da sua atividade para uma empresa terceira que decidia qual o valor dessa prestação de serviços, à medida da vontade dos acionistas, e que, com sucessivas reduções desse valor, fez com que fossem simuladas dificuldades financeiras muito além das reais na editora”, argumentou.

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UE prolonga mais um ano sanções à Nicarágua após crise diplomática

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

A UE aponta a decisão “injustificada” do país, liderado por Daniel Ortega, de expulsar do país a chefe da delegação diplomática da UE e cortar relações diplomáticas com os Países Baixos.

A União Europeia prolongou esta quinta-feira por mais um ano a imposição de sanções à Nicarágua, após a decisão “injustificada” de expulsar a máxima representante diplomática europeia no país e cortar relações com os Países Baixos. O Conselho da UE indicou em comunicado que prolongou o prazo legal definido para estas medidas restritivas seletivas até 15 de outubro de 2023, perante a situação naquele país latino-americano.

Esta decisão, explicou o Conselho, surge após a decisão “injustificada” do regime nicaraguense, liderado pelo Presidente Daniel Ortega, de expulsar do país a chefe da delegação diplomática da UE e cortar relações diplomáticas com os Países Baixos, bem como a resposta recíproca da UE de declarar ‘persona non grata’ no bloco comunitário a chefe da Missão da República da Nicarágua na UE.

Este regime de sanções foi imposto pela União Europeia em outubro de 2019 contra pessoas e entidades “responsáveis por violações ou abusos dos direitos humanos ou pela repressão da sociedade civil e da oposição democrática na Nicarágua”, bem como contra aqueles que levaram a cabo “políticas ou atividades que minaram a democracia e o Estado de direito”.

As medidas restritivas atualmente em vigor aplicam-se a um total de 21 pessoas e três entidades. As pessoas em causa estão sujeitas ao congelamento de bens, e os cidadãos e empresas da UE estão proibidos de lhes disponibilizar fundos. As pessoas singulares estão ainda proibidas de viajar, o que as impede de entrar ou transitar pelos territórios dos países do bloco comunitário.

No entanto, a UE reafirmou o seu “contínuo compromisso” com o povo nicaraguense e com a defesa da democracia, o Estado de direito e os direitos humanos no país latino-americano. “A atual crise política na Nicarágua deve resolver-se através de um verdadeiro diálogo entre o Governo e a oposição. A UE continua aberta ao diálogo com a Nicarágua, desde que este decorra de forma respeitosa”, concluiu o Conselho na sua nota.

A Nicarágua, um país de 6,5 milhões de habitantes, vive uma crise sociopolítica desde abril de 2018. A UE sancionou familiares e o círculo próximo de Ortega, incluindo a sua mulher, a vice-presidente Murillo, e vários dos seus filhos, sob a acusação de atentarem contra os direitos humanos e a democracia.

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Serviço de subscrição com publicidade da Netflix custará 5,49 euros/mês

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Outubro 2022

A publicidade nos serviços de streaming não é uma novidade, mas vai chegar à Netflix a partir de novembro. Por enquanto, o novo plano ainda não estará disponível em Portugal.

A nova subscrição da Netflix com publicidade vai custar 5,49 euros por mês (6,99 dólares nos EUA), terá menos filmes e séries do que o seu atual plano base e não vai permitir descarregar conteúdos, anunciou esta quinta-feira a plataforma de streaming. Para já, esta modalidade ainda não ficará disponível em Portugal, estando prevista apenas em 12 países a partir de novembro.

Em comunicado, a empresa refere que a nova modalidade, que passará a ser a mais barata entre os tipos de subscrição disponibilizados pela Netflix, oferecerá até 720p/HD de qualidade de vídeo e uma média de quatro a cinco minutos de anúncios publicitários por hora de visualização.

Por outro lado, manter-se-á “a enorme variedade de séries e filmes”, bem como “a experiência de visualização personalizada” e a “disponibilidade do plano numa vasta gama de TV’s e dispositivos móveis”. Alterar ou cancelar o tipo de subscrição continuará a poder ser feito em qualquer altura.

Mas, em comparação com o atual plano básico – cujo preço é de 7,99 euros –, nem todo o catálogo de filmes e séries da plataforma estará disponível “devido a restrições de licenciamento”, nas quais a Netflix garante estar “a trabalhar”. Além disso, não será possível descarregar títulos.

“Os nossos atuais planos e assinantes não serão afetados, uma vez que a nova proposta se soma aos planos sem anúncios já disponíveis”, garantiram responsáveis da plataforma de streaming, em conferência de imprensa.

Ainda não se sabe quando é que a nova subscrição chega a Portugal. Em agosto, a Netflix, citada pela revista Variety, explicou que ia optar por “começar em alguns mercados onde os custos com a publicidade são significativos”. Canadá, México, Alemanha, Austrália, Brasil, Coreia do Sul, EUA, França, Itália, Japão, Espanha e Reino Unido são as primeiras escolhas da plataforma.

A nova estratégia da Netflix surge depois de a empresa ter perdido 200 mil assinantes entre janeiro e março deste ano, algo que não acontecia há uma década, e depois cerca de um milhão no segundo trimestre, o que levou a uma quebra de receitas e de valor de mercado.

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Edson Athayde integra Global Creative Council da FCB Global

  • + M
  • 13 Outubro 2022

A FCB Lisboa, recorde-se, ganhou um Grand Prix no Festival de Cannes, o primeiro atribuído a uma agência portuguesa e foi considerada uma das 20 agências mais criativas da Europa. 

Edson Athayde, CEO e CCO da FCB Lisboa, passou a integrar o Global Creative Council (GCC) da FCB Global.

Liderado por Susan Creddle, global chair e global CCO da FCB, este órgão reúne duas vezes por ano os líderes criativos considerados mais destacados da rede, para avaliar e debater o trabalho criativo da agência e a criatividade publicitária em geral, com o objetivo de elevar o desempenho criativo da agência e promover o seu melhor trabalho, explica a FCB. A primeira reunião do GCC com a participação de Edson Athayde é na próxima semana, nos EUA.

Fazer parte de um organismo global como este não é algo comum para um publicitário que trabalha a partir de Portugal. Trata-se de um reconhecimento do trabalho que a FCB Lisboa tem feito ao longo dos anos e uma aposta no futuro”, diz o criativo citado em comunicado.

A FCB Lisboa, recorde-se, ganhou um Grand Prix no Festival de Cannes, o primeiro atribuído a uma agência portuguesa, e foi considerada uma das 20 agências mais criativas da Europa.

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Líder do PSD acusa Governo de “desnorte” e “desleixo” na privatização da TAP

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

Em 2016 houve "um crime político e um crime financeiro” na TAP, diz Montenegro, lembrando que há sete anos o mesmo Governo, que agora quer vender a empresa, nacionalizou-a.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou esta quinta-feira o Governo de “desnorte, desleixo e irresponsabilidade” em relação ao processo de privatização da TAP, atuação que “não pode passar em claro”.

Este Governo, há sete anos, escolheu nacionalizar parte do capital da TAP. Escolheu sem estar obrigado a isso por nenhum compromisso anterior” e “escolheu remeter para o Estado o risco da operação que a TAP envolve enquanto operadora de transporte aéreo”, lembrou o líder social-democrata, em Estremoz (Évora).

Mas, “agora, sete anos depois, o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, como se nada se tivesse passado, anunciam a pretensão de privatizar a empresa”, disse Montenegro.

“De facto, isto é de um desnorte, de um desleixo, de uma irresponsabilidade que não pode passar em claro. As escolhas têm consequências e eu quero que os portugueses estejam atentos às consequências das escolhas voluntárias, assumidas, convictas do Governo do Partido Socialista”, criticou.

À margem de uma visita a uma quinta produtora de vinhos, no concelho de Estremoz, no âmbito do programa “Sentir Portugal” que está a realizar esta semana no distrito de Évora, o líder ‘laranja’ abordou em declarações aos jornalistas a TAP e o respetivo processo de privatização, lembrando que estes assuntos estiveram hoje em discussão no parlamento, num debate de urgência pedido pelo PSD.

Segundo Luís Montenegro, em resultado da escolha feita pelo executivo socialista, de nacionalizar parte do capital da transportadora aérea nacional, “os contribuintes portugueses já puseram na TAP mais de três mil milhões de euros”. “E, porventura, se contabilizarmos estes sete anos, até mais do que isso. E não sabemos o que é que virá ainda a seguir”, deixou em aberto.

O Governo fez “um primeiro processo de nacionalização parcial do capital”, depois fez “um segundo processo de nacionalização total do capital da TAP para, ao fim e ao cabo, oferecerem agora ao mercado a possibilidade de adquirir a empresa”.

Questionado pela agência Lusa, Luís Montenegro reiterou que “aquilo que o Governo fez em 2016, revertendo o processo de privatização da maioria do capital [da TAP] que tinha sido iniciado pelo Governo anterior, foi um crime político e um crime financeiro”.

O líder do PSD foi ainda questionado pela Lusa sobre o aumento de capital que o Estado vai propor à assembleia-geral da TAP – marcada para 11 de novembro -, seguido de uma redução em igual valor, e injeção de 10 milhões de euros, numa operação que não será acompanhada pelos outros acionistas, segundo uma convocatória.

“A TAP, com os socialistas, é um poço sem fundo e, portanto, por isso é que os socialistas, eles próprios já perceberam isso, agora já falam em privatização. Agora, estas coisas não podem ser incólumes”, criticou.

Para Montenegro, “não se pode brincar com milhares de milhões de euros, dos impostos dos portugueses, das empresas e das famílias portuguesas, e fazer de conta que nada se passa”, argumentou.

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3ª Conferência ECOseguros: Maiores seguradores vão debater 2023

  • ECO Seguros
  • 13 Outubro 2022

O painel final vai juntar os líderes das maiores seguradoras portuguesas de todos os ramos. Fidelidade, Ageas Portugal, Tranquilidade, Allianz . Galamba de Oliveira falará pela APS.

Protagonistas vão debater seguros em 2023 no dia 20 outubro: José Galamba de Oliveira (APS), Rogério Campos Henriques (Fidelidade), Steven Braekeveldt (Ageas Portugal), Teresa Brantuas (Allianz Portugal e Pedro Carvalho (Tranquilidade).

O Painel final da 3ª Conferência Anual ECOseguros vai contar com os dirigentes das principais seguradoras a atuar em Portugal em todos os ramos de seguros. José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores, estará em debate com Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali, Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal e Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

Sob o tema Os grandes desafios das seguradoras em ano económico desafiante, este painel vai permitir um olhar sobre as principais ameaças e oportunidades que toda a indústria seguradora vai enfrentar, com enfoque nas companhias de seguros.

A edição deste ano, com o mote Resposta da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de 2023, será a primeira presencial já que nas primeiras realizações em 2020 e 2021 as restrições ditadas pela pandemia Covid-19 obrigaram à sua realização online. Terá lugar no próximo dia 20 de outubro, no Centro de Congressos de Lisboa.

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, entidade supervisora dos seguros e fundos de pensões, vai realizar o discurso de encerramento da III Conferência anual do ECOseguros que tem lugar no Centro de Congressos de Lisboa.

A III Conferência ECOseguros conta com o apoio do Grupo Ageas Portugal, Allianz, Caravela Seguros, CA Vida, Cleva Inetum, Cosec, EY, Fidelidade, Innovarisk, lluni, MPM, Real Vida Seguros e Tranquilidade.

A inscrição para estar presente no Centro de Congressos de Lisboa no dia 20 de outubro é gratuita devendo ser realizada através da plataforma acessível aqui .

O programa está praticamente finalizado e contará com diferentes painéis que vão permitir discutir os temas mais relevantes para a mediação de seguros, para as seguradoras, para o Ramo Vida, para o Ramo saúde, para a regulação e para a indústria seguradora em geral.

Programa provisório

9.30 – Abertura

9.40 – O impacto do contexto macroeconómico no setor segurador

10.15 – O papel dos mediadores no melhorar a proteção dos consumidores e otimizar os custos dos segurados

11.15 – Coffee Break

11.30 – Tecnologia e seguros – O que esperar dos aumentos de eficiência e de novas oportunidades

12.30 – Intervalo para almoço

14.15 – Vida/poupança/reforma – O virar da página nos seguros de Vida e Pensões

15.15 – Longevidade, Seguros de saúde ou planos de saúde

16.00 – Os grandes desafios das seguradoras em ano económico desafiante

Painel com a participação de:

– José Galamba de Oliveira, presidente a Associação Portuguesa de Seguradores;

– Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/Generali;

– Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade;

– Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal;

– Teresa Brantuas, CEO da Allianz Portugal.

17.00 – Encerramento por Margarida Corrêa de Aguiar, Presidente da ASF.

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EDP, SU Eletricidade e Endesa com mais falhas no atendimento telefónico, aponta ERSE

  • Lusa
  • 13 Outubro 2022

Entre as empresas como estando abaixo dos padrões nesta área conta-se a EDP Comercial, a SU Eletricidade e a Endesa, segundo o regulador, que aponta ainda a Audax, Galp Power, Aldro e Tagusgás.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos disse esta quinta-feira que, no ano passado, algumas empresas de energia não cumpriram os padrões mínimos no atendimento telefónico, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira.

O regulador, que publicou o relatório da qualidade de serviço comercial, de 2021, no qual “analisa a qualidade de serviço prestada pelos operadores de redes e pelos comercializadores de energia aos seus clientes”, incluído o setor elétrico e do gás, concluiu que “os agentes cumpriram os padrões estabelecidos na maioria das vertentes da qualidade de serviço comercial, verificando-se em algumas situações elevados níveis de desempenho”.

“Todavia, no atendimento telefónico verificaram-se dificuldades que conduziram a que algumas das empresas não tenham conseguido cumprir os padrões mínimos exigidos”, realçou, adiantando que “espera-se que o abrandamento da pandemia e a normalização das condições de operação permitam a melhoria dos níveis de atendimento telefónico”.

A ERSE ressalvou, no entanto, que “o momento extraordinário que atualmente se vive no setor energético poderá também ter consequências neste domínio”, garantindo que “continuará a monitorizar este tema”. Entre as empresas referidas pelo regulador no seu relatório como estando abaixo dos padrões nesta área conta-se a EDP Comercial, a SU Eletricidade e a Endesa. A ERSE aponta ainda a Audax, Galp Power, Aldro e Tagusgás, no caso dos comercializadores.

Entre os operadores de redes de distribuição a EEM, E-Redes e EDA encontram-se abaixo dos padrões no atendimento telefónico, de acordo com o relatório. No comunicado, a ERSE indicou que “este documento efetua uma caracterização da qualidade verificada e percecionada pelos clientes em diversas vertentes do relacionamento comercial com o cliente, designadamente no atendimento (presencial e telefónico), na resposta a pedidos de informação e reclamações e em serviços prestados nas instalações dos clientes”.

Além disso, são “abordadas questões referentes a clientes com necessidades especiais e clientes prioritários e verificado o cumprimento dos objetivos mínimos estabelecidos pelo Regulamento da Qualidade de Serviço”. A ERSE indicou que “em 2021, a pandemia por covid-19 afetou significativamente a atividade de operadores de rede e de comercializadores”, não só “pelas restrições operacionais (por exemplo, em termos do atendimento), mas também pelas frequentes alterações das medidas excecionais decretadas no contexto da pandemia”.

“A título de exemplo, recorda-se a retoma das interrupções de fornecimento a clientes domésticos, a possibilidade de se poderem voltar a efetuar as visitas combinadas e a não existência de impedimento para as leituras reais de contadores nas instalações dos clientes”, disse a entidade.

“A qualidade do relacionamento comercial com o cliente é um dos fatores valorizado pelos clientes na escolha do seu comercializador, pelo que o relatório, agora publicado, ao divulgar informação referente aos vários comercializadores, contribui para uma escolha mais informada do consumidor”, concluiu a ERSE.

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Lloyd’s e Aon analisam conflito na Ucrânia e fazem apelo

  • ECO Seguros
  • 13 Outubro 2022

O novo relatório da Lloyd's e Aon examina os impactos abrangentes e a longo prazo que o conflito na Ucrânia poderá ter nas empresas, e as medidas que estas podem tomar para mitigar estes riscos.

Áreas como a cadeia de abastecimento e o risco de reputação exigem mais esforços por parte do setor dos seguros para ajudar os clientes a construir uma maior resistência aos efeitos a longo prazo do conflito na Ucrânia, um novo relatório da Lloyd’s e da Aon assinala.

A pesquisa da Lloyd’s e da Aon apelou ao setor dos seguros para ajudar os clientes a construir resiliência contra os impactos da guerra da Ucrânia.

As empresas estabeleceram ainda um fórum de inovação para apoiar novas estratégias para responder às necessidades emergentes dos clientes, disseram.

O tipo de colaboração demonstrada neste relatório entre a Aon e a Lloyd’s demonstra a verdadeira proposta de valor do seguro – a partilha de risco entre muitos para proteger as desgraças de poucos“, disse o CEO da Lloyd’s, John Neal.

O líder explicou ainda que a “Lloyd’s ocupa uma posição única dentro da indústria, reunindo pessoas para impulsionar soluções de seguros inovadoras e sustentáveis em tempos de crise global – e não há maior necessidade de cumprir este compromisso do que durante a crise económica e humanitária a que assistimos hoje. A Lloyd’s continuará a utilizar os seus conhecimentos e recursos para ajudar as empresas a responder às consequências do conflito, partilhando o risco para criar um mundo mais corajoso“.

A indústria já tomou medidas para enfrentar os desafios impulsionados pelo conflito, incluindo a criação de uma fábrica de cereais ucraniana para exportar cereais bloqueados nos portos ucranianos. O relatório também registou o papel dos mercados de seguros energéticos e nucleares estabelecidos na sustentação de estratégias complexas de segurança nacional.

Contudo, o relatório constatou que outras áreas, tais como a cadeia de abastecimento e o risco de reputação, são suscetíveis de exigir mais esforços por parte da indústria de seguros para ajudar os seus clientes a construir resiliência aos efeitos a longo prazo da guerra.

“Os impactos tangíveis do conflito da Ucrânia são evidentes em todo o mundo e em todas as indústrias”, disse Dominic Christian, presidente mundial de soluções de resseguro da Aon. “Embora o mercado de seguros tenha reagido rápida e eficazmente para apoiar os segurados, a crise expôs lacunas que mostram que temos de avançar mais e mais rapidamente”.

Christian disse ainda que “um enfoque no desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras” era essencial para assegurar que o setor dos seguros possa ajudar as organizações “a navegar num cenário de risco cada vez mais volátil e a tomar melhores decisões“.

Procuramos estar na vanguarda da inovação de produtos para ajudar a colmatar as lacunas de proteção que vimos emergir nos últimos meses”, disse o presidente da Aon. “Esperamos que as perspetivas deste relatório conduzam a uma maior colaboração em toda a nossa indústria para ajudar a resolver a urgência das necessidades não satisfeitas dos clientes“.

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EDP Renováveis regista “máximo histórico” de projetos em construção até setembro

Até setembro, a EDP Renováveis registou um máximo histórico de projetos em construção que deverão ficar operacionalizados até 2023.

A EDP Renováveis aumentou em 1,3 gigawatts (GW) a capacidade instalada de energias renováveis, nos primeiros nove meses do ano. De acordo com a nota divulgada esta quinta-feira, o maior aumento aconteceu no terceiro trimestre deste ano, altura em que foram instalados mais 0,7 GW de capacidade.

Segundo o comunicado, a empresa também atingiu um “máximo histórico de 4,3 GW projetos renováveis em construção” até setembro, incluindo, sobretudo, projetos com entrada em operação prevista até ao final de 2022 e durante 2023.

Relativamente à capacidade instalada, esta aumentou para 14,3 GW no mesmo período, com a Europa e América do Norte a representarem 38% e 49% do portfólio, respetivamente, e apresentando uma maior diversidade tecnológica com 12,5 GW de eólico onshore, 1,5 GW de solar e 1,5 GW de capacidade bruta de eólico offshore em operação, revela a EDP Renováveis.

Feitas as contas, a energética “verde” revela que produziu 24,4 terawatts-hora (TWh) de energia nos primeiros nove meses, um acréscimo de 14% quando comparado com os primeiros nove meses de 2021. Esta energia gerada evitou que fossem emitidos 15 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), com a Europa e América do Norte a representarem 35% e 55% da produção total, respetivamente.

Olhando só para os níveis de produção no Velho Continente, a EDP Renováveis indica que esta aumentou 10% quando comparada com o período homólogo do ano passado, “impactada pela maior capacidade instalada e recurso renovável estável”, revela a nota. Ainda assim, o maior crescimento foi na América do Sul, onde a produção de energia cresceu 58% quando comparado com os primeiros nove meses de 2021. Segundo a EDP Renováveis, isto deve-se graças à “maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo recurso renovável mais baixo”.

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Allianz: Portugal com crescimento sólido de 3,8% nos ativos financeiros

  • ECO Seguros
  • 13 Outubro 2022

Os ativos financeiros brutos das famílias portuguesas apresentaram um crescimento sólido de 3,8% em 2021, muito acima da média de longo prazo de 2,2%, segundo Relatório Allianz de Riqueza Global 2022.

Segundo o Relatório de Riqueza Global Allianz 2021, os ativos financeiros brutos das famílias portuguesas apresentaram um crescimento sólido de 3,8% em 2021, muito acima da média de longo prazo de 2,2%.

O principal impulsionador foram os depósitos bancários (+6,0%), a forma de poupança mais popular das famílias em Portugal: 90% da nova poupança foi colocada nesta classe de ativos e a sua participação no ativo financeiro bruto aumentou para quase 47% no ano passado.

A entrada de novas poupanças diminuiu visivelmente em comparação com 2020 (-18%), mas numa comparação de longo prazo, o volume de poupança do ano passado (13,3 mil milhões de euros) mais do que duplicou.

As restantes novas poupanças (2 mil milhões de euros) foram colocadas em títulos. Esta classe de ativos representava cerca de 32% da riqueza financeira em Portugal e cresceu de forma mais modesta em 2021, com um aumento de 3,8%.

O ativo de seguros e fundos de pensões diminuiu ligeiramente (-0,3%), uma vez que as famílias portuguesas chegaram mesmo a retirar fundos desta classe de ativos (-0,2 mil milhões de euros). A sua quota de carteira ainda é bastante baixa, cerca de 15% (média da Europa Ocidental: 38%) e até diminuiu desde o início da década passada (-2,0 ppts.).

O crescimento da dívida, por outro lado, manteve-se claramente em território positivo o ano passado (+2,2%; +2,4% em 2020), depois de as famílias portuguesas terem reduzido os seus níveis de endividamento na última década (-0,3% ao ano em média). No entanto, com a recuperação da produção económica em 2021, o rácio da dívida (passivo em % do PIB) diminuiu quase 3 pontos percentuais para 83%.

Os ativos financeiros líquidos aumentaram 4,8%. Com ativos financeiros líquidos per capita de 28.860 euros, Portugal ocupa a 25ª posição no ranking dos países mais ricos (ativos financeiros per capita).

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