Luxemburguês Pierre Gramegna nomeado diretor do fundo de resgate europeu

Ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna foi o escolhido para diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), ao qual também chegou a concorrer João Leão.

O ex-ministro das Finanças luxemburguês Pierre Gramegna foi designado diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Inicia funções a 1 de dezembro. O antigo ministro português João Leão também chegou a concorrer ao cargo do fundo de resgate do euro, mas acabou por desistir na reta final por não reunir o consenso dos alemães.

“Tenho o prazer de anunciar que o Conselho nomeou Pierre Gramegna para um mandato de cinco anos. Gostaria de felicitar Pierre e desejar-lhe tudo de bom na liderança de uma instituição que é crucial para o funcionamento estável da Zona Euro. Estou certo de que, sob a sua liderança, o MEE continuará a ser a instituição forte e confiável que cresceu e se tornou”, anunciou o presidente do Eurogrupo, o irlandês Paschal Donohoe, em comunicado.

Gramegna e João Leão tinham retirado em setembro as suas candidaturas ao cargo, depois de um impasse de vários meses, sem que nenhum conseguisse reunir apoios suficientes.

O alemão Klaus Regling, que foi diretor executivo do Mecanismo desde a sua criação, em 2012, terminou o seu mandato no passado dia 7 de outubro. Desde então, a liderança foi assumida de forma interina pelo diretor executivo adjunto, Christophe Frankel, que elogia agora o seu substituto. “É uma excelente escolha para liderar o MEE, graças à sua experiência em economia, finanças e direito. (…) É amplamente respeitado e admirado como um dos pioneiros das finanças sustentáveis na Europa. Estou confiante de que nos anos desafiadores que virão, o MEE estará em boas e capazes mãos“, disse Frankel.

A votação para diretor do MEE é feita por maioria qualificada, ou seja, 80% dos votos expressos, sendo que os direitos de voto são iguais ao número de ações atribuídas a cada país membro do MEE no capital social autorizado.

Portugal tem um direito de voto de cerca de 2,5%, o que compara com o da Alemanha (26,9%) e de França (20,2%), estes com maior peso na votação e com poder de veto. Para um candidato ser eleito como diretor executivo do mecanismo, tem de ter um apoio de pelo menos 80% dos votos dos membros do MEE.

O diretor executivo do MEE é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração, sendo os seus mandatos de cinco anos e podendo ser renovados apenas uma vez.

(Notícia atualizada às 17h04)

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