Indaqua está à venda por mais de 800 milhões de euros

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

Fundo Equitix destaca-se entre os potenciais compradores da maior empresa privada do setor da água em Portugal. A concretizar-se a venda, será a quarta vez desde 2016 que a Indaqua muda de mãos.

O fundo Antin Infrastructure Partners está a auscultar o mercado para saber de potenciais interessados em comprar a Indaqua, a maior empresa privada do setor da água em Portugal, noticia esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago). Mais de dois anos depois de a ter comprado por cerca de 625 milhões de euros, o valor agora em cima da mesa supera os 800 milhões de euros, sendo que, entre os potenciais compradores, destaca-se o fundo britânico Equitix, especialista em infraestruturas.

Será a quarta vez em seis anos que a Indaqua muda de mãos, caso se concretize esta venda. A maior operadora privada no setor da água em território nacional já foi detida pela Mota-Engil, que em 2016 vendeu a sua posição à empresa Myia, por sua vez controlada, a partir de 2019, pelo fundo de private equity Bridgepoint, até ser adquirida pelo fundo Antin em setembro de 2020.

Atualmente, a Indaqua detém cinco concessões municipais de distribuição de água e uma parceria público privada (PPP), integrando ainda empresas concessionárias que prestam serviços de abastecimento relacionados com a distribuição de água para consumo humano e recolha e drenagem de águas residuais. Ao todo, a empresa abastece 600 mil pessoas e tem mais de 700 trabalhadores.

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Mesa do recrutador: Maria do Rosário Vilhena, diretora de recursos humanos da Nestlé Portugal

Na Nestlé há quase 20 anos, quando assumiu a direção de RH, em 2016, nem sonhava com o enorme desafio que a esperava: garantir um modelo laboral (mais do que híbrido) totalmente flexível.

Na mesa do recrutador com Rosário Vilhena, DRH Nestlé Portugal - 30MAR22

Defensora da flexibilidade (com responsabilidade) e nada fã de regras, Maria do Rosário Vilhena, 47 anos, acredita que a Nestlé vai no sentido certo, rumo a um modelo de trabalho que, “mais do que híbrido”, é “completamente flexível”. “Não há número de dias fixos para vir ao escritório. Cada um gere o seu tempo, os seus objetivos e a partir de onde trabalha. Posso vir de manhã para o escritório, entrar às 10h00 e sair às 15h00… Ou, com o bom tempo, porque não ir para fora do país, ou ir até à praia?”, exemplifica a diretora de recursos humanos e serviços ibéricos da Nestlé Portugal.

O objetivo é dar autonomia para que as pessoas façam a gestão do seu tempo. Porquê? “Porque eu também tenho uma vida lá fora”, responde Maria do Rosário Vilhena. “Mais do que work-life balance, acreditamos em work-life integration.” “Não criamos regras. Não gosto muito de regras, confesso. Basta que saiba que tenho de entregar e, a partir daí, não há regras. Se dermos a liberdade às pessoas para encontrarem o seu caminho e a melhor maneira de fazerem as coisas, resulta tudo melhor, até porque se sentem muito mais empowered e energizadas”, argumenta.

A vida não são compartimentos estanques. Quisemos criar um espaço que potenciasse isso mesmo, que as pessoas não tenham de fazer um hiato entre o que é a sua vida profissional e a sua vida privada, mas consigam articular as duas da melhor forma.

Maria do Rosário Vilhena

Diretora de recursos humanos e serviços ibéricos da Nestlé Portugal

Para fazer a máquina funcionar, a liderança e o trabalho dos managers é crucial. “É tudo uma questão de concordarem com a chefia”, destaca a líder. A empresa limita-se a fazer recomendações, nomeadamente “sobre interações que devem acontecer no escritório, cara a cara”. “A única coisa que pedimos às pessoas é que não deixem de vir, porque é importante para a cultura organizacional e sentido de pertença”, admite. Mas a responsabilidade de criar um ambiente que faça com as pessoas queiram ir ao escritório é da organização.

Desenhar o escritório do futuro – um espaço de cocriação e colaboração – passa por criar um lugar que inspire os profissionais a pensarem diferente e, muito importante, que facilite as novas formas de trabalho, desde o uso das tecnologias às metodologias design thinking ou à necessidade de contemplar diferentes espaços consoante o tipo de tarefa a executar.

Em Portugal, onde conta com 2.300 colaboradores, a Nestlé tem conseguido: “Em média, temos cerca de 50% da população no edifício, que é precisamente o nosso target.”

Na mesa do recrutador com Rosário Vilhena, DRH Nestlé Portugal - 30MAR22

Criar diferentes espaços no escritório nem sempre tem a ver com trabalho propriamente dito. Está também relacionado com o bem-estar. “Posso ter uma sessão de mindfulness ou ioga no nosso jardim, se tiver de levar o meu filho a uma consulta durante a manhã, posso deixá-lo lá em baixo no Kidspace…”, exemplifica. “A vida não são compartimentos estanques. Quisemos criar um espaço que potenciasse isso mesmo, que as pessoas não tenham de fazer um hiato entre o que é a sua vida profissional e a sua vida privada, mas consigam articular as duas da melhor forma.”

Veja aqui a entrevista da gestora de RH à Pessoas, bem como todos os objetos que estão em cima da ‘Mesa do Recrutador’:

https://videos.sapo.pt/sly1za81IEESq2bCHqQC

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Web Summit: Veja aqui o palco principal em direto

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

No terceiro e último dia completo da Web Summit 2022, sobem ao palco principal figuras como o Presidente da República, a líder de produto da Meta e a CEO da Altice Portugal.

A Web Summit 2022 encerra esta sexta-feira com o habitual discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Antes, sobem ao palco figuras como Naomi Gleit, líder de produto da Meta, e a CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo.

(Artigo atualizado com streaming do terceiro dia completo.)

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Twitter arranca com processo de demissão de funcionários

  • Lusa
  • 4 Novembro 2022

Funcionários terão recebido e-mail a anunciar o início, esta sexta-feira, do "difícil processo de redução" da força de trabalho da empresa, sem especificar quantas pessoas serão demitidas.

O Twitter vai começar a demitir funcionários esta sexta-feira, disse a rede social num e-mail enviado aos trabalhadores, uma semana depois de ter sido adquirida pelo empresário Elon Musk.

“Começaremos o difícil processo de redução da nossa força de trabalho global na sexta-feira [hoje]”, disse o Twitter na quinta-feira, num e-mail visto pela AFP.

A mensagem indicou que todos os funcionários vão receber informações ainda esta manhã, assim que abrir o escritório do Twitter na Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, mas não especifica quantas pessoas serão demitidas.

“Reconhecemos que vários indivíduos que fizeram contribuições notáveis para o Twitter serão afetados, mas essa ação infelizmente é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro“, disse a empresa aos funcionários.

Horas antes, o jornal Financial Times (FT) tinha dito que Musk pretendia demitir até metade dos 7.500 funcionários do Twitter, de acordo com fontes ligadas à compra da empresa digital, como parte do corte planeado de custos.

Como parte desses planos, o bilionário pretende cortar cerca de 3.700 postos de trabalho da empresa digital adquirida por 44 mil milhões de dólares (45,3 mil milhões de euros), indicaram fontes próximas do projeto.

“O processo de demissão em andamento é uma farsa e uma desgraça. Os lacaios da Tesla tomam decisões sobre pessoas sobre as quais não sabem nada, exceto o número de linhas de código produzidas. Isso é um completo absurdo”, disse, no domingo, Taylor Leese, diretor de uma equipa de engenharia do Twitter, que disse ter sido demitido.

De acordo com o jornal britânico, Musk também pretende exigir o trabalho presencial nos escritórios a partir de segunda-feira, revertendo a atual política do Twitter, que permite aos funcionários trabalhar remotamente.

O FT acrescentou que Musk já deixou a marca no Twitter, desde que finalizou a aquisição, pedindo aos funcionários que trabalhem em tempo integral em projetos selecionados.

No final da semana passada, Musk reformulou a equipa, demitindo executivos, incluindo o responsável do Twitter, Parag Agrawal, enquanto levou para a empresa um pequeno grupo de conselheiros de confiança, incluindo o advogado pessoal Alex Spiro.

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Dona da Tranquilidade negoceia aquisição de 10% do Banco CTT

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

Além da entrada no capital da instituição financeira, está ainda em cima da mesa um acordo comercial para a distribuição de seguros. Operação terá de passar pelo crivo dos reguladores.

O grupo Generali — que em Portugal detém as seguradoras Tranquilidade, Açoreana e a Logo — está em negociações avançadas para adquirir uma participação de 10% do Banco CTT e, simultaneamente, para um acordo comercial com a instituição financeira para a distribuição de seguros, avança esta sexta-feira o Jornal de Negócios (acesso pago).

As negociações tiveram início há vários meses e entraram, recentemente, na reta final. De acordo com o Negócios, o acordo entre a dona da Tranquilidade e os CTT está pendente apenas de detalhes mais técnicos e operacionais. A notícia surge um dia após o Banco CTT divulgar os resultados dos primeiros nove meses do ano, durante os quais as receitas tiveram uma subida homóloga de 24,9%, para 90 milhões de euros.

A operação deverá ser comunicada em breve, mas mesmo depois de formalizado, o acordo precisará ainda de receber ‘luz verde’ das respetivas entidades reguladoras, nomeadamente a Autoridade de Supervisão de Seguros e o Fundo de Pensões do Banco de Portugal.

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Banco Montepio tem lucro de 23,9 milhões até setembro

O Banco Montepio inverteu a tendência de há um ano e registou um lucro de 23,9 milhões no primeiros nove meses.

O Banco Montepio registou um lucro de 23,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, que comparam com um prejuízo de -14,2 milhões de euros no período homólogo, revela o banco nas contas apresentadas esta sexta-feira ao mercado. A subida da margem financeira e das comissões e a redução dos custos operacionais, ajudam a explicar o resultado.

A redução dos custos operacionais foi de 16,1 milhões de euros, ou seja -8,5% face ao ano anterior, tendo sido alcançada através da diminuição de custos com pessoal — houve uma redução de 138 colaboradores face a setembro de 2021 –mas também dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações. “No final de setembro de 2022, o programa de ajustamento operacional iniciado no último trimestre de 2020 evidencia, no agregado, uma diminuição de 482 trabalhadores (-12%) e de 82 balcões (-25%) geograficamente redundantes”, detalha o banco na nota enviada ao mercado esta sexta-feira.

a margem financeira ascendeu a 173,4 milhões de euros nos primeiros nove meses, comparando com os 171,6 milhões registados no período homólogo, o que traduz “o impacto favorável resultante do aumento dos proveitos nas aplicações em títulos e tomadas de fundos, parcialmente compensado pelo menor contributo proporcionado pela margem financeira comercial“, ou seja, a margem proveniente dos juros recebidos de clientes relacionado com a concessão de crédito, e dos juros pagos a clientes no âmbito da remuneração de recursos captados.

Por outro lado, as comissões líquidas totalizaram 87,4 milhões de euros nos primeiros nove meses, um aumento homólogo de 7% (5,7 milhões). EM causa estão ganhos com operações de crédito (+2,1 milhões), com a manutenção e gestão de contas (+1,1 milhões) e com serviços de pagamento (+0,9 milhões), detalha a instituição liderada por Pedro Leitão.

O banco destaca que apresenta cinco trimestres consecutivos com resultados líquidos positivos e que o produto bancário core aumentou 7,5 milhões de euros face ao valor dos primeiros nove meses de 2021. Mas no terceiro trimestre, os resultados foram impactados negativamente pela venda do Finibanco Angola.

“Os resultados líquidos consolidados nos primeiros nove meses de 2022 incorporam, no terceiro trimestre, um impacto estimado em -22,7 milhões de euros (depois de considerados os interesses que não controlam) do acordo assinado para a alienação da participação financeira detida pelo Grupo Banco Montepio no Finibanco Angola S.A. Ainda assim, os resultados líquidos consolidados do trimestre foram positivos, confirmando a tendência favorável verificada nos últimos cinco trimestres”, pode ler-se no comunicado.

Em termos de atividade bancária a instituição revela que o crédito a clientes (líquido de imparidades) aumentou para 11,8 mil milhões de euros,
“1,5% acima do valor registado em dezembro de 2021” e os depósitos de clientes totalizaram 12,9 mil milhões, apresentando uma variação positiva de 1,8% face ao final de 2021.

O custo do risco de crédito diminuiu (de 0,1%, contra 0,6% nos primeiros nove meses de 2021), as exposições não produtivas também desceram (25,4%), com o rácio NPE a fixar-se em 6,9% e “a comparar favoravelmente com os 9,3% apurados no final do mês homólogo”e houve um reforço dos níveis de cobertura dos NPE por imparidades para 54,9% (era de 53,8% a 31 de dezembro de 2021) e para 98,2% (95,9% registados no final de 2021) se considerados os colaterais e as garantias financeiras associados.

Estes resultados são explicados pela “política definida pelo Banco Montepio para a tomada de risco de crédito e das medidas que têm vindo a ser concretizadas nas áreas de acompanhamento e de recuperação de crédito”. Além disso, o banco “promoveu a atualização dos parâmetros de risco de crédito utilizados no processo de apuramento dos valores da imparidade associada às exposições analisadas através da abordagem coletiva, sendo que o valor das imparidades contabilizado no período homólogo de 2021 evidencia, em particular, o impacto estimado com a carteira de crédito resultante do contexto macroeconómico desfavorável relacionado com a pandemia”, explica a instituição liderada por Pedro Leitão.

(Notícia atualizada com mais informção)

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Travão nas rendas gera vaga de não renovação de contratos

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

Em Lisboa haverá 800 famílias em risco de não renovarem contratos, alerta Vasco Brasão da Associação pelo Direito à Habitação.

O ‘travão’ às rendas, que em 2023 terão um aumento limitado a 2%, está a ter um efeito de não renovação dos contratos, noticia o Expresso (acesso pago). De um lado, os proprietários opõem-se à renovação de contratos; do outro, os inquilinos não conseguem renegociar as rendas pelos valores propostos.

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,9% em setembro face ao mesmo mês de 2021, acelerando face aos 2,8% de agosto e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, segundo o Instituto Nacional de Estatística. E “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (3,1%)”, diz o INE.

De acordo com a base de dados Confidencial Imobiliário, as rendas cresceram 10% nos novos contratos no terceiro trimestre, que não são abrangidas pelo travão criado pelo Executivo. “Só em Lisboa haverá “800 famílias em risco de despejo”, alerta Vasco Brasão, da Rés do Chão, Associação pelo Direito à Habitação, citado pelo Expresso. As estatísticas do Ministério da Justiça revelam o aumento no número de ações de despejo e de cobrança coerciva de rendas: só no primeiro trimestre foram 185.

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Hoje nas notícias: travão nas rendas, Indaqua e Banco CTT

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O travão imposto pelo Governo ao aumento das rendas está a provocar uma aceleração dos despejos. A Indaqua deverá ser colocada à venda, mais de dois anos depois da aquisição pelo fundo Antin. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Travão nas rendas gera vaga de despejos

O ‘travão’ às rendas, que em 2023 terão um aumento limitado a 2%, está a acelerar os despejos. De um lado, os proprietários opõem-se à renovação de contratos; do outro, os inquilinos não conseguem renegociar as rendas pelos valores pedidos. De acordo com o Expresso, que cita a base de dados Confidencial Imobiliário, as rendas cresceram 10% nos novos contratos no terceiro trimestre. Só em Lisboa haverá “800 famílias em risco de despejo”, alerta Vasco Brasão, da Rés do Chão, Associação pelo Direito à Habitação.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Maior empresa privada do setor das águas está à venda por mais de 800 milhões

O fundo Antin Infrastructure Partners está a auscultar o mercado para saber de potenciais interessados em comprar a Indaqua, a maior empresa privada do setor da água em Portugal, passados mais de dois anos de a ter comprado por cerca de 625 milhões de euros. Agora, o valor em cima da mesa supera os 800 milhões de euros, sendo que, entre os potenciais compradores, destaca-se o fundo britânico Equitix, especialista em infraestruturas.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Dona da Tranquilidade entra no Banco CTT

O grupo Generali — que em Portugal detém a Tranquilidade, Açoreana e a Logo — está em negociações avançadas para adquirir uma participação de 10% do Banco CTT e, simultaneamente, para um acordo comercial com a instituição financeira para a distribuição de seguros. A operação, que deverá ser comunicada em breve, estará ainda dependente da ‘luz verde’ das entidades reguladoras.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

“Há duas grandes ameaças de variantes da Covid-19 que se aproximam”

Filipe Froes, médico especialista em doenças respiratórias, e Patrícia Akester, cientista na área do Direito, dizem, em entrevista ao Diário de Notícias, que há duas grandes ameaças de variantes de Covid-19 que se aproximam, nomeadamente a BQ1.1 e a XBB. “Há maior capacidade de transmissão” e vamos ter uma “pandemia tripla” em que “gripe, Covid e vírus sincicial respiratório” se vão juntar, avisa o médico.

Leia a entrevista completa no Diário de Notícias (acesso livre)

Norte de Portugal vai partilhar ambulâncias e hospitais com a Galiza

O Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal (INEM) e a congénere galega Axega assinam esta sexta-feira na cimeira ibérica um protocolo para a criação do 112 transfronteiriço, um projeto-piloto para assistência médica de urgência entre a Galiza e a região norte de Portugal que terá início logo após a assinatura. Desta forma, a resposta a episódios de urgência e socorro nas regiões da fronteira portuguesa com a Galiza vai deixar de ser feita apenas pelos meios de Portugal.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Wall Street acaba em alta depois de bons números de criação de emprego

  • ECO
  • 4 Novembro 2022

Wall Street fechou em alta. Por cá, a bolsa de Lisboa fechou com perdas ligeiras contrariando os fortes ganhos registados nas praças europeias. BCP pressiona PSI ao ceder 3,77%.

A bolsa nova-iorquina encerrou em alta, com os investidores divididos na apreciação das consequências dos números divulgados sobre o mercado laboral nos EUA para a política monetária da Reserva Federal (Fed). Dow Jones subiu 1,26%, o S&P 500 avançou 1,36% e o tecnológico Nasdaq progrediu 1,28%.

No conjunto da semana, os índices mais emblemáticos da praça apresentam perdas, com as maiores a serem apresentadas pelo Nasdaq, que recuou 5,7%, seguido pelo S&P500, que recuou 3,35%, com o Dow Jones a ser o que menos desvalorizou, ao baixar 1,4%.

Também na Europa, o último dia da semana sorriu às bolsas, com os principais índices a ganharem entre os 0,9% e os 2,9%. Lisboa contrariou a tendência, com o PSI a encerrar a perder 0,07%, pressionado pela queda de 3,77% das ações do BCP.

Esta sexta-feira, as atenções estarão viradas também para a visita do chanceler alemão a Pequim, com o objetivo de “desenvolver ainda mais” a cooperação económica com a China, apesar de os dois países terem “visões diferentes”. “Também queremos abordar como podemos desenvolver a cooperação noutros temas, incluindo alterações climáticas, segurança alimentar e a crise de dívida soberana nos países em desenvolvimento”, disse Olaf Scholz ao Presidente chinês, Xi Jinping.

O Chefe de Estado chinês considera que esta visita fortalece a cooperação prática” entre China e Alemanha, de acordo com comentários divulgados pela televisão estatal CCTV. A primeira visita à China de um líder europeu e de um país do grupo G7 (sete maiores economias do mundo), desde o início da pandemia da Covid-19, decorre num cenário de crescente desconfiança ocidental em relação ao país asiático.

Embora o Governo de Scholz tenha já sinalizado um afastamento da abordagem puramente comercial em relação ao país asiático, cultivado pela antecessora Angela Merkel, acompanha o chanceler alemão uma delegação empresarial, que inclui os presidentes executivos da Volkswagen, BioNtech ou Siemens.

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Fraca execução do PT2020 no terceiro trimestre arrisca meta do Executivo para este ano

O Governo estabeleceu como meta “atingir os 87% de execução até ao final de 2022 e a plena absorção da dotação em 2023”, no OE2023. Até ao terceiro trimestre foram executados 78% das verbas.

A taxa de execução do programa de fundos comunitários Portugal 2020 aumentou apenas três pontos percentuais ao longo do terceiro trimestre deste ano. Faltam agora executar 22% deste quadro comunitário que tem de estar integralmente concluído no próximo ano, o que torna mais difícil cumprir a meta definida pelo Executivo no Orçamento do Estado. Continuam a ser as áreas do capital humano, da inclusão social e emprego e da competitividade e internacionalização que apresentam os níveis de execução mais elevados.

“O Portugal 2020 atingiu no terceiro trimestre de 2022 uma taxa de compromisso de 115% e uma taxa de execução de 78%. Face a junho de 2022, a despesa executada aumentou 693 milhões de euros, sendo de destacar, com maiores taxas de execução face ao fundo programado, os domínios temáticos do capital humano com 85%, da inclusão social e emprego com 82% e da competitividade e internacionalização com 79%”, pode ler-se no boletim trimestral.

O Governo estabeleceu como meta “atingir os 87% de execução até ao final de 2022 e a plena absorção da dotação em 2023”, de acordo com a proposta de OE2023. Isto significa que será necessário executar 12% das verbas no quarto trimestre para cumprir o objetivo definido. Para o conseguir, conta com a bolsa de recuperação e tem previstos mais exercícios de reprogramação de verbas.

Até setembro foram apoiadas cerca 44 mil empresas e o maior volume de pagamentos neste trimestre foi mesmo feito no domínio da competitividade e internacionalização, com uma concentração de 6,72 mil milhões de euros pagos aos beneficiários. Em seguida surge o capital humano com 4,1 mil milhões de euros pagos.

Em termos de Programas Operacionais o Capital Humano destaca-se com uma execução de 91%, seguido do Compete (87%). E nos extremos oposto está ao PO Algarve com 68% de execução e o PO Alentejo com 69%.

O comportamento do PO regionais abaixo dos restantes é um problema reconhecido pela ministra da Coesão. No documento entregue no Parlamento no âmbito das discussões do Orçamento do Estado na especialidade, Ana Abrunhosa, que tem a tutelas destes fundos, elenca quatro medidas para “garantir a plena execução do PO regionais”:

  • o aumento das taxas de cofinanciamento de projetos que têm uma comparticipação abaixo da máxima permitida;
  • avisos de overbooking condicionado, que permitem criar uma bolsa de projetos com muita elevada execução, para permitir cobrir eventuais quebras de execução;
  • no que toca ao aumento dos custos dos materiais e outros custos que têm implicações no aumento do custo das empreitadas, o Governo alterou a fórmula de cálculo da revisão de preços das empreitadas;
  • e permitir que este aumento na revisão de preços seja também comparticipado por fundos europeus.

A meta prevista de execução para os POR é de 82%, o que significa o financiamento de um investimento de 2.800 milhões de euros, apoiados por 1.500 milhões de euros. Considerando que no final de setembro a taxa de execução é de 71%, os POR têm quatro meses para executar 11 p.p., tarefa exigente e que tem exigido um trabalho de proximidade das CCDR com os promotores”, lê-se no documento.

Mas é no Compete que existe o maior diferencial entre as taxas de compromisso e de execução (54%) o que pode ser um indicador das dificuldades das empresas em executar as verbas que já lhe foram alocadas, num contexto de elevada incerteza, inflação elevada, falhas nas cadeias de abastecimento e receios de uma recessão no próximo ano. Um enquadramento que já levou muitas empresas a desistir ou rever em baixa os projetos que já receberam luz verde para obter financiamento comunitário.

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Greenvolt interessada em construir duas novas centrais de biomassa

O CEO da empresa indica ainda que a empresa não sai afetada pelos limites aos ganhos que a Comissão Europeia impôs aos produtores renováveis e aplaude a simplificação do licenciamento.

O CEO da Greenvolt, João Manso Neto, assume que a nova legislação, a qual garante tarifas para novas centrais de biomassa, torna atrativo aos olhos da Greenvolt a construção de até duas novas destas centrais.

Vamos fazer os esforços necessários para apresentar um projeto” para novas centrais de biomassa, indicou Manso Neto, na apresentação da reformulação de marca da Greenvolt, esta quinta-feira, em Lisboa. Na mesma ocasião, mencionou que a empresa consideraria construir “mais uma ou duas centrais”.

O recente decreto-lei prevê uma remuneração para centrais que contribua para o combate aos incêndios, indicou Manso Neto. “Não vou dizer que ganhemos, mas temos ideias claras de onde pode haver centrais de biomassa: sempre perto de zonas em que haja muita biomassa, como por exemplo a serra algarvia ou o norte do país. São zonas interessantes”, considerou.

Sem esta legislação, a construção de novas centrais seria “impossível”, diz o líder da Greenvolt, pois o preço de mercado é mais baixo que os custos marginais. “Porque é que merece uma tarifa? Há aqui um efeito social, de combate aos incêndios que tem de ser remunerado”, defende.

Questionado sobre se há matéria-prima suficiente, João Manso Neto diz acreditar que sim, embora “em quantidades pequenas e em zonas localizadas”.

Limites aos ganhos das renováveis não afetam a Greenvolt

Depois de o CEO da EDP ter admitido que uma nova taxa sobre os produtores de energia renovável na Roménia podia ter um impacto de três dígitos para a empresa, Manso Neto indica que a Greenvolt está a salvo destes impactos. Considera a proposta legislativa que se discute na Roménia “mal feita” na medida em que tem em conta as coberturas (hedging) e, “se a lei for para a frente assim, [a elétrica] vai ter de pagar a diferença entre o preço spot que não recebeu e o tal preço máximo”, explica.

No que diz respeito ao teto de 180 euros por megawatt-hora que a Comissão Europeia definiu, também não afeta a Greenvolt “em nada” na União Europeia, pois só tem centrais a operar com tarifa. Já em Inglaterra, pode haver algum impacto, dependendo da decisão que o país tenha. “Quando fizemos o projeto estávamos à espera de um preço de mercado de 40 libras. Portanto se houver um imposto ou um cap [teto] muito acima de 40 libras fico sempre melhor. Eu prefiro que não haja, mas se houver, é injusto? Não. Isto não é só a economia, uma pessoa tem de ser sensata. Em Inglaterra não sei o que vão pôr mas não estou preocupado”, remata.

Em paralelo, o fornecimento de materiais parece estar equilibrado, sem serem notórias disrupções decorrentes da pandemia. Há “uns azares mas não é dramático. Mais preocupante é a questão da mão-de-obra”, acusa. Para contornar este efeito, a empresa tem assinado contratos de médio prazo com alguns instaladores.

Simplificação do licenciamento “ajuda mas não é suficiente”

As novas regras que vêm simplificar o licenciamento de projetos renováveis, apresentadas há poucos meses, “ajudam, mas não é suficiente. As leis estão bem feitas, depois no terreno é que é que os organismos não têm por vezes os meios humanos necessários“, apontou.

 

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Banco de Portugal dá luz verde à liquidação do Efisa

Governo reconduz equipa de Sofia Torres na Parvalorem. Liquidação do Banco Efisa já recebeu autorização do regulador, depois de duas tentativas falhadas de venda. Parparticipadas mais perto do fim.

O Banco de Portugal já deu luz verde para a liquidação do Banco Efisa, depois de duas tentativas falhadas de venda da instituição financeira gerida por um veículo do Estado, na sequência da nacionalização do BPN, em 2008. Fecha portas dentro de um ano.

“O plano de liquidação do Banco Efisa foi recentemente aprovado pelo Banco de Portugal, antecipando-se um período de 12 meses para a sua execução e conclusão”, adiantou a Parparticipadas em resposta por escrito ao ECO.

Há anos que aquele veículo tenta vender o Banco Efisa, mas sem sucesso. Teve compradores, mas os processos nunca foram autorizados pelos reguladores. Primeiro foi a Pivot – sociedade constituída por um grupo de investidores onde se incluía a Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, ou o ex-ministro Miguel Relvas –, que chegou a oferecer quase 40 milhões, em 2015. Mais recentemente, o grupo árabe Bahrein IIBG Holdings deu 28 milhões de euros. Nenhum conseguiu selar o negócio. Também a sociedade portuguesa FIRMA mostrou interesse na licença bancária depois de ter caído a venda ao grupo árabe.

O Banco Efisa apresenta uma situação líquida bastante positiva, de mais de 30 milhões de euros. O capital próprio melhorou no ano passado, depois do lucro de 3,6 milhões, à boleia da reversão de imparidades para crédito na ordem dos cinco milhões. Ainda assim, nos anos anteriores, acumulou prejuízos de cerca de 15 milhões entre 2017 e 2020.

Agora, com a liquidação do banco, a Parparticipadas (um dos três veículos criados para gerir os despojos do BPN, responsável pelos ativos financeiros do ex-BPN) fica um passo mais perto da sua extinção por via da fusão na Parvalorem, seguindo o caminho da Parups (geria as obras de arte).

Para isso se concretizar, além da extinção do Banco Efisa, a Parparticipadas precisará ainda de vender a Imofundos e o fundo Imonegócios, cujo processo de alienação será lançado até final do ano, num negócio avaliado em cerca de 250 milhões de euros.

Governo reconduz Sofia Torres na Parvalorem

Entretanto, Sofia Torres foi reconduzida no cargo de presidente da Parvalorem para cumprir um mandato de três anos, com o objetivo de prosseguir a reestruturação daquela sociedade.

Até 2024, a missão da sua equipa passará por “reduzir estrutura de custos, para que seja menos onerosa para o Estado a missão de recuperar os ativos que foram adquiridos ao BPN”, sendo que grande parte dos ativos já foram liquidados – tinham sido recuperados 1,65 mil milhões de euros em numerário no universo das três PAR, mil milhões dos quais por via da Parvalorem.

Como as outras duas PAR, também o destino da Parvalorem passará pela sua extinção. Mas já não deverá acontecer durante o atual mandato de Sofia Torres, pois “subsiste uma carteira de crédito de dimensão ainda expressiva e cuja expectativa temporal para a sua recuperação ultrapassa” 2024. A sociedade diz que ainda está avaliar o lançamento de um processo para a externalização de parte da carteira de crédito e imóveis em sua posse.

Atualmente, o Estado é o único credor das PAR. A dívida tem vindo a reduzir-se progressivamente desde 2018 (atingiu 5,5 mil milhões) e deverá recuar para 5,1 mil milhões de euros até final deste ano, antecipa a Parvalorem.

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