OE: Seguradores querem poupança para a reforma nos benefícios fiscais

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2022

A APS quer empresas que aumentem trabalhadores em mais de 5,1% possam incluir nos cálculos, além de salário e segurança social, o que foi pago em seguros e poupança para reformas dos trabalhadores.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) entende que, na chamada lei do aumento de mais de 5,1%, a fórmula de cálculo com os encargos com empregados previsto na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023, para efeitos de benefícios fiscais, apresentado pelo Governo, deve ser alargada. No último dia de apresentação de alterações ao OE, um Contributo assinado por José Galamba de Oliveira, presidente da direção da APS, considera o conceito de “encargo” muito restrito na sua inclusão no artigo 178º relativo ao Aditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

“Entendemos que a definição de “Encargos” prevista na proposta original – remuneração fixa e das contribuições para a segurança social – é demasiado estrita e deixa de fora outros gastos que, para além de serem tradicionalmente muito valorizados pelos trabalhadores, podem contribuir para o seu bem-estar e segurança financeira, no presente e no futuro e que devem também, por isso, ser considerados para efeitos de atribuição do Incentivo fiscal à valorização salarial”, comentou José Galamba de Oliveira a ECOseguros, acrescentando que “isso permitiria a mais empresas poderem vir a beneficiar deste incentivo importante e, simultaneamente, contribuírem por exemplo para a poupança para a reforma dos seus colaboradores”.

Para o presidente da APS “o diagnóstico dos problemas do sistema publico de pensões é relativamente consensual e conhecido. A dificuldade tem estado em tomar medidas que possam mitigar os problemas conhecidos. E para a APS a solução terá de passar pela complementaridade dos produtos privados de poupança, quer de 2º, quer de 3º pilar”, conclui.

Colocar pensões e reformas na equação do Governo

No texto original da proposta de OE do Governo, “Encargos”, está definido como “os montantes suportados pela entidade empregadora com o trabalhador a título da remuneração fixa e das contribuições para a segurança social a cargo da mesma entidade”.

A APS propõe uma extensão desse conceito também a encargos com “seguros e operações do ramo Vida, contribuições para fundos de pensões, fundos de poupança-reforma ou quaisquer regimes complementares de segurança social, quando constituam direitos adquiridos e individualizados dos respetivos beneficiários ou quando forem atribuídos no âmbito do nº 2 ou nº 3 do artigo 43º do Código do IRC”.

Os artigos do Código do IRC referidos preveem serem considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15 % das despesas com o pessoal contabilizadas a título de remunerações, ordenados ou salários respeitantes ao período de tributação, os suportados com Contratos de seguros de acidentes pessoais de seguros de vida, de doença ou saúde, contribuições para fundos de pensões e equiparáveis ou para quaisquer regimes complementares de segurança social, que garantam, exclusivamente, o benefício de reforma, pré-reforma, complemento de reforma, benefícios de saúde pós emprego, invalidez ou sobrevivência a favor dos trabalhadores da empresa. Ainda os Contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados ou respetivos familiares. O limite estabelecido é elevado para 25 %, se os trabalhadores não tiverem direito a pensões da segurança social, lê-se no código do IRC.

O alargamento do conceito proposto pela APS quer permitir que todas as contribuições para seguros e poupança para reformas possam entrar nos cálculos e serem englobadas na contabilização em 150% como custo em IRC, pelo aumento salarial de trabalhadores em pelo menos 5,1 % entre o último dia do período de tributação do exercício em causa e o último dia do período de tributação do exercício anterior.

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Inspetores tributários juntam-se à greve da função pública marcada para dia 18

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Os inspetores tributários e aduaneiros “não se iludem com promessas e ilusões ‘vendidas’ pelo Governo para um futuro, que todos reconhecem como absolutamente incerto”.

A Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT) anunciou que vai juntar-se à greve da função pública de 18 de novembro, exigindo valorizações salariais que reponham o poder de compra e melhores condições de trabalho.

Num comunicado enviado esta segunda-feira às redações, em que anuncia a decisão em juntar-se à greve convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, a PIT afirma que os inspetores tributários e aduaneiros “não se iludem com promessas e ilusões ‘vendidas’ pelo Governo para um futuro, que todos reconhecem como absolutamente incerto”.

“Após mais de uma década de congelamentos salariais que levaram os trabalhadores da função pública para uma perda média de poder de compra de 11%, o Governo de maioria absoluta do PS – Partido Socialista apresenta-nos como solução a perda de mais um salário mensal no conjunto dos anos de 2022 e 2023”, refere a APIT. Esta paralisação servirá, afirma, para lutar contra a “manutenção de uma inaceitável quebra” do poder de compra e exigir “adequadas atualizações salariais”.

Entre os motivos de luta a APIT incluiu ainda uma “revisão urgente” e “verdadeira” das carreiras especiais da AT, a revisão do sistema de avaliação de desempenho (SIADAP), a eliminação dos cortes das ‘Ajudas de custo’, o reforço de funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) ou existência de condições básicas de trabalho, apontando o caso concreto do material informático e das próprias instalações.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública decidiu convocar uma greve geral para dia 18 de novembro, uma semana antes da votação final do Orçamento do Estado para 2023. Na ocasião, a estrutura sindical liderada por Sebastião Santana referiu que a proposta do Governo de aumentos salariais de 3,6%, “quando a inflação prevista se cifra agora nos 7,8% para este ano, e para o próximo ano não vai estar a zero”, é “uma proposta de empobrecimento” que os trabalhadores não podem aceitar.

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A nível internacional Portugal é reconhecido como “o produtor mais fiável e confiável de moda sustentável”

  • BRANDS' ECO
  • 14 Novembro 2022

A internacionalização das marcas portuguesas vai estar novamente em destaque no Portugal Exportador. Em antecipação ao evento, Manuel Serrão destacou a "boa reputação" do sector têxtil português

A propósito da 17ª edição de Portugal Exportador, que acontece no próximo dia 23 de novembro, em Lisboa, Manuel Serrão, Presidente Executivo da Associação Selectiva Moda, falou com o ECO sobre a internacionalização da indústria têxtil portuguesa. Portugal exporta quase a totalidade do que produz e está muito bem visto no mundo da moda sustentável.

Quais os novos mercados que são uma aposta segura nesta fase do Mundo?

No caso da nossa ITV , indústria têxtil e vestuário , tem existido uma aposta e um investimento consistente no mercado europeu e norte americano, ainda que comecem a ser também explorados novos mercados emergentes na América Latina e alguns países de África e Ásia, como o Japão, mas também a Coreia do Sul e Marrocos, por exemplo.

Como vê a importância de um evento como o Portugal Exportador?

No caso da Associação Selectiva Moda a maior importância está exatamente na nova área “Mundo” onde vamos poder divulgar as nossas ações de promoção internacional da fileira têxtil e vestuário, nomeadamente as próximas edições do Modtissimo em Fevereiro e Setembro de 2023 e o nosso Projecto Conjunto de Internacionalização, o From Portugal 2023, onde já contamos com a adesão de mais de 200 empresas.

No seu entender o Portugal Exportador pode ser o local de partilha de informação e boas práticas entre as várias associações empresariais relativamente aos projetos que desenvolvem?

Existindo tempo para isso, claro que é mais uma boa oportunidade para esse networking associativo. Com a indispensável participação da Aicep, como é evidente.

É importante haver parcerias entre as associações?

Sempre consideramos que essas parcerias são fundamentais para a coordenação das nossas ações internacionais, sobretudo em termos da promoção da imagem do nosso país e tanto quanto sei a própria Aicep está empenhada em dar novos contributos para esse louvável objetivo.

Como olha para o movimento associativo em Portugal?

Nos 35 anos que já levo de cooperação com o universo do associativismo empresarial julgo que ele tem melhorado muito na sua necessária profissionalização e profissionalismo. Uma vez mais a Aicep tem feito um bom trabalho no reconhecimento da política de que cada Associação setorial tem uma noção mais concreta das ações e objetivos a prosseguir e atingir em cada setor específico de atividade.

Acredita que as competências digitais, uma ferramenta que será trabalhada no Portugal Exportador, podem ser importantes?

Para o nosso setor têxtil e vestuário a digitalização é um processo em curso de grande relevo e importância, a par das questões da sustentabilidade em que Portugal se tem vindo a posicionar na vanguarda europeia e mundial. Atualmente é internacionalmente reconhecido como o produtor mais fiável e confiável de moda sustentável.

Acha que Portugal é um país exportador no seu setor?

A indústria têxtil e vestuário portuguesa exporta mais de 80% de tudo o que produz.

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Funcionários públicos aumentam 1,3% para 733.771 no terceiro trimestre

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

O crescimento de 1,3% no emprego público no terceiro trimestre de 2022 resultou, sobretudo, do aumento na administração central (0,9%) e na administração local (2,9%).

O número de trabalhadores da administração pública totalizou 733.771 no terceiro trimestre, um aumento de 1,3% face ao período homólogo, mas uma diminuição de 1% comparando com o trimestre anterior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pela DGAEP.

Face a dezembro de 2011, há mais 6.070 postos de trabalho na administração pública, correspondente a um crescimento de 0,8%, revela a síntese estatística do emprego público da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Em termos homólogos, o crescimento de 1,3% no emprego público no terceiro trimestre de 2022 resultou, sobretudo, do aumento na administração central (0,9%) e na administração local (2,9%).

Na administração central, o aumento de emprego verificou-se, essencialmente, nas Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação (mais 2.360 postos de trabalho), nas Entidades Públicas Empresariais (EPE) do Serviço Nacional de Saúde (mais 1.951) e nos Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário (mais 1.585).

Entre as carreiras que mais contribuíram para o aumento homólogo do emprego, a DGAEP destaca as carreiras de docente do ensino superior politécnico e do ensino universitário (mais 2.085 no seu conjunto), das forças de segurança (mais 960), de técnico superior (811), de enfermeiro (791), de médico (706) e de assistente operacional (mais 696 postos de trabalho).

Já em comparação com o final do trimestre anterior, o emprego público caiu em 7.356 postos de trabalho (menos 1%) devido sobretudo à redução do emprego nas áreas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que perderam, no seu conjunto, 7.783 trabalhadores.

Esta redução trimestral reflete “a atividade de mudança de ano letivo com os processos de colocação dos docentes nos estabelecimentos de ensino superior e de ensino básico e secundário, bem como dos técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular (AEC) no ensino básico e secundário, ainda a decorrer no final do terceiro trimestre”, explica a DGAEP.

Na área governativa da Defesa Nacional, a redução de 755 postos de trabalho está relacionada com a diminuição do emprego nas Forças Armadas, sobretudo praças e sargentos“, acrescenta o organismo.

Quanto às remunerações, o documento revela que, em julho, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo era de 1.559,4 euros, um aumento médio de 0,1% face ao mês de referência do trimestre precedente (abril 2022), e uma subida homóloga de 1,6% “por efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios e da atualização do valor da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) e do valor da base remuneratória para 705,00 euros”.

O ganho médio mensal (que inclui suplementos remuneratórios) era, em julho, de 1.825 euros, correspondendo a uma subida de 0,5%, face ao trimestre anterior e de 1,2% em termos homólogos. “A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e da diminuição global da importância das restantes componentes do ganho, como subsídios e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias”, indica a DGAEP.

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Líder chinês reiterou ao Presidente dos EUA preocupação com guerra na Ucrânia

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Xi disse a Biden que “conflitos e guerras não produzem nenhum vencedor” e defendeu que “não existe uma solução simples para uma questão complexa”.

O Presidente chinês, Xi Jinping, reiterou esta segunda-feira ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, num encontro na Indonésia, que a China está “muito preocupada” com a guerra na Ucrânia e que Kiev e Moscovo devem retomar as negociações.

Apoiamos e aguardamos com expectativa o reinício das conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia”, disse Xi, segundo o relato do encontro divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. A China também espera que os Estados Unidos, a União Europeia e a NATO “conduzam diálogos abrangentes com a Rússia”.

Xi disse a Biden que “conflitos e guerras não produzem nenhum vencedor” e defendeu que “não existe uma solução simples para uma questão complexa”. Os dois presidentes reuniram-se durante mais de três horas na ilha indonésia de Bali, à margem da cimeira do G20, o grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes.

Segundo o relato do encontro divulgado pela Casa Branca, citado pela agência espanhola EFE, Xi e Biden concordaram em rejeitar a utilização de armas nucleares na guerra na Ucrânia, como a Rússia tem ameaçado. No entanto, o comunicado chinês não menciona este ponto, referindo que os dois líderes “trocaram pontos de vista sobre a crise na Ucrânia” e dando conta depois das posições de Xi sobre a questão.

A China evitou sempre criticar a Rússia, que considera um parceiro estratégico, mas também tem recusado desempenhar um papel ativo na resolução do conflito, como lhe tem sido pedido por outros países. Xi também disse a Biden que o mundo é suficientemente grande para que ambos os países se possam desenvolver e prosperar, segundo o comunicado chinês.

“Nas atuais circunstâncias, a China e os Estados Unidos partilham mais, e não menos, interesses comuns”, disse. A China não procura desafiar os Estados Unidos ou “alterar a ordem internacional existente”, disse também, apelando para que ambas as partes se respeitem mutuamente.

Xi defendeu ainda que “nenhum país tem um sistema democrático perfeito” e que as diferenças específicas entre os dois lados podem ser discutidas, “mas apenas na condição prévia da igualdade”. “A chamada narrativa ‘democracia versus autoritarismo’ não é a característica que define o mundo de hoje, muito menos representa a tendência dos tempos”, afirmou, segundo o comunicado chinês, que nada refere sobre direitos humanos.

No seu comunicado, a Casa Branca disse que Biden falou sobre a situação dos direitos humanos na China e, em particular, as ações de Pequim na região ocidental de Xinjiang, em Hong Kong e no Tibete. Sobre a Coreia do Norte, também não referida no comunicado chinês, Biden transmitiu as suas preocupações sobre o comportamento do regime de Kim Jong-un, que intensificou o lançamento de mísseis e pode estar a preparar-se para realizar o seu primeiro ensaio nuclear desde 2017.

Disse “ao Presidente Xi que penso que eles têm a obrigação de deixar claro à Coreia do Norte que não devem realizar testes nucleares”, revelou Biden na conferência de imprensa após a reunião. O comunicado chinês também colocou maior ênfase nas relações comerciais do que o comunicado norte-americano.

Especificamente, de acordo com Pequim, Xi avisou Biden de que iniciar uma guerra comercial e tecnológica, procurando a desvinculação económica ou o corte das cadeias de abastecimento, “não serve os interesses de ninguém”.

A Casa Branca apenas aludiu às práticas chinesas que vão contra a economia de mercado e não fez qualquer menção às tarifas que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) impôs às importações chinesas e que Biden manteve. Também não abordou as novas restrições que Washington colocou à venda de ‘microchips’ chineses, segundo a EFE.

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Coimbra aumenta preço dos bilhetes de autocarro

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

A proposta mantém o valor dos passes, mas acompanha a atualização tarifária para os bilhetes adquiridos a bordo e aos pré-comprados em 6,11%.

A Câmara Municipal aprovou esta segunda-feira o tarifário para 2023 dos Transportes Urbanos de Coimbra, que prevê o aumento dos bilhetes a bordo em dez cêntimos e de cerca de três cêntimos por bilhete na compra de títulos pré-comprados.

A proposta do tarifário para 2023 dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) foi aprovada com os votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt) e contra do PS e da CDU.

A proposta mantém o valor dos passes – tal como determinado pelo Governo – mas acompanha a atualização tarifária para os bilhetes adquiridos a bordo e aos pré-comprados em 6,11%. Na sua intervenção antes de a proposta ser votada, a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, realçou que o custo do bilhete a bordo, que irá passar de 1,6 euros para 1,7 euros, continua abaixo do valor praticado em Lisboa e no Porto, que é de dois euros.

“Coimbra tem de iniciar a caminhada de incentivo à fidelização do uso do transporte público, onde a revisão do tarifário aplicável assume um passo determinante”, defendeu a vereadora. No caso dos títulos pré-comprados (que terão um aumento de três cêntimos por bilhete quando são comprados 11), o tarifário “é muito baixo comparativamente ao custo do passe, ao contrário do que se passa noutras cidades”, notou.

Ana Bastos destacou que 10 títulos pré-comprados têm atualmente um custo de 0,58 euros por viagem, sendo necessário fazer “mais de 60 deslocações” nos SMTUC (quase três viagens por dia útil) para justificar o preço do passe, “o que é insensato”.

Também neste caso, a vereadora apontou para o que acontece no Porto e em Lisboa, em que os títulos pré-comprados têm um custo entre 1,25 euros e 1,35 euros por viagem, sendo necessárias entre 22 e 24 viagens para justificarem a compra do passe em detrimento de um conjunto de bilhetes pré-pagos.

A vereadora do PS Regina Bento criticou a proposta, recordando que o anterior executivo, do qual fez parte, “nunca aumentou as tarifas da água” nem o preço dos transportes. “A insensibilidade social deste executivo é arrepiante”, protestou, considerando que, numa altura em que “Coimbra precisa que as pessoas andem de transporte público – até para aliviar o trânsito que se acumula na cidade devido às obras do Metro Mondego –, o preço aumenta”.

Regina Bento questionou ainda o executivo se a atual política tarifária para os SMTUC vai permitir atrair utentes, considerando “politicamente inaceitável” a atual proposta num momento de crise. Já o vereador da CDU, Francisco Queirós, também criticou o aumento do valor dos bilhetes pré-comprados e a bordo.

Em resposta, Ana Bastos vincou que, mesmo que o Governo não financiasse os passes, o seu preço seria mantido, considerando que esse é “uma resposta direta às necessidades” das pessoas. “O passe tem de ser competitivo em relação à compra individual”, defendeu, notando ainda que o valor continua a estar “muito abaixo daquilo que deveria ser uma resposta equilibrada” para incentivar a compra do passe.

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Restauração e hotelaria apontam trimestre “preocupante” com aumento de custos

  • Lusa
  • 14 Novembro 2022

Para 71% das empresas da restauração e 83% das empresas de alojamento, os custos com matérias-primas aumentaram até 50%, segundo um inquérito da AHRESP.

O setor da hotelaria e restauração, que registou aumentos de custos de matérias-primas de até 50% nas últimas semanas, antecipa que os últimos três meses do ano sejam “preocupantes”, de acordo com um comunicado da AHRESP.

Na nota, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) deu conta dos resultados do seu inquérito mais recente, “realizado durante a segunda quinzena de setembro e a primeira de outubro, quer para as empresas de restauração e similares, bem como do alojamento turístico”, que conclui que “as consequências da inflação são cada vez mais preocupantes para a sustentabilidade dos negócios”.

Assim, segundo a AHRESP, “para 71% das empresas da restauração, e para 83% das empresas de alojamento, os custos com matérias-primas aumentaram até 50%”, sendo que “a escassez de produtos essenciais também já se faz sentir”, segundo foi “referido por 73% das empresas da restauração e por 26% do alojamento”.

A associação disse ainda que “perante este agravamento de custos, a atualização dos preços de venda foi inevitável, com 83% das empresas da restauração e 69% do alojamento a aumentarem os seus preços de venda”, ressalvando que “na restauração (51%) e no alojamento (45%), o aumento não ultrapassou os 10%”.

De acordo com a associação, nesta altura, já de época baixa, “a retração no consumo já se evidenciou”, sendo que “no mês de setembro, 54% das empresas de restauração e 49% do alojamento sentiram quebras na faturação até 20%”.

A associação recordou que “para atenuar os efeitos perversos deste ciclo inflacionista, que poderá vir a agravar-se, a AHRESP tem vindo a propor medidas temporárias, como a aplicação da taxa reduzida de IVA nos serviços de alimentação e bebidas e nas tarifas de energias, gás e eletricidade”, destacando que “as respostas ao inquérito, confirmam a pertinência destas medidas, na medida em que, para a restauração, 89% das empresas confere como prioritária a medida do IVA e para 81% do alojamento a redução do IVA na energia”.

Segundo a associação, “a ausência de medidas preventivas, irá provocar um novo aumento de preços, despedimento de trabalhadores e encerramento de empresas”. A AHRESP indicou que “na restauração, 68% ponderam aumentar preços, 37% provocar despedimentos e 13% encerrar a atividade” e que “no caso do alojamento turístico, 63% das empresas refere também que terá que aumentar preços, 15% irá avançar com despedimentos e 8% equaciona o encerramento da atividade”.

Por outro lado, “as perspetivas para o último trimestre do corrente ano são muito preocupantes” com 45% das empresas da restauração e 31% do alojamento a considerarem que “este último trimestre será pior ou muito pior que o quarto trimestre de 2019”.

A AHRESP alertou ainda que “além do contexto inflacionista, a subida das taxas de juros certamente que também provocará um forte impacto no rendimento disponível das famílias, conduzindo inevitavelmente a uma retração no consumo” dos serviços dos seus associados.

“Estamos certos de que o Governo, atento à conjuntura e ao seu provável agravamento, procure melhorar o nível de rendimento familiar, como aliás recentemente já aconteceu, evitando o que atrás se referiu”, rematou. O inquérito decorreu entre 22 de setembro e 10 de outubro, “tendo-se obtido um total de 473 respostas válidas e representativas dos setores da restauração e similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional”, segundo a AHRESP.

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BCP reduz capital social para reforçar fundos elegíveis para dividendos

  • ECO
  • 14 Novembro 2022

Banco vai reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros com vista ao "reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis".

O BCP anunciou a realização de uma assembleia geral de acionistas no próximo mês para reduzir o capital social em 1,7 mil milhões de euros, com vista a reforçar os fundos que possam ser canalizados para dividendos.

No próximo dia 20 de dezembro, os acionistas vão votar “a reformulação das rubricas de capital próprio, compreendendo o reforço dos fundos suscetíveis de qualificação regulatória como distribuíveis, mediante a redução do capital social em 1.725 milhões euros”, segundo comunicou o banco ao mercado. A instituição adianta que a redução do capital não vai alterar nem o número de ações nem a situação líquida do banco.

O BCP registou lucros de 97 milhões de euros até setembro, uma subida de 63% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado, apesar de positivo, foi afetado negativamente pelos problemas com o banco polaco Bank Millennium.

Este ano, o banco liderado por Miguel Maya pagou um dividendo de 13,6 milhões de euros aos acionistas, correspondendo a 0,09 cêntimos por ação, por conta dos lucros do ano passado.

O BCP encontra-se num quadro de incerteza entre os seus acionistas, nomeadamente com a Fosun, que detém quase 30% e está a vender ativos para fazer face à sua dívida, embora o grupo chinês tenha garantido que vai continuar no banco. Também a Sonangol está numa fase de desinvestimentos.

Além do tema da redução do capital social, a assembleia geral do BCP tem mais dois pontos na ordem de trabalhos: deliberar sobre a ratificação da cooptação pelo conselho de administração dos administradores Altina Gonzalez e Pedro Ferreira Malaquias para o mandato de 2022-2025 e ainda deliberar sobre a eleição de vogal suplente da comissão de auditoria para o mesmo período.

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Quase metade das famílias portuguesas tem dívidas. Saiba como evitar entrar numa espiral de endividamento

Cortar com o cartão de crédito e planear um orçamento mensal são os primeiros passos para deixar de viver com aflição financeira todos os meses. Saiba como evitar uma aflição financeira.

Em Portugal, cerca de 45% das famílias têm dívidas. Segundo os resultados do último Inquérito à Situação Financeira das Famílias (ISFF) publicado pelo Banco de Portugal, a percentagem de famílias com dívidas aumenta com a idade até ao grupo etário 35-44 anos e reduz-se nos grupos etários seguintes.

Viver sem dívidas parece uma verdadeira utopia para a maioria dos portugueses. Pelo menos de acordo com os dados do Banco de Portugal, que revelam um grau de endividamento das famílias equivalente a 83,7% do seu rendimento disponível no final do segundo trimestre deste ano. Apesar de elevado, são valores bem abaixo dos registados no período de 2007 a 2013, quando o rácio de endividamento das famílias estava acima dos 110% do rendimento disponível.

Fonte: Banco de Portugal.

Para esta queda do nível de endividamento das famílias muito contribuiu a descida das taxas de juro desde 2013. Porém, essa tendência mudou muito no último ano, com a agressiva política monetária do Banco Central Europeu que, em menos de seis meses, elevou a taxa de juro do euro de 0% para os atuais 2% e com isso provocou uma escalada das taxas Euribor (que servem de referência aos créditos) para perto dos 3%, quando há menos de um ano estava a cotar a valores negativos.

Para que não venha a entrar em incumprimento ou a enfrentar uma situação de maior aflição financeira, comece já hoje a tomar medidas para bem das suas finanças pessoais:

  1. Faça um planeamento em família
    Um orçamento mensal bem planeado é meio caminho para uma vida financeira saudável. Mas para isso suceder é preciso a colaboração de toda a família. Comece por juntar toda a família à volta da mesa de jantar. De seguida, peça para cada membro elaborar uma lista de 20 despesas que ache fundamental para toda a família. Por fim, pegue numa lapiseira e aponte numa folha de papel as 15 despesas mais repetidas. De uma forma simples, acabou por eliminar 5 faturas das quais a família não sentirá muita falta e o seu orçamento agradecerá de bom agrado.
  2. Pague o cartão de crédito a 100%
    O cartão de crédito é o inimigo número um da maioria das famílias. O plafond do cartão desperta em muitos consumidores um sentimento de posse exagerada que os leva a acreditar que podem comprar mais do que aquilo que podem pagar. Porém, quando utilizado de forma sensata revela-se num instrumento bastante útil para fazer face a uma situação de emergência. Por essa razão, se já tem um cartão de crédito não o destrua. Guarde-o antes numa gaveta bem longe do seu campo de visão e quando o utilizar lembre-se de pagar a dívida sempre a 100%, evitando que haja lugar à cobrança de juros. Se não tiver qualquer cartão de crédito, continue assim ou então procure um que não cobre anuidades e ofereça descontos pela sua utilização.
  3. Rejeite o crédito fácil
    Não é raro receber um sms ou um telefonema do seu banco ou de um qualquer outro intermediário financeiro a oferecer-lhe um crédito pré-aprovado ou um cartão de crédito. Por trás das facilidades de obtenção de um crédito escondem-se taxas de juro elevadas e um mar de comissões. Tome cuidado com as “oferendas”.
  4. Não se deixe convencer pelas “suaves prestações”
    Se lhe venderem um crédito com o princípio de que permitirá pagar em “suaves prestações mensais” desconfie. O pagamento da dívida será tudo menos suave. No caso do crédito pessoal sem finalidade específica, por exemplo, a “suavidade” do pagamento pode traduzir-se numa taxa de juro até 13,3%.

(texto adaptado do editorial da newsletter de finanças pessoais “Portefólio Perfeito” enviada esta segunda-feira de manhã aos subscritores. Para passar a recebê-la só tem de fazer o seu registo aqui.)

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Mercado bolsista de Paris ultrapassa Londres

O mercado bolsista francês vale agora cerca de 2.823 biliões de dólares, ultrapassando por pouco o valor do mercado britânico. Pequenas empresas e retalhistas estão entre as mais afetadas.

Londres perdeu para Paris o estatuto de maior mercado de ações na Europa, avança esta segunda-feira a Bloomberg. O mercado bolsista francês vale agora cerca de 2.823 biliões de dólares, ultrapassando por pouco o mercado bolsista do Reino Unido, no valor de 2.821 biliões. O mercado britânico valia em 2016 mais 1,5 biliões de dólares em relação a França.

Entre as empresas mais afetadas do mercado britânico estão as de menor dimensão, bem como as empresas orientadas para o consumidor. Retalhistas como a JD Sports já caíram mais de 40% em 2022. Em contraciclo estão as empresas britânicas de maior dimensão, que se encontram isoladas dada a sua presença global.

No mercado bolsista francês, empresas como a dona da Louis Vuitton (LVMH) e da Gucci (Kering) estão em destaque, evidenciando a resiliência do setor de luxo. Para o antigo economista do Banco de Inglaterra, Michael Saunders, a razão pela qual o Reino Unido se encontra a iniciar um período de austeridade deve-se ao Brexit.

A economia do Reino Unido como um todo foi permanentemente prejudicada pelo Brexit”, citou a Bloomberg. Para o economista, sem o Brexit, “provavelmente não estaríamos a falar sobre um orçamento de austeridade esta semana”, nem haveria a necessidade de aumentos de impostos ou cortes na despesa, acrescentou.

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ERSE garante “independência e transparência” na regulação da energia

Entidade presidida por Pedro Verdelho garante ter mantido "independência e transparência" na regulação da energia, desde 1997.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) garantiu exercer com “independência e transparência” as suas funções enquanto regulador de energia desde 1997, sublinhando que o seu papel é considerado, a nível internacional, como “um exemplo de referência e de boas práticas de governação”.

Numa nota enviada esta segunda-feira às redações, a entidade presidida por Pedro Verdelho sublinha que os quatro conselhos de administração da ERSE “orientaram sempre a sua ação pelos valores da Independência“, estando estes “suportados na qualidade e solidez do seu quadro técnico e num modelo de governação que resulta de um conjunto de políticas, práticas, regras e procedimentos de boa gestão”.

O comunicado surge no mesmo dia da divulgação de um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) onde é feita uma avaliação às autoridades reguladoras das telecomunicações (Anacom), da energia (ERSE) e da Concorrência.

Os autores concluem que o regulador da energia é a entidade reguladora “mais politizada” porque “ao longo dos mais de vinte anos de vida da entidade, 50% das nomeações para o conselho de administração correspondem a indivíduos com experiência política, na sua maioria em cargos no Governo, como Secretário de Estado ou membro de gabinetes governativos”.

Na nota divulgada, a ERSE garante existir um “elevado escrutínio” no que toca à eleição dos membros para os seus conselhos de administração, sublinhando que “os membros dos seus Conselhos de Administração exerceram sempre as suas funções com elevada qualidade, de forma independente e com sentido de responsabilidade pela causa pública, o que tem prestigiado a regulação em Portugal”, argumentam.

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Português Miguel Stanley eleito um dos 32 dentistas mais influentes do mundo

  • Trabalho
  • 14 Novembro 2022

O fundador e diretor clínico da White Clinic, em Lisboa, ocupa o 29.º lugar da lista da Incisal Edge.

O fundador da White Clinic – Dentist, Miguel Stanley, está entre as 32 personalidades mais influentes na indústria da medicina dentária, ocupando o 29.º lugar. É o único nome português que consta da lista da Incisal Edge, publicada a cada ano.

Fundador e diretor clínico da White Clinic, localizada em Lisboa, Miguel Stanley cofundou a organização suíça sem fins lucrativos Slow Dentistry Global Network, é vice-presidente da Digital Dentistry Society, professor adjunto da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade da Pensilvânia e conferencista internacional.

“Estou a estudar a terapia com células estaminais combinada com terapia da luz e um monte de outras tecnologias de biohacking fixes“, diz o dentista. O profissional está também a trabalhar com a colega Ana Paz para desenvolver o que chama de “Paz Protocol”, que combina a dermatologia e a biologia dentária para cuidados extraordinários com a pele.

O primeiro lugar do pódio pertence, por sua vez, a Joseph Hogan, CEO, presidente e diretor da Align Technology (EUA). Guillaume Daniellot, CEO do Straumann Group (Suíça), e Cheryl Pegus, executive vice president da Health & Wellness (EUA), ocupam os 2.º e 3.º lugares, respetivamente.

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