Dirigente do BCE aponta para subidas de juros até ao Verão
Klaas Knot, também presidente do banco central dos Países Baixos, considera que BCE deveria ter iniciado política monetária mais agressiva ainda em 2021 e não apenas em março de 2022.
O Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a subir as taxas de juro de referência pelo menos até ao início do verão. O presidente do banco central dos Países Baixos, Klaas Knot, admite que o pico dos juros poderá ser atingido em julho e atenta que o combate à inflação é uma medida de longo prazo.
“O risco de não fazermos o que é suficiente continua a ser o maior risco. Estamos apenas a iniciar a segunda metade do nosso caminho”, considera o responsável que integra o conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) em entrevista o Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês). São expectáveis, por isso, várias subidas dos juros de 50 pontos base nas cinco reuniões de política monetária marcadas entre janeiro e julho.
Klaas Knot é um dos membros mais antigos do conselho de governadores do BCE e esteve por dentro das medidas tomadas em 2011. Entende que a instituição “deveria ter tido um pouco mais de atenção” aos baixos níveis da inflação principal — que exclui a volatilidade dos preços da energia e dos alimentos — antes de ter subido as taxas de juro para combater a subida dos preços do petróleo.
O responsável entende que o BCE deveria ter agido mais cedo, parando o programa de compra de ativos no final de 2021 e não apenas em março de 2022. Entende ainda que a instituição tem o desafio de comunicar a particulares e empresas os benefícios de subir as taxas de juro em período de desaceleração da economia. Klaas Knot acredita ainda que uma eventual recessão da economia será “curta e superficial”.
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