dreamMedia vai a tribunal para travar entrega da publicidade exterior em Lisboa à JCDecaux

A dreamMedia diz que o acordo entre a JCDecaux e a MOP "contribuirá para criar ou reforçar entraves à concorrência efetiva no mercado da publicidade exterior".

A dreamMedia vai recorrer da decisão da Autoridade da Concorrência (AdC), que deu luz verde à JCDecaux para explorar a publicidade exterior em Lisboa, com o compromisso de a concorrente MOP assumir parte da concessão da publicidade outdoor da cidade. A decisão do regulador tem por base “um acordo celebrado entre a JCDecaux e a MOP”, aponta a dreamMedia, o que “configura uma verdadeira cartelização do mercado”.

A dreamMedia vai, por isso, “recorrer desta decisão através de todos os meios legais de que dispõe, desde já junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, no sentido de garantir a suspensão da eficácia desta decisão”, garante a operadora de outdoor que, em 2017, participou no concurso ganho pela JCDecaux, situação que levou a empresa a avançar na época com uma providência cautelar.

A JCDecaux e a MOP terão feito um acordo depois de “terem mantido provavelmente durante cerca de um ano contactos e reuniões para dividirem entre si a publicidade na cidade de Lisboa”, segundo diz a dreamMedia. Isto “configura uma verdadeira cartelização do mercado e que é, para além de uma flagrante ilegalidade”, acusa o CEO Ricardo Bastos, citado em comunicado.

A JCDecaux e a MOP são sócias entre si numa empresa do setor, a JCDecaux Airport, diz ainda a dreamMedia.

“A MOP é o “parceiro” que mais convém, porque não tem qualquer experiência nem concessões na área do mobiliário urbano na via pública. É um operador de publicidade em transportes e, não sendo um verdadeiro concorrente, é sem dúvida o melhor parceiro, precisamente para não fazer concorrência à JCDecaux”, defende Ricardo Bastos, citado em comunicado.

“Esta decisão, a produzir efeitos, contribuirá para criar ou reforçar entraves à concorrência efetiva no mercado da publicidade exterior”, defendendo também que a solução aceite pela AdC é uma “construção ilegal no que à legislação dos contratos públicos diz respeito”.

A empresa avançou assim para os tribunais, informando que “deu entrada no passado dia 5 de abril nos tribunais administrativos competentes, uma ação de condenação do Município de Lisboa à não emissão do ato administrativo de autorização da subconcessão à MOP de 40% do Lote 1 do Contrato de Lisboa”.

A dreamMedia acrescenta ainda que “o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e todos os grupos políticos representados na respetiva Assembleia Municipal foram já informados”.

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Boris Johnson pede desculpa por festas, mas recusa demitir-se

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

"Paguei a multa", disse o primeiro-ministro britânico, depois de se desculpa pela partygate. “Quero agora continuar e cumprir o mandato que me cabe”, acrescentou.

O primeiro-ministro britânico pediu esta terça-feira desculpa mas recusou demitir-se, após ser multado por uma festa de aniversário em Downing Street em infração das normas anti-covid-19, uma sanção sem precedentes para um chefe de Governo britânico em exercício.

“Quero já dizer-vos que paguei a multa e que apresento mais uma vez as minhas desculpas”, declarou Boris Johnson à televisão britânica BBC, acrescentando, quando questionado sobre os apelos para a sua demissão: “Quero agora continuar e cumprir o mandato que me cabe”.

Embora em janeiro se pensasse que Johnson poderia ver-se obrigado a demitir-se por causa da crise batizada como “Partygate”, o dirigente conservador parece agora protegido por as atenções se terem desviado para a guerra na Ucrânia.

A punição, anunciada por Downing Street, constitui, no entanto, um revés grave para Boris Johnson, que não só infringiu a lei, mas também correu o risco de assegurar não ter feito nada de ilegal no parlamento, quando houve festas de despedida, aperitivos ao sol e outras celebrações durante os períodos de confinamento para combate à pandemia de covid-19, reveladas nos últimos meses pela imprensa.

Ao pedir desculpa na televisão, explicou que essa festa-surpresa de aniversário realizada a 19 de junho de 2020, na sala do conselho de ministros, para assinalar o seu 56.º aniversário, durou “menos de dez minutos”. “Devo dizer francamente que não me pareceu, na altura, que tal infringisse as regras”, sustentou.

Embora garantindo “compreender a raiva”, descartou os apelos à demissão feitos nomeadamente pelo líder dos trabalhistas, Keir Starmer, e pela primeira-ministra independentista escocesa, Nicola Sturgeon.

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“TAP voltará a dar lucro”, garante Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos diz que "o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto". Garante que "voltará a dar lucro".

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, não queria comentar o tema TAP, mas acabou por o fazer no Porto. “Disse que não ia dizer nada sobre a TAP, mas não resisto. É a vida”. Pedro Nuno Santos assegura que “o plano de reestruturação da TAP está a ser cumprido e os resultados estão a ser melhores até do que estava previsto”. Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, “estamos no caminho certo para que a empresa possa ser viável e continuar a servir a economia nacional”.

Interpelado pelos jornalistas à margem de uma cerimónia de assinatura de acordos na área da habitação, na câmara do Porto, o ministro frisou que “há um plano de reestruturação que foi negociado com Bruxelas e que está a ser cumprido e é esta a primeira apreciação que se faz perante a a apresentação de contas da TAP”. Mais, garantiu: “Se o plano de restruturação for cumprido com todas as suas metas, isso quer dizer que a TAP em pouco tempo voltará ao lucro, ou seja, será uma empresa que dará lucro”.

O governante acredita que “não vai haver nenhum problema. Antes pelo contrário, a TAP passará a ser um ativo importante que contribui para a economia nacional”.

Avisou, contudo, que não se pode esquecer que “apesar de a TAP ser uma empresa com capitais públicos, tem uma administração e toma decisões de gestão que devem ser respeitadas no quadro de autonomia da sua equipa”. Por isso, notou: “Sobre as decisões de gestão não falo. Não sou a pessoa mais indicada para o fazer”.

Recorde-se que o aumento no número de passageiros transportados e de receitas não evitou um crescimento dos prejuízos da TAP, que somaram 1.599,1 milhões de euros em 2021, ultrapassando os 1.230 milhões de 2020. Este agravamento deveu-se aos custos não recorrentes de 1.024,9 milhões com o encerramento da Manutenção e Engenharia no Brasil no quarto trimestre.

Ministro nega “desvio de verbas” na Linha do Douro

A propósito da ferrovia, o ministro aproveitou para negar ter existido “desvio de verbas” na Linha do Douro, argumentando que houve problemas com o projetista na modernização do troço Marco de Canaveses – Peso da Régua, o que atrasou a obra e por consequência teve de passar a ser financiada pelo Portugal 2030.

“Infelizmente, no investimento público – e também no privado – vamos enfrentando um conjunto de circunstâncias que não estavam antecipadas e tivemos um problema no troço Marco-Régua com o projetista que não foi capaz de entregar o resultado”. Logo, explicou o governante, “tivemos de lançar novo procedimento, encontrar novo projetista e isso atrasou muito o que estava inicialmente programado”. O ministro das Infraestruturas sublinhou que estas “são circunstâncias que não constam dos títulos nem das notícias, mas que explicam porque há um atraso”.

Além disso, justificou, a Infraestruturas de Portugal (IP) pediu “dispensa de Impacte Ambiental, porque entendia que uma mera eletrificação não justificava“, mas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “teve um entendimento diferente“. Por isso, notou, “tivemos de a fazer [declaração de Impacte Ambiental] e são circunstâncias que, não estando antecipadas, explicam porque é que há um atraso”.

Por isso mesmo, não foram usadas as verbas no âmbito do Portugal 2020, como estava previsto e que foram “usadas noutro sítio que estava mais avançado”.

Pedro Nuno Santos alertou ainda para “o abandono” da linha do Douro, ou seja, “não havia previsão nenhuma de investimento” até que o Governo começou a eletrificar a linha até ao Marco de Canaveses e “vamos avançar até ao Peso da Régua. E depois até Pocinho”. O ministro gostaria que “houvesse condições financeiras de chegar ate à fronteira, nomeadamente, até Barca d’Alva, e aproveitar em plenitude todo o potencial desta linha”.

Posto isto, Pedro Nuno Santos assegurou que está a ser feita uma autêntica “revolução da Ferrovia” no país, sendo esta “uma grande prioridade”. Chamou, por isso a atenção, para o “potencial do Douro”, nomeadamente, da linha para o transporte de passageiros e de mercadorias.

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APS suporta custos de seguro automóvel temporário a refugiados ucranianos

  • ECO Seguros
  • 12 Abril 2022

O apoio é temporário, através de uma cobertura de 2 meses, e supõe urgência na aprovação de legislação que dê resposta mais duradoura à situação dos refugiados, sustenta a associação de seguradores.

As empresas portuguesas de seguros subscreveram um protocolo com a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), em que esta será tomadora dos seguros a efetuar para veículos com matrícula estrangeira de refugiados ucranianos. Ao abrigo da figura do denominado seguro de fronteira, esta apólice temporária “terá a duração de 2 meses e o seu custo será integralmente suportado pela APS, numa iniciativa de solidariedade do setor segurador para com estas pessoas”.

A APS e as empresas de seguros suas associadas, confrontadas com diversos pedidos de seguro de responsabilidade civil automóvel relativa aos veículos de pessoas deslocadas da Ucrânia que se encontram a circular no território de Portugal, acordaram estasolução de mercado, de cariz solidário, para dar resposta a estas solicitações”. Em qualquer caso, continua o comunicado da associação presidida por José Galamba de Oliveira, “este é necessariamente um seguro de duração muito curta, sendo urgente a aprovação de legislação que dê uma resposta mais duradoura à situação destas pessoas e dos seus veículos enquanto permanecerem em Portugal”.

O seguro estará apenas acessível a cidadãos que, comprovadamente, beneficiem do regime de proteção temporária estabelecido pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 29-D/2022, de 11 de março, que altera a Resolução do Conselho de Ministros n.º 29-A/2022, de 1 de março, e abrange veículos até 3500 kg de peso, esclarece a APS, adiantando que a informação sobre como contratar a apólice, assim como a lista das seguradoras aderentes à iniciativa e os pontos de contacto em cada uma delas estarão disponíveis, a partir da semana de 18 de abril de 2022, no sítio eletrónico da APS (www.apseguradores.pt)

Para além desta iniciativa, “um número muito significativo de empresas de seguros a operar em Portugal”, representando quase 85% de quota de mercado, estão a patrocinar iniciativas de apoio aos refugiados da Ucrânia. Esse apoio é dado diretamente pelas seguradoras ou através de empresa do grupo em que se inserem e conta também, em muitos casos, com o envolvimento dos respetivos colaboradores, nota ainda a setorial.

A ajuda materializa-se tanto no apoio a organizações internacionais que estão na Ucrânia e em países fronteiriços a ajudar a população, como no transporte e apoio a refugiados em Portugal.

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“Foco epidémico” da fábrica Kinder com 150 casos de salmonela em nove países

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

As infeções “ocorreram principalmente em crianças com menos de dez anos” e foram detetadas em nove países europeus.

Um total de 150 casos de salmonela foi detetado em nove países europeus, indicaram esta terça-feira duas agências de supervisão europeias, responsabilizando uma “unidade de produção belga” dias após o encerramento da fábrica Kinder em Arlon, na Bélgica.

“A 8 de abril de 2022, 150 casos confirmados e prováveis de Salmonella Typhimurium monofásica foram identificados”, referiram a Autoridade Europeia de Segurança dos Alimentos (EFSA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) num comunicado.

As duas agências “identificaram produtos à base de chocolate fabricados por uma empresa na sua unidade de produção belga como estando na origem do foco epidémico de salmonela”, prosseguiram, sem mencionar o nome da gigante italiana Ferrero, que fabrica os produtos Kinder.

As infeções “ocorreram principalmente em crianças com menos de dez anos” e foram detetadas em nove países europeus: Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Suécia.

A salmonelose, provocada por uma bactéria chamada salmonela, causa sintomas semelhantes aos de uma gastroenterite por vezes aguda: febre ligeira, vómitos, cólicas intestinais e diarreia. Não há registo de vítimas mortais, até agora.

Segundo os especialistas europeus, mais investigações serão “necessárias para identificar a fonte exata e o momento preciso da contaminação” e para se debruçarem sobre “a utilização mais ampla de matérias-primas contaminadas noutras fábricas”.

A justiça belga abriu na segunda-feira um inquérito para apurar eventuais responsabilidade dentro da fábrica de Arlon. Na sexta-feira passada, a agência belga de segurança alimentar (AFSCA) tinha-lhe retirado a licença de produção, acusando-a de falta de transparência sobre um incidente ocorrido em meados de dezembro.

Nessa altura, “foi detetada Salmonella Typhimurium num tanque de leitelho do estabelecimento belga da empresa em questão durante as suas próprias operações de controlo de qualidade”, confirmaram a EFSA e o ECDC. Apesar de um reforço dos controlos e das medidas de higiene, produtos de chocolate contaminados foram distribuídos na Europa e nos Estados Unidos, levando a Ferrero a admitir na sexta-feira “falhas internas”.

Uma vez estabelecida a ligação entre produtos Kinder e os casos de salmonela no fim de março, na sequência de um alerta das autoridades britânicas, foram retirados lotes de produtos do mercado de vários países europeus e dos Estados Unidos.

Todos os produtos procedentes da fábrica de Arlon estão agora envolvidos, independentemente do número do seu lote ou do prazo de validade, indicou a Ferrero. Segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a informação recolhida indica que os lotes contaminados não vieram para Portugal.

Apesar disso, a Ferrero Ibérica anunciou a 6 de abril ter dado “ordem para retirar do mercado português alguns lotes dos produtos fabricados na Bélgica”, de forma “voluntária e como medida de precaução”.

De acordo com a representante ibérica da marca, foram retirados apenas os produtos com data e validade entre 26 de maio e 21 de agosto de 2022, mantendo-se “à venda no mercado os restantes ovos Kinder Surpresa de qualquer formato, o ovo de Páscoa Kinder Gran Surpresa e os restantes produtos Kinder”.

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“Conflitualidade” nas relações laborais é “responsabilidade da Portway”

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

"Recordamos que se mantém em vigor (para já, até 30 de junho) o nosso pré-aviso de greve aos feriados em escala", sublinhou o sindicato.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) disse esta terça-feira que a “conflitualidade e o mal-estar” nas relações laborais “é da responsabilidade da Portway”, pela “não aplicação ou aplicação enviesada” do Acordo de Empresa de 2020.

“Na sequência dos plenários que realizámos com os trabalhadores dos vários aeroportos, onde apresentámos a proposta final da Portway, a decisão foi clara e inequívoca: rejeitar a proposta da empresa”, indicou em comunicado, salientando que, “entretanto, e nessa sequência”, o grupo de handling (assistência em terra nos aeroportos) “requereu à DGERT/Ministério do Trabalho um processo de prevenção de conflitos com todos os sindicatos”.

Segundo o Sitava, na reunião, “a empresa informou pretender um AE [Acordo de Empresa] único aplicável a todos os trabalhadores, mas quis colocar o ónus da apresentação de propostas do lado dos sindicatos” o que para a estrutura sindical “é inaceitável”.

“Da nossa parte, reiterámos que a conflitualidade e o mal-estar cada vez mais latente nas relações laborais na empresa é da responsabilidade da Portway, designadamente pela não aplicação (ou aplicação enviesada) do AE de 2020, designadamente no que diz respeito à organização dos tempos de trabalho, pagamento dos feriados em escala ou avaliação de desempenho”, referiu o Sitava.

O sindicato lamentou que “só agora, ao final de dois anos da publicação do AE de 2020” é que a empresa “assumiu o cumprimento de algumas matérias relacionadas com a organização dos tempos de trabalho, o que é absolutamente lamentável, mais parecendo haver conluios com interesses obscuros”.

O Sitava assegurou que “a muito custo a empresa lá assumiu que o que pretende é congelar as carreiras em todos os acordos, seja o de 2020, seja o de 2016 ou o de 2022”.

“Temos mantido uma postura séria, coerente e responsável, não embarcando no populismo fácil, mas efetivamente enquanto a Portway não assumir que quer ser uma empresa estruturada e estruturante no setor, com responsabilidade social e, como tal, estável e que ofereça condições dignas aos seus trabalhadores (designadamente perspetivas de carreira e de futuro), estaremos sempre mais longe de acordar o que quer que seja”, indicou a estrutura sindical.

“Nesse sentido, ainda que estejamos sempre disponíveis para dialogar com a empresa, o que consideramos urgente e pertinente é a aplicação correta do AE de 2020”, referiu, revelando que se encontra “marcada uma nova reunião para dia 19 de abril”.

No que diz respeito ao requerimento à DGERT de um processo de conciliação sobre o pagamento dos feriados em escala, “encontra-se marcada reunião para dia 20 de abril”, revelou o Sitava.

“Recordamos que se mantém em vigor (para já, até 30 de junho) o nosso pré-aviso de greve aos feriados em escala, com o objetivo de proteger os trabalhadores destas arbitrariedades cometidas pela empresa, sempre em claro prejuízo dos mesmos de sempre”, lê-se na mesma nota.

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Generali e PNUD desenvolvem seguro paramétrico para populações de regiões vulneráveis

  • ECO Seguros
  • 12 Abril 2022

Parceria combina recursos técnicos e financeiros para conceber e desenvolver escala em soluções digitais de seguro paramétrico que protejam famílias e negócios em áreas pobres do mundo.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, ou UNDP na sigla anglo-saxónica) estabeleceu um protocolo com o grupo Generali para apoiar economias em desenvolvimento no acesso a soluções de seguro e financiamento de risco que aumentem a resiliência de populações e pequenos negócios locais.

No âmbito da iniciativa, a Generali afetou recursos técnicos e financeiros ao IRFF (Insurance and Risk Finance Facility), um mecanismo do PNUD na forma de facilidade de crédito destinado a financiar a promoção do bem-estar socioeconómico de pessoas que vivem em algumas das regiões mais vulneráveis do mundo. “Em média, os países mais pobres do mundo perdem anualmente 29 mil milhões de dólares por ano devido a catástrofes. No entanto, apenas 3% dessas perdas são cobertas por seguros,” disse Achim Steiner, administrador do PNUD.

A parceria combina os conhecimentos especializados da Generali em matéria de seguros com a agenda do PNUD no financiamento para o desenvolvimento, no longo prazo. A colaboração com a organização das Nações Unidas tem o objetivo concreto de conceber e desenvolver soluções digitais de seguro paramétrico destinadas a proteger famílias vulneráveis e pequenos negócios face a adversidades naturais e outros riscos nas zonas mais vulneráveis do mundo.

“Proteção financeira, desenvolvimento empresarial e direitos humanos andam de mãos dadas. As instituições privadas e públicas devem trabalhar em conjunto para compreender melhor como as soluções de seguro podem ser acessíveis e a preços acessíveis para as pessoas que mais necessitam delas. Os seguros podem contribuir para a estabilidade socioeconómica e, em caso de catástrofes naturais, podem proporcionar uma recuperação eficaz e acelerada”, afirmou Philippe Donnet, CEO do Grupo Generali, citado num comunicado.

Com apoio da Generali, o PNUD poderá “estender soluções de seguros muito necessárias a famílias e empresas vulneráveis – de pequenos agricultores que sofrem em face da seca; defesa do capital natural em risco devido às alterações climáticas nas comunidades costeiras; ou implementação de proteção financeira para pessoas deslocadas por conflitos e instabilidade,” explicou Steiner.

“Os seguros não devem servir apenas para remediar efeitos das catástrofes naturais. Pelo contrário, as metodologias pioneiras da indústria ajudam-nos a recolher dados e, consequentemente, a avaliar o risco potencial. Assim, adquirimos uma compreensão mais profunda de como e quando reduzir o impacto de potenciais perdas.,” reforçou Donnet.

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Alexandra Leitão e Tiago Brandão Rodrigues vão presidir a comissões parlamentares

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

O deputado socialista Filipe Neto Brandão irá presidente à Comissão de Orçamento e Finanças.

Os ex-ministros Alexandra Leitão e Tiago Brandão Rodrigues foram indicados pelo Grupo Parlamentar do PS para presidirem, respetivamente, às comissões parlamentares de Transparência e Estatuto dos Deputados, e de Ambiente e de Energia.

Fonte oficial da bancada socialista adiantou à agência Lusa que, além das escolhas referentes aos ex-ministros da Administração Pública e da Educação, outra novidade foi a indicação do professor jubilado Alexandre Quintanilha para presidir à Comissão Parlamentar de Educação e de Ciência.

Entre as nove presidências de comissões detidas pelo PS, num total de 14, outra novidade é a opção por Luís Graça, líder da Federação de Faro dos socialistas, para presidir à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Vão manter-se como presidentes de comissões parlamentares, pelo PS, Sérgio Sousa Pinto (Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas), Marcos Perestrello (Defesa Nacional), Luís Capoulas Santos (Assuntos Europeus), Filipe Neto Brandão (Orçamento e Finanças) e Pedro do Carmo (Agricultura e Pescas).

Para as vice-presidências de comissões, a bancada socialista indicou Claudia Santos (Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias), Pedro Coimbra (Economia, Obras Públicas e Habitação), Ana Paula Bernardes (Trabalho, Segurança Social e Inclusão).

Nas vice-presidências indicadas pela bancada socialista as novidades são o ex-secretário de Estado Jorge Seguro Sanches (Saúde) e o membro do Secretariado Nacional do PS João Azevedo (Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local).

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Ryanair oferece viagens à CEO da TAP durante um ano se conseguir explicar como as tarifas baixas prejudicam economia

O’Leary atacou a gestora francesa e disse que lhe oferecerá viagens da Ryanair durante um ano se explicar como é que tarifas altas e ajudas públicas de 3 mil milhões são melhores para a economia.

A Ryanair atacou a CEO da TAP, a francesa Christine Ourmières-Widener, depois de ela ter dito que não escolheria uma low cost para ficar com os slots que vai ter de ceder no aeroporto de Lisboa por prejudicar a economia.

A CEO da TAP sabe menos sobre economia do que sobre administrar uma companhia aérea lucrativa”, respondeu o presidente da Ryanair, Michael O’Leary, adiantando que oferecerá uma viagem a Ourmières-Widener se “conseguir explicar como as tarifas baixas podem ‘prejudicar’ a economia portuguesa ou Lisboa”.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, a gestora francesa considerou que um aumento de companhias de baixo custo em Lisboa prejudicaria a economia. “Não haver um aumento das low-cost poderá beneficiar a economia em geral”, disse Christine Ourmières-Widener.

A resposta da Ryanair, que está na corrida aos slots da TAP, não tardou: “Numa altura em que as viagens aéreas e as economias de toda a Europa estão a recuperar com as baixas tarifas da Ryanair, a CEO da TAP deve agora explicar porque está a absorver 3 mil milhões de euros de Auxílios Estatais em Portugal, mas ainda está a oferecer menos voos, tarifas mais altas e a bloquear slots não utilizados no aeroporto da Portela, em Lisboa, apenas para bloquear a concorrência, a escolha e limitar a recuperação da economia portuguesa e lisboeta”.

Se o CEO da TAP conseguir explicar por que é que as altas tarifas e os milhares de milhões de Auxílios do Estado são ‘melhores’ para os portugueses, então vamos oferecer-lhe voos Ryanair durante um ano!”, rematou O’Leary.

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Angolana Nossa Seguros cresce em prémios com lucro estabilizado em 2021

  • ECO Seguros
  • 12 Abril 2022

Segunda maior companhia em Angola por volume de produção, a seguradora controlada pelo BAI cresceu cerca de 43% em volume bruto de prémios. A Nossa estabilizou lucros e reforçou capitais próprios.

A Nova Sociedade de Seguros de Angola (NOSSA Seguros) obteve resultado líquido anual de 5,1 mil milhões kwanzas (cerca de 8 milhões de euros ao câmbio de 31 de dezembro último) em 2021, anunciou a companhia controlada pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI). Praticamente estabilizado ao apontar subida de 3% face ao ano anterior, “entre 2020 e 2021, o lucro não cresceu muito, mas manteve-se bastante positivo,” disse Alexandre Carreira, presidente executivo da seguradora, em Luanda.

Esta evolução permitiu que a companhia “reforçasse os seus capitais próprios, melhorando assim a sua robustez financeira,” explicou o responsável executivo citado pela Agência Lusa. De acordo com o anunciado, a Nossa aumentou capitais próprios, de 13,32 mil milhões de kwanzas, em 2020, para 16,5 mil milhões em 2021.

Posicionada 2ª no ranking de produção no último trimestre do ano e seguida de perto pela sucursal da portuguesa Fidelidade naquele mercado, conforme dados do organismo local de Supervisão (Arseg), a Nossa encerrou o ano com 36,1 mil milhões de kwanzas (56,78 milhões de euros) em volume bruto de prémios de seguro direto, beneficiando de uma rede de 26 agências, mas também da distribuição através da rede de balcões do BAI. Tendo o ramo não-Vida como principal fonte de receita, a companhia aumentou 43% o volume bruto de prémios face aos 25,27 mil milhões kwanza que totalizou em 2020.

Criada em 2004 e com operação iniciada no ano seguinte, a Nossa tem atividade mista junto de empresas e particulares. Nos ramos Não Vida, segundo informação no site da companhia destacam-se os seguros de Saúde, Acidentes Pessoais, para cobertura individual ou de grupo, Acidentes de Trabalho (por conta própria como por conta de outrem), além de soluções Multirriscos Habitação, empresarial ou industrial, RC e Automóvel, entre outros. No segmento Vida, oferece soluções de grupo ou individuais e ainda a gestão de fundos de pensões.

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Português liderava plataforma de hackers desmantelada pela Europol

  • ECO
  • 12 Abril 2022

A PJ confirmou esta terça-feira que Diogo Santos Coelho liderava uma das maiores plataformas de hackers do mundo, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas.

A Polícia Judiciária (PJ) confirmou esta quarta-feira que Diogo Santos Coelho, de 21 anos, foi detido numa operação liderada pela Europol em Londres. Operação culminou no encerramento de uma das maiores plataformas de hackers do mundo, liderada por este cidadão português, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas que tinham sido alvo de ciberataques.

Em causa está o RaidForums, uma plataforma lançada em 2015, com mais de meio milhão de de utilizadores, sendo considerada como um dos maiores fóruns de hackers do mundo. Este era um “fórum de troca de troca de informação de origem criminosa”, que utilizava “ferramentas de hacking, base de dados”, bem como “informações sobre dados filtrados em ataques informáticos” que serviam de base para fazer outros ataques, segundo explicou o coordenador da PJ.

Os bancos de dados tinham acesso a “passwords, users names associados, informação sobre cartões de crédito, números de contas bancárias”, bem como outros dados que uma vez interligados permitam efetuar outros crimes, segundo o responsável.

A operação batizada de “Torniquete” foi coordenada pela Europol — que apoiou investigações nos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Portugal e Roménia — e culminou com a detenção de três pessoas, uma das quais o português Diogo Santos Coelho, que foi detido em Londres, confirmou a PJ. Quanto à identidade dos outros dois detidos, a polícia portuguesa diz não ter “dados concretos” sobre a sua identificação.

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Luísa Salgueiro responde a Rui Moreira: não pode haver “autarcas de primeira e segunda”

  • Lusa
  • 12 Abril 2022

"Como dizia o Dr. Mário Soares, estamos sempre a tempo de mudar quando for para melhor, só os burros é que não mudam de opinião”, respondeu a presidente da ANMP.

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, apelou esta terça-feira em Matosinhos à união dos municípios e citou Mário Soares para dizer que “só os burros é que não mudam de opinião”.

Em conferência de imprensa, a líder da ANMP rebateu as considerações feitas pelo presidente da Câmara do Porto, que garantiu não se sentir em “condições” para passar “um cheque em branco” à ANMP para negociar com o Governo o processo de transferência de competências.

“Não acho que haja quebras de confiança. Como dizia o Dr. Mário Soares, estamos sempre a tempo de mudar quando for para melhor, só os burros é que não mudam de opinião”, respondeu Luísa Salgueiro numa conversa em que enfatizou a necessidade de haver união entre os autarcas dos 308 municípios.

Lembrando que o “novo processo começou no dia 1 de abril”, alertou que “os problemas têm de ser ultrapassados e não podem uns dizer que vão ter uma interlocução a um nível, gerando depois uma espécie de autarcas de primeira e segunda divisão” o que é “prejudicial para o processo”.

“O meu apelo é que nunca falemos em divisões ou em clivagens, pelo contrário, estamos habituados a trabalhar em várias plataformas, mas de partilha entre os municípios, seja ao nível metropolitano seja, até, ao nível inframetropolitano”, continuou a também presidente da Câmara de Matosinhos.

E prosseguiu: “Estou certa, estas situações são naturais de quem tem problemas para ultrapassar, mas que vão, sobretudo, permitir que fiquemos ainda mais coesos e solidários e que façamos uma interlocução ainda mais forte com o Governo para ele perceba quais são as dificuldades e, a partir daqui fazer com que a descentralização funcione da melhor maneira possível”.

A Câmara do Porto discute na próxima terça-feira a saída da ANMP em consequência do processo de descentralização de competências, o qual pretende assumir de forma “independente” e “sem qualquer representação”.

Em declarações aos jornalistas ao final da manhã, Rui Moreira disse acreditar que, com a saída da ANMP, o município do Porto ainda tem hipótese de, juntamente com o Governo, discutir a transferência de competências na área da educação, da coesão social e saúde.

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