PS mantém possibilidade de contrato entre trabalhadores de plataformas e intermediários

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

Os socialistas mantêm a norma que gerou críticas por não refletir o que estava no Livro Verde das Relações Laborais ou por não estar em linha com a jurisprudência internacional.

O PS entregou esta quinta-feira uma proposta de alteração às medidas da Agenda do Trabalho Digno, onde mantém a possibilidade de celebração de contrato de trabalho entre os trabalhadores e as plataformas digitais ou os operadores intermediários.

Na proposta de alteração à iniciativa do Governo, no artigo referente à presunção de contrato de trabalho no âmbito das plataformas digitais, como a Uber ou a Glovo, os socialistas avançam com algumas alterações, mas mantêm a norma que gerou críticas por não refletir o que estava no Livro Verde das Relações Laborais ou por não estar em linha com a jurisprudência internacional.

A presunção de contrato de trabalho continuará assim a poder ser feita com a plataforma digital ou com um operador intermediário que nela opere. Porém, com as alterações propostas pelo PS, a plataforma não poderá estabelecer termos e condições de acesso à prestação de atividade “mais desfavoráveis ou de natureza discriminatória” para os trabalhadores com relação direta com a plataforma face às condições definidas para operadores intermédios.

Além disso, a proposta do PS prevê que a plataforma digital e o operador intermédio, bem como os respetivos gerentes, administradores ou diretores e sociedades, sejam solidariamente responsáveis pelos créditos do trabalhador emergentes de contrato de trabalho, ou da sua violação ou cessação.

São ainda responsáveis “pelos encargos sociais correspondentes e pelo pagamento de coima aplicada pela prática de contraordenação laboral relativos aos últimos três anos”, indica a iniciativa do PS. A plataforma ou o operador intermédio que nela opere “exerce poderes laborais sobre o prestador de atividade, nomeadamente o poder disciplinar, incluindo a exclusão de futuras atividades na plataforma através de desativação da conta”, pode ainda ler-se na proposta dos socialistas.

A proposta inclui ainda o conceito de plataforma digital e de operador intermédio. Segundo o documento, entende-se por plataforma digital “a pessoa coletiva que presta ou disponibiliza serviços à distância, através de meios eletrónicos, nomeadamente sítio da internet ou aplicação informática, a pedido de utilizadores e que envolvam, como componente necessária e essencial, a organização de trabalho prestado por indivíduos a troco de pagamento, independentemente desse trabalho ser prestado em linha ou numa localização determinada, sob termos e condições de um modelo de negócio e uma marca próprios”.

Já o operador intermédio trata-se de “pessoa singular ou coletiva que opere na plataforma digital ao abrigo de uma relação contratual para disponibilizar serviços através de prestadores de atividade no âmbito dessa plataforma”. A existência de contrato de trabalho é presumida quando o operador de plataforma digital ou o operador intermédio fixa uma remuneração, controla e supervisiona a prestação da atividade, restringe a autonomia do prestador de atividade quanto à organização do trabalho, especialmente quanto à escolha do horário de trabalho ou dos períodos de ausência, entre outros critérios.

Em setembro, numa audição no parlamento, a inspetora-geral do trabalho em regime de suplência, Fernanda Campos, realçou que as alterações laborais propostas pelo Governo para os trabalhadores das plataformas digitais não estavam em linha com os parceiros europeus nem com a jurisprudência internacional.

“Quanto às plataformas digitais e aos indícios de laboralidade (…), a lei introduz uma triangulação na relação laboral que não vai em linha com aquilo que é e que tem sido a jurisprudência internacional”, disse a inspetora-geral. Por seu lado, o deputado do BE José Soeiro tem acusado o Governo de ter “desfigurado” o que estava no Livro Verde quanto às plataformas digitais, considerando que a formulação que consta da proposta do executivo “é incompatível com a diretiva europeia” em relação à existência de intermediários.

A proposta do Governo que altera a legislação laboral, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, entrou no parlamento em junho, sem o acordo da Concertação Social, tendo sido aprovada na generalidade em 08 de julho com votos favoráveis do PS, abstenção do PSD, Chega, BE, PAN e Livre e contra da IL e PCP. O início da discussão na especialidade está marcado para dia 25, próxima terça-feira. Depois de aprovada na especialidade, a proposta terá ainda de voltar a ser aprovada em plenário e só depois entrará em vigor.

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“Diálogo constante, construtivo e aberto”. Governo reúne com partidos à esquerda sobre OE2023

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares anunciou reuniões com o PAN, Livre, PCP e BE, com o objetivo de manter e reforçar as vias para um diálogo constante, construtivo e aberto.

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares anunciou reuniões com representantes do PAN, Livre, Bloco de Esquerda e PCP sobre o Orçamento para 2023 com o objetivo de reforçar o diálogo com estas forças políticas.

Esta série de reuniões sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2023 foi transmitida à agência Lusa por fonte do executivo, que nada referiu sobre a eventual extensão destes encontros às forças políticas à direita do PS: PSD, Chega e Iniciativa Liberal.

“A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, tem marcadas reuniões com representantes do PAN, Livre, Bloco de Esquerda e PCP sobre o Orçamento do Estado para 2023. O objetivo é manter e reforçar as vias para um diálogo constante, construtivo e aberto em todos os principais dossiês governativos”, adiantou fonte do Governo.

O Grupo Parlamentar do PCP revelou entretanto que houve esta quinta-feira outra reunião com o Governo a propósito do Orçamento do Estado, mas assinalou que o encontro “não ilude” que a proposta “agrava a perda de poder de compra”. “O Grupo Parlamentar do PCP reuniu-se esta tarde com o Governo, por proposta deste”, refere uma nota enviada à Lusa pelo partido.

Contudo, acrescenta o PCP, a reunião, no âmbito da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023) “não ilude as profundas divergências que o PCP tem expressado em relação” ao documento. O OE2023 “não dá resposta aos problemas que afetam os trabalhadores, contém medidas negativas cujos principais beneficiários são os grupos económicos, agrava a perda de poder de compra e aprofunda as desigualdades e injustiças”, completa a bancada comunista.

A nota reforça o que deveriam ser prioridades do Orçamento, na ótica do PCP: o aumento dos salários e das pensões, o controlo e fixação de preços nos bens essenciais, a tributação dos lucros extraordinários dos grupos económicos, e mais investimento público em serviços do Estado e habitação. “Mesmo num quadro de recusa do Governo em dar resposta aos problemas de fundo, que este Orçamento vem agravar, o PCP bater-se-á pelas soluções necessárias para o país”, conclui a bancada liderada por Paula Santos.

Em entrevista à Lusa, que vai ser divulgada durante o fim de semana, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, tinha divulgado que houve uma reunião entre o partido e o Governo na quarta-feira, também sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano. Quando o ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou a proposta orçamental, há pouco mais de uma semana, o PCP anunciou que, como estava, contaria com “a oposição” do partido.

É previsível que o partido repita o voto contra a proposta, tal como fez em outubro de 2021, aquando da discussão na generalidade do Orçamento para 2022 cuja rejeição espoletou eleições legislativas antecipadas, e quando o Orçamento foi reapresentado ao parlamento, já em contexto de maioria absoluta do PS.

A proposta de OE2023 vai ser debatida na generalidade nos dias 26 e 27 de outubro e a votação final global está agendada para 25 de novembro.

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Candidatos à sucessão de Liz Truss precisam do apoio de 100 deputados

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

O novo patamar, que subiu dos 20 apoios exigidos na ronda inicial da votação anterior, significa que no máximo participarão três candidatos entre os 357 membros do grupo parlamentar.

Os candidatos à sucessão de Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido vão precisar do apoio de pelo menos 100 deputados do Partido Conservador na eleição interna para escolher um novo líder, foi anunciado esta quinta-feira.

Estabelecemos um patamar alto, mas é um patamar que pode ser alcançado por qualquer candidato sério que tenha probabilidades realísticas de passar”, adiantou Graham Brady, o presidente do chamado Comité 1922, conselho dos deputados Conservadores que organiza as eleições internas.

O novo patamar, que subiu dos 20 apoios exigidos na ronda inicial da votação anterior, significa que no máximo participarão três candidatos entre os 357 membros do grupo parlamentar. O prazo para apresentar candidaturas fecha às 14:00 de segunda-feira, não tendo até agora sido feito qualquer anúncio oficial de potenciais interessados.

Se existirem dois finalistas, os militantes serão chamados a escolher num voto eletrónico, devendo o processo ser concluído até sexta-feira, 28 de outubro, acrescentou o presidente do partido, Jake Berry. A primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou esta quinta a demissão numa declaração à porta da residência oficial de Downing Street, em Londres, perante um crescente descontentamento com o Governo.

“Reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por conseguinte, falei com Sua Majestade o Rei para o notificar de que me demito como líder do Partido Conservador”, disse.

Truss mantém-se em funções como primeira-ministra até ser escolhido um sucessor na liderança do Partido, que será indigitado pelo Rei Carlos III chefe do Governo pois os Conservadores mantêm uma maioria absoluta no Parlamento.

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+M

TVI e Coral Europa em coprodução luso-brasileira

  • + M
  • 20 Outubro 2022

A série, baseada em factos reais, será gravada nos dois países.

“A TVI está muito feliz por ser parceira nesta coprodução que ficciona uma história de impacto mundial e que terá duas atrizes portuguesas no elenco. Estamos ansiosos e expectantes com o início das gravações e com a certeza de que será um grande projeto”. Cristina Ferreira, diretora de ficção e entretenimento da TVI, sintetiza desta forma a coprodução internacional e independente que junta a TVI e o Canal Brasil, bem como as produtoras Coral Europa e Ventre Studio e que vai dar origem à série João sem Deus.

Baseada em factos reais, a série conta a história de duas irmãs que chegaram a Abadiânia 17 anos antes da prisão de João de Deus, que protagoniza o maior caso de abusos sexuais no Brasil.

É um motivo de orgulho para toda a equipa da Coral, esta primeira coprodução com o Brasil. Estamos claramente a investir no caminho da internacionalização e encontramos na TVI, no Ventre Studio e no Canal Brasil os parceiros ideais para concretizarmos esta série sobre uma história tão atual, impactante e socialmente relevante”, acrescenta também citado em comunicado Bruno Santos, diretor geral da Coral Europa.

Com direção de Marina Person, a série junta as portuguesas Ana Sofia Martins e Dalila Carmo e os brasileiros Marco Nanini, no papel de João de Deus, Bianca Comparato, Karine Teles e Antonio Saboia.

A série conta com uma equipa de produção maioritariamente feminina, principalmente nas posições de liderança, e o projeto será acompanhado pela Bem Querer Mulher, uma iniciativa de acolhimento a mulheres que sofrem violência no Brasil. A série será gravada nos dois países.

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Luz fica mais cara entre 35 cêntimos e 2,15 euros em janeiro

Dependendo no nível de consumo, os consumidores sentirão mais ou menos a subida dos preços da eletricidade no próximo ano. Veja aqui o caso dos três perfis típicos.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos divulgou, esta segunda-feira, a proposta dos preços da eletricidade que deverão vigorar no próximo ano. Em janeiro, a fatura da luz vai encarecer, em média, 1,1% em relação a dezembro o que deverá, nas contas da Selectra, aumentar o valor da fatura entre 35 cêntimos e 2,15 euros, dependendo do consumo.

“Tendo em conta que entre dezembro e janeiro o aumento médio previsto do preço de energia no mercado regulado será de cerca de 1,1%, é possível concluir que para um casal sem filhos, o aumento se situará entre os 35 cêntimos e os 40 cêntimos, para um casal com dois filhos estará entre 95 cêntimos e 1 euro, e para o último perfil [casal com quatro filhos] cerca de 2,15 euros”, conclui a Selectra.

A Selectra fez alguns cálculos, considerando o valor mensal a pagar pela potência contratada, pelo consumo e IVA, excluindo os outros impostos. Para um casal sem filhos – ou seja, que conte com uma potência de 3,45 kVA, e um consumo de 1.900 quilowatts-hora por ano (kWh/ano) –, a fatura de dezembro rondará os 33,34 euros, considerando a anunciada descida no Imposto de Valor Acrescentado (IVA) da luz de 13% para 6% nos primeiros 100 quilowatts-hora que são consumidos. Em janeiro, a fatura deverá subir alguns cêntimos, para os 33,71 euros.

No caso de um casal com dois filhos – uma potência 6,9 kVA e consumo de 5000 kWh/ano –, a conta da luz em dezembro rondará os 88,59 euros, de novo tendo em conta a descida prevista no IVA. Em janeiro, passa a 89,56 euros, ou seja, cerca de um euro mais cara.

Por fim, se se considerar uma família com quatro filhos, cuja potência será de 13,8 e o consumo na ordem dos 10.900kWh, o custo mensal da eletricidade aproxima-se dos 194,33 euros (sem a redução do IVA era de 195,45 euros). No ano que vem, o valor extra a pagar por mês deverá rondar os 2,15 euros, passando a fatura a rondar os 196,47 euros.

“Ou seja, quanto maior for o consumo, maior será o impacto sentido, e por isso caberá aos consumidores arranjar estratégias que lhes permitam fazer um consumo mais eficiente de energia”, conclui a Selectra. Para tal, deixa alguns conselhos:

  • Utilizar sempre o modo “eco” das máquinas de lavar;
  • Optar pelo microondas ao invés do forno (gasta menos 60% de energia);
  • Cobrir os tachos e panelas enquanto cozinha;
  • Manter o frigorífico afastado de fontes de calor e não colocar alimentos quentes no seu interior;
  • Privilegiar as lâmpadas economizadoras;
  • Adaptar a potência das lâmpadas às divisões da casa;
  • Controlar a temperatura do radiador e mantê-la nos 20ºC;
  • Desligar o aquecimento sempre que ninguém estiver em casa ou antes de ir deitar.

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Crise imobiliária na Suécia. Preço das casas afunda 11,2% em seis meses

Mercado sueco foi um dos mais "aquecidos" durante a pandemia. Preços da habitação afundaram 11,2% em setembro face ao pico atingido em março.

A Suécia está a passar por uma crise imobiliária, naquela que é a maior desde a crise financeira. Os preços da habitação afundaram 11,2% em setembro face ao pico atingido em março, quando o mercado sueco foi um dos mais “aquecidos” durante a pandemia, de acordo com a Bloomberg. A explicar este desempenho estão as subidas acentuadas das taxas de juro.

O Índice de Preços da Habitação na Suécia caiu pelo sexto mês consecutivo, recuando 2,8% em setembro face a agosto, segundo a Valueguard, citada pela agência de notícias. Os preços das moradias – que subiram fortemente durante a pandemia – caíram 3,3% em setembro, enquanto os preços dos apartamentos caíram 1,9%. Na primeira quinzena de outubro, os preços dos apartamentos continuaram a cair em Estocolmo e Gotemburgo.

“A incerteza sobre o quão alto as taxas de juro subirão, ao mesmo tempo que há sinais claros de que a economia está a desacelerar – o que eventualmente também afetará o mercado de trabalho – estão claramente a ter um efeito de amortecimento no sentimento dos potenciais compradores de casas“, diz a analista do Swedbank, Maria Wallin Fredholm, numa nota enviada aos clientes.

Fredholm acrescenta que a instituição acredita que os preços poderão cair cerca de 15%, em termos ajustados, sazonalmente, já que as previsões de subida para as taxas de juro aumentaram “muito” durante o outono.

O presidente do Riksbank, Stefan Ingves, disse esta quinta-feira que o banco central fará o que for necessário para trazer a inflação de volta à sua meta de 2%, mesmo que isso leve a “acidentes” no setor imobiliário.

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Acordo entre França e a Península Ibérica? “É um embaraço”, critica Moreira da Silva

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

O acordo "limitou-se a trocar o projeto MidCat pelo projeto BarMar.Com esta troca não só vamos ter de começar do zero (...), como existe uma total omissão quanto ao seu modelo de financiamento", diz.

O antigo ministro do Ambiente e Energia do PSD Jorge Moreira da Silva classificou como “um embaraço” o acordo alcançado entre os governos de Portugal, França e Espanha para acelerar as interconexões, criticando a parte relativa à eletricidade.

“Como não há memória apresenta-se como vitória histórica aquilo que é um embaraço”, escreveu na rede social Twitter o ex-candidato à liderança do PSD em maio deste ano, e que desempenhou o cargo de ministro de Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de Portugal entre julho de 2013 e novembro de 2015 nos executivos PSD/CDS-PP liderados por Pedro Passos Coelho.

Moreira da Silva apelou à comparação do comunicado conjunto divulgado com “os acordos de 2014 e 2015”, nas áreas do gás e da eletricidade. “No gás, a decisão de hoje, sendo positiva, limitou-se a trocar o projeto MidCat pelo projeto BarMar. Com esta troca não só vamos ter de começar do zero (perdendo tempo), como existe uma total omissão quanto ao seu modelo de financiamento (o MidCat pressupunha o financiamento da União Europeia)”, realça.

Por outro lado, o professor universitário, que já desempenhou vários cargos de direção em organizações internacionais na área da energia e do ambiente, diz ter ficado espantado com o que foi anunciado ao nível das interligações elétricas. “Deixaram cair duas das três interligações que estavam previstas entre Espanha e França. Manteve-se Golfo da Biscaia e desapareceu o compromisso de construção das duas interligações nos Pirenéus”, salienta.

O antigo dirigente social-democrata refere que, com o atual compromisso, “Espanha e França deixaram de ter de construir as duas interligações elétricas nos Pirenéus, ficando os consumidores portugueses impedidos de aceder aos benefícios do mercado europeu e os consumidores europeus impedidos de beneficiar da eletricidade renovável de Portugal”.

 

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Obrigações europeias sob pressão à espera do BCE

A reunião do BCE na próxima semana está a deixar os investidores nervosos e a provocar uma subida generalizada das yields das obrigações do Tesouro.

A yield das obrigações alemãs a 10 anos (Bunds) chegou a subir esta quinta-feira 5,5 pontos base para 2,42%, alcançando o valor mais elevado desde agosto de 2011, enquanto as obrigações do Tesouro alemão a 2 anos negociaram com uma taxa de de 2,2%, renovando máximos de dezembro de 2008.

No mesmo sentido estão a seguir as obrigações de Espanha e França, com a yield dos títulos a 10 anos a registarem mais um dia de subidas, renovando máximos de fevereiro de 2014 e abril de 2012, respetivamente.

Os títulos de dívida do Tesouro nacional e dos restantes países intervencionados pela troika há dez anos estão também a ser pressionados pelos investidores, mas as suas yields ainda estão muito longe dos valores recorde de 2012. As obrigações de Portugal a 10 anos, por exemplo, sobem esta quinta 3,7 pontos base para os 3,5%, renovando máximos de 2017. O mesmo sucede com os títulos gregos, com as obrigações a 10 anos a cotarem acima dos 5%, o valor mais elevado desde junho de 2017.

A pressão sobre os títulos europeus está a ser criada por conta de receios de que o Banco Central Europeu (BCE) possa adotar uma atitude mais agressiva na sua política de retirada de estímulos à economia europeia brevemente, que poderá ser anunciada já na próxima reunião do Conselho do BCE que terá lugar dia 27 de outubro.

De acordo com um inquérito realizado pela Reuters, a maioria dos analistas prevê que na próxima reunião do Conselho do BCE a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde possa aumentar em 75 pontos base a taxa de depósitos e de refinanciamento do Euro. Porém, os analistas estão mais interessados nos comentários que Christine Lagarde possa fazer em relação à retirada de dinheiro à economia e sobretudo em relação à mudança das regras de refinanciamento das operações de longo prazo (as conhecidas TLTRO).

“As alterações previstas nas regras das TLTRO e as possíveis indicações em relação ao ‘aperto quantitativo’ poderão desencadear um novo repricing das perspetivas monetárias do BCE”, referiu Francesco Maria Di Bella, analista da UniCredit, citado pela Reuters.

Numa nota enviada aos clientes do ING, os analistas do banco neerlandês antecipam também que o BCE irá aumentar a taxa de juro em 75 pontos base mas salientam que “o restabelecimento de um multiplicador de camadas (destinado a mudar as TLTRO) poderia ser a primeira resposta para combater o excesso de liquidez no mercado.”

Para os analistas e investidores há muito em jogo na próxima reunião do Conselho do BCE agenda para a próxima quinta-feira. E até lá as obrigações do Tesouro dos países europeus vão continuar sob pressão.

Yield das obrigações a 10 anos na Zona Euro

Fonte: Reuters. Dados de 20 de outubro 2022.

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Portugueses “podem estar descansados” sobre gás no inverno, diz Marcelo

  • Lusa
  • 20 Outubro 2022

"Podemos ter confiança, os portugueses não vão ficar sem gás neste inverno", afirmou também o ministro João Gomes Cravinho.

O Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros consideraram esta quinta-feira que os portugueses “podem estar descansados” em relação à disponibilidade de gás no inverno, apesar dos problemas no fornecimento por parte da Nigéria.

Em declarações aos jornalistas, em Dublin, o ministro João Gomes Cravinho referiu que “há um processo em curso que o Ministério do Ambiente está a liderar juntamente com as empresas especializadas” para procurar “equilibrar com outros fornecedores”, sem indicar quais, salientando que Portugal recebe gás “de múltiplas fontes” como os Estados Unidos da América, Trinidad e Tobago ou Argélia.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, “a própria Nigéria, a empresa nigeriana, não tem ainda certeza absoluta daquilo que poderá ou não ser o prejuízo em termos de fornecimento de gás” na sequência das inundações neste país, “mas de qualquer maneira não vai pôr em causa o fornecimento de gás a Portugal ao longo do inverno”.

“Podemos ter confiança, os portugueses não vão ficar sem gás neste inverno”, afirmou João Gomes Cravinho. “Os portugueses podem estar descansados com isso”, reforçou. Antes, também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que os portugueses podem “estar descansados” em relação à disponibilidade de gás no inverno: “Acho que sim, com as reservas existentes e com o que existe de alternativas possíveis em todos os cenários, penso que sim”.

O chefe de Estado voltou a dizer que “Portugal está a desenvolver a nível oficial diligências, e aparentemente com algum acolhimento por parte das entidades oficiais nigerianas, para até ao fim do ano haver ao menos em parte uma recuperação daquilo que não foi entregue”. “Por outro lado, há junto de outras economias também outras diligências bem sucedidas para, se for necessário, e apesar de a reserva de gás ser muito elevada, substituir os fornecimentos nigerianos“, acrescentou.

Questionado se os interesses da Galp não são os mesmos dos interesses do Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Todas as empresas portuguesas devem prosseguir os interesses do país, mas cabe às autoridades do país ter a palavra mais importante e mais responsável, porque verdadeiramente são elas, as autoridades, as eleitas pelo povo para tratar dos interesses do país”.

João Gomes Cravinho evitou uma resposta direta a esta pergunta: “A Galp, a EDP, outras grandes empresas são a forma como nós obtemos os nossos fornecimentos de energia e estamos todos a trabalhar para o mesmo, que é fornecer Portugal e os portugueses com aquilo de que precisam em termos de energia”. O ministro disse que “há uma predisposição muito favorável da parte dos nigerianos para minimizarem os efeitos negativos das inundações que houve na Nigéria” e admitiu que “pode ser que haja aí alguma variação”.

“Mas todos os anos há variações. Se olharmos para 2021, também houve variações em relação ao contratualizado. Isto é uma parte normal, infelizmente estas circunstâncias acontecem”, relativizou.

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Informação sobre impacto de apoio de 3.000 milhões para energia é “muito pobre”, diz UTAO

A UTAO defende que seriam necessários mais dados para analisar os impactos orçamentais do apoio na energia.

A informação disponível sobre o apoio de três mil milhões para aliviar custos da energia para as empresas anunciado pelo Governo é “muito pobre”, dificultando a sua análise e avaliação dos possíveis impactos orçamentais, reitera a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), num relatório sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2023.

A UTAO aponta que “apesar do mediatismo do anúncio, a informação sobre o Pacote de Apoio à Fatura Energética das Empresas (conhecido a 12 de outubro) é muito pobre sobre as suas implicações orçamentais e deixa questões económicas importantes sem resposta”.

“A POE ajudou muito pouco a reconhecer as implicações para os contribuintes de um pacote que pretende injetar cerca de 3.000 milhões de euros em subsídios no preço para os consumidores empresariais de fontes de energia primária intensivas na emissão de gases com efeito de estufa”, reiteram.

A principal informação que existe é aquela revelada na conferência de imprensa e no documento, que é “demasiado vaga e deixa sem resposta questões económicas certamente relevantes para os cidadãos”, defende a entidade.

Com este cenário, falta perceber aspetos como por exemplo se se está a utilizar receita com que já se contava para este fim, o que teria “um custo de oportunidade que deveria ter sido comunicado aos cidadãos”. “Omitir este custo impede a sociedade de se interrogar sobre o mérito relativo deste pacote energia, até porque a subsidiação dos preços pagos pelos utilizadores de fontes primárias de energia emissoras de gases com efeito de estufa contradiz as políticas nacional, europeia e de muitos outros países de adaptação e mitigação das alterações climáticas”, salientam.

Além disso, a UTAO lamenta também a “ausência quase total de informação na POE sobre as suas implicações nas contas públicas”.

Segundo o Governo, destes 3.000 milhões, 2.000 milhões servirão para atenuar preços da eletricidade e os restantes mil milhões são para atuar sobre os preços do gás. Do bolo dos três mil milhões, metade refere a medidas políticas e a outra metade a medidas regulatórias.

Quanto à origem do apoio, a intervenção na eletricidade conta com 1.500 milhões de euros de medidas regulatórias, que incluem benefícios do sistema que decorrem por exemplo dos contratos de take or pay da Turbogás. Os restantes 500 milhões decorrem de medidas políticas, isto é, uma soma da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético e o resultado dos leilões de carbono. Os mil milhões que cabem ao gás provêm de uma transferência extraordinária do Orçamento de Estado de 2022.

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+M

Experimentar sem pagar? É a proposta da Woo

João Lima Raposo, diretor da WOO, explica ao +M/ECO o conceito da campanha, que "dramatiza este conceito com base no inusitado e no exagero" e traça os objetivos de crescimento da marca.

Dois anos após chegar ao mercado, como operadora 100% digital do universo Nos, a Woo está a lançar o eSIM, cartão também digital. A oferta da nova tecnologia vai ser comunicada com uma campanha multimeios assinada pelo O Escritório. “Experimentar sem compromisso? Era WOO que faltava”, é o claim.

“O eSIM totalmente digital é uma tendência no mundo tecnológico, com marcas como a Apple a lançar modelos já sem espaço para inserção de cartões SIM físicos. Este é um passo natural para a WOO, que se posiciona no mercado como a primeira operadora nacional 100% digital e chegou para apresentar soluções simples, eficazes e transparentes, desenhadas a pensar nas necessidades dos adultos digitais”, enquadra ao +M/ECO João Lima Raposo, diretor da WOO.

“Com a adoção desta tecnologia deixa de ser necessário qualquer componente material, como a disponibilização de códigos em papel, passando o processo de adesão a ser 100% digital e a demorar poucos minutos, o que se traduz, igualmente, em benefícios do ponto de vista da sustentabilidade, permitindo a redução de plástico e de outros componentes envolvidos na produção e distribuição dos cartões SIM”, prossegue o responsável da marca.

Fomentar a experimentação é o objetivo da campanha. “Para que todas as pessoas possam comprovar a rapidez deste processo, com esta campanha a WOO está a oferecer 30 dias de serviço, com 15 gigas de Internet e sem compromisso. Esta oferta é concretizada com o mote “Experimentar sem compromisso? Era WOO que faltava”, diz João Lima Raposo.

A experiência pode ter início lendo o QR Code presente nos outdoors, em mupis e paragens de autocarro. “Se este for compatível com eSIM, numa questão de minutos ficará com gigas de internet prontos a usar. Para smartphones não compatíveis, será enviado um tradicional cartão SIM para a morada escolhida, permitindo usufruir, na mesma, da oferta de 30 dias”, explica o responsável.

E como é que chegaram a este conceito de comunicação? “O objetivo era direcionar o conceito para a nova funcionalidade e dar-lhe suporte.…. Assim, a resposta deveria ser algo que fizesse alusão a ‘No ADN da WOO está uma experiência digital simples e descomplicada’, que revoluciona a forma como os portugueses comunicam entre si. Para oferecermos uma adesão 100% digital, só faltava desmaterializar o tradicional cartão SIM”, recorda João Lima Raposo.

“Alavancada nesta inovação, conceptualizámos uma oferta que possibilita uma experimentação instantânea, grátis e sem compromissos. A campanha dramatiza este conceito com base no inusitado e no exagero. Ninguém pensaria em morar numa casa um mês sem pagar renda, apenas para experimentar, nem levar um sabonete gratuitamente e pagar apenas após 30 dias de utilização. Criada pela agência O Escritório, que usa o já habitual tom humorístico da WOO, chegámos a um resultado final que marca a diferença e que incentiva as pessoas a aproveitarem um mês gratuito de serviço”, explica ao +M/ECO.

Quanto ao número de clientes atuais, João Lima Raposo não adianta números. “A WOO surgiu no mercado em 2020 e tem contado com um forte crescimento, totalmente alinhado com as previsões e expectativas. Em menos de dois anos já ultrapassou em 10% a quota de mercado do seu segmento e pretende dobrar este peso no ano de 2023”, afirma.

O investimento nesta campanha também não é partilhado, respondendo João Lima Raposo que “a campanha está integrada no plano deste lançamento e de crescimento da marca, um projeto multidisciplinar e ambicioso“. O planeamento de meios está a cargo da Arena Media.

E para os próximos meses, quais os projetos? “A WOO é uma marca ainda jovem, com uma imagem e um tom de comunicação refletem perfeitamente o posicionamento da marca e com os quais os nossos clientes se identificam. O plano para os próximos meses passa por manter esta tendência de crescimento, continuando a trazer para o mercado inovação, simplicidade e uma oferta que dá resposta às necessidades dos clientes que estão sempre ligados“, resume o responsável.

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Meloni ameaça deixar cair governo se aliados não apoiarem Ucrânia

Em reação à polémica de Berlusconi, Meloni garantiu que irá desistir da coligação governamental caso os aliados não se comprometam a apoiar a Ucrânia, em linha com a União Europeia e NATO,

Giorgia Meloni, a vencedora das últimas eleições legislativas em Itália, e uma das partes envolvidas na formação do próximo governo, garantiu que irá desistir da coligação caso os aliados não se comprometam a apoiar a Ucrânia, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

Pretendo liderar um governo com uma política externa clara e inequívoca. A Itália é plena e orgulhosamente parte da Europa e da NATO”, disse a líder do partido Irmãos da Itália. “Quem não concordar com esse princípio fundamental não poderá fazer parte do governo, mesmo que o preço a pagar seja não formar governo”, esclareceu Meloni.

Giorgia Meloni lidera a coligação de direita composta pelo seu partido Irmão de Itália, o Forza Italia de Silvio Berlusconi e o partido Liga de Matteo Salvini. As declarações de Meloni surgem após ter sido revelado um áudio onde Berlusconi admite ter trocado presentes e correspondência com o presidente russo, Vladimir Putin, além de culpar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pela invasão russa.

Após uma vitória nas legislativas de 25 de setembro, é agora esperado que o novo Governo italiano tome posse já a 26 de outubro. O coordenador do Forza Italia, Antonio Tajani, já ressalvou esta quinta-feira, em reunião do Partido Popular Europeu (PPE), que tanto o partido como Berlusconi apoiam firmemente a NATO e são contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.

“Estou aqui para confirmar, mais uma vez, a posição do meu partido, a minha posição pessoal e a posição do líder do meu partido, que é totalmente a favor da NATO e das relações transatlânticas, a favor da Europa e contra a inaceitável invasão da Rússia na Ucrânia”, disse Antonio Tajani. Berlusconi delegou ao coordenador a tarefa de transmitir esta mensagem, justificando a sua ausência com as consultas para a formação do Governo, com o Presidente italiano Sergio Mattarella.

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