Estado emite 750 milhões a 11 meses acima de 2%

O preço pago por Portugal para emitir dívida a 11 meses compara com a taxa de -0,314% que pagou em maio por uma emissão equivalente para se financiar em 800 milhões de euros.

O Estado voltou ao mercado de dívida esta quarta-feira através da emissão de 750 milhões de euros de Bilhetes do Tesouro a 11 meses pelo preço de 2,1%. O preço pago hoje pela República compara com a taxa de -0,314% que obteve num leilão a 22 de maio de Bilhetes do Tesouro com a mesma maturidade, que resultou no financiamento de 800 milhões de euros.

O leilão do IGCP realizado esta manhã contou com uma procura 1,74 vezes acima da oferta e tinha um montante indicativo entre 500 milhões e EUR 750 milhões de euros. A linha que serviu para o Estado se financiar hoje em 800 milhões de euros tem atualmente um saldo-vivo de 1.597 milhões de euros.

O preço pago pelo Tesouro para se financiar a 11 meses ficou acima da yield que estão atualmente as obrigações do Tesouro a dois anos (1,98%) e ligeiramente abaixo da yield média de 2,2% que estão a negociar as obrigações do Tesouro a três anos.

Atualmente, curva de rendimentos de Portugal está a registar ligeiras subidas em todas as maturidades. As obrigações do Tesouro que estão a ser mais pressionadas esta manhã são os títulos com maturidade a cinco anos, que estão a transacionar com uma yield média de 2,7%, registado atualmente um aumento de 5,8 pontos base.

 

 

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Ex-CEO da TAP vai liderar companhia aérea Etihad

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Antonoaldo Neves vai substituir o britânico Tony Douglas, que estava à frente da Etihad desde 2018.

O antigo CEO da TAP, Antonoaldo Neves, é o novo presidente executivo da companhia aérea Etihad, de Abu Dhabi, segundo avança a Reuters (acesso condicionado), citando o fundo ADQ, que comprou a empresa há pouco tempo.

Antonoaldo Neves, que foi CEO da companhia aérea portuguesa entre 2018 e 2020, vai assim substituir o britânico Tony Douglas, que estava à frente da Etihad desde 2018 e que sai para outra oportunidade profissional, que não é avançada pelo fundo.

O novo CEO da Ethiad vai assim deixar o leme da Oner Travel, negócio que formou depois de sair da TAP. O gestor de Salvador lançou a startup (que na altura se chamava P2D Travel), que permite aos utilizadores das redes sociais venderem viagens, sendo que na altura recebeu um investimento da Point Break Capital, que avaliou a empresa em mais de 13 milhões de euros (85 milhões de reais).

Neves será substituído por Tatiane Alves na liderança da startup, mas vai manter-se ainda assim no conselho de administração da empresa.

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Gás natural dispara 5% e apaga quedas da última semana

Depois de cinco descidas consecutivas, valor do contrato de referência de gás natural dispara nesta quarta-feira depois de Qatar assumir que não haverá envios suplementares para a Europa.

O contrato de referência do gás natural para a Europa inverteu a tendência de abertura e está a disparar cerca de 5%. O contrato TTF para novembro, negociado nos Países Baixos, estava a subir 4,88%, para 118,750 euros por MWh, pelas 10h13, segundo dados da plataforma Barchart.

O mercado aguarda novidades da cimeira europeia de quinta e sexta-feira, que poderá definir propostas para limitar os preços do gás para a produção de energia. Na terça-feira, a Comissão Europeia afastou a introdução de um limite nos contratos TTF, ao contrário da expectativa de alguns analistas.

Também houve novidades do Qatar, onde as autoridades afastaram envios suplementares de gás natural para a Europa, apesar dos investimentos para aumentar a sua produção, segundo a Reuters.

A negociação do contrato TTF tem sofrido várias flutuações desde o início da negociação desta quarta-feira: por volta das 8h, negociou nos 111,495 euros por MWh, menos 1,53%.

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Eurostat revê em baixa numa décima inflação de setembro na Zona Euro para 9,9%

A variação homóloga do índice de preços harmonizado na Zona Euro foi de 9,9% em setembro, o que representa uma ligeira revisão em baixa face ao anteriormente estimado.

A taxa de inflação homóloga na Zona Euro foi, afinal, de 9,9% em setembro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Trata-se de uma revisão em baixa face à anterior estimativa, que apontava para 10%. Portugal ficou abaixo da média dos países do euro, ao registar uma taxa de 9,8% (no indicador utilizado para a comparação europeia).

Além disso, quando a comparação é feita com a média da União Europeia (UE), Portugal também fica abaixo. A taxa de inflação na UE foi de 10,9% em setembro, valor que contrasta com os 10,1% em agosto e com os 3,6% na comparação homóloga.

O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (+40,7%) continua a ser o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região. Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (11,8% em setembro contra 10,6% em agosto), os serviços e os bens industriais não energéticos.

O Eurostat disponibiliza os números do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC) dos Estados-membros, que são utilizados para comparar a inflação dos países europeus entre si. Portugal registou um IHPC de 9,8% em setembro, pelo que ficou abaixo da média da Zona Euro, ao contrário do que tinha acontecido no mês passado.

França foi o país da Zona Euro que registou a menor subida de preços, com uma taxa de inflação de 6,2% em setembro, face ao período homólogo, seguida por Malta (7,4%) e Finlândia (8,4%). No polo oposto, e com a maior subida de preços, está a Estónia (24,1%), seguida pela Lituânia (22,5%) e Letónia (22%), países bastante afetados pela guerra na Ucrânia.

Já no que toca à variação em cadeia, isto é, entre agosto e setembro, Espanha, França, Chipre, Eslovénia e Suíça foram os países a registarem uma desaceleração nas taxas de inflação.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h47)

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Interpol diz que crimes financeiros e informáticos são as principais ameaças

  • Lusa
  • 19 Outubro 2022

Os delitos financeiros e informáticos são as principais ameaças criminosas no mundo, mas também são os que mais crescerão nos próximos três a cinco anos, declarou a Interpol.

Os delitos financeiros e informáticos são as principais ameaças criminosas no mundo, mas também são os que mais crescerão nos próximos três a cinco anos, declarou esta quarta-feira a Interpol, em comunicado.

O branqueamento de capitais é a ameaça “número 1”, referiu na nota a agência internacional de polícia criminal (Interpol, em inglês), ao explicar os resultados de um inquérito às polícias dos 195 países membros, indicando ainda que 67% das nações a consideram de “alto” ou “muito alto” risco.

O uso de programas de computador para realizar chantagem [‘ransomware’] ocupa a segunda posição, pois também é classificado como de risco “alto” ou “muito alto” por 66% dos membros. Além disso, é o crime que se espera que mais aumente nos próximos anos (72%).

Ainda mais preocupante para a Interpol é que 62% dos entrevistados antecipam que a exploração sexual e o abuso de crianças ‘online’ também estarão no topo da lista, em terceiro lugar, de ameaças criminais que mais aumentarão.

Esta previsão baseia-se na constatação de que a procura e produção de material para exploração sexual infantil aumentou “significativamente” durante a pandemia da covid-19.

Se tradicionalmente era o narcotráfico que dominava as listas de ameaças criminais, a Interpol sublinhou que o crime financeiro por meios informáticos cresceu “significativamente” nos últimos anos, principalmente durante a epidemia global da covid-19.

A razão é que durante e após os confinamentos, a digitalização se acelerou, com atividades profissionais e pessoais cada vez mais a decorrer em casa e ‘online’.

Isso permite uma ampla gama de crimes informáticos, como o comprometimento dos e-mails corporativos, fraude executiva (criminosos que se fazem passar por gerentes), golpes de comércio eletrónico ou fraudes de investimento, que cresceram em quase todas as regiões do mundo.

Para maximizar o benefício ilícito e o dano, são utilizadas técnicas como a dupla extorsão em que os dados são criptografados e as vítimas são ameaçadas de serem expostas publicamente, o que implica um risco de interrupção da atividade das empresas.

A Interpol observa que crimes financeiros e crimes informáticos “estão invariavelmente ligados”, pois uma parte significativa da fraude é realizada com tecnologias digitais e os criminosos também contam com fraudes financeiras para branquear os seus lucros.

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Verbas para apoiar compra de botija de gás reduzidas para metade

Segunda fase do programa conhecido como "Bilha Solidária" conta com orçamento máximo de dois milhões de euros, metade do financiamento da primeira fase.

O Governo reduziu para metade o orçamento do programa conhecido como “Bilha Solidária”. A despesa máxima com a medida para apoiar, com dez euros, a compra de botijas de gás, passou de quatro para dois milhões de euros, segundo o regulamento publicado nesta quarta-feira em Diário da República.

O apoio do Governo é de dez euros por cada botija, no limite de uma unidade por mês e por beneficiário. A segunda fase do programa arrancou em setembro e dura até 31 de dezembro ou até o orçamento esgotar-se.

Para beneficiarem do apoio, as famílias têm de se apresentar na sede da respetiva freguesia, munidas da fatura de eletricidade, da fatura da compra da botija, de um documento de identificação e do comprovativo de benefício de uma das prestações sociais mínimas. Se tudo estiver correto, o pagamento é feito em dinheiro vivo (numerário).

Criado em 30 de março, o programa Bilha Solidária destinava-se a beneficiários da tarifa social de energia elétrica (TSEE), mas a 11 de abril o Governo anunciou um alargamento deste apoio de dez euros a todas as famílias titulares de uma das prestações sociais mínimas, como complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, pensão social de invalidez, complemento da prestação social para a inclusão, pensão social de velhice ou subsídio social de emprego.

Na primeira fase da medida, entre abril e junho, o apoio apenas abrangeu 25.542 botijas, no montante de 255.420 euros, escreveu em agosto o Dinheiro Vivo. O orçamento máximo era de quatro milhões de euros. A medida é financiada através do Fundo Ambiental.

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Carlos Moedas classifica Marquês de Pombal para proibir cartazes

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Câmara de Lisboa abriu um processo de classificação do Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII como conjuntos de “interesse municipal” para sustentar a decisão de retirar outdoors.

A Câmara Municipal de Lisboa avançou com um procedimento administrativo com o intuito de classificar a Praça Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII como conjuntos de interesse municipal, escreve o Diário de Notícias (acesso livre).

O processo foi iniciado a 6 de julho deste ano e o objetivo é sustentar a decisão de retirar os cartazes de propaganda política destes locais, dado que os coloca ao abrigo da lei que regula a afixação de mensagens de propaganda, e que estipula que esta afixação não deve “prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros suscetíveis de ser classificados pelas entidades públicas”.

Recorde-se que este foi um dos argumentos utilizados por Carlos Moedas para retirar os cartazes de propaganda política da rotunda do Marquês de Pombal. Além disso, o autarca invocou ainda um outro artigo que refere que “compete às câmaras municipais, ouvidos os interessados, definir os prazos e condições de remoção dos meios de propaganda utilizados”.

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Ministro da Economia admite subida dos preços médios do gás para 120 euros por MWH em 2023

António Costa Silva admitiu a necessidade de novas medidas de apoio, no próximo ano, para tentar ultrapassar os problemas da economia.

O ministro da Economia admite que os preços do gás vão continuar a subir e atingir preços médios de 100 a 120 megawatt hora, uma vez que o mundo vive uma “verdadeira caça ao gás”. Em entrevista ao “Tudo é Economia” da RTP3, António Costa Silva admitiu a necessidade de novas medidas de apoio, no próximo ano, para tentar ultrapassar os problemas da economia, dada a incerteza mundial.

“No caso do gás tivemos em 2021, um preço médio da ordem dos 23 euros por megawatt hora, este ano estamos a chegar aos 55/60 e podemos ter no próximo ano acima de 100 ou 120, em termos de preços médio. Em dois anos, o preço do gás poderá ter aumentado cinco a seis vezes e isso pesa substancialmente nas contas das empresas“, antecipou Costa Silva.

Quanto a eventuais problemas decorrentes de quebras no abastecimento de gás da Nigéria, o principal fornecedor nacional de gás, responsável por 49% das remessas — o ministro da Economia alinha com o discurso de serenidade do Executivo e garante que não há razões para preocupação acrescida por parte das empresas e opta por recordar as medidas adotadas para “proteger as empresas consumidoras de gás”, nomeadamente os três mil milhões de euros que serão injetados no sistema para baixar o valor das tarifas de gás e eletricidade. Além disso, o apoio por empresa intensiva em gás aumentou para 500 mil euros e a taxa de apoio que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022, e que é hoje de 30%, passou para 40%. As empresas com maiores consumos podem ter vir a beneficiar de apoios de dois milhões ou cinco milhões para as que registam perdas operacionais, mas Bruxelas ainda não deu luz verde a estas medidas.

Costa Silva admite que a produção dos países da bacia atlântica pode substituir eventuais falhas de produção na Nigéria. Guiné Equatorial, Trinidad e Tobago, que presentemente fornece 10% do gás a Portugal e Estados Unidos (29%) são alguns dos fornecedores elencados “que podem substituir falhas que possam acontecer”. Questionado sobre se a Nigéria pode “simplesmente incumprir o contrato firmado com Portugal e vender a quem pagar mais, o ministro da Economia disse que o mundo vive “uma verdadeira caça ao gás”. “Não admira que no mundo o gás existam pressões e as empresas que estejam com grandes dificuldades se ofereçam para pagar as grandes penalidades que existam nos contratos de longa duração e focar com o gás.

Quanto à polémica em que esteve envolvido por ter defendido a descida transversal do IRC, uma hipótese descartada pelo ministro das Finanças e que o presidente da CIP diz não ter avançado porque António Costa Silva foi extemporâneo nas suas declarações, o ministro da Economia garante que nunca equacionou demitir-se. “Esse problema está ultrapassado”, disse. “A troca de ideias foi para procurarmos o compromisso e encontrar soluções para responder aos problemas do país. Penso que o Orçamento do Estado faz isso. Não sou homem de me demitir, vou sempre à luta”, concluiu, garantindo que não está arrependido de ter ido para o Governo.

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Reservas de gás natural “situam-se nos 108%”, garante Governo

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

O Governo reitera que “não há escassez no mercado de gás” e garante que as reservas de gás natural em Portugal “situam-se nos 108%”.

O Governo reitera que “não há escassez no mercado de gás” e garante que as reservas de gás natural em Portugal “situam-se nos 108%”, adiantou fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática ao Correio da Manhã (acesso pago).

Estas garantidas foram dadas depois de na segunda-feira, a Nigéria ter alertado a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode pôr em risco o abastecimento em Portugal.

Nesse sentido, o Executivo sublinha “que não existe, neste momento, qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria” e apenas assume que pode haver apenas um “deslize” no calendário de entregas. E mesmo que houvesse uma redução nas entregas de gás proveniente na Nigéria, “Portugal tem as reservas no máximo e não há escassez no mercado de gás”, referiu ainda o Ministério tutelado por Duarte Cordeiro, na terça-feira.

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Economistas apontam para fim da era de altas taxas de crescimento da China

  • Lusa
  • 19 Outubro 2022

Problemas estruturais, como o envelhecimento da população ativa, vão pesar “significativamente” no crescimento chinês ao longo dos próximos anos.

A era de acelerado crescimento económico da China está a terminar, preveem analistas, à medida que baixas taxas de produtividade coincidem com o envelhecimento da população e a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19.

“A China enfrenta um conjunto de desafios sérios que, na nossa opinião, significam a entrada numa fase de crescimento significativamente mais lenta”, lê-se num relatório do BlackRock Investment Institute, grupo de reflexão (‘think tank’) sob alçada da multinacional BlackRock, o maior gestor de ativos do mundo.

O relatório, elaborado pelos economistas Alex Brazier e Serena Jiang, aponta que o foco nos “altos e baixos” da atividade económica da China, suscitados pelas medidas de prevenção epidémica, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, distrai de outros problemas estruturais que vão pesar “significativamente” no crescimento chinês, ao longo dos próximos anos.

“O fator mais importante é a população em idade ativa, que depois de ter aumentado rapidamente, está agora a diminuir”, sublinham os analistas.

Menos trabalhadores significa que a economia não pode produzir mais sem gerar inflação, a menos que o crescimento da produtividade acelere”, nota o relatório.

“No entanto, as restrições internacionais a nível do comércio e tecnologia, e as regulações [internas] mais rígidas sobre [o setor privado] vão prejudicar o crescimento da produtividade”, acrescenta o documento.

Baixo crescimento já está na narrativa

Numa conferência de imprensa realizada no sábado, na véspera do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), o porta-voz da organização frisou que o ritmo de crescimento económico do país deixou de ser a “única coisa que importa”.

“A velocidade do crescimento é de fato um importante parâmetro de desempenho económico, mas não é o único”, apontou Sun Yeli. “Vamos concentrar-nos antes em resolver os problemas de longo prazo na economia”, acrescentou.

Desde que ascendeu ao poder, em 2012, o líder chinês, Xi Jinping, devolveu ao PCC o papel de líder político, económico e social da China, priorizando o domínio do Estado, em detrimento do setor privado – uma reversão da trajetória da China desde que o ex-líder Deng Xiaoping lançou o período de “reforma e abertura”, em 1978.

Na leitura do relatório de trabalho que inaugurou o 20º Congresso do Partido, no domingo passado, Xi Jinping mencionou o termo “segurança” por 91 vezes, enquanto “economia” apareceu 60 vezes, sendo pela primeira vez eclipsada pelo primeiro desde que o Partido assumiu o poder, em 1949.

O ênfase em questões de segurança surge numa altura de crescente descontentamento popular, suscitado pelos frequentes confinamentos, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, e de agudizar das relações com os Estados Unidos e a União Europeia.

Uma pesquisa conjunta do GeoEconomics Center, do Atlantic Council, um ‘think tank’ com sede em Washington, e da consultora Rhodium Group prevê que a China vai ter dificuldades em manter um crescimento anual acima dos 3% até 2025.

Helge Berger, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a China, aponta também num relatório para o “entusiasmo cada vez menor por reformas económicas baseadas no mercado”.

“O potencial de crescimento da China pode ser substancialmente menor do que aquilo que estamos habituados”, nota.

A análise do FMI estima que o crescimento médio da produtividade foi de apenas 0,6% durante a década passada, sob a governação de Xi – um declínio acentuado da média de 3,5% alcançada nos cinco anos anteriores. A instituição estima que o nível de produtividade das empresas estatais chinesas é 20% menor do que no setor privado.

O BlackRock Investment Institute adverte para o impacto que o abrandamento económico da China vai ter no resto do mundo.

“No passado, quando enfrentavam uma desaceleração [económica], os países podiam contar com os consumidores e empresas chinesas para comprarem os seus automóveis, produtos químicos, máquinas e combustível e contar com a China para o fornecimento abundante de produtos baratos”, lê-se.

“Mas, isto vai deixar de ser assim”, afirma o relatório. “Uma recessão está a aproximar-se nos EUA, Reino Unido e Europa, e, desta vez, a China não virá em socorro”.

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Governo corta nas verbas para financiar obras de escolas mais degradadas

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Apenas haverá apoio quando a degradação do edifício for verificada pelo município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação.

O Governo só está disponível para pagar oito euros por metro quadrado nas obras das escolas mais degradadas após haver três validações, noticia o Jornal de Notícias (acesso condicionado). Decisão apanhou de surpresa os autarcas.

Apenas haverá apoio quando a degradação do edifício for verificada pelo município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação. Estas condições constam no projeto de decreto-lei que alterará as regras para a descentralização na educação.

Esta intenção apanhou de surpresa os autarcas. A Associação Nacional de Municípios (ANMP) esperava que o Governo financiasse as 451 escolas incluídas no mapeamento, acordado entre as autarquias e o Executivo em junho passado.

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Empresas têm de pagar 799 euros de salário mínimo para terem benefício no IRC

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Aumento de 55 euros do SMN terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros para as empresas beneficiarem do desconto no IRC. Ou seja, as empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros.

As empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos seus trabalhadores para beneficiarem do incentivo fiscal à valorização dos salários previsto no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade, avança o Público (acesso condicionado).

Apesar de o aumento do salário mínimo nacional (SMN) passar dos atuais 705 euros para 760 euros mensais no próximo ano, o que representa um valorização salarial de 7,8%, esse acréscimo de 55 euros não conta para a majoração no IRC, dado que a lei impõe que a valorização mínima de 5,1% comece a contar para aumentos acima da retribuição mínima de 2023.

Contas feitas, o aumento de 55 euros do salário mínimo terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros para que as empresas beneficiem da descida seletiva do IRC. Ou seja, as empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos trabalhadores.

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