Melhores Fornecedores RH 2023. Candidaturas já estão abertas

As candidaturas desta iniciativa, promovida pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), decorrem até final de outubro. A distinção dos vencedores terá lugar em fevereiro de 2023.

As candidaturas à iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG), que tem como objetivo eleger os “Melhores Fornecedores RH 2023”, com base num estudo de opinião efetuado junto de organizações clientes de produtos e serviços para recursos humanos, estão abertas até 31 de outubro. A distinção dos vencedores terá lugar em fevereiro de 2023.

Nesta edição serão distinguidos os melhores classificados nas categorias de recrutamento, seleção, avaliação de competências e outplacement; formação, coaching e desenvolvimento profissional; trabalho temporário; outsourcing; consultoria; tecnologia e sistemas de informação aplicados à gestão de recursos humanos; segurança e saúde no trabalho; sistemas de compensação e benefícios; serviços de assessoria jurídica; serviços de alimentação; e seguros.

A coordenação científica do estudo, que será realizado entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, é assegurada por Manuel Vilares, professor catedrático da NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.

Informações adicionais, incluindo regulamento, calendarização e vencedores da edições anteriores, podem ser consultadas no site da iniciativa ou através de correio eletrónico ([email protected]).

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Governo admite reforçar linha de apoio para empresas turísticas afetadas pelos incêndios

Linha de apoio para as empresas de turismo das regiões afetadas pelos incêndios tem uma dotação de três milhões de euros, mas pode vir a ser reforçada em "função das necessidades".

A linha de apoio à tesouraria das micro, pequenas e médias empresas de turismo das regiões afetadas pelos incêndios tem uma dotação de três milhões de euros, mas esta pode ser reforçada em “função das necessidades”, adianta o diploma que regula a medida e foi publicado esta terça-feira em Diário da República.

Esta medida destina-se às “micro, pequenas e médias empresas” do setor do turismo e tem como objetivo apoiar as empresas afetadas pelos incêndios deste ano que precisem de “necessidades temporárias de acréscimo de fundo de maneio, incluindo a amortização de contas correntes ou liquidação de financiamentos de curto prazo (até um ano)”, explica o despacho n.º 13/2022, publicado esta terça-feira em Diário da República.

Esta linha terá uma dotação de três milhões de euros, sendo financiada pelo Turismo de Portugal, mas esta dotação “pode ser aumentada, em função das necessidades que se vierem a registar durante a utilização da presente linha de apoio financeiro”, esclarece o diploma.

Para acederem a esta linha de apoio, as empresas devem formalizar a sua candidatura junto do Turismo de Portugal, que terá de as analisar “no prazo máximo de dez dias úteis”. De acordo com o diploma, o apoio é de “natureza de incentivo reembolsável, sem quaisquer juros remuneratórios associados”, sendo que o apoio por empresa “não pode exceder 50% do volume de negócios de 2019 ou de 2021, consoante o que for mais favorável”, tendo um valor máximo de 150 mil euros.

Para o efeito, apenas são elegíveis as empresas que tenham iniciado a sua atividade antes de 30 de junho de 2022; “desenvolvam como atividade económica principal uma atividade turística”, entendendo-se como tal que esta atividade represente “50% ou mais do total do respetivo volume de negócios”; não tenham “sido objeto de um processo de insolvência, nos termos do Código da Insolvência e Recuperação de Empresas, e não ter beneficiado dos auxílios de emergência ou auxílios à reestruturação”; “não tenham sido condenados nos dois anos anteriores à data da candidatura, por sentença transitada em julgado, por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes” e que demonstrem “capacidade para fazer face ao serviço de dívida resultante do financiamento”, entre outras condições.

Paralelamente, o Governo lançou também o Programa Transformar Turismo, com o intuito de valorizar os recursos culturais e naturais dos territórios do interior e reforçar a coesão económica e social. Este programa conta com uma dotação de dois milhões de euros, também financiada pelo Turismo de Portugal, que também neste caso “pode ser aumentada, em função das necessidades que se vierem a registar”, sinaliza o despacho n.º 14/2022, publicado esta terça-feira em Diário da República.

As candidaturas para o programa Transformar Turismo arrancam a 1 de novembro de 2022 e terminam a 31 de janeiro de 2023. Podem ser feitas no site do Turismo de Portugal e são elegíveis “as entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante, assim como entidades associativas, desde que prossigam atividades relacionadas ou conexas com a atividade turística”, lê-se.

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Diversidade etária nas empresas: a idade como bem precioso

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Outubro 2022

Abraçar a diversidade etária nas empresas é uma mais-valia para as equipas. Saiba como conseguir uma maior cooperação intergeracional e as vantagens de trabalhar com diferentes faixas etárias.

Cinco gerações juntam-se, atualmente, no mercado de trabalho, criando um cenário de diversidade etária nas empresas. Falamos da Silent Generation (1928 a 1945), dos Baby Boomers (1946 a 1964), da Generation X (1965 a 1980), dos Millennials (1981 a 1996) e da Generation Z (1997 a 2012). Conhecendo a enorme discrepância de pontos de vista que têm sobre os grandes temas da atualidade — como o ativismo político, as alterações climáticas, o uso da tecnologia ou a identidade de género —, é, então, fácil perceber que isso também se reflete no mercado de trabalho, onde as tensões tendem a aumentar.

Fica, pois, clara a necessidade de estar ciente dos desafios associados à diversidade etária nas empresas e à importância da diversidade e inclusão. Só assim será possível evitar situações de instabilidade ou mesmo de discriminação, quer na contratação quer na promoção.

“A irritação e a falta de confiança que [a diversidade etária nas empresas] pode causar prejudica o desempenho da equipa ao limitar a colaboração, provocando conflitos emocionais, levando a uma maior rotatividade de funcionários e a um desempenho mais fraco da equipa”, escrevem Megan Gerhardt, Josephine Nachemson-Ekwall e Brandon Fogel num artigo da Harvard Business Review sobre como melhor aproveitar o poder da diversidade etária.

Em jeito de resposta, os mesmos autores defendem o conceito de “gentelligence”. Com efeito, trata-se do termo criado para definir a estratégia de negócio destinada a lidar com os problemas geracionais, ajudando os líderes a tirar o melhor partido de cada geração e a criar uma força laboral intergeracional.

A “gentelligence” é um termo criado para definir a estratégia de negócio destinada a lidar com os problemas geracionais, ajudando os líderes a tirar o melhor partido de cada geração e a criar uma força laboral intergeracional.

Práticas para uma maior cooperação intergeracional

Nesse artigo da HBR, os autores mencionam quatro práticas que ajudam a colmatar o gap entre gerações e a criar uma cultura de cooperação:

  • Identificar as ideias pré-concebidas sobre as várias gerações – este é o primeiro passo para combater esses preconceitos que acabam por influenciar as relações.
  • Avaliar se as ideias correspondem à realidade – tentar perceber o motivo pelo qual os colegas de diferentes gerações têm comportamentos distintos dos nossos.
  • Tirar partido das diferenças – trabalhar para encontrar formas de beneficiar com as perspetivas, os conhecimentos e contactos de cada um.
  • Abraçar a aprendizagem mútua – acreditar, por fim, que todos temos a aprender com os colegas de outras gerações e, ao mesmo tempo, que todos temos algo para ensinar.

Vantagens da diversidade etária nas empresas

Estas práticas podem e devem estar integradas na gestão das pessoas e numa estratégia DEI, ou seja, de diversidade, equidade e inclusão, garantindo a diversidade etária nas empresas. Demonstram, sem dúvida, os benefícios de abrir horizontes e de contratar pessoas mais velhas.

Mais do que a idade, o talento
As empresas inovadoras estão mais preocupadas em garantir o talento do que propriamente em saber qual a idade dos colaboradores. Numa altura em que a escassez de mão-de-obra afeta muitos setores, a experiência de quem está há mais anos no mercado de trabalho é, como resultado, um recurso que não deve ser desperdiçado.

Uma questão de complementaridade
Ao contratar pessoas mais velhas, as empresas juntam, assim, profissionais com capacidades, competências, conhecimentos e redes de contactos diferentes. O resultado da diversidade etária nas empresas é, portanto, a criação de equipas com profissionais que se complementam.

Melhor desempenho
Ao aplicar medidas que resolvem os problemas do gap geracional, as empresas ajudam sobretudo a combater estereótipos e conflitos. Ao mesmo tempo, melhoram o compromisso e a satisfação dos profissionais, criam equipas mais produtivas e com maior capacidade de decisão. No final, o desempenho de toda a organização melhora.

Em suma, estes são ganhos suficientes para fazer da inclusão e da diversidade etária nas empresas uma aposta na gestão de pessoas e um driver de crescimento.

Rui Rocheta, Regional Head – LATAM, Ibéria e Turquia da Gi Group Holding

Texto por Rui Rocheta, Regional Head – LATAM, Ibéria e Turquia da Gi Group Holding

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BCP paga 8,5% por 350 milhões em dívida sénior

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Emissão de 350 milhões visa reforçar o rácio de proteção contra perdas. BCP salienta "elevada procura e diversificação dos investidores" num momento de volatilidade. Paga juro 8,5% .

O BCP BCP 0,56% prepara-se para obter 350 milhões de euros em obrigações de dívida sénior preferencial para reforçar os seus rácios de proteção contra perdas, com os títulos a custarem uma taxa de juro de 8,5% ao ano, segundo avançou a instituição em comunicado.

A emissão terá um prazo de três anos, com opção de reembolso antecipado pelo banco no final do segundo ano, um preço de emissão de 100% e uma taxa de juro fixa de 8,5%, ao ano, durante os primeiros dois anos (correspondente a um spread de 5,547% sobre a taxa mid-swaps de dois anos).

No terceiro ano, não havendo recompra antecipada, a taxa de juro resultará da soma da Euribor a 3 meses com um spread de 5,547%, explica o banco liderado por Miguel Maya no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O BCP congratula-se com a “elevada procura verificada e o perfil diversificado dos investidores” que “atestam mais uma vez a capacidade do banco em aceder ao mercado de capitais, mesmo em contexto de elevada volatilidade e grande incerteza, como o que se tem verificado nos últimos meses”.

A emissão visa reforçar os passivos elegíveis para cumprimento do requisito de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis), que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face às dificuldades.

No caso de haver perdas, estes instrumentos são absorvidos para restaurar o respetivo capital do banco.

(Notícia atualizada às 19h14 com comunicado do BCP na CMVM)

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Coimbra quer investir 500 milhões de euros com fundos comunitários

  • Lusa e ECO
  • 18 Outubro 2022

A Câmara de Coimbra tem intenções de investimento de cerca de 500 milhões de euros para o próximo quadro comunitário, adiantou o presidente da autarquia José Manuel Silva.

“Há uma diferença significativa relativamente ao passado. Ao PT2020 [Portugal 2020] a Câmara de Coimbra apresentou projetos no valor de 100 milhões de euros. Ao PT2030 [a autarquia] apresentou projetos no valor de 500 milhões de euros”, adianta José Manuel Silva, que tomou posse como presidente da Câmara de Coimbra há um ano, depois de encabeçar a coligação Juntos Somos Coimbra que conquistou a autarquia ao PS.

A autarquia de Coimbra tem, por isso, intenções de investimento de cerca de 500 milhões de euros para o próximo quadro comunitário, segundo José Manuel Silva. O edil afirma que a autarquia tem “muitos projetos diferenciadores para a cidade”, sendo necessário “começarem as negociações” com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).

É importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de toda a região.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

“Algo que também é consensual na CIM [Comunidade Intermunicipal] é de que o desenvolvimento de Coimbra é fundamental para o desenvolvimento da região. É importante que Coimbra se assuma como motor de desenvolvimento de toda a região e, nesse sentido, os projetos são fundamentais para alavancar o desenvolvimento de toda a região”, realçou.

Entre os projetos previstos, está um “plano Marshall” para a Baixa da cidade de aquisição e requalificação de prédios naquela zona da cidade, o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e a transformação do antigo Pediátrico num espaço com valência de residências artísticas, mas que também acolha associações do concelho. Nesse último caso, José Manuel Silva referiu que há abertura “total” do Governo para a transferência da dominialidade daquele antigo hospital para a Câmara de Coimbra.

Questionado sobre a criação de um pavilhão para eventos de maiores dimensões, o autarca assumiu que Coimbra tem essa necessidade, mas a ideia inicial de o localizar “no espaço intramuros do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova” poderá não avançar face aos condicionamentos de utilização de parte daquele monumento para um projeto hoteleiro.

Outra possibilidade, notou, será na construção da nova estação intermodal de Coimbra, já que o projeto inicial do arquiteto catalão Joan Busquets, que o atual executivo recuperou, previa “uma nave de eventos naquela zona”.

Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projeto há 50 anos e que o Governo considere na área da justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio.

José Manuel Silva

Presidente da Câmara Municipal de Coimbra

Em entrevista à agência Lusa, José Manuel Silva disse que a relação com o Governo tem sido “excelente”, apesar de não receber acolhimento de tudo o que é pedido pela autarquia.

Se no caso da nova maternidade de Coimbra tudo está a correr tal como previsto no cronograma, já na área da justiça o presidente da Câmara aponta críticas à ausência de respostas do Governo para alguns investimentos fundamentais na cidade. “Fomos informados de que não há financiamento para o novo Palácio da Justiça e não aceitaremos que Coimbra esteja à espera deste projeto há 50 anos e que o Governo considere na área da justiça qualquer outra obra prioritária que não o Palácio”, protestou.

Relativamente à Prisão de Coimbra, o autarca também não aceita que a sua deslocalização seja “relegada para segundo plano”.

Questionado sobre o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra com a Associação Académica – Organismo Autónomo de Futebol, José Manuel Silva explicou que, na revisão do acordo, que termina em 2024, estará “em debate o modelo de exploração” daquele espaço, nomeadamente um maior uso da infraestrutura para grandes eventos culturais e musicais.

“Isso implica, desde logo, encontrar uma solução alternativa para a pista de tartan e estamos a trabalhar nisso, num processo de triangulação com a Universidade de Coimbra e uma possível valorização do Estádio Universitário”, concluiu.

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Ataques russos contra Kiev atingem instalações elétricas

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2022

O país esteve em estado de alerta aéreo geral no início da manhã. autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia.

Instalações elétricas em Kiev foram atingidas esta terça-feira por três ataques russos, um dia depois da cidade ter sido atacada por “drones”, disse o gabinete da presidência da Ucrânia.

“De acordo com as primeiras informações, foram lançados três ataques contra instalações elétricas” na zona oriental da cidade de Kiev, indicou Kyrylo Tymochenko, conselheiro do Chefe de Estado da Ucrânia sem fornecer mais detalhes.

Ataques russos, com o uso de “drones suicidas”, (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano mataram pelo menos oito pessoas, incluindo quatro em Kiev na segunda-feira, e atingiram instalações de energia em várias regiões do país.

O país esteve em estado de alerta aéreo geral, de acordo com o mapa publicado diariamente pelas autoridades ucranianas. No arranque do dia ouviram-se explosões em Mykolaïv, no sul, e em Kryvyi Rih, a cidade natal de Volodymyr Zelensky no sudeste do país. Também houve relatos de explosões em Kharkiv. Às 9h00 de Lsiboa apenas a região de Luhanks continuava em alerta.

Por outro lado, a autoridade de energia atómica ucraniana Energoatom acusou a Rússia de ter raptado dois funcionários da central de Zaporijia, a maior central nuclear da Europa, que está sob controlo russo desde 4 de março. As forças russas “raptaram” o diretor de informática da central, Oleg Kostioukov, e o vice-diretor geral Oleg Ocheka, e “levaram-nos para um destino desconhecido”, disse a Energoatom, num comunicado divulgado nas redes sociais.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, assegurou que a Rússia e a Ucrânia estão “manifestamente” dispostas a aceitar a criação de uma zona de proteção em torno da central nuclear. A zona poderia garantir que a maior central nuclear da Europa deixe de estar “numa situação tão precária”, disse Grossi, numa entrevista ao jornal argentino La Nación.

Na segunda-feira, Zaporijia ficou novamente sem energia elétrica da rede externa, dependendo de geradores a diesel para o arrefecimento dos reatores, com Ucrânia e Rússia a acusarem-se mutuamente de responsabilidade pela situação. A Energoatom disse que a central foi desligada da rede elétrica durante a madrugada, devido a bombardeamentos russos de uma subestação.

 

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Comissão Europeia disponível para apoiar interligações na Península Ibérica

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Bruxelas garante estar disponível para apoiar interconexões energéticas na Península Ibérica, mas está ainda reticente sobre imposição de tetos nos preços do gás natural e relativos à eletricidade.

A Comissão Europeia garante estar disponível para apoiar interconexões energéticas na Península Ibérica, lembrando verbas comunitárias existentes para financiar ligações para eletricidade e hidrogénio ‘verde’ e destacando o “bom exemplo” do Porto de Sines no gás natural liquefeito.

“A Comissão e os Estados-membros estabeleceram grupos regionais de alto nível para facilitar o desenvolvimento de infraestruturas numa região específica e Portugal, Espanha e França pertencem ao grupo do sudoeste europeu. No plano [energético] REPowerEU, a Comissão manifestou a sua disponibilidade para ajudar a Península Ibérica a acelerar a implementação das suas infraestruturas através do trabalho deste grupo regional”, recorda em entrevista por escrito à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Na entrevista concedida por escrito precisamente devido às várias deslocações de Kadri Simson no quadro da atual crise energética, a responsável recorda que “os fundos da UE do Mecanismo Interligar a Europa estão disponíveis para projetos marcados como projetos de interesse comum”.

“Tanto os projetos de eletricidade como os projetos de hidrogénio são potencialmente elegíveis para tal ao abrigo do regulamento revisto relativo às redes transeuropeias de energia”, aponta a responsável, dias antes de os chefes de Governo de Portugal, Espanha e França se voltarem a reunir para discutir a matéria das interconexões, antes do Conselho Europeu desta semana em Bruxelas, dedicado à crise energética.

No que toca ao REPowerEU, a comissária europeia lembra à Lusa que esse pacote “salientou também que é relevante para a Península Ibérica acelerar a implementação do seu projeto de interligação elétrica, abrangendo o Golfo de Biscaia entre França e Espanha, interligação Portugal e Espanha, agrupamento de linhas internas em Portugal e as chamadas travessias dos Pirenéus entre Espanha e França”.

“O projeto do Golfo da Biscaia já recebeu apoios da UE no valor de 578 milhões de euros através do Mecanismo Interligar a Europa. As linhas internas em Portugal também receberam ambos 250 mil euros do Mecanismo Interligar a Europa para estudos preparatórios e, além desse mecanismo, estes projetos também poderiam receber financiamento ao abrigo do capítulo REPowerEU do fundo de recuperação e resiliência”, precisa Kadri Simson, na resposta dada à Lusa.

O pacote energético RepowerEU prevê a aposta neste tipo de interligações ibéricas, esperando Portugal que se avance com projetos já antigos de interconexão com Espanha, para assim chegar ao resto da Europa, quer de eletricidade, como de gás (natural e, futuramente, hidrogénio).

Apresentado pela Comissão Europeia em maio passado, o REPowerEU é o plano de Bruxelas para aumentar a resiliência energética europeia e tornar a UE independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento Espanha e Portugal têm vindo a reivindicar um aumento das interconexões por a Península Ibérica ter poucas interligações energéticas com o resto da UE.

Questionada pela Lusa relativamente ao Porto de Sines, um dos maiores da União Europeia dada a tonelagem de carga movimentada nos terminais, Kadri Simson assinala que o seu papel deve “ser avaliado numa perspetiva mais ampla, uma vez que a Península Ibérica continua a ter fracas ligações relativamente ao resto da UE”.

“O REPowerEU destaca o potencial da Península Ibérica para contribuir para a segurança do aprovisionamento da UE”, pelo que “estamos cientes dos planos para que o Porto de Sines se torne um dos maiores centros verdes da Europa e, naturalmente, acolhemos favoravelmente tais intenções”, refere ainda a responsável.

Para Kadri Simson, o Porto de Sines é um “bom exemplo em que está planeado o transporte de hidrogénio para o resto da Europa, fazendo bom uso das infraestruturas portuárias existentes” para o gás natural liquefeito.

Bruxelas ainda reticente sobre tetos no gás e relativos à eletricidade

A Comissão Europeia ainda está reticente sobre imposição de tetos nos preços do gás natural, pelos riscos na segurança do abastecimento nomeadamente pela Rússia, e sobre limites no preço do gás na produção de eletricidade, pelas suas desvantagens.

A posição é avançada à agência Lusa pela comissária europeia da Energia, Kadri Simson, que em entrevista escrita a propósito da atual crise energética admite que “intervenções de preços num mercado que funciona de acordo com os sinais de preços implicam claramente riscos, especialmente para a segurança do abastecimento”.

“É por isso que qualquer intervenção no mercado do gás requer uma série de medidas paralelas, incluindo uma maior redução da procura de gás e salvaguardas para os [países] mais afetados”, argumenta a responsável europeia da tutela, quando questionada sobre iniciativas como tetos aos preços do gás, nomeadamente relativamente ao importado pela UE da Rússia.

Segundo Kadri Simson, a Comissão Europeia está agora “a trabalhar arduamente para encontrar uma solução que funcione para todos os Estados-membros”, já que os países mais dependentes das importações de gás russo estão contra esta imposição de limites nos preços.

Em cima da mesa – como verificado durante a cimeira europeia informal do início deste mês e na semana passada entre os ministros da tutela na cidade checa de Praga – está também a criação de tetos ao preço do gás usado para a produção de eletricidade, dado o efeito de contágio pela configuração do mercado europeu marginalista.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que “este modelo é uma forma de fazer baixar rapidamente os preços da eletricidade, mas há desvantagens”.

“Debatendo este tópico com os ministros da energia em Praga, havia ainda uma série de questões em aberto sobre o seu impacto na procura de gás, sobre os fluxos de eletricidade subsidiada para países vizinhos não pertencentes à UE e benefícios desiguais para países com diferentes cabazes energéticos”, pelo que “temos de trabalhar sobre estas questões e obter um amplo apoio dos Estados-membros, uma vez que teríamos de implementar este modelo em toda a UE da mesma forma a fim de sermos eficazes”, elenca a responsável, nesta entrevista concedida por escrito precisamente devido às suas várias deslocações no quadro da atual crise energética.

Na entrevista à Lusa, Kadri Simson confirma que Bruxelas vai avançar com as compras conjuntas, que a seu ver serão “particularmente cruciais para o reabastecimento do armazenamento após este inverno”, bem como com um “mecanismo temporário para limitar os preços e ajudar os consumidores” e “prosseguir os esforços de redução da procura e assegurar a solidariedade, em particular numa situação de emergência”.

À Lusa, Kadri Simson adianta ainda que “a medida ibérica funciona para um mercado específico, a infraestrutura específica e a situação de abastecimento da Península”, pelo que o executivo comunitário está a desenvolver numa “reforma para melhorar a longo prazo a conceção do mercado de eletricidade”, que será apresentada ainda este ano para avançar em 2023 visando “trazer aos consumidores os benefícios das energias renováveis e tecnologias de baixo carbono a preços acessíveis, preservando ao mesmo tempo os benefícios de um sistema elétrico comum, baseado no mercado”.

Respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto

A comissária europeia da Energia vinca que “respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto”, exortando a ações conjuntas na União Europeia (UE) para enfrentar a crise energética, com a solidariedade a ser “o cerne” da aposta comunitária.

“A Europa só pode sair desta crise [energética] através de mais unidade e solidariedade. As respostas nacionais não são eficientes num mercado aberto e é crucial manter condições equitativas em todo o nosso mercado único para a nossa indústria e negócio, esta é a lição que aprendemos com a crise da Covid-19”, declara em entrevista por escrito à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que “é evidente que as circunstâncias e os desafios dos Estados-membros são diferentes”.

“Todos os países tomaram medidas para apoiar os seus consumidores neste momento difícil e congratulamo-nos por isso. Ao mesmo tempo, apresentámos medidas à escala da UE e uma caixa de ferramentas para orientar as ações dos Estados-membros, exatamente com o objetivo de nivelar o campo de ação e assegurar uma ação coordenada em toda a UE e isto deve permanecer o cerne das nossas ações para enfrentar a crise energética”, exorta a responsável.

Bruxelas quer UE preparada para pior cenário porque “inverno não será fácil”

A Comissão Europeia quer a União Europeia (UE) “preparada para o pior cenário possível” de crise energética, alertando que este inverno “não será fácil”, dados os preços elevados e as eventuais ruturas no fornecimento de gás à Europa.

“Trabalhámos incansavelmente ao longo dos últimos meses para reforçar a nossa segurança de aprovisionamento através da diversificação, a implementação de uma política de armazenamento comum e o início da redução preventiva da procura de gás e eletricidade de uma forma coordenada, mas não devemos ser demasiado complacentes [porque] este não vai ser um inverno fácil”, afirma em entrevista escrita à agência Lusa a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Na entrevista concedida por escrito precisamente devido às várias deslocações de Kadri Simson no quadro da atual crise energética, a responsável argumenta que, “com os novos instrumentos, a UE está certamente num lugar muito melhor do que estava até há alguns meses”. “Encorajo os Estados-membros a continuarem os seus esforços para poupar e armazenar o máximo de gás possível”, salienta.

No dia em que divulga novas medidas para a UE enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás, Kadri Simson diz à Lusa que todos os pacotes já propostos contêm “instrumentos para, precisamente, evitar o caos e minimizar os riscos” perante corte no abastecimento russo.

Nos últimos meses, Bruxelas já avançou com medidas como diretrizes aos países para apoiarem os cidadãos devido ao impacto dos preços elevados da energia, obrigações mínimas de 80% de armazenamento de gás na UE, metas de redução de 15% do consumo de gás e de 10% de eletricidade, tetos temporários de 180 euros por Megawatt-hora para eletricidade produzida a partir de fontes como renováveis e nuclear, taxação de 33% sobre os lucros extraordinários das empresas de petróleo, gás, carvão e refinarias e ainda a possibilidade de declarar emergência perante corte de gás russo.

Falando sobre as medidas adotadas, Kadri Simson refere que, através da caixa de ferramentas com orientações, a Comissão Europeia deu “a todos os Estados-membros um vasto conjunto de instrumentos para poderem enfrentar o impacto dos preços elevados da energia, especialmente nos clientes vulneráveis, tanto famílias como empresas”.

“Recentemente, adotámos também novas medidas que permitiriam a todos os Estados-membros recolher receitas excedentárias do setor energético e redistribuí-las aos consumidores que enfrentam preços de energia excecionalmente elevados”, lembrou.

Já questionada sobre os apoios anunciados em Portugal, Kadri Simson adianta “partilhar do objetivo do Governo português de apoiar os consumidores vulneráveis”, embora avisando ser “fundamental que as medidas adotadas sejam bem orientadas para os mais necessitados e que não conduzam a um aumento do consumo de energia”.

Esta terça-feira, a Comissão Europeia vai propor a criação de instrumentos legais para compras conjuntas de gás pela UE, mas que só deverá avançar na primavera de 2023, bem como um mecanismo temporário para limitar preços na principal bolsa europeia de gás natural e regras de solidariedade na UE para disponibilização de gás a todos os Estados-membros em caso de emergência, segundo o rascunho das propostas a que a Lusa teve acesso.

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Portugal entre os países menos competitivos a nível fiscal

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Forte tributação sobre as empresas, o limite ao montante de prejuízos fiscais que as empresas podem abater nos lucros futuros e as diferentes taxas de IVA são consideradas as principais dificuldades.

Portugal é o terceiro pior país da OCDE em termos de competitividade fiscal e piorou a sua pontuação geral elaborada pela Tax Foundation e pelo think tank Instituto + Liberdade, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago) e ao qual o ECO também teve acesso.

A tributação sobre as empresas – considerada muito elevada -, o limite ao montante de prejuízos fiscais que as empresas podem abater nos lucros futuros e as diferentes taxas de IVA são consideradas as três principais dificuldades do país. Neste âmbito, Portugal encontra-se no 36.º lugar entre os 38 países analisados, mantendo a mesma posição face ao ano passado. Contudo, uma alteração de metodologia impede comparações diretas entre os dois anos.

Temos a segunda taxa estatutária máxima mais elevada da OCDE (31,5%) – só atrás da Colômbia –, que contempla 21% de IRC aplicado aos negócios residentes e a que ainda se soma a derrama municipal de 1,5% e a derrama estadual, que pode atingir os 9%”, refere André Pinção Lucas, director executivo do Instituto +Liberdade, em comunicado. “Este valor compara com 23,9% na média da OCDE. Mas, mesmo olhando para a taxa efetiva de IRC, esta é a terceira mais elevada dos países europeus da OCDE: 25% face a uma média de 21,7%”.

Ainda no que toca à competitividade fiscal, a Estónia é o país mais bem colocado entre os países analisados, com o relatório a destacar a “taxa sobre empresas de 20%, apenas aplicada aos lucros distribuídos”, seguida pela Letónia. Já no que toca à pontuação geral, Portugal passou de 53,3 pontos para 51,5 pontos numa escala de 100 pontos possíveis, o que coloca o país na 36.ª posição.

Este relatório avalia cinco dimensões: impostos sobre as empresas; sobre os rendimentos individuais; sobre o consumo; sobre a propriedade; e tributação internacional.

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Cigarros eletrónicos rendem oito milhões ao Estado desde 2015

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

Desde janeiro de 2015, o Estado já arrecadou quase oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos. Só no ano passado, foram cobrados 2,01 milhões de euros, isto é, mais 386 mil euros face a 2020.

Desde janeiro de 2015 o Estado já arrecadou quase oito milhões de euros com os cigarros eletrónicos. 2021 foi o ano em que foi obtida maior receita fiscal sobre o líquido contendo nicotina, no valor de 2,01 milhões de euros, noticia o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

O imposto cobrado sobre o líquido contendo nicotina usado para carregar os cigarros eletrónicos começou a ser tributado em 2015, sendo que nesse ano o Estado arrecadou 34.776 euros. Já no ano passado, foram cobrados 2,01 milhões de euros, isto é, mais 386 mil euros face a 2020. No total destes anos, foram cobrados 7.941.844,87 euros.

A Associação Portuguesa de Vaporizadores lamenta que a carga fiscal sobre este produto seja superior à média europeia, ao contrário do que acontece com o maço de tabaco, em que o imposto português fica abaixo da média comunitária. Para o próximo ano prevê-se um novo aumento, dado que na proposta de Orçamento do Estado para 2023 a tributação passará dos atuais 0,323 euros por mililitro para os 0,336 euros por mililitro.

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Governo critica Galp por informação alarmista sobre gás da Nigéria

  • Lusa e ECO
  • 18 Outubro 2022

Ministério do Ambiente diz que "não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática adiantou segunda-feira que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria”, afirmando não haver “escassez no mercado”.

O anúncio surge após a Nigeria LNG Limited ter alertado a Galp para “uma redução substancial no fornecimento de gás”.

“O Ministério do Ambiente e da Ação Climática informa que não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”, salientou o Ministério num comunicado enviado às redações.

Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”, acrescentou o gabinete de Duarte Cordeiro.

Na noite de segunda-feira, a Nigeria LNG Limited alertou a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal.

“A Galp informa que recebeu da Nigeria LNG Limited, o seu principal fornecedor de gás natural, um aviso de força maior com base nas vastas inundações que se verificaram na Nigéria, provocando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito e líquidos de gás natural”, lê-se numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com Galp, ainda “não foi disponibilizada qualquer informação que suporte a avaliação dos potenciais impactos do evento, que poderão, no entanto, resultar em perturbações adicionais de abastecimento” à petrolífera portuguesa.

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IGF deteta irregularidades no controlo dos representantes fiscais

  • Lusa
  • 18 Outubro 2022

Maioria dos representantes da amostra (56%) não tinha atividade aberta, nem rendimentos declarados compatíveis com o elevado número de representados.

O Fisco não identificou nem avaliou o risco de omissão de proveitos por representantes fiscais, conclui uma auditoria da IGF, que mostra que 56% dos representantes verificados não tinha atividade aberta nem rendimentos compatíveis com o número de representados.

Na mira desta auditoria a Inspeção-Geral de Finanças (IGF), cujos resultados foram agora divulgados e que abrangeu o período de 2015 a 2019, esteve a avaliação da eficácia da atuação da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) no que diz respeito à atribuição e gestão do NIF sempre que há a intervenção de um representante fiscal e nas situações de cancelamento e suspensão do número de identificação fiscal.

Os resultados mostraram que “a maioria dos representantes da amostra (56%) não tinha atividade aberta, nem rendimentos declarados compatíveis com o elevado número de representados” e que foram, em média, 5.781 entre 2015 e 2019. Além disso, “71,6% destes não constaram de qualquer declaração fiscal ou de documento de cobrança nesse período”.

Apesar desta situação, a IGF refere que “a AT não identificou nem avaliou oportunamente o risco de omissão de proveitos por representantes fiscais e ainda não adotou medidas estruturais para alterar esta realidade” que classifica de “elevado risco”.

A auditoria da IGF revela ainda que os serviços “não têm uma atuação uniforme face a situações anómalas ou quando há indícios de ilícito criminal de falsificação de documento”, não existindo também “evidência de ter sido assegurado o devido encaminhamento para os órgãos competentes de investigação criminal ou para outras entidades públicas, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ou o Instituto da Segurança Social”.

Relativamente aos processos de cancelamento de NIF, a análise dos serviços mostrou que nem sempre foram sido cumpridos os vários requisitos legais, nomeadamente no que diz respeito a fundamento do ato administrativo e de sancionamento superior.

Segundo a IGF, o universo de representantes fiscais que renunciaram à representação não era conhecido, uma vez que “não consta” do Sistema de Gestão de Registo de Contribuintes e “a Direção de Serviços de Registo de Contribuintes não tem registo central dessas situações”.

Apesar de a lei prever a possibilidade de suspensão do NIF sendo este mecanismo legal e aplicável a situações em que existam “fortes indícios da prática do crime de fraude fiscal e a suspensão seja necessária para evitar o prosseguimento da atividade criminosa”, o mesmo nunca foi utilizado “por alegadas dificuldades de aplicação prática”.

A IGF detetou ainda riscos na validação de autenticidade de documentos na atribuição de NIF a não residentes.

Perante este contexto, a Inspeção-Geral de Finanças fez várias recomendações, sendo uma delas dirigida ao Governo para que altere a lei no sentido de “estabelecer que a função de representante fiscal e de gestor de bens ou direitos só possa ser exercida por contribuintes com situação tributária e contributiva regularizada”.

Nas recomendações dirigidas à AT, a IGF inclui a adoção de mecanismos de controlo e acompanhamento que permitam identificar se os contribuintes que representam elevado número de cidadãos estrangeiros “possuem atividade aberta e compatível (face à respetiva natureza e/ou rendimentos declarados) com o exercício da representação fiscal”.

As regras que delimitam a obrigatoriedade de um cidadão ter de nomear um representante fiscal foram alteradas este ano, tendo sido reduzido o leque de situações em que tal é obrigatório.

Atualmente apenas é obrigatória a nomeação de um representante fiscal se, após a atribuição de NIF como não residente, e enquanto residir em país terceiro (de fora da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu), tiver uma relação jurídica tributária com Portugal, ou seja, se for proprietário de um veículo e/ou de um imóvel em território português, se celebrar cá um contrato de trabalho ou se exercer uma atividade por conta própria em território português.

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Maré verde em Wall Street pela segunda sessão consecutiva

  • ECO
  • 18 Outubro 2022

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta pelo segundo dia consecutivo. Galp castigou PSI após ter recebido um aviso para falhas no fornecimento de gás proveniente da Nigéria.

As principais bolsas norte-americanas encerraram em alta pelo segundo dia consecutivo, à medida que os lucros trimestrais reportados pelo Goldman Sachs e pela Lockheed Martin aliviam as preocupações de uma fraca época de resultados das empresas.

Já a bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta terça-feira em terreno negativo, com o PSI a cair 0,48%, para 5.399,98 pontos. A penalizar o índice português esteve a Galp Energia, que caiu 4,47%, para 9,658 euros por ação, após ter comunicado na noite de segunda-feira que recebeu um aviso de falhas de fornecimento de gás natural proveniente da Nigéria.

No sentido inverso, a Mota-Engil avançou 1,96%, para 1,142 euros. A empresa foi a que teve o melhor desempenho da sessão, no dia em que anunciou ter assegurado 67,6 milhões de euros líquidos com uma Oferta de Subscrição de Obrigações ligadas a sustentabilidade e a Troca de Obrigações Taxa Fixa Mota-Engil 2018-2022.

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