III Conferência ECOseguros vai acontecer a 20 de outubro

  • ECO Seguros
  • 3 Outubro 2022

A 3ª Conferência anual ECOseguros está lançada, terá lugar em Lisboa no dia 20 de outubro e tem como mote a "Resposta da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de 2023".

A III Conferência anual do ECOseguros vai ter lugar no próximo dia 20 de outubro no Centro de Congressos de Lisboa. Esta edição será a primeira presencial já que nas primeiras realizações em 2020 e 2021, as restrições ditadas pela pandemia Covid-19 obrigaram à sua realização online.

O tema deste ano será Resposta da indústria seguradora aos desafios económicos e sociais de 2023. Depois da eficaz resposta à pandemia, o próximo ano vai definitivamente confirmar que os diferentes players da atividade seguradora são uma enorme parte da solução para a necessidade de segurança e estabilidade que os portugueses precisam. Em diferentes painéis Regulador, Seguradores, Corretores, Agentes, falam da sua contribuição e dos seus próprios desafios para corresponder às expectativas dos portugueses.

As inscrições para presenças já estão disponíveis aqui .

O ECOseguros é uma marca do ECO – Economia online, publicando um site noticioso, uma newsletter todos os dias úteis, o livro anual Seguros Yearbook em maio de cada ano, o Fórum Nacional de Seguros, realizado em julho no Porto e a Conferência Anual que este ano se realiza em 20 de outubro.

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Compensações pagas aos clientes da E-Redes quase duplicam em 2021

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

Foram pagos aos clientes 596.190 euros a título de compensação, de acordo com o relatório da ERSE.

A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos revelou esta segunda-feira que as compensações pagas aos clientes da E-Redes, antiga EDP Distribuição, por interrupções no serviço, quase duplicaram em 2021, sobretudo devido à vaga de frio em janeiro e fevereiro.

A entidade, que publicou o Relatório da Qualidade de Serviço Técnica do setor elétrico referente a 2021, descobriu que “em termos percentuais, verificou-se em 2021 um aumento de 87% do número total de incumprimentos dos padrões individuais de continuidade de serviço face ao ano anterior. No que diz respeito ao valor das compensações pagas aos clientes, o montante total foi 93% superior ao montante pago no ano anterior”, indicou a ERSE.

O regulador referiu que o “incremento verificado em 2021, ao nível do número de incumprimentos dos padrões individuais de continuidade de serviço e dos respetivos valores de compensação, ficam a dever-se, fundamentalmente, a interrupções resultantes da grande vaga de frio, que afetou especialmente a região de Lisboa em janeiro e fevereiro de 2021, situação esta agravada pelos elevados consumos residenciais resultantes do confinamento imposto pela pandemia de covid-19”.

Segundo a ERSE, “tratando-se de zonas de qualidade de serviço, predominantemente, do tipo A, com padrões de continuidade de serviço mais exigentes, as interrupções de alimentação registadas traduziram-se num grande aumento dos valores de compensação aos respetivos clientes”. Foram pagos aos clientes 596.190 euros a título de compensação, de acordo com o relatório.

Ainda assim, a ERSE disse que “em Portugal continental, a E-Redes [antiga EDP Distribuição] apresenta um desempenho da rede de distribuição em linha com o verificado em 2020”. O regulador concluiu ainda que “na Região Autónoma dos Açores, registou-se em 2021 uma degradação dos indicadores gerais de continuidade de serviço face ao ano anterior, tendo contribuído para este agravamento o aumento das interrupções acidentais com origem na produção e nas redes”.

Por sua vez, na “Região Autónoma da Madeira, verificou-se também em 2021 uma degradação dos valores dos indicadores de continuidade de serviço. Para esta degradação, contribuíram interrupções resultantes de eventos excecionais ocorridos nos dias 27 e 28 de março de 2021, na ilha da Madeira”. Nesses dias, a região registou dificuldades devido ao mau tempo que se fez sentir.

“Em 2021, todos os padrões gerais de continuidade de serviço foram respeitados pelos diversos operadores das redes, como a REN –Rede Eléctrica Nacional, a E-Redes, a EDA – Electricidade dos Açores, a EEM – Empresa de Electricidade da Madeira e os dez operadores da rede de distribuição exclusivamente em baixa tensão que operam em Portugal continental”, referiu a ERSE. De acordo com o regulador, “no caso da Rede Nacional de Transporte, os indicadores gerais de continuidade de serviço traduzem a continuação do seu bom desempenho, demonstrando o elevado nível de fiabilidade desta rede”.

“A qualidade de serviço técnica é influenciada pelos vários agentes da cadeia de valor do sistema elétrico de energia, nomeadamente os centros eletroprodutores, os operadores das redes e os clientes, e por agentes externos que impactam as instalações de produção e as infraestruturas de distribuição, em que se incluem os eventos climatéricos extremos”, salientou a ERSE, indicando que “neste relatório, a qualidade de serviço técnica é avaliada em função da qualidade percecionada pelos clientes e pelo desempenho dos vários operadores de redes”.

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APS: Indemnizações pelos incêndios de julho ultrapassam 11ME

  • Lusa e ECO Seguros
  • 3 Outubro 2022

Indemnizações pelos fogos de julhos ultrapassam os 11 milhões de euros, em vez dos 8 milhões previstos pela APS em agosto. Seguros de multirrisco para comércio e indústria dominam.

As seguradoras atingiram um valor de indemnizações superior a 11 milhões de euros por danos, cobertos por contratos de seguro, de incêndios em julho e agosto, segundo um balanço da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) hoje divulgado.

Localização de incêndios em Portugal e Espanha, conforme observado pelo Conjunto de Radiómetros de Imagem por Infravermelhos Visíveis (VIIRS) no satélite da central nuclear de Suomi, a 12 de Julho de 2022.Nasa.

Leiria é o distrito com mais sinistros participados nos incêndios de julho e agosto. Já Faro e Aveiro participaram os sinistros com maiores prejuízos, segundo a APS.

A quase totalidade dos prejuízos reportados é referente a seguros de multirrisco, com maior predominância em comércio e indústria (51%) seguido de habitação (37%).

Em finais de agosto, um inquérito revelado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), indicava que as seguradoras estimavam pagar indemnizações de 8 milhões de euros relativas aos incêndios ocorridos em julho.

A situação que o país atravessou recentemente, e a frequência cada vez maior dos eventos climáticos que estão na sua origem, reforçam a importância do seguro enquanto elemento de mitigação das perdas sofridas e fator de estabilidade da vida das pessoas e das empresas”, dizia o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, em comunicado da organização.

Na mesma altura, dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) estimavam uma área ardida em espaços rurais em Portugal de 103.332 hectares, devido a um total de 9100 fogos.

Os dados deste ano traduzem o quinto valor mais elevado em número de incêndios e o terceiro maior registo de área ardida desde 2012, apenas superado pelos totais de área ardida em 2016 (118.814) e 2017 (201.876).

Segundo o Swiss Re Institute, as catástrofes naturais estão a causar um aumento das perdas económicas e seguradas. Uma série de ocorrências consideradas secundárias começaram a ter impacto nas perdas totais seguradas que atingiram, em 2021, 110 mil milhões de euros.

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Fisco ganha processo contra Fernando Santos

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

"Não devo e nunca devi um cêntimo à Autoridade Tributária", diz o selecionador nacional, depois de ter perdido um processo contra o Fisco sobre o contrato que assinou com a Federação de Futebol.

O selecionador nacional, Fernando Santos, perdeu o processo contra a Autoridade Tributária (AT) relativo ao contrato que a sua empresa, Femacosa, assinou com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). “O Centro de Arbitragem (CAAD) indeferiu o pedido apresentado” por Fernando Santos, indica um comunicado conjunto do treinado e a FPF.

O tribunal arbitral decidiu assim que a remuneração de Fernando Santos, enquanto selecionador, devia ter sido recebida como rendimento do trabalho e não através da sua empresa. Ou seja, devia ter pago IRS sobre os rendimentos que recebeu da FPF, em vez de IRC, como aconteceu.

“Face à interpretação que a AT sustentou, foi logo pago o imposto (IRS) exigido adicionalmente, pelo que não devo e nunca devi um cêntimo à Autoridade Tributária”, refere o selecionador na nota enviada às redações esta segunda-feira, onde reitera que a sua empresa já existia quando treinava na Grécia. “Não é nem fictícia nem se criou com o propósito de eu vir a ser selecionador nacional”, acrescenta.

Já a FPF sustenta que “a existência de um contrato único para os serviços de toda a equipa técnica nacional foi opção da federação, com o propósito de evitar constrangimentos se e quando existissem rescisões”. Depois da decisão do centro de Arbitragem, quer a FPF quer Fernando Santos vão agora decidir sobre “eventuais ações legais que possam vir a justificar-se”.

Fernando Santos pediu a clarificação sobre o regime fiscal aplicado ao contrato assinado em 2014, sobre o qual havia sido pago IRC e IRS, tendo em vista a devolução dos montantes já liquidados a título de IRS relativo a 2016 e 2017, que rondam os quatro milhões de euros.

 

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Governo reúne-se esta terça-feira para discutir Orçamento do Estado para 2023

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

O Governo vai reunir-se esta terça-feira, em Conselho de Ministros extraordinário, para discutir a proposta de Orçamento de Estado para 2023. Proposta vai ser entregue na AR a 10 de outubro.

O Governo vai reunir-se esta terça-feira, em Conselho de Ministros extraordinário, para discutir a proposta de Orçamento de Estado para 2023 (OE2023).

O encontro foi convocado pelo primeiro-ministro, segundo nota enviada às redações, e está marcado para as 9h30 de amanhã, não estando previstas declarações de membros do Governo no final da reunião.

O documento vai ser entregue na Assembleia da República a 10 de outubro e vai ser debatido na generalidade nos dias 26 e 27 de Outubro, estando a votação final global do diploma da proposta do Governo marcada para 25 de Novembro. Recorde-se que o diploma tem aprovação garantida, dado que o PS tem maioria absoluta no Parlamento.

 

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Reativação da Linha do Douro “repõe justiça para a região”, diz Associação Vale d’Ouro

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

O presidente da Associação Vale d’Ouro considera que a reabertura do troço ferroviário Pocinho – Barca d’Alva, na Linha do Douro, repõe “alguma da justiça que a região reclama”.

“A justiça começa a ser reposta ainda que com vários anos de atraso”, refere o presidente da Associação Vale d’Ouro, Luís Almeida, em relação ao anúncio da reabertura do troço ferroviário Pocinho – Barca d’Alva, na Linha do Douro. Adverte, contudo, que “atrasos e recuos deste projeto não serão tolerados”.

O ministro das Infraestruturas anunciou, esta segunda-feira, em Freixo de Espada à Cinta, que no primeiro trimestre de 2023 será lançado o concurso público para a elaboração do estudo prévio e o projeto de reativação da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva.

O anúncio de Pedro Nuno Santos foi feito após a apresentação dos estudos de viabilidade económica, técnica e ambiental da reativação de 28 quilómetros do troço entre Pocinho e Barca d’Alva da Linha Ferroviária do Douro, os quais concluíam pela sua viabilidade.

Apesar do anúncio, Luís Almeida avisa que a região se manterá atenta e que “atrasos e recuos deste projeto não serão tolerados”. Alias, sublinhou, “não há técnica, nem administrativamente nada que impeça, se a vontade política existir, que os comboios possam circular dentro de quatro a cinco anos”.

O presidente da associação entende que o estudo apresentado, apesar de “bastante conservador” em muitos aspetos, prova o “quão óbvio era este investimento”.

A Linha Ferroviária do Douro liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.

O estudo de viabilidade económica da reabilitação da Ligação Ferroviária Pocinho/Barca d’Alva aponta para uma estimativa global de custos na ordem dos 75 milhões de euros, dos quais 60 milhões de euros serão destinados à obra de reabilitação, 3,5 milhões de euros para projetos e 11,2 milhões de euros para fiscalização e estaleiro.

Revela ainda que os benefícios totais “são de 84,2 milhões de euros” e que o troço reaberto vai gerar “importantes impactos” no setor do turismo (hotelaria, restauração, transportes), permitindo mitigar a tendência de decréscimo da população residente.

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Líder do PP espanhol diz que impostos empurram investidores para Portugal

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

É um "grande erro" dizer aos "investidores e aos patrimónios espanhóis" que em Espanha "não são bem-vindos e podem ir para Portugal, onde são bem recebidos", disse Alberto Nuñez Feijóo.

O líder do Partido Popular espanhol (PP, na oposição) considerou esta segunda-feira “um grande erro” a subida de alguns impostos em Espanha, que está “a empurrar” os investimentos para outros países, como Portugal. Para Alberto Nuñez Feijóo, é um “grande erro” dizer aos “investidores e aos patrimónios espanhóis” que em Espanha “não são bem-vindos e podem ir para Portugal, onde são bem recebidos”.

O líder da oposição espanhola falava em Cáceres, na região da Extremadura, no XXV Congresso da Empresa Familiar, onde fez estas declarações a propósito do novo pacote fiscal anunciado na quinta-feira passada pelo Governo de Espanha, liderado pelo partido socialista (PSOE).

Para Feijóo, ao contrário dos socialistas espanhóis, os portugueses “estão certos”, num país com uma menor carga fiscal sobre doações, heranças e património e regulamentos ambientais mais flexíveis. Segundo o líder do PP, o primeiro-ministro português, António Costa, é social-democrata, mas o espanhol, Pedro Sánchez, não.

Feijóo, que na semana passada já havia elogiado a política fiscal portuguesa, disse que o fundamental num país é ter empresas, que não podem ser estigmatizadas. O Governo espanhol anunciou na quinta-feira um pacote fiscal que incluiu reduções no IRS para rendimentos baixos e médios e um imposto novo temporário sobre as grandes fortunas.

As reduções no imposto sobre o rendimento singular (o IRS, que na sigla em espanhol é IRPF) vão abranger os contribuintes que ganham até 21.000 euros brutos anuais, o valor do rendimento médio em Espanha, segundo explicou hoje a ministra das Finanças, María Jesús Montero. Em paralelo, haverá um agravamento do IRS sobre as mais valias e outros ganhos resultantes de investimentos, ações ou dividendos quando forem superiores a 200.000 euros anuais.

A nível das empresas, haverá redução de impostos para as mais pequenas, as que faturam menos de um milhão de euros por ano, o que o Governo espanhol prevê que abranja cerca de 400.000. Por outro lado, confirma-se a criação de um novo “imposto de solidariedade” sobre as grandes fortunas, superiores a três milhões de euros, durante dois anos, em 2023 e 2024, que o executivo espanhol justifica com a necessidade de financiamento da resposta à crise gerada pela guerra na Ucrânia e a inflação.

O imposto sobre as grandes fortunas junta-se a outros também extraordinários já anunciados anteriormente, para taxar, durante dois anos, a banca e as empresas do setor da energia, com o mesmo fim de financiar medidas para responder à crise atual.

A nível do consumo, o pacote prevê a descida do IVA dos produtos de higiene feminina, de 10% para 4%. Entre as subidas e descidas de impostos anunciadas hoje, o Governo espanhol estima uma receita líquida positiva para o Estado de 3.114 milhões de euros nos próximos dois anos, que considera resultar de “um modelo mais justo” de distribuição de esforço financeiro pelo conjunto da sociedade.

Feijóo criticou hoje este pacote fiscal, que considerou apenas uma subida de impostos para aumentar a receita em 3.000 milhões de euros, e reiterou as propostas do PP para que os benefícios no IRS abranjam rendimentos até 40.000 euros e desça o IVA de mais alimentos.

O líder do PP defendeu que “a obsessão da política económica deve ser crescer”, dando confiança às empresas, e pediu “cuidado” perante uma “dívida desorbitada”. Espanha tem assistido nos últimos dias a uma “guerra fiscal”, com governos regionais a anunciarem descidas e abolições de impostos a que o executivo nacional respondeu com este pacote fiscal e a criação do imposto temporário sobre fortunas.

Esta nova taxa já tinha sido avançada pelo Governo socialista em resposta a anúncios de governos regionais liderados pelo PP de acabar ou diminuir em 50% o imposto sobre o património acima de 700 mil euros (excluídos 300 mil euros da habitação permanente), e que é uma receita das regiões autónomas.

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Portagens nas ex-SCUT contribuíram para redução de lucros nas empresas

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

O estudo, baseado em dados oficiais das empresas entre 2011 e 2016, indica que quando as portagens foram introduzidas verificou-se que as empresas tiveram menos vendas e também que os lucros baixaram.

A introdução de portagens nas antigas SCUT contribuiu para a redução das vendas e dos lucros das empresas situadas em territórios servidos por estas vias, afirmou esta segunda-feira o investigador João Pereira dos Santos, da Universidade de Lisboa. “A introdução das portagens nas SCUT levou a um efeito causal substancial na redução das vendas e dos lucros das empresas que estavam localizadas nesses sítios, quando comparadas com as outras, em média”, disse.

O investigador falava no âmbito do Fórum de Participação Cívica, levado a cabo na Covilhã, distrito de Castelo Branco, com organização da Plataforma P’la Reposição das SCUT [vias sem custo para o utilizador] na A23 e A25. Numa intervenção via online, João Pereira dos Santos, que é professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade de Lisboa, apresentou os resultados mais recentes de um estudo científico que aponta os “efeitos causais” da introdução das portagens na performance das empresas.

O estudo olha para os dados oficiais das empresas entre 2011 e 2016 (período em que já se aplicavam portagens) e compara-os com os resultados anteriores, concluindo que houve impacto no desempenho. Segundo revelou, quando as portagens foram introduzidas verificou-se que as empresas tiveram menos vendas e também que os lucros baixaram significativamente.

Neste estudo, constatou ainda que essas perdas acabaram por ter impactos ao nível do emprego, dado que as empresas deixaram de contratar ou passaram a contratar menos. “As empresas reagiram, reduzindo as suas despesas e tentando cortar em algumas despesas relacionadas com o emprego, mas o salário não mudou, apenas não contrataram novas pessoas ou tiveram mais dificuldade em contratar novas pessoas”, apontou.

Especificou que as empresas mais afetadas são as que estão ligadas à manufatura (indústria) e aos setores transacionáveis, havendo também impactos nos setores não transacionáveis e dos serviços, mas “com menor intensidade”. Este investigador explicou que estas questões acabam por se traduzir “num choque negativo” para a economia portuguesa como um todo.

Ressalvado que este trabalho se fixa no setor privado, também defendeu que o Governo deve olhar para outras questões associadas, tais impactos na segurança rodoviária, poluição e bem-estar das populações. Igualmente presente neste fórum, por via online, a professora universitária Helena Freitas, que foi coordenadora da Unidade de Missão de Valorização do Interior, salientou que mesmo que não houvesse um estudo ou dados científicos, já se percebeu que “é imperioso” lutar por uma “situação mais justa” para o interior do país, ao nível da mobilidade.

Sublinhando que não tem qualquer dúvida de que é “absolutamente prioritário e urgente investir na economia dos territórios mais frágeis”, reiterou que o Governo deveria olhar para este problema como uma “questão estrutural”, que pode contribuir para o desenvolvimento económico no interior do país.

A Plataforma P’la Reposição das SCUT nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

Além destas, há várias outras entidades que estão presentes no Conselho Geral, que é um órgão consultivo. A A23, também identificada por Autoestrada da Beira Interior, liga Guarda a Torres Novas (A1). A A25 (Autoestrada Beiras Litoral e Alta) assegura a ligação entre Aveiro e a fronteira de Vilar Formoso.

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Mercado automóvel cai 35% até setembro face a 2019 e 1,3% em relação a 2021

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

E de janeiro a setembro de 2022, o mercado registou uma diminuição de 1,3% face a igual período de 2021.

O mercado automóvel em Portugal caiu quase 35% nos primeiros nove meses do ano, em comparação com 2019, e 1,3% face a 2021, segundo dados da ACAP – Associação automóvel de Portugal. “Em termos globais, de janeiro a setembro de 2022, o mercado registou uma diminuição de 1,3% face a igual período de 2021. Todavia, e mesmo assim, este resultado é enganador, tendo em conta que os anos de 2020 e 2021 incorporam os efeitos do forte impacto da pandemia e da crise dos semicondutores”, indicou, em comunicado, a associação.

Assim, em comparação com 2019, o mercado automóvel em Portugal recuou 34,7%. No total, de janeiro a setembro, foram colocados em circulação 134.804 veículos novos. Só em setembro foram matriculados 14.711 automóveis, mais 12,8% face a igual mês do ano anterior.

Por categoria, em setembro, foram registados 12.469 ligeiros de passageiros novos, uma subida homóloga de 15,6%. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as matrículas de ligeiros de passageiros somaram 113.762 unidades, um crescimento de 1,1% em comparação com o mesmo período de 2021.

De acordo com a ACAP, “de janeiro a setembro de 2022, 39,7% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos. Em particular, verifica-se que 10,7% nos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram elétricos”.

Por sua vez, o mercado de ligeiros de mercadorias observou, em setembro, um progresso homólogo de 6,8% para 1.893 unidades. Entre janeiro e setembro, contabilizaram-se 16.947 unidades matriculadas neste mercado, um recuo de 17,4% face a 2021.

No que se refere à categoria de pesados, que engloba os de passageiros e de mercadorias, em setembro, verificou-se uma perda de 27,7%, em relação ao mesmo mês de 2021, tendo sido vendidos 349 veículos. As matrículas desta categoria, entre janeiro e setembro, somaram 4.095 unidades, um crescimento de 15,7%.

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Aumentos na Função Pública têm “margens para melhorias”, diz Mariana Vieira da Silva

Ministra considera que proposta de aumentos para a Função Pública é uma "proposta que dá garantias de justiça", dado que "protege os salários mais baixos", mas admite que há espaço para "melhorias". 

A ministra da Presidência considera que proposta de aumentos para a Função Pública, que contemplam subidas entre os 2% e os 8%, é uma “proposta que dá garantias de justiça” social, dado que “protege os salários mais baixos”, mas admite que há espaço para “melhorias”.

Precisamos de olhar para esta negociação com uma abertura tendo em conta a dimensão do esforço orçamental que já aqui é feito e, portanto, pode haver sempre pequenos acertos”, afirmou Mariana Vieira da Silva, em declarações aos jornalistas, após a reunião com os sindicatos da Função Pública.

Nesse sentido, a ministra da Presidência lembra que as medidas de valorização social para a Administração Pública terão um impacto total de 1.200 milhões de euros, o que representa “um esforço muito significativo”, face aos “680 milhões de euros do ano anterior”, mas admite que “um processo negocial tem naturalmente margem para melhorias”.

Recorde-se que o Governo propôs um aumento de 52,11 euros para a maioria dos trabalhadores, que recebem até 2.600 euros brutos. Já para aqueles que ganham acima desse valor, o aumento será de pelo menos 2%. As subidas salariais situam-se assim entre os 2% e os 8%, variando tendo em conta os salários que os trabalhadores auferem. Contudo, os valores foram considerados “insuficientes” pelos sindicatos da Função Pública.

Mariana Vieira da Silva lembra ainda que o valor de pelo menos 2% “se aplica a salários a partir dos 2.600 euros” brutos, pelo que o objetivo é garantir que “está é uma proposta justa e progressiva”. “Sendo certo que todos sofremos o impacto da inflação também é certo que atinge os salários de forma distinta e atinge mais severamente os baixos salários” pelo que é nos baixos salários que o Governo procura “fazer o reforço principal”, sublinha.

Questionada pelos jornalistas sobre quanto custaria aumentar os salários de todos os trabalhadores da Função Pública à taxa de inflação, a ministra disse que seria “incomportável no espaço orçamental que o Governo dispõe”.

Além disso, a ministra da Presidência salienta que o Governo “tem procurado fazer face a este momento inflacionista respondendo ao problema em diferentes direções”, dando como exemplo as medidas dirigidas aos preços da energia, transportes públicas ou às rendas e que “todas essas medidas, em conjunto com os aumentos salariais da Função Pública são compromissos do Governo para fazer face à inflação”, pelo que, defende, que não se pode olhar para o aumento dos salários “como uma resposta única”.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h05)

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Ministro das Infraestruturas quer reativar Linha do Douro até à fronteira

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

Ministro das Infraestruturas anuncia para primeiro trimestre de 2023 o lançamento do concurso público para elaboração do estudo prévio e projeto de reativação da linha entre entre o Pocinho e d’Alva.

“O nosso objetivo é lançar o concurso [público para a elaboração do estudo prévio e o projeto de reativação da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva] no primeiro trimestre de 2023”, anunciou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em Freixo de Espada à Cinta, após a apresentação dos estudos de viabilidade económica, técnica e ambiental da reativação de 28 quilómetros do troço entre Pocinho e Barca d’Alva da Linha Ferroviária do Douro.

A Linha Ferroviária do Douro liga, atualmente, o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.

O ministro acabou por anunciar passos com vista à concretização do projeto que levará o comboio de novo até à fronteira e que é, há muitos anos reivindicado pela população, autarcas e instituições. “E o primeiro passo para podermos avançar para esse investimento é termos os estudos de viabilidade, os estudos prévios”, afirmou o governante.

Questionado pelos jornalistas sobre a continuação do projeto do lado espanhol, Pedro Nuno Santos respondeu: “Nós temos que tratar do nosso país e de fazer aquilo que depende dos portugueses e é sobre isso que estamos a trabalhar”.

Antes, no seu discurso, já tinha dito que do outro lado (Espanha), Portugal pode continuar a fazer as suas “influências”. Mais, acrescentou o ministro: “Façamos pelo menos aquilo que depende de nós, sem nos estarmos sempre a desculpar porque os outros não vêm”. Esta é, frisou, em primeiro lugar uma “vitória do povo” desta região.

“Para nós é muito claro que a Linha do Douro tem um potencial único no mundo, que deve ser aproveitado em toda a sua plenitude e, por isso, queremos que o comboio chegue à fronteira”, sublinhou.

O estudo de viabilidade económica da reabilitação da Ligação Ferroviária Pocinho/Barca d’Alva aponta para uma estimativa global de custos na ordem dos 75 milhões de euros, dos quais 60 milhões de euros serão destinados à obra de reabilitação, 3,5 milhões de euros para projetos e 11,2 milhões de euros para fiscalização e estaleiro. Revela ainda que os benefícios totais “são de 84,2 milhões de euros” e que o troço reaberto irá gerar “importantes impactos” no setor do turismo (hotelaria, restauração, transportes), permitindo mitigar a tendência de decréscimo da população residente.

Para nós é muito claro que a Linha do Douro tem um potencial único no mundo, que deve ser aproveitado em toda a sua plenitude e, por isso, queremos que o comboio chegue à fronteira.

Pedro Nuno Santos

Ministro das Infraestruturas

O projeto tem uma dimensão regional, com impactos económicos principalmente nos municípios diretamente servidos por este troço, designadamente, Figueira de Castelo Rodrigo, Vila Nova de Foz Côa, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, mas que se estendem a todo o território do Douro e a concelhos da região Centro. São 22 os municípios beneficiários.

O estudo indica ainda que a reabertura deste troço da Linha do Douro representa uma redução do tempo de viagem em cerca de “30 minutos”, quando comparado com a alternativa rodoviária existente.

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Eurogrupo rejeita apoio orçamental alargado e quer menos consumo energético

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

"As políticas orçamentais devem visar a preservação da sustentabilidade da dívida, bem como o aumento do potencial de crescimento de forma sustentável", indicam os ministros das Finanças do euro.

O Eurogrupo rejeitou esta segunda-feira “um apoio alargado” orçamental às economias da moeda única em 2023 devido à acentuada crise energética e à elevada inflação, sugerindo antes medidas direcionadas e propondo menos consumo de energia para estabilizar os preços.

“Recordamos que não se justifica um apoio alargado à procura agregada através de políticas orçamentais em 2023, sendo o foco em vez disso a proteção dos vulneráveis, mantendo ao mesmo tempo a agilidade de ajustamento, se necessário”, afirmam os ministros das Finanças do euro.

Para o Eurogrupo, que se reuniu no Luxemburgo para discutir a resposta aos preços elevados da energia e às pressões inflacionistas, “as políticas orçamentais devem visar a preservação da sustentabilidade da dívida, bem como o aumento do potencial de crescimento de forma sustentável, facilitando assim também a tarefa da política monetária para assegurar o regresso atempado da inflação” ao objetivo de médio prazo de 2% do Banco Central Europeu.

Apesar de reconhecer que cabe aos governos da moeda única “mitigar o impacto adverso deste choque externo nas economias”, o Eurogrupo lembra que “tais medidas pesarão cada vez mais nos orçamentos nacionais e poderão, em alguns casos, atrasar o ajustamento necessário da procura de energia”, pelo que dizem ser necessário “proteger os necessitados” através de “medidas economicamente eficientes, em particular medidas de rendimento excecionais, temporárias e orientadas para os mais vulneráveis”.

Já para fazer face às “fortes repercussões nos mercados energéticos europeus”, os titulares da pasta das Finanças na zona euro comprometem-se a “acelerar a redução do consumo de energia”, que classificam como “fundamental para estabilizar os preços da energia e reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis russos”.

Recordamos a importância dos investimentos em eficiência energética e interconectividade das redes energéticas, a diversificação das fontes de energia, o desenvolvimento da produção de energia com baixo teor de carbono, e o bom funcionamento dos mercados energéticos”, adiantam. A posição surge numa altura de preços elevados na zona euro, com a taxa de inflação anual na área da moeda única a atingir, em setembro, 10%, face aos 9,1% do mês de agosto.

Por estes dias, a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa, também pressiona os mercados energéticos dados os problemas no abastecimento russo à Europa, temendo-se cortes no fornecimento este outono e inverno.

Ministros do euro em reunião extraordinária na 5.ª feira para discutir nomeação para MEE

Os ministros das Finanças da zona euro vão reunir-se num encontro extraordinário na quinta-feira para discutir a nomeação do próximo diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), anunciou o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe.

Iniciámos o processo de seleção para um novo diretor executivo com quatro excelentes candidatos, mas nenhum deles conseguiu atingir o limiar muito elevado de 80% dos votos expressos, pelo que […] irei convocar uma reunião do Conselho de Governadores para esta quinta-feira para fornecer uma nova atualização sobre este processo”, declarou Paschal Donohoe, em conferência de imprensa após a reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo.

A posição surge após Paschal Donohoe ter retomado as consultas para encontrar um novo diretor executivo do MEE, depois de Portugal e Luxemburgo terem retirado as suas candidaturas, sendo que o candidato português era o ex-ministro das Finanças João Leão. O anúncio surge também dias antes de o atual diretor executivo do MEE, Klaus Regling, terminar o segundo mandato à frente da instituição, na próxima sexta-feira.

“A minha única preocupação é encontrar um substituto para o Klaus e assegurar que temos um diretor executivo que possa continuar com o funcionamento de uma instituição económica profundamente importante da zona euro”, apontou Paschal Donohoe, vincando estar comprometido a “supervisionar este processo e a apresentar um candidato de compromisso”.

Já Klaus Regling, que participou pela última vez nesta reunião do Eurogrupo, disse estar “confiante de que em breve haverá um novo diretor executivo”. “Não posso dizer exatamente quando, mas sei que o presidente [do Eurogrupo, Paschal Donohoe] está a trabalhar arduamente nesse sentido. Infelizmente, o limiar é muito elevado […] pelo que, se for necessário, há a opção de nomear um diretor executivo interino porque, por razões legais, é muito importante ter alguém como líder do MEE que tenha autoridade para tratar de todas as transações financeiras”.

Em causa está “muito dinheiro em nome dos Estados-membros”, realçou Klaus Regling, falando em 300 mil milhões em empréstimos pendentes, em 300 mil milhões de euros em obrigações detidas por investidores internacionais e em 80 mil milhões de euros em capital. “Tudo isto é gerido pelo pessoal do MEE e deve ser gerido de uma forma juridicamente sólida, que requer um diretor executivo que tenha a sua autoridade do Conselho de Governadores, pelo que tenho a certeza de que encontraremos uma solução para isso, mas posso assegurar a todos que o Mecanismo está hoje em pleno funcionamento”, adiantou o ainda responsável pelo fundo de resgate da zona euro.

Há duas semanas, o Governo português anunciou que retirou a candidatura do ex-ministro das Finanças João Leão ao cargo de diretor executivo do MEE, num acordo com o Luxemburgo, que também abdicou do seu candidato, Pierre Gramegna.

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