Procura de gás na Europa vai registar queda recorde de 10% este ano

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

Nos primeiros oito meses do ano, sentiram-se contrações acentuadas nos setores industrial, residencial e comercial. A AIE assume que o mercado do gás permanecerá ‘apertado’ até 2023.

A procura de gás na Europa vai sofrer uma queda recorde de 10% este ano devido à escalada dos preços, com o fim progressivo das exportações russas e as políticas de contração da procura para evitar cortes este inverno.

Este é o panorama descrito pela Agência Internacional de Energia (AIE) no relatório trimestral sobre o mercado do gás em que, reconhecendo um elevado grau de incerteza, revê em baixa as suas próprias previsões e estima que em 2023 a procura na Europa cairá mais 4%.

Para começar, a redução esperada para 2022 no Velho Continente, que significa um corte de 54.000 milhões de metros cúbicos, levará a uma queda de 0,8% à escala global, porque os preços historicamente elevados estão a produzir efeitos a nível mundial.

Nos primeiros oito meses deste ano, a Europa absorveu 10% menos gás do que no mesmo período de 2021 devido a contrações acentuadas nos setores residencial e comercial (-12%) e ainda mais em utilizações industriais (-15%).

Para a produção de eletricidade, contudo, o gás tem vindo a ser usado quase ao mesmo nível que em 2021 porque a seca reduziu a produção das centrais hidroelétricas nos países do sul da Europa e o encerramento de mais de metade da frota de reatores nucleares em França durante meses devido a trabalhos de manutenção ou a defeitos detetados tem de ser compensado.

A queda na procura este ano não será apenas um fenómeno europeu. Na América Latina, a AIE também prevê uma queda de cerca de 4%, o que pode ser explicado pelo facto de a produção hidroelétrica ser muito superior à de 2021, mas também por uma diminuição na procura industrial devido aos preços elevados.

No Brasil, o consumo de gás diminuiu 12% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, porque as centrais hidroelétricas estavam a funcionar a um ritmo muito mais elevado, graças a chuvas mais generosas.

Na Ásia, os autores do estudo estimam que o mercado permanecerá estagnado em 2022, o que representa um abrandamento mais do que abrupto após o aumento de 7% do ano passado. Isto tem a ver com o muito modesto crescimento de 1% na China, em parte devido aos confinamentos e restrições impostas pela política de “covid zero” das autoridades de Pequim.

A América do Norte é uma das poucas regiões em que a procura está a avançar este ano, embora os preços aí também tenham subido para níveis não vistos desde 2008. Mas isso deve-se em grande parte à dinâmica de produção, que deverá aumentar 4% em 2022 e 3% em 2023.

A AIE assume que o mercado do gás permanecerá ‘apertado’ até 2023. Na verdade, prevê um aumento ainda menor do que este ano, de apenas 0,4%, com uma contração adicional de 4% na Europa.

No relatório, a AIE elabora vários cenários de crise caso a Rússia venha a cortar completamente os fornecimentos à UE e adverte que se isso acontecer a partir de 01 de novembro, embora o nível de ‘stocks’ se situe atualmente em cerca de 90%, essa percentagem poderá descer abaixo dos 20%, e isso pressupondo que a UE receberá um elevado nível de entregas de gás natural liquefeito (GNL) por navio.

Caso a chegada de navios-tanque de GNL não seja tão suave, as existências manter-se-iam em cerca de 5%, tornando plausíveis os cortes de abastecimento em caso de um inverno frio.

A prevenção de um tal cenário negro e a manutenção de reservas a um nível de 25% exigiria uma redução da procura neste inverno de 9% em comparação com os últimos cinco anos e de 13% para assegurar um nível mais confortável de 33%.

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Helene Westerlind inicia funções como CEO da Zurich em Portugal

A profissional assume as novas funções após ter sido CEO da Zurich LiveWell, o novo negócio digital de saúde e bem-estar do Zurich Insurance Group.

Helene Westerlind é, desde 1 de outubro, a nova CEO da Zurich em Portugal. A profissional conta com uma vasta experiência em diferentes cargos de liderança no seio da Zurich, que vão desde os mercados locais, à região da Europa, África e Médio Oriente (EMEA), até ao contexto global.

“O negócio da Zurich em Portugal é muito baseado na nossa capacidade de sermos consistentes no cumprimento das nossas promessas e no desenvolvimento de relações sólidas, alicerçadas na confiança. Enquanto CEO quero continuar este caminho e garantir que nos posicionamos para as mudanças que o setor segurador já está a viver e vai continuar a viver nos próximos anos”, afirma Helene Westerlind, citada em comunicado.

Helene Westerlind assume as novas funções após ter sido CEO da Zurich LiveWell, o novo negócio digital de saúde e bem-estar do Zurich Insurance Group, que oferece serviços transversais de saúde ao nível físico, mental, social e financeiro.

“Nos próximos cinco anos vejo a Zurich Portugal a manter-se como um segurador forte no mercado português, continuando a responder às necessidades e expectativas dos clientes. Vejo-nos também a ser uma força inovadora para liderar, ainda mais, os esforços de digitalização. Também nos vejo a ser reconhecidos como um empregador de topo em Portugal”, acrescenta Helene Westerlind.

Natural de Estocolmo, Suécia, Helene Westerlind é mestre em Direito pela Universidade de Estocolmo e conta com uma vasta experiência na indústria seguradora. A profissional juntou-se ao Zurich Insurance Group em 2003, na área de sinistros, passou depois para a área de Underwriting e, mais tarde, assumiu vários cargos de liderança, nomeadamente, enquanto global head of international program business, EMEA head of operations & underwriting services, assim como head of underwriting services. Helene Westerlind é também membro do Zurich Group Leadership Team.

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Taxas Euribor sobem a três meses e caem a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 3 Outubro 2022

Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, baixou para 1,775%.

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira a três meses e desceram a seis e a 12 vezes, depois das taxas médias terem disparado em setembro.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, baixou hoje para 1,775%, menos 0,034 pontos, depois de ter subido em 28 de setembro até 1,858%, um máximo desde janeiro de 2009. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,837% em agosto para 1,596% em setembro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022);
  • No prazo de 12 meses, a Euribor recuou hoje, pela quarta vez desde 09 de setembro, ao ser fixada em 2,500%, menos 0,056 pontos, contra 2,625% em 27 de setembro, um novo máximo desde fevereiro de 2009. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 1,249% em agosto para 2,233% em setembro;
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 1,185%, mais 0,012 pontos, depois de ter subido em 27 de setembro até 1,228%, um novo máximo desde janeiro de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,395% em agosto para 1,011% em setembro.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

A 8 de setembro, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o segundo aumento consecutivo deste ano, já que em 21 de julho, tinha subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. No final da última reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião.

A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE. As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Esta não é a melhor altura para fazer um acordo de médio prazo, diz Vieira Lopes

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Presidente da Confederação do Comércio e Serviços considera que, no próximo ano, "será difícil as empresas acompanharem sem dificuldade um mero ajustamento [do salário mínimo] com base na inflação".

O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que todo o processo de negociação do acordo de rendimentos “tem sido muito estranho“. Em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, João Vieira Lopes defende que, perante o atual cenário macroeconómico de incerteza, esta não é a melhor altura para fazer um acordo de médio prazo.

Para Vieira Lopes, “o documento, tal como está, podia ter sido apresentado em junho ou julho, por isso é estranho ser apresentado agora”. “Falou-se nisso há seis meses e quinze dias antes do Orçamento é que agora aparece o Governo com grande pressa para tentar fazer o acordo. É uma estratégia para nos pressionar a tomar uma decisão a curto prazo? É incapacidade de ter maturado durante mais tempo uma situação já mais concreta? É uma interrogação”, atira.

Em termos de salário mínimo, o presidente da CCP considera que, no próximo ano, “será difícil as empresas acompanharem sem dificuldade um mero ajustamento com base na inflação”. E acrescenta: “Não há que ter ilusões. Em nenhuma situação houve, durante os períodos de hiperinflação, um acompanhamento da massa salarial equivalente. As consequências políticas da guerra vão provocar uma perda do poder de compra. Temos é de tentar controlá-la e tomar algumas medidas para que não passe de determinados patamares”.

O mesmo responsável considera ainda que uma redução do IRC é um sinal para os investidores estrangeiros, defendendo um modelo que passa pela redução de um ponto percentual no IRC e uma baixa de 10% nas tributações autónomas.

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GirodMédias reforça a presença em Portugal

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  • 3 Outubro 2022

A GirodMédias acaba de anunciar a aquisição da Espaço Exterior (monopostes publicitários), continua a crescer no OOH em Portugal.

A GirodMédias, multinacional francesa de OOH (out of home — publicidade estática que pretende atrair o consumidor em lugares públicos) e DOOH (Digital outofhome — publicidade estática que pretende atrair o consumidor em lugares públicos com recurso a ecrãs e outras ferramentas digitais interativas), acaba de anunciar a aquisição da Espaço Exterior e da Publimpacto, empresas de referência no setor dos monopostes publicitários em Portugal. Após o sucesso da aquisição da Mediachannel (outdoors tradicionais) e da Extradireccional (sinalética comercial) em 2021, a GirodMédias Portugal confirma o seu crescimento sustentado com a aquisição de duas empresas presentes há mais de 25 anos no mercado dos monopostes, e com mais de 300 faces publicitárias no seu ativo em Portugal.

“As duas empresas têm as melhores e mais emblemáticas posições nos principais acessos e grandes autoestradas do país” afirma Jérémy Teixeira, Diretor da GirodMédias Portugal. As duas empresas foram pioneiras há 25 anos, e, por isso, tiveram a escolha dos melhores locais. A GirodMédias quer continuar a ser diferente, apresentando posições premium e de qualidade.

Jérémy Teixeira, Diretor da GirodMédias Portugal e Vice-presidente da APEPE

“Neste momento, um do nosso grande combate é a luta contra a ilegalidade. Existem demasiadas estruturas instaladas sem autorização nem licenciamento, prejudicando fortemente o setor”, afirma Jérémy Teixeira, também vice-presidente da APEPE (associação que representa as empresas que operam em publicidade exterior). “Os anunciantes também têm um papel fundamental no momento da compra dos espaços, e existem cada vez mais clientes que pedem as licenças das posições para adjudicar as campanhas. Creio que é um avanço muito benéfico para o nosso setor. Alugar um outdoor ilegal é como alugar uma casa ilegal ou fazer compras num supermercado clandestino. Essa aquisição integra-se perfeitamente na estratégia de crescimento da GirodMédias. Vem completar a nossa oferta e cria uma notável mais-valia para os nossos clientes. Neste momento, estamos presentes em todos os meios do OOH — desde monopostes, outdoors tradicionais, digital, mobiliário urbano, sinalética comercial —, e em todas as regiões de Portugal Continental e nas entradas das principais cidades”, refere o responsável da empresa sediada em Odivelas, no distrito de Lisboa.

A GirodMédias adquiriu a Espaço Exterior e da Publimpacto, empresas de referência no setor dos monopostes publicitários em Portugal

Neste momento, a GirodMédias consegue apresentar propostas multiformatos de norte a sul do país, dando uma grande rapidez de resposta com presença física no norte, no centro, na região de Lisboa e no Algarve.

A GirodMédias entra, assim, no topo 5 das principais empresas do setor. Um percurso que construímos durante os últimos 9 anos em Portugal. A empresa completará 10 anos de existência no início de 2023. Contudo, ainda existe um longo caminho até a empresa chegar ao seu objetivo, ainda que esteja, todos os anos, a crescer com serenidade, com qualidade e com humanidade, internamente e com os parceiros, clientes e fornecedores.

“Queremos continuar a ser uma empresa de elevada qualidade na nossa prestação de serviços, e, por isso, não poderia haver melhor incorporação que a Espaço Exterior e a Publimpacto. Para garantir uma boa passagem do negócio, o antigo administrador continuará a colaborar com a GirodMédias como consultor”, refere.

Para Jérémy Teixeira, o crescimento da empresa só foi possível por terem “uma equipa fantástica e dedicada que cuida da empresa”.

A preocupação ambiental é um fator importante dentro da empresa. “Implantamos boas práticas para reduzir a nossa pegada de carbono que vão desde a valorização dos resíduos, iluminação dos suportes publicitários com painéis fotovoltaicos, ecocondução, reaproveitamento das águas… Todos os nossos investimentos estão e estarão pensados com a intenção de reduzir o nosso impacto ambiental”, adianta.

O mercado OOH teve uma grande quebra durante os anos da pandemia, mas recuperou fortemente em 2022, mantendo uma previsão de crescimento muito forte para 2023. O grande desafio do setor em Portugal será a organização dos meios no espaço público e a diminuição da proliferação de estruturas ilegais. Por isso, as Câmaras e as Juntas de Freguesia têm um papel preponderante. “O que acontecia no Marquês Pombal ou noutras zonas do Pais, com dezenas de estruturas em cada rotunda, não dignifica o nosso meio”, refere.

“O OOH, de forma organizada e aliado a uma boa criatividade, é e continuará a ser uma aposta muito forte por parte das marcas. Temos posições com mais de 3 milhões de visualizações por mês, mais de 100.000 viaturas por dia”, salienta Jérémy Teixeira.

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Trabalho híbrido. “O grande desafio das organizações não parece ser o ‘fun’ das piscinas de bolas e dos cestos de fruta”

Quase 90% dos alunos e 60% dos colaboradores de várias empresas portuguesas e internacionais admitem que preferem regimes de trabalho híbrido.

A preferência pelos modelos híbridos é unânime entre os estudantes e também para mais de metade dos profissionais: 86,4% dos alunos e 60% dos colaboradores de várias empresas portuguesas e internacionais admitem que preferem regimes de trabalho híbrido. No lugar das piscinas de bolas, dos matraquilhos ou dos cestos de fruta grátis no escritório, o foco do talento está, agora, na formação das lideranças e a organização dos espaços de trabalho, distinguindo o que é trabalho individual e que pode ser feito remotamente do que é trabalho colaborativo e que pode beneficiar da presença física no escritório, conclui o estudo “Re-imagining Work”, realizado pela Nova School of Business & Economics (Nova SBE) em conjunto com o BNP Paribas.

“Este projeto revela de forma muito consistente e através de diferentes fontes de informação que as expectativas face aos contextos de trabalho estão em clara transformação. Já vínhamos a observar, antes da pandemia, um desejo de um formato de trabalho mais flexível e promotor de maior equilíbrio vida-trabalho, mas agora no regresso após os sucessivos confinamentos e no seguimento da aceleração da transformação digital, os trabalhadores demonstraram que é possível fazer com qualidade e concentração determinadas tarefas a partir de casa”, refere a professora Filipa Castanheira, que supervisionou o estudo.

“Há uma procura explícita por organizações que proporcionem relações de trabalho que permitam beneficiar desta flexibilidade e uma preferência por equipas com desenhos de trabalho presenciais mais ‘colaborativos’. Há notoriamente um desagrado pela sensação de ‘vir para o escritório fazer o que se poderia fazer em casa’ e, por isso, o grande desafio das organizações no ‘futuro do trabalho’ não parece tanto ser o ‘fun das piscinas de bolas e dos cestos de fruta’, mas sim a formação das lideranças e a organização do trabalho e dos espaços físicos de trabalho, proporcionando locais para descontrair e socializar, para debate e resolução de problemas, para reuniões de equipas, apostando na diferenciação do que é trabalho individual e que pode ser feito remotamente do que é trabalho colaborativo que pode beneficiar da presença física das equipas”, acrescenta a docente.

Tanto os estudantes como os funcionários das empresas portugueses e internacionais não esperam deslocar-se ao escritório para desenvolver as atividades que podem realizar a partir de casa. Por exemplo, a tomada de decisões individuais e o desenvolvimento de relatórios são tarefas que os inquiridos consideram que não justificam uma ida ao escritório, revela o estudo.

Há notoriamente um desagrado pela sensação de ‘vir para o escritório fazer o que se poderia fazer em casa’ e, por isso, o grande desafio das organizações no ‘futuro do trabalho’ não parece tanto ser o ‘fun das piscinas de bolas e dos cestos de fruta’, mas sim a formação das lideranças e a organização do trabalho e dos espaços físicos de trabalho, proporcionando locais para descontrair e socializar, para debate e resolução de problemas, para reuniões de equipas, apostando na diferenciação do que é trabalho individual e que pode ser feito remotamente do que é trabalho colaborativo que pode beneficiar da presença física das equipas.

Filipa Castanheira

Docente na Nova SBE

 

Valores corporativos podem determinar candidatura

Outras das conclusões do estudo levado a cabo pela Nova SBE, em conjunto com o BNP Paribas, prende-se com a importância dos valores da empresa. Os jovens estudantes são fortemente influenciados pelos valores da organização aquando da decisão de se candidatarem a um emprego. A maioria revela, no entanto, pouco conhecimento de empresas em território nacional que divulguem os valores que defendem de forma clara, um fator que a investigação sugere que possa constituir “um motivo de afastamento de potenciais colaboradores internacionais”.

Entre os estudantes internacionais que participaram no estudo, apenas um em cada três está a considerar trabalhar em Portugal depois de terminar a sua licenciatura. No entanto, quando confrontados com um cenário que inclui a possibilidade de trabalhar em Portugal numa empresa que partilha dos seus valores, a proporção sobe para dois em cada três.

Desta forma, as redes sociais das empresas são uma oportunidade para contribuir para o reconhecimento das organizações e dos seus valores. Da análise feita ao website e redes sociais de 37 empresas portuguesas ou internacionais presentes em Portugal, “não existem muitas organizações a comunicar de forma ativa as suas políticas de trabalho flexível”, mostra a investigação.

Entre a minoria que o faz, apenas o mencionam no seu portal de emprego para informar potenciais candidatos que têm um modelo híbrido em funcionamento, sem que o mesmo seja explicado em detalhe.

O estudo envolveu uma amostra de 177 estudantes portugueses e estrangeiros (27 nacionalidades), uma segunda amostra de 167 pessoas já inseridas no mercado de trabalho em Portugal e fora (25 nacionalidades), e uma terceira amostra de funcionários atuais do BNP Paribas em Portugal, relativamente ao futuro do trabalho. Os dados foram recolhidos através de questionários, entrevistas e focus groups realizados nos meses de março e abril deste ano.

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NATO promete à Rússia resposta “firme e unida” em caso de ataque a infraestruturas

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

"Qualquer ataque deliberado contra infraestruturas críticas da NATO terá uma resposta firme e unida", disse o secretário-geral da organização, sobre uma eventual sabotagem ao Nord Stream 1.

O secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), Jens Stoltenberg, alertou no domingo o Presidente da Rússia que haverá uma resposta “firme e unida” em caso de um ataque a infraestruturas críticas dos países-membros.

Qualquer ataque deliberado contra infraestruturas críticas da NATO terá uma resposta firme e unida“, disse Stoltenberg em declarações à cadeia norte-americana NBA, ao ser questionado perante a possibilidade de uma eventual sabotagem ao gasoduto Nord Stream 1.

Sobre a recente anexação de quatro regiões ucranianas por parte da Rússia, Stoltenberg disse que “a melhor resposta é continuar a apoiar a Ucrânia”, citado pela Europa Press.

Questionado sobre a petição da Ucrânia para aderir rapidamente à NATO, Stoltenberg sublinhou que a decisão precisa de ser aceite por todos os membros da aliança. O pedido de Kiev foi formalizado na sexta-feira, na sequência da anexação de quatro regiões ucranianas (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia) por parte da Rússia.

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Pedidos de bolsa de estudo atingem recorde no início do ano letivo

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Até 22 de setembro, quase 76 mil estudantes pediram o apoio do Estado para frequentar o Ensino Superior. Em anos anteriores, o número candidatos nunca tinha atingido os 70 mil tão cedo.

Há já 75.944 estudantes candidatos a bolsa de estudo, mais 10.650 alunos — ou seja, um aumento de 16% — do que no mesmo período do ano passado, de acordo com o mais recente balanço divulgado no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), avança o Público (acesso condicionado). Trata-se do número mais elevado de que há registo nesta altura do ano letivo, quando já terminou a primeira fase de inscrições no Ensino Superior.

Este aumento pode ser explicado pelas novas regras aprovadas no verão, que permitem apoiar mais pessoas e facilitam o acesso a quem já estava abrangido pela ação social no ensino secundário. Agora, os estudantes provenientes de famílias com rendimentos per capita até 736 euros mensais brutos passam a ter acesso às bolsas de estudo (um aumento de 78 euros face às regras que vigoravam em 2021), visto que o limiar de elegibilidade subiu para 19 vezes o Indexante dos Apoios Sociais.

Só a partir de outubro deverão ser conhecidos os resultados do processo de análise das candidaturas, mas como as regras atuais permitem submeter uma candidatura à ação social em qualquer momento do ano letivo, é expectável que o número de candidatos a bolsa de estudo continue a subir. O ano de 2021 registou 103.371 candidatos, o número mais elevado de sempre, dos quais cerca de 80 mil receberam apoio do Estado. Com as novas regras, mais 3.000 a 4.000 alunos devem conseguir bolsa de estudo.

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Andy Brown deixa presidência executiva da Galp a 31 de dezembro

O gestor considera que completou "com sucesso" a missão com que se comprometeu. Sucessor será anunciado até ao final do ano.

O presidente executivo da Galp, Andy Brown, vai terminar o seu mandato a 31 de dezembro, anunciou a empresa esta segunda-feira, em comunicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O seu sucessor será anunciado até ao final do ano.

“Durante o meu tempo como CEO, dediquei-me a cumprir o nosso propósito – ‘Vamos Regenerar o Futuro Juntos’ – transformando a Galp numa empresa mais aberta, dinâmica e rentável, adaptando-se às energias mais limpas do futuro. Um caminho só possível com o extraordinário trabalho realizado pelas pessoas talentosas da Galp e o apoio do Conselho de Administração”, escreve Andy Brown.

Ora, Paula Amorim, presidente do conselho de administração, agradeceu o trabalho o gestor que substituiu, o ano passado, Carlos Gomes da Silva, pela sua “liderança, a coesão inspiradora e o excelente trabalho realizado na reestruturação da empresa para crescer e transformar o seu portfólio para liderar a transição energética, facilitando a execução futura da estratégia da Galp definida pelo conselho de administração”.

A nota publicada na CMVM não avança mais detalhes sobre as razões que terão levado Andy Brown a não renovar o seu mandato.

A Galp registou um lucro de 420 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, à boleia das “condições de mercado favoráveis”, sobretudo, devido ao aumento dos preços do petróleo e ao negócio de refinação. No segundo trimestre, as margens e refinação subiram para 22,3 dólares por barril.

Na abertura dos mercados esta manhã a Galp estava a valorizar 0,96% para 9,9180 euros, num dia em que o petróleo segue em alta, antecipando um corte recorde da produção que poderá ser decidido na reunião de quarta-feira da OPEP+.

(Notícia atualizada com mais informação)

 

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Estado ganha mais de 580 mil euros por dia com jogos sociais

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Segurança Social já arrecadou 140 milhões de euros até agosto graças a jogos como a Raspadinha, Euromilhões ou Totoloto. Imposto dos jogos online deu outros 15 milhões nos primeiros oito meses do ano.

Os jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deram mais de 580 mil euros por dia à Segurança Social até ao final de agosto, noticia o Correio da Manhã (acesso pago). No total, o valor da receita acumulada nos primeiros oito meses do ano por esta via atingiu cerca de 140 milhões de euros, mais 8,4% face ao mesmo período de 2021.

De acordo com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, foi a raspadinha que deu o maior contributo, com 73 milhões de euros, enquanto as apostas mútuas — que incluem jogos como o Euromilhões, Totoloto ou Milhão — totalizaram uma receita de cerca de 38 milhões de euros. Até ao final do ano, a Segurança Social conta arrecadar perto de 220 milhões de euros através dos jogos sociais, segundo a verba inscrita no Orçamento do Estado para 2022.

Além do montante recebido por esta via, a Segurança Social prevê ainda uma receita de 20 milhões de euros com um imposto especial dos jogos online. Desde janeiro até agosto, este impostos já deu mais de 15 milhões de euros, ligeiramente acima dos 14,8 milhões de euros recebidos no mesmo período do ano passado.

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Pensões de alimentos disparam e aumenta o risco de incumprimento

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Numa pensão de 200 euros, por exemplo, se o cenário esperado de 7% de inflação se confirmar, o aumento será de 14 euros mensais.

A maioria das pensões de alimentos pagas pelos pais que não têm a guarda dos filhos vai aumentar à razão da inflação em 2023. Numa pensão de 200 euros, por exemplo, se o cenário esperado de 7% de inflação se confirmar, o aumento será de 14 euros mensais. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), as associações temem que haja mais incumprimentos.

O Governo ainda não divulgou as previsões da inflação para 2022, mas deixou antever que será superior a 7% — o Conselho das Finanças Públicas prevê 7,7%. Joana Pinto Coelho, advogada e membro da Direção da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas, prevê que o aumento à razão da inflação possa ter “um efeito de cadeia ou de bola de neve”, pois, com as dificuldades, “o incumprimento das pensões vai aumentar” e as prejudicadas serão “as crianças e as mulheres”. Antevê-se, por isso, um aumento dos conflitos judiciais relacionados com esta matéria.

Portugal não tem uma lei que defina valores gerais de atualização das pensões de alimentos. O valor a pagar em 2023 vai variar segundo o texto do acordo ou com o texto da decisão judicial, se a pensão tiver sido fixada pelo tribunal. Se o texto do acordo ou da decisão judicial não tiver previsto um critério de atualização, a pensão não é, então atualizada, e se um dos progenitores quiser atualizar o valor, tem de avançar com uma ação.

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Hoje nas notícias: Jogos, bolsas e pensões de alimentos

  • ECO
  • 3 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A receita entregue pela Santa Casa da Misericórdia à Segurança Social até agosto atingiu os 140 milhões de euros. As instituições de Ensino Superior têm quase 76 mil candidatos a bolsa de estudo, um número recorde nesta fase do ano letivo. Conheça estas e outras notícias em destaque esta segunda-feira.

Estado ganha mais de 580 mil euros por dia com jogos sociais

Os jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa deram mais de 580 mil euros por dia à Segurança Social até ao final de agosto. No total, o valor da receita acumulada por esta via atingiu cerca de 140 milhões de euros, mais 8,4% face ao mesmo período de 2021. De acordo com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, foi a raspadinha que deu o maior contributo, com 73 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Pedidos de bolsa de estudo atingem recorde

Há já 75.944 estudantes candidatos a bolsa de estudo, mais 10.650 alunos — ou seja, um aumento de 16% — do que no mesmo período do ano passado, de acordo com o mais recente balanço divulgado no site da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). Trata-se do número mais elevado de que há registo nesta altura do ano letivo, quando já terminou a primeira fase de inscrições no Ensino Superior. Este aumento pode ser explicado pelas novas regras aprovadas no verão, que permitem apoiar mais pessoas e facilitam o acesso a quem já estava abrangido pela ação social no ensino secundário.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Pensões de alimentos disparam e aumenta o risco de incumprimento

A maioria das pensões de alimentos que são pagas pelos pais que não têm a guarda dos filhos vai aumentar à razão da inflação em 2023. Numa pensão de 200 euros, se o cenário esperado de 7% de inflação se confirmar, o aumento será de 14 euros mensais, o que leva as associações a terem mais incumprimentos. Contudo, se o texto do acordo ou da decisão judicial não tiver previsto um critério de atualização, a pensão não é atualizada.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Acciona quer mais 50 milhões do Estado no hospital de Évora

A espanhola Acciona Construcción, que em abril de 2020 ganhou o concurso para a construção do novo Hospital Central do Alentejo, está a reclamar uma compensação ao Estado em sede de tribunal arbitral. Na altura, foi a única empresa a apresentar uma proposta dentro do preço-base do concurso — 148,9 milhões de euros. Mas, agora, devido às “alterações de contexto a nível internacional”, a Acciona avançou com um pedido de reequilíbrio do contrato que ultrapassa os 50 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Ensino superior: menos quartos, mais caros e muitos ocupados por quem já acabou o curso

Foram colocados 49.806 alunos na primeira fase do Ensino Superior, mas 11,6% não se matricularam — uma percentagem superior aos anos anteriores. As associações de estudantes falam na dificuldade em encontrar casa: há menos quartos, estão mais caros e são cada vez mais os jovens que mantêm estes arrendamentos quando acabam o curso e começam a trabalhar, uma vez que não recebem o suficiente para pagar a renda de uma casa.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre)

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