Governo apresenta a 11 de outubro plano estratégico nacional da PAC

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

O Governo irá apresentar publicamente o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum e iniciar reuniões em todo o território para apresentar o plano e ouvir as organizações e agricultores.

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou esta quarta-feira que o plano estratégico português da Política Agrícola Comum (PAC), o chamado PEPAC, é apresentado em 11 de outubro com a presença do Comissário Europeu da Agricultura. O anúncio foi feito durante a participação da ministra, por videoconferência devido a um problema de saúde, na Jornada dos Cereais do Norte, que decorreu em Bragança, organizada pela Associação Nacional de Produtores de Cereais (ANPOC).

A iniciativa teve como propósito incentivar os agricultores da região a retomarem a produção de cereal, o que, segundo as intervenções na sessão, só será viável com ajudas financeiras da União Europeia e do Governo, adequadas à realidade da agricultura de minifúndio em regiões como Bragança, que há 30 anos era a maior produtora portuguesa de centeio.

A ministra Maria do Céu Antunes remeteu para 11 de outubro mais pormenores, a data em que o Governo irá apresentar publicamente o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) e, segundo disse, “iniciar um conjunto de reuniões em todo o território para apresentar o plano e ouvir as organizações e agricultores”.

A governante referiu apenas que “o PEPAC permite o aumento das áreas de produção, cria uma maior justiça na distribuição dos apoios ao rendimento” e que “prevê um aumento de 30% dos apoios ao rendimento dos agricultores para Trás-os-Montes”. A jornada que decorreu durante todo o dia no politécnico de Bragança, começou com a unanimidade das intervenções a pedir medidas específicas adequadas à região para incentivar os agricultores a retomarem a produção de cereal.

Antes da intervenção da ministra, dados do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) apresentados na sessão, davam conta de para o período de 2023/2027 está prevista uma ajuda ligada ao rendimento, de 104 euros por hectare, aos produtores de cereais, com a obrigatoriedade de se juntarem numa organização de produtores reconhecida para a comercialização.

Um dos agricultores presentes na sessão, Amadeu Fernandes, deixou claro, antes da intervenção da ministra, que só “uma ajuda muito forte” superior ao subsídio de 100 euros justificará a retoma da produção nesta região. Segundo disse à Lusa, só para preparar o terreno e para semente tem que investir, pelo menos “600 euros por hectare”.

O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, esteve presente na sessão de encerramento da jornada e criticou o PEPAC, afirmando que “é pena que não tenha sido construído com a intervenção das organizações” e considerando que “o que está aprovado é medíocre”.

O dirigente lançou o desafio para que os agricultores da região transmontana “exijam medidas específicas que se adequem a esta estratégia de criar valor ao pão e cereais produzidos em Trás-os-Montes”. “Para isso, vocês têm que se unir, têm que encontrar soluções dentro de vocês próprios para criar dimensão, unam-se nas vossas organizações de produtores, que vos podem ajudar a criar dimensão”, exortou.

O presidente da CAP apelou também para que “envolvam as academias”, defendendo que “hoje é fundamental a partilha de conhecimento”. “E se houver coisas que não estão a ser estudadas, peçam-lhes para as estudar”, acrescentou. A primeira Jornada de Cereais do Norte foi promovida pela ANPOC e, como explicou o presidente José Palhas, Bragança foi o local escolhido porque “era grande produtora de cereais, especialmente centeio e trigo barbela, produtos que hoje em dia têm imensa procura por estes produtos”.

No Norte de Portugal, além do milho produzido no Minho para a produção animal, Trás-os-Montes, e concretamente Bragança, é a região com mais tradição na cultura de cereais e, tanto do presidente da ANPOC como outros intervenientes na sessão, acreditam que pode voltar a ser “interessante a produção de cereal” nesta zona, com ajudas específicas para a região.

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“Insuficiente”, “desfasado da realidade”, “documento de partida”: a reação dos parceiros sociais ao acordo de rendimentos

Parceiros sociais afirmam que a proposta de Acordo de Rendimentos e Competitividade proposta pelo Governo é "insuficiente" face à realidade do país e com medidas "pouco claras".

A proposta de Acordo de Rendimentos e Competitividade apresentada esta quarta-feira pelo Governo aos parceiros sociais “é um documento de partida, mas não um documento de chegada”, afirmam os parceiros sociais, que falam em medidas “pouco claras” e “insuficientes” face à atual situação económica. Apesar disso, os patrões e sindicatos esperam que as negociações não sejam difíceis.

“As ausências são notórias. É muito insuficiente”, disse a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, esta quarta-feira, à saída da reunião com o Governo. “Precisamos de responder agora à situação urgente que os trabalhadores estão a viver (…), porque não conseguem chegar ao fim do mês com salários que todos consideram que são baixos”, acrescentou.

Isabel Camarinha notou que a CGTP “valoriza muito a realização deste acordo”, mas lamenta que não se esteja a mexer “nas matérias que precisavam de ser alteradas”, como o combate à precariedade e a contratação coletiva. “É muito insuficiente”, sublinha.

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), notou que este documento “ainda está numa fase muito embrionária” e que “as propostas não estão muito quantificadas”. “Há uma série de linhas gerais e há muito trabalho a fazer”, disse.

O responsável do setor do turismo apontou que, no que toca aos jovens, “há uma série de medidas ainda abstratas e que têm de ser quantificadas”. O Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) “é uma linha vermelha” para a CTP, disse ainda. Apesar disso, Francisco Calheiros antecipa que “não vai ser difícil” chegar a um acordo com o Governo.

Do lado da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes, diz que a proposta do Governo “não é uma base aceitável para um acordo”, dado que “não prevê um ajustamento à evolução da economia, nomeadamente do PIB”. O documento está “desfasado da realidade”, sublinhou.

“[Quanto] à baixa da carga fiscal, não nos parece que as medidas tomadas sejam suficientemente fortes para conseguimos aliviar a pressão sobre as empresas”, acrescentou Vieira Lopes, apontando “alguma dificuldade em perceber qual será a abertura do Governo quanto à carga fiscal”.

“Vão iniciar-se amanhã [quinta-feira] reuniões bilaterais e eu espero que no final seja um documento que vá ao encontro das expectativas“, disse Mário Mourão, secretário-geral da UGT, Lopes, notando a “abertura” e “vontade” por parte da associação sindical.

Luís Mira, secretário-geral da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), apontou: “Não vejo nenhuma medida que leve a que a competitividade das empresas agrícolas vá melhorar”. O responsável afirmou que “o Governo ignorou as propostas dos parceiros”.

“Vemos um aumento do salário mínimo nacional, mas não vejo nenhum esforço objetivo do Estado em compensar na parte das receitas. Aumenta-se o salário mínimo, o salário médio, mas quem ganha com isto tudo? Acaba por ser o Estado com uma maior receita de impostos”, acrescentou.

António Saraiva, da CIP, diz estar “expectante” em relação às medidas fiscais, mas mostrou dúvidas quanto à redução do IRC prometidas às empresas que aumentem os salários. “Reduzindo o IRC de forma seletiva, como e em que dimensão” isso será feito?, questionou. Contudo, adiantou que “é expectável que essa redução seletiva do IRC já venha incluída” no OE2023.

O presidente da CIP notou ainda que o Governo “demonstrou disponibilidade para trabalhar”, mas diz ser difícil alcançar um acordo a tempo. “Acho o prazo muito curto, mesmo que estejamos muito empenhados“, notou.

(Notícia atualizada às 20h06 com mais informação)

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Portugal vai votar a favor da proposta de Bruxelas sobre lucros extraordinários

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

"Portugal apoia a proposta da Comissão Europeia de criação de uma contribuição extraordinária sobre os lucros das empresas de combustíveis”, reiterou Tiago Antunes.

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus anunciou que Portugal vai votar na sexta-feira a favor da proposta da Comissão Europeia para a criação de uma contribuição extraordinária sobre lucros de empresas do ramo da energia.

Tiago Antunes divulgou esta posição definitiva de Portugal na Assembleia da República, depois de a deputada do PAN, Inês Sousa Real, ter acusado o Governo de opor-se à ideia da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, de taxar lucros excessivos ou abusivos por parte de empresas de energia.

“Há um lapso factual na sua intervenção, Portugal apoia a proposta da Comissão Europeia de criação de uma contribuição extraordinária sobre os lucros das empresas de combustíveis”, respondeu o secretário de Estado dos Assuntos Europeus.

De acordo com Tiago Antunes, “essa é a posição que o Governo português assumirá na sexta-feira na reunião extraordinária do Conselho de Energia da União Europeia”. “Portugal está a favor e apoia essa medida. Não está contra nem tem qualquer resistência”, salientou.

Na semana passada, em Nova Iorque, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que Portugal apoiará a proposta da Comissão Europeia para taxar em pelo menos 33% os lucros extraordinários de empresas energéticas. “Há uma proposta agora da Comissão Europeia, que será apresentada ao Conselho [Europeu]. Portugal apoiará a proposta da Comissão Europeia”, afirmou António Costa aos jornalistas, na missão permanente de Portugal junto das Nações Unidas, em Nova Iorque.

A proposta da Comissão Europeia foi anunciada em 14 de setembro e prevê “uma contribuição temporária de solidariedade sobre os lucros excedentários gerados pelas atividades nos setores do petróleo, gás, carvão e refinaria” a cobrar pelos Estados-membros, com as receitas “redirecionadas para os consumidores”.

A intenção da Comissão Europeia é introduzir uma “taxa aplicável para o cálculo da contribuição temporária de solidariedade, de pelo menos 33%”, que será “aplicável para além dos impostos e imposições normais aplicáveis de acordo com a legislação nacional de um Estado-membro”.

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Lucros da Toyota Caetano sobem 150% no 1.º semestre para 7,4 milhões

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

O volume de negócios do grupo Toyota Caetano registou um crescimento de 24,8% face ao semestre homólogo do ano passado, alcançando 232 milhões de euros.

Os lucros da Toyota Caetano aumentaram 150% no primeiro semestre, em termos homólogos, de três milhões de euros para 7,4 milhões de euros, foi comunicado esta quarta-feira ao mercado.

De acordo com o relatório de contas da empresa, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o volume de negócios do grupo Toyota Caetano registou um crescimento de 24,8% face ao semestre homólogo do ano passado, alcançando 232 milhões de euros, “ultrapassando inclusive valores pré-pandemia” (229 milhões de euros em junho de 2019). “No decorrer do primeiro semestre de 2022 foi possível verificar uma trajetória de crescimento sólida apesar dos efeitos negativos que o conflito na Ucrânia tem vindo a disseminar por toda a Europa”, refere o relatório.

A empresa assinala que “o aumento dos preços dos combustíveis, a inflação generalizada e a persistência dos constrangimentos no fornecimento de semicondutores, que surgiram ainda em contexto pandémico e que continuam a influenciar negativamente as disponibilidades de viaturas para entrega, estão a condicionar toda a atividade da Toyota Caetano Portugal”.

Ainda assim, “o lucro bruto acompanhou o crescimento do volume de negócios, verificando-se até um ligeiro aumento no peso deste indicador no volume de negócios (0,4 p.p.) quando comparado com igual métrica relativamente ao primeiro semestre de 2021”.

o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 23,281 milhões de euros, um crescimento de 23,4% face aos 18,861 milhões de euros. O grupo indica ainda que “no primeiro semestre de 2022 foi alienado um imóvel contribuindo positivamente” para o resultado consolidado do Grupo Toyota Caetano Portugal.

O relatório indica ainda que o grau de autonomia financeira do grupo se situa em 44,0%, 0,55 p.p. abaixo do registado em 31 dezembro 2021. “Esta variação tem a ver com o aumento verificado na atividade de rent-a-car que se traduz no aumento do valor do ativo fixo tangível”, indica.

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SAD do Braga com lucro de 3,1 milhões de euros em 2021/22

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

Para este resultado, contribuíram os rendimentos operacionais no valor de 29,5 milhões e as vendas dos direitos de atletas na ordem dos 22,2 milhões.

A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Sporting de Braga, da I Liga portuguesa de futebol, anunciou esta quarta-feira ter tido um resultado líquido positivo de 3,1 milhões de euros (ME) na época 2021/22.

O resultado positivo de 3,1 milhões segue-se ao exercício negativo registado na temporada anterior (prejuízo de 1,9 ME), somando ainda a SAD bracarense um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 12,3 milhões (6,8 milhões em 2020/21), números que não refletem os ganhos associados à transferência de David Carmo (concluída já no decorrer do exercício económico 2022/23) para o FC Porto por 20 milhões notam os responsáveis ‘arsenalistas’.

Para este resultado, contribuíram decisivamente os rendimentos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas) no valor de 29,5 milhões e as vendas dos direitos de atletas na ordem dos 22,2 milhões, num total superior a 52 milhões, a segunda cifra mais elevada da história da SAD do Sporting de Braga.

Os gastos operacionais (excluindo operações com direitos de atletas) decresceram cerca de um milhão de euros, principalmente pela redução em 8% dos gastos com o pessoal. A SAD minhota concluiu a temporada 2021/22 com capitais próprios positivos de 42,2 milhões, montante mais elevado de sempre, e uma autonomia financeira superior a 46%.

O passivo voltou a descer – de 54,5 milhões para 49,1 milhões –, tal como o ativo (91,4 milhões esta época face aos 93,7 milhões da temporada anterior). O relatório e contas da SAD será apreciado e votado em assembleia geral de acionistas a 25 de outubro, às 18:00, no auditório do Estádio Municipal de Braga.

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Sintra investe 1,5 milhões em infraestruturas

Câmara Municipal de Sintra aprova, em reunião de executivo, a abertura de concursos e adjudicação de diversas empreitadas, num investimento de 1,5 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Sintra vai investir 1,5 milhões de euros em empreitadas de modernização e requalificação de infraestruturas, acessos e sinalização do concelho, “num esforço conjunto em prol do bom funcionamento e organização do tráfego, dando prioridade à segurança”, avança a autarquia liderada pelo socialista Basílio Horta.

As medidas foram aprovadas, em reunião de executivo, abrangendo, assim, a abertura de concursos e adjudicação de empreitadas a realizar em vários pontos do concelho, num investimento de um milhão e 500 mil euros.

Para o presidente da autarquia “as intervenções em causa assumem-se como medidas de prevenção e segurança”, sublinhando que “este é o caminho para se manter as melhores condições para os munícipes e para quem visita [a cidade] em matéria de segurança rodoviária”.

As intervenções em causa assumem-se como medidas de prevenção e segurança.

Basílio Horta

Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Em cima da mesma esteve ainda a adjudicação da empreitada de fornecimento e colocação de sinalização vertical e horizontal e guardas metálicas de Segurança, num investimento de 452.500 euros”, que segundo a autarquia “está dividida em três lotes que se definem nas áreas de intervenção ocidental, oriental e da totalidade do município de Sintra”.

A reunião serviu ainda de mote para o arranque do desenvolvimento de processo para adjudicação da empreitada de execução de lombas redutoras de velocidade, avaliadas em 200 mil euros. Esta intervenção vai decorrer em dois lotes, numa área que abrange todas as freguesias do concelho.

A empreitada de melhoria e reconversão de espaço público é também “outro procedimento para adjudicação, num investimento de cerca de 850 mil euros, com intervenções divididas em 11 lotes, cada um referente a uma freguesia do concelho.

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Portugueses desperdiçam um milhão de toneladas de alimentos por ano

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

Se o desperdício alimentar fosse um país estaria entre os 7% mais ricos, indica o Movimento Unidos contra o Desperdício.

Os portugueses desperdiçam anualmente um milhão de toneladas de alimentos, o que equivale a quase 100 quilos por pessoa, alerta o Movimento Unidos contra o Desperdício, a propósito do desperdício alimentar. No âmbito do Dia Internacional da Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar, assinalado na quinta-feira, o Movimento diz em comunicado que também no resto do mundo os valores do desperdício alimentar são “extremamente preocupantes”.

Citando um estudo, o Movimento refere que se o desperdício alimentar fosse um país estaria entre os 7% mais ricos. “Estima-se também que em 2030 o impacto económico do desperdício alimentar será de 1,5 biliões de euros e, em termos ambientais, o estudo revela que se o desperdício alimentar fosse um país, seria o 3.º maior emissor de gases com efeitos de estufa, com aproximadamente 10% do total das emissões de CO2 no Mundo”, diz o comunicado, acrescentando que, mundialmente, o desperdício por agregado familiar será de 75 quilos por ano.

O Dia Mundial foi decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU) pela primeira vez a 29 de setembro de 2020, quanto também nasceu em Portugal o Movimento Unidos Contra o Desperdício, que tem hoje mais de 3.000 particulares e 300 empresas aderentes. Anunciando para quinta-feira o lançamento de uma campanha de sensibilização para a necessidade de combater o desperdício alimentar, o Movimento acrescenta que em Portugal os números “são avassaladores”.

Enquanto cerca de 1.600.000 portugueses vivem abaixo do limiar da pobreza – sendo que cerca de 360.000 têm carências alimentares –, estima-se que 1.000.000 toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os anos – quase 100 quilogramas por cada português”, afirma o Movimento Unidos Contra o Desperdício, que tem como objetivo alertar para o desperdício e para a importância de se modificarem comportamentos.

Desde que surgiu e através dos seus parceiros, o Movimento diz que já contribuiu para que toneladas de alimentos fossem reaproveitados e distribuídos por quem mais precisa, evitando que fossem desperdiçados. No mundo, estima-se que um terço dos alimentos produzidos é desperdiçado, o que equivale a mais de 1,3 mil milhões de toneladas.

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Aumentos salariais, atualização do IRS e incentivos a jovens. O que propõe o Governo no Acordo de Rendimentos

Aumentos anuais de salários, atualizações de escalões de IRS ou incentivos à contratação de jovens. Conheça a proposta de Acordo de Rendimentos e Competitividade do Governo.

Aumentos anuais de salários, atualizações de escalões de IRS ou incentivos à contratação de jovens. O Governo apresentou esta quarta-feira aos parceiros sociais a sua proposta de Acordo de Médio Prazo de Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade. O documento, a que o ECO teve acesso, contempla uma série de medidas, que não estão a ser bem recebidas pelos patrões.

“Vivemos um contexto internacional de enorme incerteza e tempos de grande exigência para responder aos desafios que enfrentamos”, começa por dizer o Executivo, no documento a que o ECO teve acesso.

três pontos essenciais, sublinhados pelo próprio Governo: evolução do salário mínimo nacional até aos 900 euros até 2026; incentivos às empresas na contratação e no aumentos de salários; e a valorização do rendimento dos jovens.

Estes três pontos estendem-se através de várias medidas:

Valorização dos Salários

  • Aumento nominal das remunerações por trabalhador de 4,8% em cada ano, em média, entre 2023 e 2026. Este adicional representará um aumento de aproximadamente 20% do rendimento médio por trabalhador em 2026 face a 2022;
  • O valor da remuneração mínima mensal garantida atingirá o valor de, pelo menos, 900 euros em 2026, salvaguardando o poder de compra dos trabalhadores e assegurando a trajetória de crescimento iniciada em 2016.

Jovens: atração e fixação de talento

  • Reconversão do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) num Fundo de Apoio à Autonomização de Jovens Trabalhadores e reforço do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT);
  • Criação de programa anual de apoio à contratação sem termo de jovens qualificados com salários iguais ou superiores a 1.268 euros;
  • Aumento do benefício anual do IRS Jovem;
  • Extensão extraordinária do Programa Regressar durante a vigência do Acordo.

Trabalhadores: Rendimentos não salariais

  • Atualização regular dos escalões de IRS de forma a assegurar a neutralidade fiscal das atualizações salariais;
  • Aproximação e, sempre que possível, eliminação da diferença entre a retenção na fonte de IRS e o imposto devido;
  • Reformulação das regras de funcionamento do mínimo de existência;
  • Criação de um Incentivo de Regresso ao Mercado de Trabalho, direcionado a desempregados de longa duração;
  • Aumento da remuneração por trabalho suplementar a partir das 120 horas: 50% pela primeira hora ou fração desta; 75% por hora ou fração subsequente, em dia útil; 100% por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, ou em feriado.

Empresas: Fiscalidade e Financiamento

  • Redução seletiva do IRC para empresas com contratação coletiva dinâmica, com valorização de salários e diminuição do leque salarial;
  • Criação do Incentivo à Capitalização de Empresas (ICE), fundindo a Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) e a Remuneração Convencional do Capital Social (RCSS), simplificando os incentivos fiscais à capitalização e ao investimento, por via de eliminação de redundâncias e limitações inerentes aos instrumentos atualmente existentes, e melhorando ainda o Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI);
  • Reformulação do sistema de reporte e dedução dos prejuízos fiscais no sentido da sua simplificação;
  • Redução seletiva de IRC para as empresas que invistam em I&D, reforçando as condições do Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE II) na componente do investimento direto.

Simplificação Administrativa e Custos de Contexto

  • Criação do Regime Geral de Taxas;
  • Simplificação do regime que permite a regularização do IVA relativo a créditos de cobrança duvidosa;
  • Eliminação da obrigação de comunicação mensal das declarações retributivas à Segurança Social por parte das entidades empregadoras;
  • Eliminação da obrigação de declaração trimestral à Segurança Social por parte dos trabalhadores independentes;
  • Criação de novos canais de pagamento à Segurança Social, nomeadamente online, o que permitirá simplificar pagamento mensal;
  • Eliminação e simplificação de processos burocráticos no âmbito da Reforma dos Licenciamentos, iniciada com a eliminação de licenças, autorizações, atos e procedimentos redundantes em matéria ambiental e a ser replicada noutras áreas como urbanismo, ordenamento do território, indústria, comércio e serviços e agricultura.

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Dona do Pingo Doce está a “recrutar” embaixadores em 35 escolas superiores

De cada uma das instituições serão selecionados um a dois embaixadores, dependendo da sua dimensão. Candidaturas ao Campus Ambassador Programme decorrem até 30 de setembro. 

A Jerónimo Martins está a recrutar embaixadores em 35 estabelecimentos de ensino superior no país. O “Campus Ambassador Programme” pode “ajudar no posicionamento da candidatura ao Retail Dive In”, programa que dá entrada a jovens recém-mestrados para ocuparam futuros cargos de gestão na área do retalho. Candidaturas decorrem até 30 de setembro.

“Com o Campus Ambassador Programme procuramos estreitar as relações entre os estudantes de todo o país e o Grupo Jerónimo Martins. Queremos conhecê-los e darmo-nos a conhecer. Queremos estar presentes na realidade do ensino superior contactando com os estudantes e recebê-los na nossa realidade corporativa mostrando-lhes o que fazemos. É uma partilha de experiências e aprendizagens entre gerações que nos ajuda a conhecer e a adaptarmo-nos à celeridade da inovação académica e que possibilita aos estudantes conhecer uma realidade laboral antes de se comprometerem profissionalmente”, refere fonte oficial do grupo dono do Pingo Doce à Pessoas.

“Este ano temos como objetivo identificar embaixadores em 35 instituições de ensino superior, de Norte a Sul, do litoral ao interior do País, entre Universidades e Institutos Politécnicos.”

De cada uma das instituições serão selecionados um a dois embaixadores, dependendo da sua dimensão. “Queremos representantes no Instituto Superior Técnico, no Politécnico do Cavado e do Ave, no Politécnico de Bragança, ou na Universidade do Algarve. Pretendemos ter cobertura nacional total“, reforça fonte oficial do retalhista alimentar.

Que perfis procuram

O grupo dono do Pingo Doce e do Recheio procura jovens que frequentem o 2º ou 3º ano de licenciatura ou o 1º ano de mestrado.

“Privilegiamos os estudantes intelectualmente curiosos, que gostem de aprender algo novo e que proativamente procurem saber mais sobre o que lhes é apresentado. A par desta vontade de querer saber mais, procuramos jovens que queiram acrescentar valor e sem medo de errar. Focamo-nos também em características como a atenção ao próximo, o trabalho em equipa, o rigor, a integridade, entre outros”, detalham.

O programa, que já decorre desde 2014, é para muitos estudantes “o primeiro contacto com a realidade profissional”.

“Aumento da rede de contactos a nível universitário, pela interação com colegas e representantes de outras Instituições, e a nível profissional, pelo contacto com profissionais de topo nas diversas áreas da organização; visitas exclusiva a diversas áreas do Grupo, às quais de outra forma não teriam acesso; presença de profissionais do grupo na sua instituição a esclarecer questões de diversas áreas de interesse” são algumas das vantagens que os estudantes obtêm por serem representantes do Grupo Jerónimo Martins na sua Instituição de Ensino.

Mas não só. “Através deste programa os estudantes têm a oportunidade de conhecerem melhor o nosso grupo e avaliarem o seu grau de identificação com o mesmo. Por outro lado, a dedicação ao programa, assim como o desenvolvimento de competências comportamentais que este proporciona, podem ajudar no posicionamento da candidatura ao Retail Dive In“, destaca o grupo.

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Cooperativa Vitivinícola do Pico com quebras até 60% na produção 

  • Lusa
  • 28 Setembro 2022

Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico calcula quebras na produção na ordem dos 60%. Crê mesmo que será "um ano bastante mau".

A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (PicoWines) recebeu, este ano, 125 mil quilos de uva, o que vai permitir produzir 75 mil litros de vinho; o que se traduz numa quebra de 50% a 60% na produção, revelou o diretor geral Pedro Cavaleiro. Em declarações à agência Lusa, o responsável avançou que as produções deste ano ficaram “bastante aquém do que era esperado”.

A produção este ano foi bastante baixa. Houve quebras bastante acentuadas face àquilo que era a expectativa no momento de afloração. Na cooperativa, entre aquilo que era expectável receber, as quebras chegaram aos 50% e 60%. Portanto, é um ano bastante mau”, afirmou.

Pedro Cavaleiro realçou que a cooperativa, que representa mais de 50% da produção de vinho do Pico, recebeu 125 mil quilos de uva, o que equivale à produção de 75 mil litros de vinho. “Inicialmente, quando começámos a preparar a nossa vindima, tínhamos mais ou menos uma expectativa de receber entre os 200 mil quilos e os 220 mil. Portanto, o que recebemos este ano foram 125 mil quilos de uva, distribuídos entre castas brancas e tintas”, declarou.

A redução da produção está relacionada com algumas “condicionantes climatéricas”, como chuvas ou ventos “bastante fortes”. Mais, descreveu o diretor geral da PicoWines: “Foi um conjunto de tempestades, chuvas, ventos bastante fortes em momentos muito críticos do ciclo da planta que vieram dificultar, no caso de algumas castas, a própria floração”. Depois, prosseguiu “com o avançar do tempo, mais perto da altura da vindima, foi uma altura de chuvas bastante intensas”.

Pedro Cavaleiro apela à “reflexão interna” para perceber porque existiram “associados com produções bastante boas” e outros com “produções muito reduzidas”. Para o responsável, “a diferença poderá ter sido, por exemplo, a forma como conduziram o tratamento que fizeram à planta ou como conseguiram segurar a produção”.

Apesar da menor produção, o diretor geral da PicoWines realça que os vinhos deste ano vão ter uma “qualidade muito alta”, devido aos investimentos realizados pela cooperativa. “Este ano a cooperativa enveredou um esforço para melhorar consideravelmente o processo interno. Foram adquiridos diversos equipamentos que permitiram, logo à partida, fosse como fosse este ano, com muita ou pouca produção, ter uma qualidade final mais alta”, destacou.

Este ano, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico pagou entre os quatro e os 3,5 euros por quilo de uva das castas brancas de Arinto dos Açores, Verdelho e Terrantez do Pico. Devido a este ter sido um “ano tão complexo” para a produção de vinho do Pico, a cooperativa atribuiu um prémio de mais 50 cêntimos por quilo de uva. “Estes valores posicionam o que está ser feito nos Açores e a viticultura nos Açores num patamar muito longe daquilo que se faz em Portugal continental”, concluiu.

A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico tem 284 associados. Desses, 135 entregaram uvas durante este ano.

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IL pede demissão da ministra da Coesão e é alvo de censura

“A situação pode ser legal, mas o conflito ético é total. A senhora tem informação antecipadamente, por isso o seu marido não pode ser beneficiário de fundos”, frisou Carlos Guimarães Pinto.

O Iniciativa liberal pediu a demissão da ministra da Coesão por duas empresas do seu marido terem recebido fundos europeus. O caso ganhou lastro político depois de a deputada socialista Isabel Guerreiro ter pedido que a gravação da intervenção de Carlos Guimarães fosse apagada, porque fugia ao âmbito do regime da comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local.

A audição requerida pelo Grupo Parlamentar do PSD, sobre o estado do ordenamento do território, surgiu um dia depois de o Observador ter revelado que António Trigueiros de Aragão foi beneficiário de fundos europeus, uma área parcialmente tutelada pela esposa, quando esta já era ministra da Coesão. Segundo o Observador está em causa um apoio de 303 mil euros, dos quais 133 mil foram atribuídos à Thermalvet, que é detida em 40% pelo marido de Ana Abrunhosa. A delicadeza da situação levou a ministra a pedir um parecer à Procuradoria-Geral da República que considera não haver ilegalidade na situação, mas sugere aos legisladores ponderarem “cuidadosamente” sobre o tema.

A situação pode ser legal, mas o conflito ético é total. A senhora tem informação antecipadamente, por isso o seu marido não pode ser beneficiário de fundos”, frisou Carlos Guimarães Pinto na audição desta quarta-feira. Para o deputado do Iniciativa Liberal “só existem duas alternativas”: ou as empresas do marido de Ana Abrunhosa devolvem os fundo ou a ministra da Coesão apresenta a demissão.

“Senão, vai passar o resto do mandato com uma nódoa”, vaticinou. E citando o ditado popular de que sobre o melhor pano cai a nódoa, Guimarães Pinto ironizou que “neste Governo já quase não se vê pano, são só nódoas”.

Terminados os cinco minutos de intervenção, a deputado socialista Isabel Guerreiro pediu à mesa que a intervenção fosse apagada da gravação e das atas da comissão por não ter a ver com o requerimento apresentado pelo PSD, recordando que as comissões obedecem a regras muito rígidas de funcionamento. “Não posso vir para aqui falar sobre o concerto que fui ver este verão”, ironizou.

Mas o PS já veio pedir desculpa ao Parlamento ao Iniciativa Liberal, por aquilo que considera ser um “comportamento infeliz” de uma deputada socialista. Em declarações aos jornalistas, Pedro Delgado Alves diz que “não parece ter havido uma intenção censória” da parte da deputada e espera que este “comportamento infeliz não manchará a posição futura do PS”.

Mas é precisamente de censura que fala o PSD. “Vimos regressar o lápis azul à democracia e ao sistema político português”, disse Luís Gomes em declarações aos jornalistas nos Passos Perdidos. “É uma circunstância absolutamente lamentável que só demonstra que este Governo, com esta maioria, tudo quer poder para levar a bom porto as suas ideias”.

Já Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, considera que se fosse possível apagar intervenções das atas das comissões seria “um ataque à democracia”. “Ainda não é possível fazê-lo”, disse. Mas sobre o teor da intervenção do IL, a deputada diz que “cabe ao Parlamento alterar a lei” para que não se possam verificar conflitos de interesse idênticos ao que se verificou com a ministra da Coesão e o marido.

O eurodeputado e líder do CDS, Nuno Melo, questionou a Comissão Europeia sobre a eventual ilegalidade da atribuição de verbas do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) a empresas do marido da ministra da Coesão e se tinha conhecimento da situação, isto porque Bruxelas anunciou uma política de “’tolerância zero’ em relação à fraude e às desconformidades na utilização dos fundos europeus por parte dos 27 Estados-membros.

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Aumento do salário mínimo vai “compensar” impacto da inflação, diz Governo

Estava prevista uma subida do salário mínimo para os 750 euros, mas poderá ser maior já que o Governo diz ser necessário compensar os efeitos da inflação.

O Governo tinha previsto um aumento do salário mínimo de 705 euros para 750 euros no próximo ano, no entanto, esta subida pode ser maior para “compensar os impactos da inflação“, segundo sinaliza o Executivo na proposta para o acordo de rendimentos que foi entregue aos parceiros que o ECO teve acesso.

A proposta não contempla números para o aumento da remuneração mínima mensal garantida, ficando apenas o compromisso de que esta “atingirá o valor de, pelo menos, 900 euros em 2026, salvaguardando o poder de compra dos trabalhadores e assegurando a trajetória de crescimento iniciada em 2016″.

A subida vai acontecer de forma “faseada, previsível e sustentada, evoluindo em cada ano em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico”, define o Executivo.

Para o próximo ano, estava prevista uma subida de 45 euros para os 750 euros, mas o aumento pode afinal ser maior. “Em 2023, o aumento da remuneração mínima mensal garantida deve assegurar um diferencial adicional para compensar os impactos da inflação”, lê-se no documento.

Se o aumento fosse o previsto, de 6,4%, poderia verificar-se uma perda de poder de compra para quem recebe o salário mínimo. Isto já que a subida neste ano foi de 6%, mas as previsões de inflação, que pela parte do Governo apontam para 7,4% e do CFP para 7,7%. Assim, poderia existir uma perda de poder de compra entre 1,4% e 1,7%, caso se confirmem os números da inflação.

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