Medina promete que Orçamento terá medidas de reforço da capitalização das empresas

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Fernando Medina afirmou que o próximo Orçamento do Estado (OE) terá medidas no âmbito do reforço da capitalização as empresas, considerando ser esta uma “resposta adequada” face à subida dos juros.

O ministro as Finanças, Fernando Medina, afirmou esta terça-feira que o próximo Orçamento do Estado (OE) terá medidas no âmbito do reforço da capitalização as empresas, considerando ser esta uma “resposta adequada” num momento de subida das taxas de juro.

Intervindo na sessão de abertura do lançamento no novo website do Guia do Emitente, em Lisboa, Fernando Medina aproveitou para destacar “o que será um pilar no próximo Orçamento do Estado na dimensão associada ao reforço estrutural da economia que é a centralidade que” será dada “aos instrumentos de reforço de capitalização as empresas”.

Este reforço dos capitais próprios, disse o governante, “vem num momento particularmente oportuno” sendo a “resposta adequada” num momento em que, como o atual, as taxas de juro estão a subir.

“A resposta adequada ou a oportunidade que se abre num momento de subida das taxas de juro é sabermos transmitir uma mensagem muito clara a todo o setor económico e produtivo que é essencial o reforço da base de capitais próprios” não só para a estabilidade das empresas, como no desenvolvimento de projetos futuros e solidez do sistema financeiro, destacou Fernando Medina.

Sem entrar em detalhes nem responder, já à margem da sessão, às questões dos jornalistas sobre o conteúdo destas medidas, Medina disse apenas que esta é uma área onde o Governo tem vindo a trabalhar” e na qual apresentará “medidas concretas, efetivas”.

O Guia do Emitente, uma nova ferramenta digital, visa, segundo a CMVM, “acompanhar e ajudar as empresas a tomarem decisões informadas de financiamento, com base no conhecimento das alternativas”, para que possam “considerar aquelas que melhor se adaptam à sua visão e ambição”. O Guia do Emitente disponibiliza, assim, informação sobre “as etapas da jornada de acesso ao mercado de capitais” – desde o planeamento até à admissão à negociação, passando pela preparação e pela oferta – dando a conhecer “as características, vantagens e desvantagens das diferentes opções disponíveis às empresas”.

Transição para financiamento no mercado de capitais não é fácil mas é essencial, diz Medina

O ministro as Finanças, Fernando Medina, afirmou esta terça-feira que a transição para um modelo de financiamento através do mercado de capitais “não é fácil ou imediata”, mas é essencial.

Fernando Medina assumiu esta posição na abertura da sessão de lançamento do ‘website’ do novo Guia do Emitente, promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“A transição para um modelo de financiamento com maior contributo do mercado de capitais não é fácil ou imediata, mas é essencial”, disse o ministro, acentuando, porém, os “bons argumentos” para que este caminho seja percorrido “de forma ponderada e equilibrada”.

Entre esses “argumentos” destacou o facto de o reforço dos capitais próprios e a diversificação do tipo de fontes de financiamento reduzirem as dependências das empresas, permitindo-lhes tornar-se mais resistentes a choque externos.

A isto, acrescentou, soma-se a maior facilidade em financiar novos projetos de inovação através de instrumentos de mercado do que por financiamento bancário tradicional.

O ministro das Finanças aludiu ainda aos autores que defendem que a presença em mercado e o escrutínio dos acionistas convidam a uma maior profissionalização da gestão e potenciam crescimento das empresas.

“A obtenção de capital e financiamento em mercado de capitais, em complemento ao financiamento bancário pode conferir maior estabilidade e capacidade a um setor empresarial para crescer e aceder a novos mercados, ao mesmo tempo que estimula crescimento e resiliência das empresas”, precisou Fernando Medina.

O Guia do Emitente, uma nova ferramenta digital, visa, segundo a CMVM, “acompanhar e ajudar as empresas a tomarem decisões informadas de financiamento, com base no conhecimento das alternativas”, para que possam “considerar aquelas que melhor se adaptam à sua visão e ambição”.

O Guia do Emitente disponibiliza, assim, informação sobre “as etapas da jornada de acesso ao mercado de capitais” – desde o planeamento até à admissão à negociação, passando pela preparação e pela oferta – dando a conhecer “as características, vantagens e desvantagens das diferentes opções disponíveis às empresas”.

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Euribor a seis meses supera 1,5%. Taxas em máximos de mais de dez anos

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Taxas Euribor sobem a três, seis e 12 meses face a segunda-feira, atingindo novos máximos em mais de dez anos. Euribor a seis meses avança para 1,538%.

As taxas Euribor subiram esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira para novos máximos em mais de 10 anos.

  • A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de junho, avançou esta terça-feira, para 1,538%, mais 0,044 pontos do que na segunda-feira e num novo máximo desde novembro desde 2011. A média da Euribor a seis meses subiu de 0,466% em julho para 0,837% em agosto. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).

Euribor a seis meses toca 1,5%

Dados até 12 de setembro de 2022 | Fonte: Euribor Rates
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 1%, mais 0,012 pontos e um novo máximo desde março de 2012. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 0,037% em julho para 0,395% em agosto.
  • No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu esta terça-feira, ao ser fixada em 2,102%, mais 0,027 pontos e um novo máximo novembro de 2011. Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril. A média da Euribor a 12 meses avançou de 0,992% em julho para 1,249% em agosto.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.

Na reunião de política monetária realizada em 21 de julho, o BCE aumentou em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, com o objetivo de travar a inflação. Na quinta-feira, dia 8 de setembro, o BCE decidiu aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo, então, deste ano.

No final da reunião, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o aumento histórico de 75 pontos base nas taxas de juros não é a “norma”, mas salientou que a avaliação será reunião a reunião. A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras BCE.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Alemanha prepara-se para ajudar energéticas em crise com 67 mil milhões

  • Capital Verde
  • 13 Setembro 2022

O Banco de Desenvolvimento da Alemanha poderá voltar a recorrer ao fundo criado durante a pandemia para disponibilizar apoios às empresas energéticas mais afetadas pela recente crise.

A Alemanha poderá estar a preparar-se para recorrer ao fundo criado para ajudar as empresas a lidar com o impacto da pandemia para fornecer empréstimos com garantias às energéticas em dificuldades por causa da guerra na Ucrânia.

De acordo com a notícia avançada pela Bloomberg, esta terça-feira, que cita uma fonte próxima do processo, este processo ficaria a cargo do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW) e o volume de empréstimos disponíveis poderá rondar os 67 mil milhões de euros. O fundo reforçaria a capacidade do KfW de fornecer apoios à liquidez das empresas de energia mais atingidas pelos cortes às importações de gás da Rússia. O projeto-lei será discutido esta quarta-feira numa reunião entre os membros do governo de Olaf Sholz, que será, depois, discutido em Parlamento.

Esta medida surge depois de energéticas, como a Uniper ou a VNG, terem procurado apoio estatal por causa dos cortes no fornecimento de gás vindos de Moscovo. Neste momento, o Nord Stream 1, o principal gasoduto que liga a Rússia à Europa, através da Alemanha, encontra-se encerrado há quase três semanas por terem sido detetadas fugas de óleo durante os trabalhos de manutenção na estação de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia.

As sucessivas interrupções ao fornecimento de gás ao motor económico e maior dependente deste combustível russo, fazem aumentar as preocupações de uma recessão. Esta segunda-feira, o instituto alemão Ifo divulgou que, em 2023, a economia alemã irá contrair-se em 0,3%, enquanto a inflação será de 9,3%.

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Israelita HiBob instala tech hub europeu em Portugal. Quer criar 70 postos de trabalho

A plataforma de RH tem como missão transformar a forma como as empresas operam no mundo moderno, envolvendo todas as complexidades dos processos de RH numa ferramenta de fácil utilização para todos.

A israelita HiBob escolheu Portugal para instalar o seu novo tech hub europeu, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. A plataforma de recursos humanos, que pretende transformar a forma como as organizações operam no mundo de trabalho moderno, pretende criar 70 novos postos de trabalho em Portugal durante os próximos 12 meses. O valor do investimento que o “Center of R&D Excellence” envolveu é de “vários milhões de euros”. João Ferro Rodrigues irá juntar-se à equipa como managing director da HiBob em Portugal.

“Iremos criar cerca de 70 novos empregos para profissionais da tecnologia durante os próximos 12 meses, com um processo de recrutamento que já está em curso”, avança Ronni Zehavi, cofundador e CEO da HiBob, em declarações à Pessoas.

A escolha de Portugal prendeu-se com o rápido crescimento do país, que é, agora, “um dos mais importantes polos de tecnologia na Europa, com muito talento a chegar ao país recentemente”.

“Ao longo dos anos, muitas grandes empresas chegaram a Portugal vindas de outros países da Europa e de todo o mundo. Muitas plataformas e empresas de tecnologia também se concentraram em Portugal, atraídas pela disponibilidade de talento”, sustenta o líder.

As expectativas estão “altas”, tanto do ponto de vista do mercado de talentos como do “cenário tecnológico”. “Vemos que o cenário tecnológico está em ascensão e que irá gerar startup, scaleups e unicórnios”, antevê.

Já o economista e empreendedor João Ferro Rodrigues irá juntar-se à equipa como managing director para liderar a operação no país e gerir uma equipa de especialistas. João Ferro Rodrigues vai focar-se em atrair os melhores operacionais tecnológicos da Europa, de forma a construir um centro de research & development sólido que apoiará o trabalho global da HiBob.

Questionado sobre o valor de investimento na aposta em Portugal, Ronni Zehavi desvenda apenas que estão envolvidos “vários milhões de euros, que compreendem salários, custos de escritório ou fornecedores locais, durante os próximos anos”.

380 pessoas contratadas e dois novos escritórios em menos de um ano

Desde o quarto trimestre de 2021, a HiBob duplicou de tamanho, com 380 novas contratações, bem como com a expansão de novos escritórios em Berlim (Alemanha), que cobrem a atividade da Alemanha, Áustria e Suíça, e, agora, em Lisboa. Estes dois escritórios juntam-se aos já existentes em Tel Aviv (Israel), Sydney (Austrália), Amesterdão (Holanda), Londres (Inglaterra) e Nova Iorque (EUA).

A empresa viu também a sua base global de clientes crescer na ordem dos 133%, sendo já a plataforma usada por mais de 2.500 empresas, incluindo a Fiverr, a HappySocks ou a VaynerMedia, segundo números adiantados pela tecnológica.

Antevendo alguns daqueles que serão os principais desafios, em termos de recursos humanos, para o próximo ano, como é o caso da flexibilidade — “os colaboradores vão, de uma forma genérica, exigir ainda mais flexibilidade” –, do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal — “que está a mudar para um equilíbrio entre vida pessoal e trabalho (life-work balance)”, da semana de quatro dias de trabalho ou a saúde mental, Ronni Zehavi defende que os próprios sistemas de RH terão de evoluir para fazer face a estas mudanças.

“A HiBob foi criada para este contexto desde o início. Concebido para ser um sistema de compromisso e envolvimento e não apenas de registo, está preparada para lidar com estas novas expectativas emergentes”, assegura o CEO e cofundador da plataforma de RH.

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HCM: empresas mais preparadas para ganhar a disputa pelo talento

  • Conteúdo Patrocinado
  • 13 Setembro 2022

Novos tempos, novos modelos de trabalho, novas formas de recrutar e gerir o talento. Agora as empresas já têm aquilo de que precisam para receberem os novos modelos de trabalho: uma solução de HCM.

A grande competitividade pelo talento não é novidade e é um desafio real para as empresas.

Porém, nos últimos dois anos acelerou a necessidade de criar, não só uma nova cultura e modelo de trabalho, mas também de dotar as empresas e equipas de ferramentas que possibilitem a mobilidade, a produtividade e a motivação, ferramentas colaborativas que se adaptem a este novo paradigma.

Até porque hoje, são os candidatos que escolhem as empresas e não o contrário. E também já não chega atrair os melhores, é necessário reter os colaboradores.

Foco numa melhor experiência de trabalho para os colaboradores

A experiência dos colaboradores e a organização do trabalho são alguns dos grandes desafios que a gestão tem de enfrentar.

E, de acordo com os novos modelos de trabalho, a experiência só pode ser digital através de tecnologia especializada e preparada para acompanhar o colaborador nos seus processos de trabalho e dar-lhe a agilidade de que precisa.

Mas, será possível garantir e medir a produtividade das equipas em modelo remoto?

É possível continuar a motivá-las da mesma forma?

Ou, até mesmo, capacitá-las para terem tempo de qualidade e evolução?

A resposta é SIM.

A fórmula para o sucesso passa por atrair e reter as melhores pessoas, aliada a um forte aumento da produtividade com recurso à tecnologia certa: a gestão de trabalho centralizada e disponível em qualquer lugar, canais de comunicação abertos para partilha e tudo isto com o acompanhamento próximo do líder.

Atrair e recrutar os melhores talentos? Sim, é possível

Atrair o melhor candidato não é uma questão de sorte e é resultado de vários fatores que, em conjunto, criam a melhor experiência para o candidato: cultura da empresa, feedback e tecnologia.

É importante respeitar e dar confiança do candidato, ser eficaz, mostrar profissionalismo, responder rapidamente às questões e dar feedback ao longo de todo o processo.

Cada candidato vê numa candidatura uma hipótese de futuro e evolução naquela organização, e a falta de feedback, aliado a um acompanhamento deficitário ao longo de todo o processo de recrutamento, transparecem uma cultura organizacional pobre e pouco apelativa.

É preciso ter a tecnologia certa, saber reconhecer e abrir novos caminhos, tanto a nível de meios como de profissionalização dos processos. Só assim é possível evitar a lentidão e o peso que um processo de recrutamento habitualmente acarreta.

Como proporcionar uma boa experiência e cativar o candidato? Como conseguir dar-lhe agilidade ao longo de todo o processo?

Atenção: o recrutamento é apenas uma parte do processo, mas é apenas o início. Depois de recrutado, é necessário, cada vez mais, reter e motivar o talento na empresa e garantir que está em linha com o propósito definido.

O desafio de reter o talento

Conseguir que um candidato permaneça na empresa é desafio real nos dias que correm e há dois fatores que podem facilitar a permanência de um colaborador: apostar no seu desenvolvimento pessoal dando-lhe formação para evoluir, através de uma avaliação criteriosa:

  1. A formação é um fator diferenciador que promove a evolução dos colaboradores e das suas capacidades, até porque este é um benefício que fica sempre na posse do próprio;
  2. A avaliação pressupõe o acompanhamento dos colaboradores e um reconhecimento no trabalho desenvolvido, sem esquecer o impacto na sua motivação e no crescimento.

Estes são aspetos fundamentais que estabelecem relações de confiança mútua e que devem traduzir os valores e a cultura da empresa.

É necessário ter também bem claro que reter um talento não é uma questão de intuição ou sorte. As pessoas precisam de sentir que pertencem a algo maior do que elas próprias para darem o melhor delas e manterem-se motivadas.

De acordo com a Gallup, os colaboradores desmotivados têm um custo para a empresa de 34% do seu salário anual.

Não restam dúvidas de que felicidade é lucrativa. É imperativo apostar na cultura da empresa, no seu bem-estar e agilidade das equipas.

Só assim é possível reduzir a rotatividade e o absentismo, para além de incentivar um maior compromisso e responsabilidade: para uma performance de topo é preciso garantir condições de topo aos colaboradores.

E qual o impacto do tempo dependido nos departamentos de RH?

Os departamentos de recursos humanos são normalmente compostos por poucos elementos onde tipicamente a carga administrativa impera, deixando pouco tempo para a efetiva gestão, acompanhamento e crescimento das pessoas.

É por isso imperativa a necessidade de existir uma boa gestão do tempo que permita aliviar a carga administrativa destes departamentos.

De acordo com um relatório da Bloomberg BNA’s HR Department Benchmarks and Analysis, por cada 100 colaboradores, as equipas de recursos humanos têm, em média, 1,4 pessoas dedicadas a tempo inteiro.

Por isso, e com deste rácio, para ter a certeza de que têm a capacidade de tomar as melhores decisões assentes num acompanhamento cuidadoso às pessoas, os departamentos de RH devem munir-se das melhores ferramentas e dashboards que incorporam as melhores práticas de people analytics que permitam identificar onde e como atuar.

Hoje e cada vez mais, as pessoas são um dos principais fatores diferenciadores da competitividade nas organizações.

É crucial garantir o engagement das equipas com a conjugação de todos estes fatores, desde a atração à retenção e preocupação com a formação e evolução das equipas, passando por um processo de recrutamento altamente profissionalizado.

A tecnologia certa permite contratar as pessoas certas e retê-las da melhor forma

A conjugação de todos estes fatores que irão melhorar a produtividade em todas as etapas da employee journey.

Sem pessoas não há empresas.

Hoje os gestores precisam munir-se da tecnologia certa que facilite a comunicação entre colaborador e empresa através de uma relação de proximidade, objetivos comuns e compromisso em continuar o trabalho desenvolvido.

A solução Human Capital Management, disponibilizada pela PHC Software, assegura a gestão integrada de pessoas na empresa, desde o recrutamento à gestão administrativa, passando pela colaboração, formação e desenvolvimento pessoal, com base em métricas e avaliações que apoiam a tomada de decisão.

Esta solução está totalmente integrada com o software de gestão, permitindo uma gestão eficiente de todos os processos relacionados com os recursos humanos, tornando qualquer organização mais colaborativa, inteligente e, por conseguinte, mais produtiva.

Com a solução Human Capital Management da PHC Software, a sua empresa tem tudo aquilo de que precisa para fazer da disputa pelo talento uma aposta ganha.

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Nas notícias lá fora: Aviação, banca e supermercados

Iberia garante que companhia irá recuperar lucro pré-pandemia nos próximos dois anos. Goldman Sachs prevê despedir entre 1% a 5% dos funcionários. Espanha ameaça tabelar preços nos supermercados.

Em destaque na revista internacional desta terça-feira está a Iberia, que pretende recuperar os resultados pré-Covid até 2024, e a Lufthansa, que garante que os preços dos bilhetes nunca irão regressar aos níveis pré-pandemia. No setor da banca, o Goldman Sachs prevê despedir até 5% dos funcionários com menor desempenho, e as famílias francesas precisam, em média, de mais 510 euros por mês para viver decentemente, segundo um barómetro. Já Espanha ameaça tabelar os preços nos supermercados após o setor recusar limitar os preços ou baixar as margens.

Expansión

Iberia espera recuperar lucro pré-pandemia nos próximos dois anos

O CEO da companhia aérea espanhola Iberia, Javier Sánchez-Prieto, defende que a empresa irá recuperar os níveis de lucro pré-pandemia nos próximos 24 meses. Após dois anos de restrições, Sánchez-Prieto defende que a empresa planeia recuperar o EBIT (lucro antes de juros e impostos) de 500 milhões de euros de 2019 entre 2023 e 2024. Sem revelar mais detalhes, o gestor garante que a Iberia irá ter um resultado positivo já a partir do segundo trimestre do ano.

Leia a notícia completa na Expanción (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Reuters

Lufthansa diz que preços dos bilhetes não irão regressar ao pré-pandemia

O CEO da alemã Lufthansa, Carsten Spohr, avançou que os preços dos bilhetes de avião da companhia nunca irão regressar aos valores pré-pandemia e prevê uma evolução dos preços estável ou crescente no futuro. Para o responsável, a venda de bilhetes a menos de 20 euros representou um valor demasiado baixo e irresponsável e acrescentou que a indústria precisa de uma revisão em alta dos preços, para financiar maiores investimentos e ser resiliente face a crises como da Covid.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago/conteúdo em inglês).

CNBC

Goldman Sachs prevê despedir até 5% dos trabalhadores

O banco de investimento Goldman Sachs planeia despedir centenas de funcionários já este mês, no que será o regresso de uma tradição anual das empresas de Wall Street, que consiste no corte de 1% a 5% dos funcionários com menor desempenho em toda a empresa. Estarão em causa centenas de postos de trabalho.

Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre/conteúdo em inglês).

BFMTV

Faltam 510 euros/mês para famílias francesas viverem decentemente

O disparar dos preços dos bens faz com que faltem, em média, 510 euros por mês para que as famílias francesas possam viver decentemente, de acordo com um estudo da Cofidis e CSA Research. Este é o maior valor de sempre desde pelo menos 2014, ano em que foi criado o barómetro. Se os 510 euros fossem acrescentados ao orçamento das famílias, 53% serviriam para pagar a comida e 29% para a energia. O estudo mostra ainda que 82% dos franceses notam a subida dos preços face a 2021.

Leia a notícia completa na BFMTV (acesso livre/conteúdo em francês).

El Economista

Governo espanhol ameaça supermercados com preços tabelados

A ministra do Trabalho de Espanha, Yolanda Díaz, ameaça tabelar os preços nos supermercados. A hipótese foi posta em cima da mesa depois de um dia de reuniões com o setor da distribuição, que recusaram limitar os preços ou baixar as suas margens de negócio. Os preços tabelados poderão ser introduzidos para bens de primeira necessidade ou para matérias-primas estratégicas, segundo a lei espanhola.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre/conteúdo em espanhol).

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“Ainda estamos longe da paz”, diz Guterres após telefonema com Putin

  • Lusa e ECO
  • 13 Setembro 2022

"Ainda estamos longe de um acordo de paz. (…) Estaria a mentir se dissesse que isso vai acontecer rapidamente", disse Guterres, após telefonema com Vladimir Putin.

A possibilidade de um acordo de paz na Ucrânia permanece muito distante, admitiu esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, após uma conversa telefónica com o Presidente russo, Vladimir Putin. “Ainda estamos longe de um acordo de paz. (…) Estaria a mentir se dissesse que isso vai acontecer rapidamente”, disse Guterres.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou esta quarta-feira ser “demasiado cedo” para antecipar o resultado da contraofensiva do exército da Ucrânia, no nordeste do país, contra as forças da Rússia.

Na segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que a Ucrânia já reconquistou aos russos quase 6.000 quilómetros quadrados de território desde o início da contraofensiva.

Acompanhe aqui os desenvolvimentos da guerra na Europa.

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Poupança do Estado com juros acaba no próximo ano

  • ECO
  • 13 Setembro 2022

Despesa das Administrações Públicas com juros aumenta 591 milhões de euros em 2023, e é a segunda maior despesa do Orçamento do Estado de 2023. Aumento da despesa com pensões está em primeiro lugar.

Pela primeira vez desde 2014, o Governo está a prever que a despesa pública com juros da dívida, em vez de gerar poupanças, se irá agravar no próximo ano, avança o Público.

É o fim de um período de oito anos em que a política monetária do BCE, em combinação com um aumento da credibilidade das finanças públicas portuguesas, contribuiu para melhorar os saldos orçamentais, antecipa o Ministério das Finanças no Quadro de Políticas Invariantes para 2023.

O documento prevê que a despesa das Administrações Públicas com juros aumente 591 milhões de euros em 2023, face ao valor atual, representando a segunda rubrica que mais vai pesar no Orçamento do Estado para o próximo ano.

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PS avança com banco de terras público para terrenos sem proprietário conhecido

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

Projeto de lei é discutido no dia 22 e irá “completar a reforma da floresta” de 2017. Diploma define período de 15 anos de posse pelo Estado, e tudo será feito em defesa da propriedade privada.

O PS vai avançar com um projeto para a criação um banco de terras público, visando promover a gestão integrada de terrenos sem proprietário conhecido, “sem colidir com a Constituição” em matéria de propriedade privada.

Este projeto de lei vai ser debatido em plenário no parlamento no próximo dia 22 e, segundo o líder parlamentar do PS, irá “completar a reforma da floresta” apresentada pelo Governo em 2017, insistindo-se com um diploma que foi chumbado nessa legislatura em que os socialistas governaram com maioria relativa.

Em relação aos direitos dos proprietários, o presidente do Grupo Parlamentar do PS assinalou que o diploma define à partida “um período de 15 anos de posse pelo Estado”.

“Tudo será feito em defesa de um direito constitucional fundamental, o direito à propriedade privada. Mas o território nacional, neste momento, tem um conjunto de terras, fundamentalmente florestal, com uma percentagem muito considerável sem dono conhecido”, justificou.

Na dimensão relativa à parte da floresta, o líder da bancada do PS começou por referir que está em curso um processo de cadastro, estando prevista uma dotação “significativa” ao nível do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). E a seguir destacou a percentagem significativa de solo florestal sem dono.

“Há quem estime que um milhão de hectares de terreno florestal não tenha dono conhecido, há quem diga que 20 a 30% do cadastro em zonas florestais tem solos sem dono conhecido. Respeitando sempre a propriedade privada, entendemos que é preciso limpar esse solo florestal, manter e agregar para integrar unidades de exploração que sejam economicamente viáveis”, defendeu o líder da bancada socialista.

Caso contrário, segundo Eurico Brilhante Dias, o abandono “gera mais risco de incêndios e impossibilita-se explorar de forma equilibrada uma importante componente de combate às alterações climáticas”.

“Sem unidades viáveis não conseguimos ter gente com atividades económicas no território. Pretendemos que seja possível gerir [esses bancos de terras sem dono] durante um período de tempo, os proprietários terão sempre o direito de reclamar a sua propriedade (o que não fizeram no passado), mas possibilita-se colocar esses solos em explorações com dimensão económica”, completou.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS adiantou ainda que o diploma prevê “um fundo para a mobilização de terras que permita que a relação do Estado com esses territórios, com arrendamento, possa permitir ter resultados que sejam mais tarde investidos em outros solos, em outras terras, visando um melhor ordenamento do território”.

“Para o PS, estamos perante um pilar fundamental para a reforma da floresta que ficou para trás em 2017, depois de a proposta do Governo, com esta natureza, ter sido chumbada no parlamento. Passaram cinco anos, voltando à floresta, e verificamos que se impõe que o território sem dono conhecido seja administrado através de um banco público de terras, respeitando sempre a propriedade privada”, acentuou.

Para Eurico Brilhante Dias, “se os proprietários não são conhecidos, se não se apresentam, o Estado tem o dever de cuidar desse território”.

“Mantemos a bolsa de terras, que é outro instrumento no qual os privados e outros atores como autarquias podem colocar os seus solos para outros interessados explorarem ao nível das dimensões agrícola e florestal. Neste caso são terras com dono conhecido e por iniciativa dos seus proprietários vão para uma bolsa de terras para serem colocados no terreno”, disse.

Já no respeita ao micro e minifúndio florestal, de acordo com o presidente da bancada do PS, “há uma situação muito difícil de gerir”, já que uma parte “não tem dono conhecido e é preciso gerir com uma intervenção pública”.

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PSI sobe com energia mas BCP trava ganhos

Principal praça portuguesa volta a iniciar sessão em terreno positivo, suportado em ganhos no setor energético, enquanto a queda das ações do BCP impedia uma subida mais expressiva do PSI.

A bolsa de Lisboa iniciou a sessão em terreno positivo. O PSI começou o dia a somar 0,12%, para 6.087,76 pontos, com a ajuda do setor energético, mas sob pressão da banca.

Pouco depois da abertura, a EDP Renováveis somava 0,91%, para 25,39 dólares, enquanto a Galp contribuía para a subida da praça nacional com um ganho de 0,75%, para 10,805 euros, no contexto da subida dos preços do petróleo. Já a EDP subia 0,32%, para 4,991 euros.

As ações da Greenvolt também se destacavam pela positiva, ao somarem 0,75%, para 9,41 euros. As da Jerónimo Martins somavam 0,61%, para 23,08 euros. Nota ainda para os ganhos de 0,59% da Corticeira Amorim (10,18 euros).

Em terreno negativo estavam as ações do BCP, que perdiam 1,11% (15,12 cêntimos), da Sonae (-0,51%, 0,981 euros) e dos CTT (-0,15%, 3,38 euros).

Nas restantes praças europeias, o dia também começou em terreno positivo: o italiano FTSE Mib somava 0,45% (22.712,31 pontos); o espanhol IBEX-35 crescia 0,43% (8.229,5 pontos); o francês CAC-40 acrescentava 0,28% (6.351,43 pontos); o inglês FTSE 100 subia 0,07% (7.477,96 pontos).

Já o índice Stoxx 600 abriu a subir 0,31%, para 429,08 pontos.

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Assembleia do Porto aprova redução do IRS dos munícipes

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

A Assembleia Municipal do Porto aprovou a redução do IRS em 0,5 pontos percentuais, para 4%. Mantém IMI e redução da taxa de derrama às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros/ano.

A Assembleia Municipal do Porto aprovou a redução do IRS em 0,5 pontos percentuais, fixando-se em 4%, com os votos contra do BE e CDU, e os votos favoráveis do movimento Rui Moreira, PSD, PS, Chega e PAN.

Na sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na noite de segunda-feira, foi também aprovada, por unanimidade, a manutenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,324% e a sua majoração em 30% para os prédios degradados.

A manutenção da redução da taxa da derrama, a aplicar às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros anuais, fixando-a em 1% do lucro tributável e não isento de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) foi aprovada com o voto contra da CDU e do BE, e com os votos a favor do movimento independente Aqui Há Porto, do PSD, PS, Chega e PAN.

Raul Almeida, eleito pelo movimento Aqui Há Porto, destacou que o município se deve “congratular” por ter a “taxa mais baixa de IMI do país”, a qual entra nas “boas contas” e “desonera as famílias”, mas também por, ao nível do IRS, “fazer mais e melhor do que o Governo”.

“Só não garantimos mais porque temos em cima da mesa a descentralização [de competências] e qualquer promessa maior neste momento choca com a imprevisibilidade do Governo nesta matéria”, observou.

Também Nuno Borges, do PSD, salientou que a política fiscal do município é um “meio para atingir outros objetivos”, como maior investimento público e uma vida equilibrada. Destacando, à semelhança do eleito pelo movimento independente, que a taxa de IMI no Porto é a “mais baixa do país” refletindo-se de forma “positiva” na poupança dos contribuintes, Nuno Borges deixou ao executivo o “desafio” de ajustar a taxa às famílias residentes no município com menos de 35 anos e às famílias numerosas.

O social-democrata afirmou ainda que a redução efetuada no IRS reflete a “continuidade” do acordo de governação estabelecido entre o movimento independente de Rui Moreira e o PSD, esperando, contudo, que a mesma possa ser “mais ambiciosa” nos próximos anos.

Pelo PS, Agostinho de Sousa Pinto mostrou-se favorável com a redução e manutenção da política fiscal do município, dizendo, no entanto, que o partido “gostaria de ver as taxas do IMI, IRS e derrama baixarem”.

“Estamos de acordo com a desoneração fiscal das famílias e das pequenas e médias empresas”, disse o socialista, recusando as críticas feitas pelas outras forças políticas às medidas apresentadas pelo Governo para as famílias, tendo em vista a mitigação dos efeitos da inflação e do aumento dos custos energéticos.

Paulo Vieira de Castro, eleito pelo PAN, disse ser “correta” a manutenção da taxa do IMI, mas sugeriu a possibilidade, temporária ou permanente, da isenção deste imposto.

No que toca ao IRS, o deputado único do PAN lembrou que o município de Lisboa “devolve 3% aos contribuintes, enquanto o município do Porto apenas devolve 1%”.

Para Susana Constante Pereira, do BE, o IMI “pode e deve” ser usado como um instrumento para “obter uma justa compensação pela utilização do solo”, bem como uma “forma de responder à falta de habitação na cidade”.

“Entendemos que se devem estabelecer os indicadores do conceito de zonas de pressão”, destacou a eleita do BE, que relativamente ao IRS considerou que “favorece os grandes rendimentos e não a grande maioria dos agregados”.

Também a eleita da CDU, Joana Rodrigues, afirmou que a redução do IRS é “preocupante” por “não abranger a população de igual forma” e “beneficiar quem tem mais rendimentos”.

“A redução preocupa-nos e achamos que não é justo. A nosso ver, esta proposta não distribui riqueza de forma igualitária”, observou a deputada, defendendo ainda que os “tempos implicariam um sinal diferente do município” relativamente à derrama, nomeadamente, a sua isenção.

Na sessão, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, esclareceu algumas das questões colocadas pelos deputados sobre matéria fiscal e defendeu a necessidade de o parlamento “voltar a revisitar os centros históricos patrimónios da humanidade” em matéria de IMI.

“Porque é que o parlamento há de dizer que ali o IMI é zero? (…) Estes centros históricos estavam com um nível de prédios devolutos enorme e havia de criar fomento ao investimento, mas isso já não é a realidade hoje porque são as zonas de pressão nas cidades. Não só no Porto. Aquilo que parecia algo generoso deixou de ter fundamento e justificação”, acrescentou.

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Ministro da Educação defende exames apenas para acesso ao superior

  • Lusa
  • 13 Setembro 2022

João Costa defende que passe a ser definitiva a regra de os exames no ensino secundário sejam apenas para acesso ao ensino superior, tal como aconteceu no período da Covid-19.

As regras para os exames nacionais do ensino secundário deste ano ainda não foram definidas, mas o ministro da Educação defende que continuem a servir apenas para o acesso ao ensino superior, à semelhança dos últimos três anos.

“Eu sou favorável a manter em definitivo esta modalidade que adotámos durante os anos da pandemia [de covid-19]”, admitiu João Costa em entrevista à agência Lusa a propósito do início do ano letivo, que arranca entre hoje e sexta-feira.

Este ano, as provas finais do 9.º ano, retomadas no ano passado, mas só para aferição, vão voltar a contar para a avaliação dos alunos, mas ainda não se sabe como vão ser os exames nacionais do ensino secundário, uma decisão que está a ser discutida com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O impacto da pandemia da covid-19 na educação durante o ano letivo 2019-2020, quando as escolas encerraram pela primeira vez, impôs também novas regras para os exames nacionais que, nesse ano, não foram obrigatórios para concluir o ensino secundário e puderam ser realizados apenas por quem quisesse seguir para a universidade.

Foi também assim nos dois anos letivos seguintes e, apesar de ainda não ser certo que se repita este ano, João Costa concorda que a exceção se torne regra.

“O que aconteceu nestes dois anos mostra que não há nenhum prejuízo, nem para o trabalho que se faz nas escolas, nem para o acesso ao ensino superior. Até pelo contrário, porque os números das colocações no ensino superior devem-nos deixar muito orgulhosos”, sublinhou o ministro, aproveitando para comentar a colocação de quase 50 mil alunos na primeira fase do concurso nacional.

Por outro lado, além de facultativos, a estrutura das provas também mudou e, pela primeira vez, passou a contar com conjuntos de perguntas optativas em que era contabilizada a melhor reposta. É também uma das lições positivas que o ministro da Educação retira da adaptação aos tempos excecionais e que, no seu entender.

“O que o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) diz é que há vantagens, até porque nós estamos num momento em que demos muito mais liberdade à escola para desenvolver o currículo de uma forma mais flexível e isto esbarra um bocadinho em provas ‘ultra standardizadas’”, justificou.

E a propósito dos exames nacionais, o ministro da Educação comentou também eventuais alterações ao modelo de acesso ao ensino superior.

“O modelo de acesso ao ensino superior tem problemas, a meu ver, mas é percebido como justo e absolutamente transparente. Portanto, melhorias a introduzir no acesso não podem levar-nos a perder estas duas qualidades”, sublinhou, referindo em particular a possibilidade defendida por alguns de as próprias instituições selecionarem os alunos.

“Isto, que pode fazer sentido, pode introduzir fatores de iniquidade”, alertou o ministro, que elogiou, por outro lado, outras alterações recentes, como a criação dos concursos especiais de ingresso para diplomados de cursos profissionais e artísticos ou do contingente especial para alunos de escolas dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), anunciado em 2021, mas que ainda não teve efeito.

Esse contingente, acrescenta, funciona como “uma discriminação positiva” para que não sejam excluídos, à partida, do acesso às universidades e politécnicos “alunos com um potencial muito positivo para fazerem um ensino superior com muita qualidade apenas porque não tiveram as condições de competitividade que outros alunos tiveram”.

Ministro da Educação compromete-se a não congelar carreira de professores

O ministro da Educação avisa os professores que é escusado “empatar tempo” com negociações sobre recuperação do tempo de serviço congelado durante a ’troika’, mas compromete-se a não haver mais congelamentos.

“Tenho plena noção da penalização que existe para quem é professor desta incapacidade de recuperação daquela fatia do tempo que ficou por recuperar”, começou por afirmar o ministro da Educação, em entrevista à Agência Lusa.

“Temos de perceber que há o que conseguimos fazer e o que não conseguimos fazer. Eu considero-me uma pessoa honesta e não iria para uma mesa de negociações empatar tempo, a fazer de conta”, acrescentou João Costa, referindo-se à recuperação integral do tempo de serviço, uma das principais reivindicações dos sindicatos de professores, que em breve retomam negociações com a tutela.

As duas maiores estruturas sindicais – Fenprof e FNE – pediram ao Ministério da Educação que fosse elaborado um protocolo negocial com os temas a debater, mas para o ministro essa é uma reivindicação que deverá ficar de fora.

“Muito sinceramente, não me parece que seja sério da minha parte incluir questões num protocolo que já sei à partida que não temos condições de negociar. Estamos a fazer essa análise para identificar os pontos em que podemos chegar a algum lugar”, afirmou.

Durante o período de assistência financeira da ‘troika’, a carreira dos professores esteve congelada durante nove anos, quatro meses e dois dias, dos quais o Governo aceitou recuperar quase três anos.

O ministro afirma agora que a carreira docente não voltará a ser congelada: “Podemos hoje ter garantias, apesar da crise que vivemos, de que a carreira docente não vai voltar a ser congelada e damos esta garantia porque o processo de descongelamento e de recuperação do tempo de serviço foi feito com responsabilidade orçamental. Se não tivesse sido, hoje podíamos estar numa situação mais delicada”.

Questionado sobre a desigualdade em relação aos docentes das ilhas dos Açores e da Madeira, que conseguiram recuperar de forma faseada todo o tempo de serviço, João Costa explicou que o salário mensal é pago pelo orçamento regional, mas “a pensão é paga pelo Orçamento do Estado do Governo da República”.

“Se eu pudesse dizer assim ‘muito bem os professores que estão aqui no continente, mas quando se aposentarem, outro paga’, se calhar também tinha condições para recuperar integralmente o tempo de serviço. Temos de ter seriedade também na forma como analisamos estas questões. Os Açores e Madeira podem, porque não têm o peso das aposentações”, afirmou.

Sobre a recente reivindicação da Fenprof, que veio defender que os salários dos professores deveriam sofrer um aumento mínimo de 10%, tendo em conta a inflação, João Costa disse que essa é uma negociação da Administração Pública.

O ministro reconheceu que em Portugal os “salários são baixos” e que, depois do aumento do salário mínimo, “é compromisso deste Governo olhar para o salário médio”.

No entanto, defendeu que é preciso olhar para as carreiras gerais: “Um técnico superior, que tem habilitações semelhantes à de um professor ou de outros profissionais, tem um salário significativamente mais baixo do que o das carreiras especiais”.

Sobre o próximo Orçamento do Estado, João Costa revelou que estarão lá algumas das reivindicações dos sindicatos.

“Há um compromisso que estará, obviamente, já presente no Orçamento do Estado. Nós vamos negociar um modelo de recrutamento que tem também como fim uma maior estabilidade e uma maior vinculação de professores. E, obviamente, isso estará expresso no Orçamento de Estado, que é uma aspiração legítima das organizações sindicais e, já agora, é também uma aspiração nossa”, disse.

Entretanto, na segunda-feira, a Fenprof admitiu que os professores poderão avançar para uma greve ainda durante o primeiro período de aulas, caso não vejam atendidas algumas das suas reivindicações.

João Costa disse ter “um grande respeito pelo sindicalismo e pelo direito à greve”, acrescentando que o Ministério quer negociar, mas deixou um aviso: “Eu não negociarei sobre ameaças de greve. Ou há vontade de negociar ou há vontade de fazer greve. As duas coisas têm uma certa incompatibilidade. Portanto, é preciso que a Fenprof também saiba o que quer”.

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