Estudo BCG: “carteiras de investimentos representam em média 50% das emissões das seguradoras”.

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2022

O novo estudo da Boston Consulting Group (BCG), intitulado “The Net-Zero Insurer”, afirma que a neutralidade carbónica não é apenas um imperativo climático, mas também empresarial.

O novo estudo da Boston Consulting Group (BCG), intitulado “The Net-Zero Insurer”, aponta para a neutralidade carbónica que, escreve “não é apenas um imperativo climático, mas também empresarial”. Esta evidência “exigirá que os ativos mais poluentes das várias indústrias sejam reequipados, desmantelados ou vendidos a favor de soluções de baixo impacto carbónico e de tecnologia limpa”.

Pedro Pereira é o Managing Director & Partner da Boston Consulting Group Lisboa

Globalmente, esta transição exigirá um investimento de até 150 mil milhões de dólares, de acordo com o estudo da BCG.

Em comunicado, os consultores sublinham que “o mercado de seguros está numa posição nevrálgica para promover esta transformação”. As seguradoras fornecem proteção contra a suspensão de negócios, acidentes de trabalho e aos colaboradores das empresas, sendo uma peça chave para o funcionamento de todos os setores.

O estudo conclui que as companhias de seguros estão em posição de “ajudar as empresas a acelerar o seu caminho para a neutralidade carbónica na forma como estabelecem os preços, oferecem aconselhamento e gerem os pagamentos de sinistros”.

A análise diz que “até à data, as seguradoras têm concentrado os seus esforços nas suas operações internas e de IT, tomando medidas para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões nos seus escritórios”. Mas estas representam, em média, menos de 5% da pegada de carbono da sua atividade.

Em contraste, o estudo da BCG indica que as “carteiras de investimentos representam tipicamente entre 50% e 55% da produção de emissões”. Sugere que “para obter um impacto real a curto prazo, as seguradoras devem também abordar o seu core de negócio – a sua carteira de subscrições e atividades de gestão de sinistros, que constituem 35% a 40%”.

A maioria dos investidores, reguladores, clientes e colaboradores reconhecem que a descarbonização é um processo complexo e multianual. A crescente consciência dos impactos negativos das alterações climáticas tem tornado os agentes deste mercado mais ávidos de mudanças profundas – as seguradoras que estão à frente neste caminho comprometem-se abertamente a detalhar as suas ações e serão percecionadas com mais seriedade e legitimidade neste tema”, afirmou Pedro Pereira, Managing Partner da BCG em Portugal.

A BCG defende que uma estratégia de neutralidade carbónica pode mesmo permitir uma vantagem competitiva. E diz que “a aceitação dos compromissos globais de neutralidade carbónica em 2050 exigirá um caminho bem delineado por parte das seguradoras”.

A Boston Consulting Group (BCG) é uma empresa global de consultoria de gestão e líder mundial no aconselhamento sobre estratégia de negócios, fundada em 1963. Estabelece parcerias com clientes dos setores privado, público e sem fins lucrativos em todas as regiões.

Em Lisboa, onde instalou um escritório em 1995, que é liderado por Pedro Pereira desde junho de 2021, a BCG trabalha sobretudo com os setores de serviços financeiros, telecomunicações, meios de comunicação, energia, bens de consumo, distribuição, transporte e turismo, indústria e saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

WTW: Setor energético enfrenta novo cenário de risco

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2022

A WTW alertou, num estudo recente sobre o setor energético, que este "está a enfrentar um cenário de risco inteiramente novo". Apontou causas e possíveis soluções.

A corretora global Willis Towers Watson (WTW) alertou, num estudo recente sobre o setor energético, que este “está a enfrentar um cenário de risco inteiramente novo provocado pela guerra Rússia-Ucrânia, a inflação global, a transição energética e as alterações climáticas“.

A corretora indicou que “à medida que os preços dos seguros de energia disparam, os gestores de risco têm que controlar estes riscos, assegurando que avaliaram os ativos e as interrupções de negócio atuais, de forma correta e suficiente, isto num ambiente de inflação global acelerada – um cenário que alguns nunca enfrentaram antes”, disse a WTW.

O relatório destaca estes e outros desafios para o setor da energia, que vão desde os tecnológicos aos geopolíticos, considerando ainda o estado atual do mercado de seguros para riscos de energia.

Parte do relatório sobre energia da WTW é dedicado ao impacto russo. A maioria das seguradoras de energia reduziram as exposições russas das suas carteiras, e muitas também reduziram ou eliminaram a cobertura para centrais a carvão e outros riscos considerados demasiado pesados em termos de carbono. “Isto introduziu um aumento do apetite por outros riscos de energia”, disse a WTW.

A capacidade é outro dos tópicos que tiveram prioridade no relatório. A capacidade teórica global total de seguro para riscos de energia é de aproximadamente 3,5 mil milhões de dólares em 2022, com o nível realisticamente utilizável de cerca de 1,5 mil milhões de dólares, disse a WTW. Para os ativos de carvão, esse número cai para apenas 250 milhões de dólares – e é significativamente mais baixo para novos riscos de carvão.

As perdas foram também analisadas no relatório WTW. O relatório concluiu que a frequência de perdas individuais superiores a 1 milhão de dólares estava a subir, atingindo um máximo de três anos em 2021. Prevê-se que os custos totais das perdas sejam iguais ou superiores ao rendimento total dos prémios para riscos de energia este ano, com uma dúzia de perdas superiores a 20 milhões de dólares já comunicados.

Como resultado do aumento das perdas, é de esperar um aumento da classificação de 2,5% a 20% no terceiro trimestre para todos os riscos, exceto alguns com um registo de perdas limpo e todos os ativos localizados em áreas com baixo risco de catástrofes naturais, disse a WTW.

Na primeira metade de 2022, as seguradoras continuaram a subscrever com cautela, mas o mercado também está a mostrar uma apetência ligeiramente maior e a atenuar as restrições para negócios limpos e de boa qualidade”, disse Lyo Foo, Chefe de Energia e Recursos naturais da Ásia da WTW.

“As colocações de seguros de carvão autónomos continuam a enfrentar desafios extremos, com um número crescente de seguradoras impedidas de participar em tais colocações, independentemente da qualidade do risco ou do historial de perdas.

Como resultado, espera-se a persistência de retenções maiores e novos aumentos de taxas”. As seguradoras estão a realinhar as subscrições em apoio às políticas revistas do ESG – O conceito ESG integra as palavras Environmental (Ambiente), Social (Social) e Governance (Governação Corporativa), agrupando nesses três eixos os fatores não financeiros mais relevantes de uma empresa – reduzindo ainda mais a capacidade. “Com a procura de capacidade a exceder a oferta, as taxas são muitas vezes consideravelmente mais elevadas do que as apólices que expiram”, explica o relatório de energia da WTW.

As economias asiáticas estão a assistir a um pico na procura de eletricidade, e as realidades económicas da região significam que uma redução significativa no consumo de carvão será mais desafiante aí do que em qualquer outro lugar, informou a WTW.

No entanto, com as alterações climáticas a colocar uma nova pressão no mercado dos seguros, existe uma necessidade crítica de as companhias de eletricidade acompanharem o ritmo das seguradoras e acelerarem a sua transição energética para assegurar uma cobertura contínua, segundo o relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pelo menos 271 ocorrências relacionadas com o mau tempo em Portugal continental

  • Lusa
  • 12 Setembro 2022

O número de ocorrências “é o normal” dentro do que era esperado para esta segunda, de acordo com a Proteção Civil.

A Proteção Civil registou esta segunda-feira 165 ocorrências relacionadas com o mau tempo no continente, sobretudo inundações e queda de árvores, enquanto os Bombeiros Sapadores assinalaram em Lisboa outras 106 ocorrências relacionadas com a chuva que caiu na capital.

Fonte da Proteção Civil disse à Lusa que entre a meia-noite e as 18:00 desta segunda foi registado um total de 165 ocorrências no continente, 16 das quais estavam em curso às 18:00. Segundo a mesma fonte, este número de ocorrências “é o normal” dentro do que era esperado para esta segunda, tendo em conta que o Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) tinha alertado para a possibilidade de chuva por vezes forte e acompanhada de trovoadas e rajadas fortes em todo o território do continente e colocado todos os distritos sob aviso amarelo.

É sempre normal haver umas inundações, umas quedas de árvores e umas limpezas de vias, mas não temos nada significativo até ao momento que condicione a circulação rodoviária ou que condicione o fluxo normal das pessoas na sua vida diária”, acrescentou.

Por seu lado, os Bombeiros Sapadores de Lisboa, que têm a seu cargo o socorro na capital, registaram entre as 00:00 e as 16:00 um total de 106 ocorrências relacionadas com a queda de chuva. Segundo fonte dos Sapadores, as ocorrências foram sobretudo relacionadas com inundações em espaços públicos e privados, mas também foram registas quedas de revestimentos, de árvores e de estruturas e curto-circuitos.

No domingo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso à população para a mudança gradual das condições meteorológicas, com “precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada” e a possibilidade de acumulação de água significativa “em curtos períodos e rajadas de origem convectiva, em especial nas regiões do Norte, Centro e entre os distritos de Lisboa e Setúbal”.

A Proteção Civil avisou que “deverá ser dada uma especial atenção às zonas historicamente identificadas como vulneráveis a inundações e em particular em bacias hidrográficas não regularizadas e de escoamento rápido”. A Proteção Civil pediu ainda que se garanta a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a adoção de uma condução defensiva nas estradas devido à formação de lençóis de água e à “possível acumulação de neve” nalgumas zonas.

Segundo o IPMA, a maioria dos distritos do continente vão estar ainda na terça-feira sob aviso amarelo, que se prolongará até quarta-feira para os distritos de Viseu, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica. Na origem da emissão destes avisos estão, segundo o IPMA, “as linhas de instabilidade” associadas ao ciclone extratropical Danielle, que vão originar precipitação por vezes forte e acompanhada de trovoada e rajadas fortes de vento, no litoral oeste, evoluindo gradualmente para leste.

Este cenário de precipitação deverá manter-se ao longo da semana, embora com menores quantidades de precipitação acumulada a partir de quarta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Seguro Cripto: um gigante adormecido com apenas 1% de investimentos cobertos

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2022

Com mais de 2 mil milhões de dólares perdidos em financiamento descentralizado este ano, existe uma oportunidade de mercado para as seguradoras cripto, de acordo com executivo da InsurAce.

Os seguros blockchain existem desde 2017, mas apenas 1% de todos os investimentos realizados em criptomoedas estão cobertos por seguro. O setor continua a ser um “gigante adormecido“, de acordo com um executivo de seguros de criptografia.

Em entrevista à publicação Cointelegraph, Dan Thomson, CMO do protocolo de cobertura descentralizada InsurAce afirmou que existe uma enorme disparidade entre o valor total bloqueado (TVL) nos protocolos de criptografia e de financiamento descentralizado (DeFi) e a percentagem desse TVL com cobertura de seguro: “O seguro DeFi é um gigante adormecido. Com menos de 1% de todo o cripto coberto e menos de 3% da DeFi, há ainda uma enorme oportunidade de mercado a ser concretizada”.

Embora muitos investimentos tenham sido direcionados para auditorias de segurança de contratos inteligentes, os seguros blockchain são uma solução viável para a proteção de bens digitais.

“Os hacks, em 2021, só na DeFi, foram responsáveis por 2,6 mil milhões de dólares em perdas” no valor de 10 mil milhões de dólares no espaço criptográfico mais amplo, e “já ultrapassámos largamente esse valor em 2022”, acrescenta Thomson, enfatizando a necessidade de seguros blockchain para ativos digitais.

Se as empresas de seguros tradicionais poderão eventualmente oferecer produtos centrados na criptografia, Thomson disse que, “embora tenha despertado o interesse das empresas tradicionais, estas ainda não se adaptaram devido aos seus próprios regulamentos. E acrescentou, “Não acredito que as maiores companhias de seguros tradicionais desenvolvam as suas próprias aplicações nativas. Preferirão oferecer um tipo de resseguro como forma de obter exposição”.

Thomson disse que os protocolos de seguros blockchain também sofreram alguns contratempos e que “as capacidades são limitadas pela subscrição [que é] algo tradicionalmente feito com resseguro, mas na DeFi é feito por stakers e portanto limitado pela TVL [que torna] difícil para a maioria dos protocolos construir liquidez suficiente”.

Este problema é exacerbado pelo facto de os fornecedores de seguros digitais tentarem oferecer fornecedores de capital com retornos de investimento atrativos, o que por sua vez desencoraja a provisão de liquidez, disse ele.

O líder sublinhou que a sua empresa procura agora resolver a questão da eficiência do capital utilizando o resseguro das seguradoras tradicionais. “Para resolver este problema, seremos um dos primeiros protocolos capazes de fazer a ponte para obter acesso ao resseguro tradicional para complementar a nossa subscrição existente a partir de ativos apostados“.

Algumas trocas de moeda criptográfica prestam atualmente serviços de seguros, mas muito poucos protocolos cripto nativos são especializados em seguros blockchain.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TOP 50: Munich Re mantém-se líder mundial das resseguradoras

  • ECO Seguros
  • 12 Setembro 2022

A resseguradora alemã mantém-se à frente da Swiss Re em ano de crescimento devido ao aumento de preços devidos pelo receio das catástrofes naturais. 11 das maiores têm sede nas Bermudas. saiba porquê.

Depois de passar ocupar o primeiro lugar em 2020, a resseguradora Munich Re continua ser a maior resseguradora do mundo, com prémios brutos de resseguro de vida e não vida emitidos de mais de 41,3 Mil milhões de euros em 2021, segundo o ranking estabelecido pela A.M.Best, agência de rating especializada na indústria seguradora à escala mundial.

O ranking, agora divulgado, é baseado em dados de pesquisa da AM Best e classifica as empresas por Prémios Brutos no exercício económico de 2021. A Munich Re conquistou a primeira posição no ano passado, depois de a AM Best ter excluído os prémios de seguro direto realizados pela Swiss Re para efeitos de ranking. A resseguradora suíça, com forte presença em Portugal, mantém-se no segundo lugar tendo crescido 7% em 2021 realtivamente a 2020.

O crescimento da terceira maior, a Hannover Re foi de cerca de 3%, enquanto a francesa a SCOR, a última das quatro grandes resseguradoras da Europa, quebrou negócio em quase 1%, o que levou a uma queda de quarto para quinto na lista para 2021.

A Canada Life Re, oitava em 2020, subiu quatro posições para ocupar a quarta posição da SCOR, após um crescimento impressionante de quase 62%. A AM Best notou que esta foi a primeira vez que uma resseguradora exclusivamente de vida ficou entre as quatro primeiras.

Em sexto lugar está a Berkshire Hathaway que teve um crescimento anual de cerca de 3,5%. Apesar da expansão dos prémios brutos de resseguro, a empresa de Warren Buffett caiu um lugar no ranking.

Tal como em 2020, o mercado especializado de seguros e resseguros da Lloyd’s é o sétimo na lista para 2021, com um crescimento robusto de 17% nos prémios emitidos.

A China Re caiu do sexto lugar em 2020 para o oitavo em 2021, embora ainda tenha registado um crescimento de prémios de quase 7%. A resseguradora de vida Reinsurance Group of America (RGA) e a Everest Re, com sede nas Bermudas, completam os dez primeiros.

A RGA, que também foi a nona em 2020, registou em 2021 um crescimento anual de mais de 6% enquanto a Everest Re subiu um lugar para o décimo, após um forte crescimento de aproximadamente 25% nos prémios emitidos.

Aumento de preços explica um terço a metade do crescimento

A AM Best comentou este ranking explicando que “muitas das companhias de resseguro relataram que um terço a metade de seu crescimento de prémios pode ser atribuído a aumentos de preços, não ao crescimento da exposição. Os aumentos de taxas em muitas das linhas de resseguro são esperados em 2023, embora variem por linha de negócios e território. No entanto, o crescimento pode ser contrabalançado por reduções nos prémios de resseguros imobiliários, já que muitas empresas começaram a retirar ou reduzir substancialmente sua participação nesse mercado”, diz AM Best.

O fenómeno Bermudas

Das 50 maiores resseguradoras 11 têm sede nas Bermudas, que começou a atrair muitas companhias internacionais. Um supervisor muito pragmático e a isenção de impostos sobre lucros tornam muito atraente o destino principalmente em ano de poucas catástrofes e muitos resultados.

Também com 11 resseguradoras está Estados Unidos, depois a Alemanha com 5, Japão com 4, com duas está na Suíça, França, China e Honk Kong e com uma Canadá, Reino Unido, Coreia do Sul, Índia, Brasil, Camarões (a Africa Re), Taiwan e Austrália.

Muitas com prejuízos

O negócio ressegurador sofre especialmente com as catástrofes naturais daí que o Rácio combinado indique prejuízos técnicos em muitas delas. Este rácio é enganador pois quanto maior o seu valor, pior para a companhia. Resulta da adição do rácio de sinistralidade (sinistros/prémios) e do rácio de despesas (custos de exploração/prémios), por isso 100% é o ponto crítico entre lucro e prejuízo.

Assim, a Caisse Centrale de Reassurance (CCR) com 66,9% de Rácio Combinado obteve um excelente lucro, enquanto a IRB – Brasil Resseguros com 132% de Rácio Combinado revelou um ano desastroso do ponto de vista económico.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Loures, No centro” é a nova identidade do município

A Câmara de Loures lança uma "nova marca territorial" e identidade – “Loures, No centro” – para demonstrar a "grande dinâmica e movimento" deste concelho como centro de oportunidades.

“Loures, No centro”. É esta a nova identidade e imagem de marca da Câmara Municipal de Loures, apresentada esta segunda-feira, partindo do princípio de que o concelho está no “centro das principais ligações viárias do país e da área urbana”, avança a autarquia.

“Mais do que a mudança da imagem institucional de Loures, nasceu uma nova identidade deste grande concelho. A dinâmica que existe, que estamos a implementar junto das pessoas e das empresas, é sinónimo que Loures se encontra no centro das oportunidades para todos, nas mais diferentes vertentes”, justifica o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão.

Para o autarca, começa “uma nova etapa em Loures” com esta “nova marca territorial“, argumentando que o município, que está ao lado de Lisboa, do Tejo e do aeroporto, “mostra-se agora no centro de todas as oportunidades para aqueles que ali nascem, vivem, estudam ou trabalham“.

Segundo o município, esta nova identidade gráfica “resultou da vontade de demonstrar a grande dinâmica e movimento, dentro e em volta deste concelho, tendo-se escolhido as cores verde e azul como as principais deste rebranding. A opção pelo verde deve-se ao facto desta tonalidade “transmitir a natureza e ecologia de Loures, caracterizando as zonas mais rurais deste concelho”. Já a opção pelo azul alude à “modernidade e avanço tecnológico das grandes empresas e centros”, conclui autarquia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro acusa Costa de “brincar com as palavras” sobre o futuro das pensões

  • Lusa
  • 12 Setembro 2022

António Costa apenas “antecipou o pagamento de mil milhões de euros, que seria devido através da lei”, disse o líder do PSD.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, de andar a “brincar com as palavras” e com os portugueses sobre o futuro das pensões.

“Não pode brincar com as palavras. O Governo decidiu um corte de mil milhões de euros no sistema de pensões. Isso é inegável, eu diria mesmo que isso é matemático”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas em Mortágua, onde esteve no âmbito do programa “Sentir Portugal”.

No seu entender, “quem dá hoje aquilo que tira amanhã não está a dar ajuda nenhuma, a ajuda é rigorosamente zero, quando muito será apenas uma ajuda em termos de timing”. O líder social-democrata frisou que António Costa apenas “antecipou o pagamento de mil milhões de euros, que seria devido através da lei”, para este ano “e quis dizer às pessoas que estava a dar-lhes uma ajuda adicional para enfrentarem o problema da inflação”.

“Ao fazer isso, diminui a base sobre a qual os aumentos de pensões de 2023 em diante partem com mil milhões de euros a menos e, portanto, todos os aumentos estão condicionados a essa base”, lamentou. Neste âmbito, Montenegro desafiou o primeiro-ministro a deixar “este estilo de cobardia política” e a dizer aos portugueses: “Eu estou a tirar mil milhões de euros ao sistema de pensões para as tornar mais sustentáveis no médio e no longo prazo”.

Na opinião do presidente do PSD, António Costa não terá tomado esta decisão “por maldade às pessoas”. “Eu não julgo que ele queira prejudicar as pessoas, não é isso que eu quero afirmar aqui. O que eu quero é que ele seja corajoso e verdadeiro. O que eu quero é que ele fundamente as suas decisões e depois vamos discutir se elas estão certas ou estão erradas”, esclareceu.

Luís Montenegro exortou o Governo a fazer uma política séria e de verdade, porque “um governo corajoso e verdadeiro tem mais credibilidade e mais capacidade de alavancar as forças da sociedade para dar mais desenvolvimento ao país”. O líder do PSD iniciou o programa “Sentir Portugal”, que o levará, ao longo dos próximos dois anos, a passar uma semana por mês em cada um dos distritos do país.

Líder do PSD desafia Costa a “erguer a sua voz” na UE contra aumento de impostos para empresas

Luís Montenegro desafiou ainda o primeiro-ministro a “erguer a sua voz” na União Europeia contra a tributação de lucros extraordinários das empresas no contexto de inflação elevada. “Acho que esta é uma boa oportunidade para o senhor primeiro-ministro poder, junto da União Europeia, defender a sua posição, porque tanto quanto sei a posição dele é igual à minha”, ou seja, não concordar com a criação desse imposto, afirmou aos jornalistas, em Mortágua.

Luís Montenegro comentava as declarações do líder parlamentar do PS, que não excluiu o aprofundamento de medidas fiscais de combate a lucros extraordinários, mas considerou essencial que essa solução seja concertada na União Europeia para não deixar Portugal em “desvantagem”. O presidente do PSD lembrou que “foi noticiado a semana passada que ele (António Costa) não concordava com a criação desse imposto sobre os chamados lucros extraordinários e não foi desmentido”.

“Portanto, se o primeiro-ministro entende que é essa a posição que o país deve adotar, creio que na União Europeia deve erguer a sua voz, tanto que ele reclamou tantas vezes que era preciso ser uma voz forte na Europa”, frisou. Montenegro lembrou que já anunciou a posição do PSD há mais de um mês, mas considerou que “no PS a questão é mais controversa”.

Nós, no PSD, não somos favoráveis à criação de mais nenhum imposto sobre as empresas, mesmo aquelas que têm, nesta fase, lucros de uma dimensão maior do que é habitual”, reiterou. Isto porque – acrescentou – “esses lucros já têm tributação” e a tributação sobre a atividade das empresas “é suficientemente grande para ser, às vezes, pouco competitiva na atração de investimento”.

“Esta é a nossa posição de princípio, evidentemente, se houver uma decisão à escala europeia, creio que foi o cenário colocado pelo líder parlamentar do PS, nós teremos de enquadrar a questão nesse domínio”, referiu. No entender de Luís Montenegro e do PSD, “cada país deve olhar para essa realidade atendendo à sua própria situação”.

“Quando nós definimos políticas fiscais ao nível da União Europeia devemos defini-las de uma forma transversal e não só quando interessa a determinados países”, defendeu. O líder social-democrata disse que “há algumas economias fortes na Europa às quais interessa, e aos seus responsáveis, independentemente da sua natureza política, defender essa matéria”, o que respeita.

No entanto, não acha que “Portugal tenha que ir sempre a reboque dos grandes interesses da Europa”, acrescentou. Montenegro recordou os tempos “em que o PS reclamava que era preciso ter uma voz forte na Europa”, ou seja, que não devia “aceitar sem reação todas as diretrizes que emanavam das instituições europeias”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo sobe com preocupações sobre oferta no inverno

Petróleo segue a valorizar perante as preocupações relativas a um aperto na oferta para o próximo inverno.

As cotações de petróleo nos mercados internacionais sobem na sessão desta segunda-feira, numa altura em que as preocupações relativas a um aperto na oferta para o inverno centram as atenções.

Pelas 18h57 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, somava 1,1% para 93,78 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, valorizava 0,92% para 87,59 dólares.

Este desempenho acontece no dia em que o Departamento de Energia norte-amerciano revelou que os stocks de petróleo de emergência dos EUA encolheram para 434,1 milhões de barris na semana terminada a 9 de setembro. Trata-se de um queda de 8,4 milhões de barris face ao anterior balanço e representa o nível mais baixo desde outubro de 1984, isto é, em quase 38 anos.

Recorde-se que em março, os EUA tinham anunciado que iam libertar um milhão de barris de petróleo por dia da reserva estratégica do país, durante seis meses. A Casa Branca agora está a avaliar se prolonga esta medida, que termina em outubro, segundo revelou secretária norte-americana da Energia, Jennifer Granholm, à Reuters, na semana passada.

A oferta global de “ouro negro” deverá diminuir ainda quando se iniciar o embargo da UE ao petróleo russo via marítima, a partir de 5 de dezembro. Recorde-se que, a 2 de setembro, os líderes do G7 aprovaram um acordo para impor um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia. Face a esta decisão, o departamento do Tesouro norte-americano indicou que esta imposição poderá fazer escalar ainda mais os preços do petróleo e da gasolina nos EUA neste inverno.

A influenciar o desempenho estão ainda as declarações de França, Reino Unido e Alemanha, que disseram, no sábado, que têm “sérias dúvidas” quanto à intenção do Irão de revitalizar o acordo nuclear, num desenvolvimento que poderá manter o crude iraniano fora do mercado e manter assim a oferta apertada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco de partos poderá encerrar “alguns dias” esta semana em Bragança

  • Lusa
  • 12 Setembro 2022

"Por motivo de baixa médica de uma especialista do serviço, poderão verificar-se, em alguns dias desta semana, eventuais constrangimentos no atendimento urgente", indica a Unidade Local de Saúde.

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste informou esta segunda-feira que o bloco de partos da maternidade de Bragança poderá encerrar “alguns dias” esta semana devido a baixa médica de uma especialista.

Num comunicado enviado às redações, a ULS começa por referir que “a atividade programada e urgência do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia estão a funcionar”. “No entanto, por motivo de baixa médica de uma especialista do serviço, poderão verificar-se, em alguns dias desta semana, eventuais constrangimentos no atendimento urgente, sendo necessário ativar o plano de contingência, o que significa que o bloco de partos estará encerrado nesses dias”, acrescenta.

Nessas situações, explica a ULS do Nordeste, as utentes que recorram pelos próprios meios aos serviços de urgência “serão orientadas, após observação médica e se a situação clínica o justificar, para a unidade hospitalar de referência no âmbito do Serviço Nacional de Saúde”. A maternidade mais próxima de Bragança é a de Vila Real, que fica a cerca de uma hora de distância.

A maternidade de Bragança é a única no distrito transmontano e dista mais de uma hora de parte dos 12 concelhos da região, havendo casos, como o de Freixo de Espada à Cinta, em que a viagem demora cerca de hora e meia. Embora a maior parte da população da região esteja mais próxima de Bragança, há concelhos, como Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Alfândega da Fé ou Mirandela que estão a distâncias idênticas, em termos de tempo de viagem, de Bragança e de Vila Real.

No caso do concelho de Carrazeda de Ansiães, apesar de pertencer ao distrito de Bragança, a viagem até Vila Real é mais curta. Para outros concelhos como Mogadouro, Miranda do Douro, Vinhais ou Vimioso, a distância é maior até Vila Real do que até Bragança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ambientalista Marina Silva declara apoio a Lula

  • Lusa
  • 12 Setembro 2022

Marina Silva, três vezes candidata à Presidência, apoia Lula nestas eleições para "derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do ‘bolsonarismo’".

A ex-ministra Marina Silva, uma das ambientalistas mais conhecidas do Brasil, declarou esta segunda-feira o seu apoio ao ex-presidente Lula da Silva para enfrentar a “ameaça à democracia” nas eleições de outubro, promovida pelo Presidente, Jair Bolsonaro.

“Nesse momento crucial da nossa história que reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do ‘bolsonarismo’ que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando a vida de pessoas por pensarem diferentes é a sua candidatura [que apoio]”, disse Marina Silva, referindo-se a Lula da Silva numa reunião realizada em São Paulo.

Estamos vivendo um reencontro político e programático. Porque do ponto de vista das nossas relações pessoais, tanto eu quanto o presidente Lula nunca deixamos de estar próximos e de conversar, inclusive em momentos dolorosos de nossas vidas. Nosso reencontro político e programático se dá diante de um quadro grave da política do nosso país, diante de uma ameaça, a ameaça das ameaças, à nossa democracia”, acrescentou Marina Silva, candidata à Câmara dos Deputados pelo partido Rede Sustentabilidade.

Marina Silva e Lula da Silva se encontraram esta segunda em São Paulo com jornalistas para selar publicamente a sua reconciliação política e seu primeiro encontro formal após uma década de desentendimentos num momento crucial da história brasileira.

Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente no Governo Lula da Silva e três vezes candidata à Presidência, destacou que o reencontro político entre os dois tem como objetivo principal a “derrota de Bolsonaro” e “a semente do mal” que o “’bolsonarismo’ implantou na sociedade”.

Já Lula da Silva, candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT) que lidera uma frente que reúne 10 partidos de esquerda, incluindo a Rede Sustentabilidade, destacou que o encontro com Marina marcou um dia histórico para o país, num momento em que “a democracia está em risco”. “Esta é uma demonstração de que a democracia pode ser exercida mesmo quando há divergências pontuais. A democracia é uma sociedade em evolução”, destacou Lula da Silva.

O líder progressista prometeu implementar as propostas ambientais apresentadas por Marina Silva, entre as quais a criação de uma autoridade nacional de Segurança Climática e a atualização do plano de combate à desflorestação.

A ambientalista, profundamente evangélica e internacionalmente conhecida por sua defesa da Amazónia, obteve 19,5 milhões de votos nas eleições de 2010 e 22 milhões em 2014, embora seu apoio tenha caído acentuadamente nas eleições de 2018, quando obteve apenas um milhão de votos.

Lula da Silva ressaltou que a questão ambiental será levada “muito a sério” caso vença as eleições e garantiu que o Brasil será protagonista na área climática, que, segundo apontou, foi destruída pelo Presidente, Jair Bolsonaro. A eleição presidencial no Brasil tem a primeira volta marcada para 2 de outubro e a segunda volta, caso seja necessária, no dia 30. Atualmente 10 candidatos disputam as presidenciais brasileiras: Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Gomes, Simone Tebet, Luís Felipe D’Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Moreira quer Porto “neutro em carbono” até 2030

Câmara portuense quer ter concelho líder na ação climática nacional, no âmbito do "Pacto do Porto para o Clima". O grande propósito é ter um "Porto neutro em carbono” até 2030.

Posicionar a cidade do Porto como líder, a nível nacional, na ação climática, antecipando a neutralidade carbónica. É este o propósito do “Pacto do Porto para o Clima” que conta já com mais de 170 subscritores, entre empresas, instituições e outras entidades com impacto no concelho. “Este é um desígnio comum, com meta definida para 2030, e com claros benefícios coletivos que só poderemos colher com a ação de toda a sociedade civil”, afirma o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.

A primeira sessão de apresentação pública decorre no próximo dia 16 de setembro, na Casa do Roseiral, nos jardins do Palácio de Cristal, e reúne os vários parceiros, o executivo camarário e o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Segundo a autarquia, este “pacto do Porto para o Clima assegura o Alto Patrocínio do Presidente da República“.

Segundo o município, esta iniciativa tem mobilizado atores de diversos quadrantes. “O conjunto de parceiros abrange algumas das mais reputadas instituições e organizações empresariais da cidade do Porto e da região, como a Altice, Bial, Boavista Futebol Clube, Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar Universitário São João, EDP e Federação Académica do Porto”. Entre os parceiros estão ainda, por exemplo, o Futebol Clube do Porto, Galp, Jerónimo Martins, Museu Soares dos Reis, NOS, Politécnico do Porto, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Serralves, Sonae, STCP ou Universidade do Porto.

“O comprometimento destas instituições e a consequente adesão às metas definidas é de extrema relevância, para construirmos juntos, até 2030, um Porto neutro em carbono”, explica Rui Moreira.

Segundo a autarquia, “o papel do município do Porto na descarbonização da cidade tem sido sistemático, mas limitado, já que os ativos municipais são apenas responsáveis por 6% das emissões totais de Gases com Efeito de Estufa (GEE)”. Mais, realça, “a maioria das emissões de GEE na cidade provém dos setores dos edifícios, residencial e serviços (cerca de 50%) e dos transportes (cerca de 40%)”.

Refira-se que a autarquia desenvolve, desde 2008, a monitorização das emissões de GEE, através da Agência de Energia do Porto, e tem preconizado uma redução de 60% de GEE até 2030. O Porto é o quarto município mais populoso e o terceiro mais densamente povoado do país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSP expulsou 20 polícias e suspendeu 108 em 2021

  • Lusa
  • 12 Setembro 2022

No ano passado foram instaurados 1.209 novos processos disciplinares e decididos 1.518, tendo transitado 1.874 para 2022.

A PSP expulsou 20 polícias e suspendeu 108 em resultado dos processos disciplinares decididos em 2021, quando foram arquivados cerca de 73% dos casos, revelou esta segunda-feira aquela força policial.

O balanço social de 2021 da PSP, publicado na página da Internet da Polícia de Segurança Pública, revela que no ano passado foram instaurados 1.209 novos processos disciplinares e decididos 1.518, tendo transitado 1.874 para 2022.

O relatório indica que transitaram 1.324 processos disciplinares de 2020 para 2021. “Entre os 1.518 processos decididos, 1.108 processos foram arquivados, 37 resultaram em repreensão, 245 resultaram na aplicação da pena de multa, 108 tiveram como decisão final a aplicação de pena de suspensão e 20 resultaram na aplicação da pena de demissão”, refere o documento.

Em comparação com 2020, no ano passado foram abertos mais 65 novos processos, tendo também aumentado o número de suspensões (mais 14) e de demissões (mais cinco) entre os agentes da PSP. O relatório precisa que cerca de 73% dos casos foram arquivados.

Durante o ano 2021, 72,9% dos casos foram arquivados e a pena de multa é a maior consequência dos processos decididos, representando 16,14%. Segundo a PSP, a pena de suspensão de função representa 7,11%, seguido da repreensão escrita (2,44%) e a demissão (1.32%).

O documento dá ainda conta de que os dias de ausência por motivo de atividade sindical aumentaram 28% em 2021, comparativamente com 2020, tendo sido contabilizados 3.002 dias no ano passado.

Cerca de metade do efetivo da PSP tem mais de 45 anos

Cerca de metade do efetivo da Polícia de Segurança Pública tem entre 45 e 59 anos de idade, revela o balanço social de 2021 daquela polícia, que destaca um ligeiro aumento de polícias, invertendo uma tendência de anos. “No que respeita à distribuição do efetivo policial (…), constata-se que é no escalão etário dos 45-49 anos que existe uma maior incidência de efetivos, com 21,24% do total, seguido pelos escalões etários dos 50-54 anos com 18,77%, dos 55-59 anos com 14,45%, dos 40-44 anos com 12,94%”, refere o documento, publicado na página da Internet da PSP.

O mesmo documento precisa que no ano passado se verificou a entrada de 1.139 trabalhadores, dos quais 798 foram admitidos através de um novo recrutamento de polícias. Segundo a PSP, o número de total de trabalhadores em 2021 registou um acréscimo de 0,63% em comparação com 2020 (mais 130), um aumento de efetivos que não se verificava há alguns anos.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, afirmou que os dados do relatório traduzem o envelhecimento da PSP, frisando que é necessário rejuvenescer o efetivo. Paulo Santos considerou que o Governo deve dar especial atenção a este rejuvenescimento, tendo em conta “a exigência e complexidade” do serviço, que requer cada vez mais um trabalho musculado por parte da polícia. Segundo presidente da ASPP, na Unidade Especial de Polícia (UEP) já se começa a notar o envelhecimento dos polícias.

Sobre o ligeiro aumento de 0,63% do efetivo em 2021, Paulo Santos considerou ser insuficiente, uma vez que há muitos polícias que atingiram o tempo de serviço para se reformarem, sendo necessário criar condições para uma profissão mais atrativa. Nesse sentido defendeu a criação de um plano que efetivamente se traduza na entrada e saídas de polícias.

No total, a PSP tem 20.687 trabalhadores, 96,6% dos quais são polícias. A maioria dos polícias pertence à classe de agentes (16.906), seguido de chefes (2285) e oficiais (905). Segundo o mesmo documento, no ano passado saíram daquela força de segurança 947 efetivos, sendo o motivo de saída mais relevante a aposentação (61%).

O relatório dá também conta de que no ano passado foram registados 388.487 dias de ausência ao trabalho, a grande maioria entre o efetivo policial, num total de 370.450 dias, representando em média 18 dias de ausência por polícia. De acordo com a PSP, 56,53% das ausências ao trabalho estiveram relacionadas com doença e 19,31% com acidentes em serviço.

No que diz respeito aos casos de incapacidade declarados durante o ano 2021, relativos a polícias vítimas de acidente em serviço, 70 resultaram numa incapacidade permanente, 48 em incapacidade temporária e absoluta e 17 numa incapacidade temporária e parcial para o trabalho. O balanço social refere ainda que 54% dos polícias auferem remunerações mensais liquidas entre 1.251 e 1.500 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.