Dazn e Mediapro assumem direitos televisivos da La Liga Feminina

  • Servimedia
  • 5 Setembro 2022

Pela primeira vez na história, todos os jogos da liga feminina espanhola vão ser transmitidos ao vivo todos os dias, em todo o mundo. Este é um acordo histórico fechado por 35 milhões de euros.

A Dazn e a Mediapro adquiriram os direitos audiovisuais da La Liga de Fútbol Profesional Femenino (LPFF) por 35 milhões de euros para as próximas cinco temporadas na primeira “oferta”, após a RFEF ter perdido o controlo sobre os direitos televisivos dos 16 clubes femininos, noticia a Servimedia.

A liga feminina espanhola está a fazer a sua estreia como competição oficial com um acordo histórico e receitas recorde, que envolve transmissões em direto de jogos de futebol profissional feminino todos os dias, em todo o mundo. As transmissões terão um mínimo de 4 a 6 câmaras, o que garante uma alta qualidade de transmissão e dá a máxima visibilidade à competição profissional feminina.

A Dazn pagará 35 milhões pelos direitos exclusivos e globais, e transmitirá todos os jogos, incluindo aquele que por lei tem de ser transmitido gratuitamente, que será transmitido pela GOL.

O Lote 2 do concurso nacional, correspondente a um jogo gratuito ao vivo por dia de jogo, bem como o pacote de destaques de todos os jogos do dia, foi atribuído à Mediaproducción, SLU. O pacote de clips de suportes digitais será comercializado diretamente pela LPFF numa base não exclusiva.

Divisão das receitas

As receitas geradas pelos direitos televisivos serão distribuídas pela nova Liga das Mulheres entre os 16 clubes, como já acontece na Primeira e Segunda Divisão de futebol, com distribuição igualitária com base em critérios diferentes.

A Liga Profesional de Fútbol Femenino (LPFF) e a LaLiga chegaram a um acordo este Verão que definiu que a LaLiga se torna o agente comercial exclusivo para todos os direitos comerciais e de patrocínio e ativos da LPFF durante pelo menos as 5 temporadas seguintes, excepto para a exploração dos direitos audiovisuais.

Assim, LaLiga é responsável pela comercialização, entre outros, do título de patrocinador do concurso, para a qual já chegou a um acordo com a Puma, bem como todos os tipos de patrocínios e licenças oficiais do concurso.

Segundo a Liga Profesional de Fútbol Femenino, este acordo histórico, que não inclui a exploração dos direitos audiovisuais que acabam de ser postos a concurso, trará um rendimento mínimo de 42 milhões de euros à LPFF, e permitir-lhe-á enfrentar os desafios em termos de desenvolvimento e crescimento da competição, bem como dotar os clubes de recursos para melhorar as suas estruturas de gestão e, com isso, melhorar as condições dos jogadores.

A LPFF reconhece a importância da LaLiga “na indústria global do desporto”, “especialmente a nível comercial”, e anuncia que ambas as organizações “já estão a trabalhar em conjunto numa estratégia ambiciosa com o objetivo de aumentar o valor da competição e desenvolver um produto atrativo para marcas e adeptos”.

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Von der Leyen espera respeito de Truss pelos acordos pós-‘Brexit’

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

“Anseio por uma relação construtiva, no pleno respeito pelos nossos acordos”, escreveu a presidente a Comissão Europeia, na rede social Twitter.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta segunda-feira esperar que a próxima primeira-ministra britânica, Liz Truss, respeite os acordos assinados entre os dois blocos. “Anseio por uma relação construtiva, no pleno respeito pelos nossos acordos”, disse Von der Leyen numa mensagem divulgada na sua conta na rede social Twitter.

A líder do executivo comunitário felicitou Truss pela eleição para líder do Partido Conservador britânico, devendo suceder brevemente a Boris Johnson como primeira-ministra do Reino Unido. Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, usou a sua conta na rede social Twitter para felicitar a nova líder conservadora britânica, salientando que os dois blocos são “amigos e aliados naturais” e considerando que “as democracias devem continuar unidas, em oposição à autocracia e à agressão”.

Por seu lado, o comissário encarregado de negociar os termos dos acordos com Londres, Maros Sefcovic, sublinhou a “enorme importância estratégica” de uma boa relação entre Bruxelas e Londres. Truss ganhou 81.326 dos votos dos cerca de 180.000 militantes de base do Partido Conservador, enquanto o rival Rishi Sunak, antigo ministro das Finanças, obteve 60.399, revelou o presidente do Comité 1922, o conselho partidário responsável pelo processo, Graham Brady.

O resultado era esperado e confirma a vantagem registada em várias sondagens publicadas desde julho. Truss, de 47 anos, será a terceira mulher primeira-ministra do Reino Unido, após Margaret Thatcher e Theresa May, e a quarta política a ocupar o cargo em seis anos.

O Acordo de Comércio e Cooperação União Europeia-Reino Unido e o Acordo sobre Segurança das Informações, assinados entre Londres e Bruxelas após o ‘Brexit’ (processo da saída britânica do bloco comunitário), vigoram desde 01 de maio de 2021. Londres recuou na aplicação do acordo de comércio, nomeadamente no que respeita às relações com a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, tendo Bruxelas apresentado uma queixa junto do Tribunal de Justiça da UE.

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Comissão Europeia reconhece que UE precisa de reforçar meios para incêndios

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

Desde junho passado, a UE recebeu 11 pedidos de assistência ao abrigo do mecanismo europeu de proteção civil. É preciso “fazer mais, incluindo a nível europeu”, disse o comissário Lenarcic.

O comissário europeu responsável pela Gestão de Crises reconheceu esta segunda-feira que a União Europeia deve reforçar os meios de combates a incêndios florestais para 2023, depois de o mecanismo europeu de proteção civil ter atingido o limite neste verão.

Falando na abertura de uma reunião ministerial de coordenação de emergência sobre o reforço da preparação e resposta da UE em caso de incêndios, que convocou para esta segunda em Bruxelas, o comissário Janez Lenarcic apontou que, desde junho passado, foram recebidos 11 pedidos de assistência ao abrigo do mecanismo europeu de proteção civil, reconhecendo que só não houve mais pedidos de ajuda por parte de Estados-membros que enfrentavam fogos de grandes dimensões “pois os países afetados sabiam que não haveria capacidades disponíveis”.

Tal foi o caso de Portugal, que em agosto se absteve de voltar a acionar formalmente o mecanismo de assistência europeu, para combater o fogo no Parque Natural da Serra da Estrela, por ter conhecimento de que não havia meios disponíveis, dado estarem já empenhados no combate a fogos em outros Estados-membros.

O comissário começou por salientar que se assistiu neste verão a “uma aceleração alarmante da propagação de fogos florestais por toda a Europa”, salientando que, “embora a época de fogos deste ano ainda não tenha terminado, já bateu todos os recordes”, com um total de área ardida de mais de 750 mil hectares, “cerca de três vezes o tamanho do Luxemburgo”, e apontou o caso concreto da Serra da Estrela. “As imagens que todos vimos da Gironda, em França, do Parque Natural da Serra da Estrela, em Portugal, mas também da República Checa, Alemanha, Espanha, das regiões do Carso, entre Itália e Eslovénia, ficarão connosco como lembrança da gravidade dos incêndios florestais que estão a ocorrer neste continente”, enfatizou.

Prestando homenagem a todos aqueles que “colocam as suas vidas em risco” para combater os incêndios e salientando que “os serviços de emergência europeus estão realmente a fazer um trabalho verdadeiramente heroico”, o comissário europeu comentou que “a solidariedade europeia permanece intacta, graças à tomada de decisões estratégicas nos anos anteriores para mobilizar capacidades também a nível europeu e partilhá-las através das fronteiras”.

No entanto, salientou, é preciso “fazer mais, incluindo a nível europeu”, sendo designadamente necessário “encontrar formas de aliviar mais rapidamente o fardo nacional”, pois “a solidariedade através da Europa, quando muitos países são afetados ao mesmo tempo, não pode ser dada como adquirida”.

“Os nossos serviços de emergência ainda estão a conter incêndios em curso. No entanto, como decisores políticos, temos de olhar para o futuro”, disse, defendendo que é necessário perceber como se pode “colmatar as lacunas de capacidades deste ano, antes que elas possam surgir novamente no próximo ano”.

Fazendo votos para que a reunião informal seja o início desse debate sobre a “necessidade geral de intensificar a prevenção, a preparação e a capacidade de resposta a incêndios florestais”, para que, em conjunto, a UE possa decidir as ações a tomar a nível europeu, no quadro do mecanismo de proteção civil, o comissário enfatizou desde logo uma das lacunas visíveis na resposta deste ano, ao dizer que “todos reconhecem que os meios aéreos de combate a incêndios foram o maior desafio”.

“A forma como o mercado está organizado significa que precisamos de agir agora, se queremos evitar as lacunas na capacidade de resposta do próximo ano. Isso significa que temos de reservar capacidade adicional no mercado comercial agora, para o próximo verão”, disse.

Antes da reunião que decorre durante a tarde em Bruxelas, o comissário europeu reuniu-se com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que representa Portugal no encontro ministerial, e que prestará declarações à imprensa ao final da tarde. “Uma boa reunião com o ministro da Administração Interna José Luís Carneiro sobre a época recorde de incêndios florestais deste verão na Europa e as formas de reforçar ainda mais o Mecanismo de Proteção Civil para poder fazer face aos impactos cada vez mais intensos das alterações climáticas. Chegou o momento de agir”, escreveu o comissário Janez Lenarcic na sua conta oficial na rede social Twitter.

Em 18 de agosto, o comandante nacional da Proteção Civil afirmou que Portugal não acionou formalmente o mecanismo de ajuda europeu para combater o fogo da Serra da Estrela por falta de meios disponíveis, devido a incêndios noutros estados-membros. “Não houve o acionamento do mecanismo em virtude de ter sido já acionado por outros países e os meios estarem já a ser empenhados noutros países”, disse na ocasião André Fernandes, salientando que o mecanismo europeu de proteção civil é usado segundo a disponibilidade dos meios existentes.

Na semana anterior, também o primeiro-ministro, António Costa, salientara que não foram usados mais meios aéreos provenientes do mecanismo europeu porque os países estavam na altura com “menor disponibilidade de partilha de meios” em virtude incêndios em curso até em territórios onde eram raros, como na Alemanha, além de não existirem meios europeus próprios.

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Kremlin culpa Europa por interrupção no envio de gás russo

Porta-voz do Kremlin considera que o levantamento de sanções facilitaria os trabalhos de manutenção no principal gasoduto e, por sua vez, a retoma do envio dos fluxos de gás russo para a Europa.

O Kremlin culpou as sanções do Ocidente pelo encerramento do principal gasoduto que transporta gás russo para a Europa através da Alemanha, alertando que se as sanções fossem levantadas, o trabalho de manutenção poderia ser concluído com maior facilidade e os fluxos de gás poderiam ser retomados. As declarações surgem depois de a Rússia ter interrompido indefinidamente o fluxo através do Nord Stream, alegando fugas de óleo nos compressores.

Numa conferência de imprensa, esta segunda-feira, o porta-voz russo Dmitry Peskov afirmou que as sanções estavam a “causar o caos” em matéria de trabalhos de manutenção do gasoduto e os respetivos equipamentos, rejeitando as acusações de que os problemas de abastecimento de gás russo à Europa eram uma jogada política.

Apenas surgiram problemas no fornecimento de gás por causa das sanções aplicadas contra a Rússia pelos países do Ocidente, incluindo a Alemanha e o Reino Unido“, cita a Reuters, as declarações do responsável. “Não existem outros motivos que tenham levado a problemas no abastecimento“, disse. O porta-voz do Kremlin explica que neste momento o funcionamento do gasoduto depende de “uma única unidade que precisa de profunda manutenção”, manutenção essa que as sanções impedem.

Na rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen acusa Putin de usar a energia como uma aram política ao cortar no fornecimento e ao manipular os mercados energéticos. “A Europa prevalecerá”, garante a mesma, relembrando que a Comissão Europeia está a preparar um conjunto de medidas de intervenção de energia para ajudar as empresas e as famílias a enfrentar o aumento dos preços

O encerramento da “torneira” ao gás russo fez disparar, esta segunda-feira, os preços do gás natural na Europa. O contrato Dutch TTF Gas para entrega em outubro chegou a subir quase 28% no início desta manhã, estando, atualmente, a ganhar 15% para 249 euros por megawatt/hora.

Na passada sexta-feira, a empresa estatal russa Gazprom anunciou ter detetado fugas de óleo durante os trabalhos de manutenção no Nord Stream 1, argumentando que a falta de condições técnicas na estação de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia, iria obrigar a uma interrupção completa no fornecimento de gás. O principal gasoduto que liga a Rússia à Europa encontra-se suspenso desde o dia 31 de agosto por motivos de manutenção e devia ter reaberto no passado dia 3 de setembro.

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Municípios da Grande Lisboa mudam jardins, reduzem regas e reutilizam água

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

Câmaras da Amadora, Azambuja, Cascais, Mafra, Odivelas, Oeiras, Loures, Vila Franca de Xira e Sintra estão a diminuir as regas e a reutilizar a água usada nos espaços públicos.

Os municípios da Grande Lisboa estão a diminuir as regas e a reutilizar a água usada nos espaços públicos para reduzir o consumo face à seca no território, mas não tencionam cortar no abastecimento às populações.

Contactadas pela agência Lusa, as Câmaras da Amadora, Azambuja, Cascais, Mafra, Odivelas, Oeiras, Loures, Vila Franca de Xira e Sintra explicaram que têm sensibilizado a população para consumir menos água, reutilizar a água em fontes, lavagens e regas, e diminuíram a sua utilização em serviços camarários. Destacam a rega de espaços verdes realizada em menos locais, mais intervalada e à noite.

Em Loures (PS), existe um plano de contingência para situações de seca, tendo em conta as circunstâncias atuais, determinando, entre outras medidas, o “reforço de piquete” para acelerar reparações de rutura na rede de água, o aumento de “estilha de pinheiro nos espaços verdes” e “estudo de limites de consumo desejáveis, em caso de necessidade, para os diferentes tipos de consumidores”.

O executivo de Oeiras (IN-OV) sublinha que, nos espaços verdes do concelho, recorre a “captações tradicionais de água para a rega”, “espécies vegetais bem adaptadas” e a uma cobertura própria do solo que “conserva a humidade” e evita “o aparecimento de ervas daninhas”.

Em Odivelas (PS), o vereador João António explicou que têm um projeto-piloto em que a rega de alguns espaços do concelho é controlada por wi-fi, atuando de acordo com as plantas e com o solo, e que o concelho terá até ao final do ano um plano de mitigação contra as alterações climáticas, a juntar ao plano de adaptação já existente.

na Amadora (PS), o vereador Vítor Ferreira referiu um trabalho com as Águas do Tejo Atlântico “para a reutilização da água na limpeza das ruas e com a EPAL para aproveitar desperdícios do Aqueduto das Águas Livres em reservatórios para o sistema de rega em jardins públicos”.

Seguindo o plano municipal do uso inteligente da água, o município de Cascais (PSD/CDS-PP) planta “espécies adaptadas a clima seco” para reduzir a rega e aproveita águas subterrâneas e pluviais nos espaços verdes, alguns deles que estão a ser transformados em prados de sequeiro, “que seguem o ciclo da Natureza e, por isso, não necessitam de rega”.

A adaptação de plantações ao clima seco também será seguida na Azambuja, explicou o presidente da Câmara, Silvino Lúcio (PS), acrescentando que a água não potável usada em lavagens, regas e pelos bombeiros vêm de furos abertos recentemente no Parque Ambiental de Aveiras de Baixo.

Em Vila Franca de Xira (PS), o futuro dos espaços verdes passa também por espécies autóctones e foram instalados redutores de caudal nos duques de infraestruturas desportivas, assim como distribuídos a mais de quatro mil alunos das escolas do concelho parara instalarem nas torneiras de casa.

No município de Mafra também foram colocados redutores de caudal em edifícios públicos, detalhou o presidente da autarquia, Hélder Sousa Silva (PSD), acrescentando que, nos últimos anos, tem investido nas condutas de água para evitar perdas por ruturas, percentagem que atualmente se situa nos 16%, e que tenciona avaliar as captações hídricas espalhadas pelo concelho para que possam servir como “reservas”.

O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta (PS), realçou que 6% das águas residuais do concelho são reaproveitadas (a média nacional é 1%) e que o objetivo é chegar “rapidamente” aos 15%, admitindo ainda que as fontes ornamentais que não utilizam sistemas de recirculação de água podem vir a ser desligadas.

Cascais e Sintra têm ainda nos seus planos centrais de dessalinização para o consumo de água de uso doméstico, assim como Mafra, que propõe o seu projeto de Recuperação e Resiliência ( PRR ), mas que não foi selecionado ao momento.

Desde 2019 que os municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) subscrevem o Plano Metropolitano para as Alterações Climáticas. Ou seja, um conjunto de documentos que identifica impactos climáticos e vulnerabilidades na AML, e propõe uma adaptação e uma resposta conjunta dos concelhos a diversos problemas ambientais.

A albufeira de Castelo de Bode, a principal fornecedora de água em Lisboa, apresentava em julho uma quota de 68,1%, um valor inferior à média para essa altura do ano, que ronda os 80%. De acordo com informações do Governo divulgadas a 24 de agosto, existem 49 albufeiras com água a menos de 40% da capacidade e quatro abaixo de 20%.

Com o país em situação de seca severa e extrema, choveu praticamente metade do que seria normal desde outubro de 2021, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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IL discorda da solução alemã de utilizar “lucros extraordinários” para reduzir faturas

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

“Um liberal não pode estar de ânimo leve a admitir que haja interferências no mercado, quer quando as coisas correm inesperadamente bem às empresas, quer quando correm inesperadamente mal”, disse.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo, discordou esta segunda-feira da utilização dos “lucros extraordinários” das empresas de energia para reduzir a fatura dos consumidores, como foi anunciado no domingo pelo governo alemão.

João Cotrim Figueiredo considerou que “sempre que um Estado decide tributar aquilo que se considera lucros extraordinários, algo extraordinariamente difícil de definir, fica imediatamente aberto a ter que apoiar empresas que tenham prejuízos extraordinários, que é outro conceito difícil de definir”.

“Um liberal não pode estar de ânimo leve a admitir que haja interferências no mercado, quer quando as coisas correm inesperadamente bem às empresas, quer quando correm inesperadamente mal”, declarou João Cotrim Figueiredo, à margem de uma visita que realizou à Nelo, empresa de caiaques e canoas de alto desempenho, localizada em Vila do Conde (Porto).

Cotrim Figueiredo comentava a decisão anunciada no domingo pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, de que o seu governo germânico, de que os liberais fazem parte, pretende usar os lucros excecionais (‘windfall profits’) das empresas de energia para reduzir a fatura energética dos consumidores.

O líder da IL exemplificou que o seu partido não seria favorável à “intervenção” do Governo português na banca quando decidiu injetar 20 mil milhões de euros para apoiar vários bancos” no passado recente. “No momento em que foi necessário” intervir na banca em Portugal” e onde se “injetaram mais de 20 mil milhões de euros nos vários bancos que tiveram problemas, a IL não seria favorável a essa intervenção, porque os prejuízos eram privados e, portanto, deviam ter sido resolvidos privadamente”, afirmou.

Segundo João Cotrim Figueiredo, em alturas de emergência, é preciso “ter muito cuidado para não ter precedentes e não abrir a porta a questões e problemas que mais tarde se tornam ainda mais difíceis de fazer com que Portugal se desenvolva”. A Nelo, empresa que emprega cerca de 200 trabalhadores, registou em 2021 um volume de negócios na “ordem dos 10 milhões de euros” e para este ano o volume de negócios estimados é idêntico”, adiantou à Lusa Manuel Ramos, presidente da empresa.

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MP pede redução e suspensão parcial da coima do Montepio no caso PT

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

O Ministério Público pediu hoje ao Tribunal da Concorrência que pondere a redução e suspensão parcial da coima aplicada ao Montepio Geral. Para um dos ex-administradores pede apenas a admoestação.

O Ministério Público pediu hoje ao Tribunal da Concorrência que pondere a redução e suspensão parcial da coima aplicada ao Montepio Geral e a suspensão parcial das dos ex-administradores visados por incumprimentos nos investimentos em dívida da PT Finance.

Nas alegações finais do julgamento dos recursos às coimas aplicadas pelo Banco de Portugal, interpostos junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), pelo seu ex-presidente António Tomás Correia e pelos ex-administradores Jorge Barros Luís e João Neves, o procurador Paulo Vieira admitiu que, no caso deste último, a coima passe a admoestação.

A CEMG, multada pelo Banco de Portugal em 475.000 euros pela prática de sete contraordenações (CO) a título doloso, veio, durante o julgamento, a desistir do recurso a uma delas, pagando a coima respeitante, no valor de 100.000 euros, o que o Ministério Público (MP) entende que deve ser tido em conta na ponderação final do Tribunal.

Para o Procurador, perante a desistência parcial do recurso, a coima deve baixar para os 350.000 euros e ser suspensa parcialmente em 250.000 euros, tendo em conta o papel social e os maus resultados financeiros da CEMG.

Considerando que os factos em causa no processo ocorreram essencialmente há oito anos, e que os administradores visados já não exercem funções, ficando mitigada a prevenção especial, Paulo Vieira afirmou que a suspensão parcial das coimas que lhes foram aplicadas se revela justa.

No processo está em causa, nomeadamente, o investimento em duas obrigações ‘Credit Linked Notes’ (CLN) emitidas, uma pelo Crédit Agricole e outra pela Morgan Stanley, sobre a Portugal Telecom International Finance (PTIF), no montante total de 75 milhões de euros, às quais estavam agregados contratos de ‘swaps’ de risco de incumprimento (Credit Default Swap, CDS), no mesmo valor, em que a CEMG assumia a proteção da emitente.

Em outubro de 2021, o Banco de Portugal multou a CEMG em 475.000 euros, António Tomás Correia em 70.000 euros, por quatro infrações (três a título negligente e um doloso) e os ex-administradores Jorge Barros Luís (50.000 euros por três contraordenações a título negligente) e João Neves (25.000 euros por uma a título negligente).

Na sua decisão, o BdP considerou, nomeadamente, que o investimento nas duas CLN gerou uma exposição elevada ao risco de crédito dos emitentes e à PTIF, no montante de 75 milhões de euros, e que as características muito particulares destas operações exigiam dos diversos intervenientes um cuidado diferenciado.

Considerando que os factos constantes na decisão recorrida foram dados como provados durante o julgamento iniciado no passado dia 04 de maio no TCRS, Paulo Vieira afirmou que, à data dos factos, não se adivinhava que a Portugal Telecom iria entrar numa situação difícil e salientou que foi a CEMG a perder o investimento realizado.

O procurador realçou que João Neves, assim que tomou conhecimento do investimento em causa no processo, tomou iniciativas para tentar corrigir a situação, pelo que não se oporá a uma eventual admoestação por parte do Tribunal.

O julgamento prossegue à tarde com as alegações do Banco de Portugal e do mandatário de Jorge Barros Luís.

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OPEP corta produção de petróleo em 100 mil barris por dia. Cotação sobe mais de 3%

O cartel concordou em reduzir a oferta de crude em cerca de 100 mil barris por dia em outubro, retomando os níveis de agosto. Perante este anúncio, cotações do "ouro negro" avançam mais de 3%.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu cortar a oferta de crude em cerca de 100 mil barris por dia a partir de outubro, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês). Com esta decisão, a produção retoma aos níveis de agosto.

O acordo foi alcançado esta segunda-feira, sendo que este corte simbólico insere-se numa tentativa de estabilizar os mercados globais, dado que a atual incerteza económica provocou uma queda de preços do “ouro negro” em dois anos.

Neste contexto, em outubro o cartel vai reduzir a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris por dia, retomando os níveis de produção de agosto. Para este mês de setembro, a OPEP tinha concordado aumentar a produção em 100 mil barris por dia, na sequência do pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos.

Perante este anúncio, as cotações de petróleo nos mercados internacionais estão a ganhar força. Pelas 14h18 de Lisboa, o barril de Brent, que serve de referência para as importações nacionais, avançava 3,64% para 96,38 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, somava 3,3% para 89,74 dólares

Apesar de este corte ser “inconsequente em termos de volume, existe para enviar o sinal de que a OPEP+ está de novo em ‘price-watch mode“, sublinha Bill Farren-Price, especialista em petróleo e gás na Enverus, em declarações à Bloomberg. Recorde-se que na passada sexta-feira os líderes do G7 aprovaram um acordo para impor um limite máximo às compras de petróleo proveniente da Rússia.

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, que os preços do petróleo têm estado sob alta volatilidade, tendo chegando a cotar acima dos 120 dólares por barril em março. Os receios relativos a uma recessão global, os constrangimentos na oferta, provocados pelo embargo ao petróleo russo, e outros fatores têm condicionado os preços em ambos os sentidos.

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Espanha mantém pensões indexadas à inflação e cria subsídio para empregadas domésticas

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

Espanha vai manter a atualização das pensões indexada à inflação e o governo vai aprovar a garantia do subsídio de desemprego para empregadas domésticas.

Espanha vai manter a atualização das pensões indexada à inflação e o governo vai aprovar na terça-feira a garantia do subsídio de desemprego para empregadas domésticas, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Sobre o subsídio de desemprego para pessoas que fazem trabalhos domésticos, Sánchez disse que se trata de “acabar com uma injustiça absolutamente inaceitável“, de responder a um apelo com “bastantes anos” da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e de cumprir uma promessa do Governo espanhol para este mandato.

O líder do Governo de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, fez o anúncio durante uma iniciativa nos jardins do Palácio da Moncloa, sede do Executivo, em Madrid, em que respondeu a questões de cidadãos, momento com que pretendeu marcar o arranque do novo ano político, depois das férias do verão. Sánchez garantiu que nesta legislatura, que termina no final de 2023, o Governo continuará a adotar medidas para a “dignidade laboral e a dignidade salarial”.

Neste contexto, reafirmou o objetivo de o salário mínimo nacional ser 60% do salário médio em Espanha e disse que a atualização das pensões se manterá indexada à inflação, que disparou nos últimos meses e em Espanha está acima dos 10%.

A “dignidade laboral” também contribui para alimentar o sistema de pensões e para o equilíbrio da segurança social, defendeu, explicando que com maiores salários, há também maiores descontos dos trabalhadores. O salário mínimo em Espanha são 1.000 euros e o salário médio bruto em 2021 foi 1.751 euros.

Sánchez disse ser “preciso reconhecer” que a resposta à crise energética e à crise inflacionista atual, tal como aconteceu com a pandemia de covid-19, “pode ser perfeitamente diferente” daquela que foi dada à crise financeira, quando “milhões de pessoas foram condenadas a trabalhos pobres” e houve uma “descapitalização do mercado de trabalho” com a emigração a que foram “obrigados” milhares de jovens qualificados.

“Espanha não pode reeditar, no meu entender essas políticas erradas”, defendeu.

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Paulo Valério: “não há advogados de primeira nem de segunda!”

Paulo Valério apresentou formalmente a sua candidatura a bastonário da Ordem dos Advogados no Salão Nobre da instituição, em Lisboa.

“A toga é uma responsabilidade”, explicou o candidato a bastonário e sócio da Valério, Figueiredo & Associados, Paulo Valério, na sua apresentação formal da candidatura, em Lisboa.

“A principal responsabilidade que sinto é a de trazer para as eleições as discussões que há muitos anos não são feitas. Seria fácil dizer que quero unir os advogados e dignificar a advocacia mas a advocacia tem e se deixar de concursos de simpatia e perfil”, disse o advogado. “Temos de sair deste ciclo vicioso que é não trazer para a mesa da discussão as questões que deviam estar a ser discutidas”.

Os advogados são os que estão nas sociedades, os do apoio judiciário, os em prática individual, os advogados de empresa. “Agora já não somos uma minoria privilegiada, hoje a situação é bem diferente. Estamos com um problema de credibilidade e temos de saber credibilizar-nos enquadrando todas estas realidades que existem na advocacia”. Hoje, os advogados são mais de 35 mil.

Pegando no ponto do acesso ao direito e das defesas oficiosas, Paulo Valério defendeu que “temos de resistir à tentação de dividir entre o “bem e o mal”, e perceber que não “há advogados nem primeira nem de segunda linha”, defendeu o advogado. Propondo uma reforma de fundo no apoio judiciário, nomeadamente com o modelo da defensoria pública.

Foi em junho que o sócio da Valério, Figueiredo & Associados anunciou a sua candidatura a bastonário da Ordem dos Advogados. O advogado assumiu os objetivos da corrida à liderança da OA “sem calculismo eleitoral, sem medo das palavras e sem infantilizar os advogados, em cuja inteligência e generosidade confio”.

Não venho para engrossar o desfile de discursos cinzentos que marca, anualmente, a abertura do ano judicial. E também não me candidato para impor insígnias numa longa carreira. A advocacia debate-se com importantes desafios e eu sei que tenho hoje a vontade e a energia para os cumprir que não sei se terei daqui a vinte anos”, começou por anunciar na sua página do LinkedIn.

O advogado anunciou cinco objetivos claros com a sua candidatura: defensor público para os mais desfavorecidos, previdência justa e solidária, remuneração obrigatória dos advogados estagiários, proteção laboral dos advogados associados e transição digital na advocacia.

“É injusto que as advogadas e os advogados não sejam protegidos na doença ou na parentalidade. É inaceitável um modelo em que a base da pirâmide se limite a financiar as pensões de reforma de quem está no topo, sem acesso a proteção social adequada”, refere o advogado relativamente ao objetivo da previdência justa e solidária.

Para Paulo Valério, a transição digital já chegou à advocacia. “Mas não é justo que só as grandes sociedades possam fazer este investimento. Por isso, é de elementar justiça que a Ordem conceba e financie uma solução de software, que permita o acesso de todos os advogados a ferramentas digitais, procurando, assim, que ninguém fique para trás”.

“Lendo o discurso de sucessivos Bastonários e candidatos a Bastonário, todos querem credibilizar e unir a advocacia, mas não apontam caminhos concretos para o fazer. Pelo contrário: as eleições na Ordem dos Advogados são o momento da divisão por excelência. Acredito que tenho um caminho. E esse caminho é um caminho natural: a Justiça. Justiça no modo como nos tratamos uns aos outros – advogados e advogadas, ricos e pobres, jovens e menos jovens, lisboetas ou beirãos. Justiça no modo como servimos os mais desfavorecidos. Justiça na intervenção social”, concluiu.

António Jaime Martins, o atual bastonário Luís Menezes Leitão, Fernanda de Almeida Pinheiro, Paulo Pimenta e Rui Silva Leal também já formalizaram a intenção de ir a votos pela liderança da OA. O ato eleitoral está marcado para novembro de 2022.

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Quase 90% das famílias já têm banda larga fixa

  • Lusa
  • 5 Setembro 2022

No final do primeiro semestre, 87,4% dos acessos de banda larga fixa eram de banda larga ultrarrápida.

Mais de 89% das famílias dispunham de banda larga fixa no final do primeiro semestre, uma subida de 2,9 pontos percentuais face a igual período do ano passado, divulgou esta segunda-feira a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

“No final do primeiro semestre de 2022, a taxa de penetração dos clientes residenciais de banda larga fixa foi de 89,2% por 100 famílias, mais 2,9 pontos percentuais do que no mesmo período do ano anterior”, indicou, em comunicado, a Anacom. Em comparação com a primeira metade de 2021, verificou-se uma subida de 153.000 acessos de banda larga fixa, ou mais 3,6% para 4,4 milhões.

Por tipo de acesso, destaca-se a fibra ótica, com 61,9% do total, mais 4,2 pontos percentuais do que no período homólogo. No último ano, o número de acessos suportados pela fibra ótica aumentou 11,2%, ou seja, em 274.000. Por sua vez, os acessos em redes de televisão por cabo cederam 0,5%, enquanto os acessos fixos suportados por redes móveis recuaram 7,4%. Os acessos ADSL perderam 30,8%, “substituídos por acessos de nova geração”.

Segundo o regulador, no final do primeiro semestre, 87,4% dos acessos de banda larga fixa eram de banda larga ultrarrápida, um crescimento de 4,2 pontos percentuais face ao ano anterior. “Em julho de 2021, Portugal era o quarto país com maior proporção de acessos com velocidades de ‘download’ iguais ou superiores a 100 Mbps” (megabites por segundo), acrescentou.

No período em análise, o tráfego total de internet em banda larga fixa aumentou 1,1%, “ultrapassando o máximo histórico verificado no período pandémico e atingindo o dobro dos níveis pré-pandemia (último semestre de 2019)”. O tráfego médio mensal por acesso atingiu os 240 Gigabytes (GB), menos 2,5% do que no mesmo período de 2019.

A pandemia deixou, no primeiro semestre, de ter impacto no tráfego médio por acesso, apontou o regulador, notando que se retomou uma tendência de crescimento verificada no período antes da covid-19.

A Anacom assinalou ainda que nos mercados do serviço de acesso à internet em banda larga fixa estão presentes, “com quotas de subscritores relevantes”, a Meo (40,8%), NOS (34,2%), Vodafone (21,5%) e a Nowo (3,1%). A Vodafone foi o prestador que viu a sua quota a registar, neste período, um maior aumento (0,5 pontos percentuais), enquanto a Meo foi o que captou mais clientes em termos líquidos, com um aumento de quota em 0,1 pontos percentuais.

As quotas do grupo NOS e da Nowo baixaram, respetivamente, 0,4 e 0,3 pontos percentuais. Em termos de quotas de tráfego de banda larga fixa, a Meo situou-se nos 41,7%, seguida pelo grupo NOS (30,1%), Vodafone (24,6%) e Nowo (1,9%).

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Rui Patraquim é o novo diretor de desenvolvimento de negócio da Mastercard em Portugal

O profissional, que reportará a Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, passa integrar a equipa de IMK (Mercados Internacionais).

A Mastercard escolheu Rui Patraquim para o cargo de diretor de desenvolvimento de negócio da empresa em Portugal. O profissional, que reportará a Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, passa integrar a equipa de IMK (Mercados Internacionais), na qual terá a missão de identificar as oportunidades de expansão das soluções e serviços globais da Mastercard com as necessidades específicas do mercado nacional.

“Fazer parte da Mastercard em Portugal é uma oportunidade fantástica. A Mastercard é a empresa global de tecnologia líder na indústria de pagamentos, com uma equipa extraordinária à qual vou poder juntar a minha experiência e os meus skills. A Mastercard está em permanente evolução, com uma aposta muito forte em inovação e com desafios novos todos os dias, o que eleva a fasquia da exigência, mas também da motivação para continuarmos a transformar a indústria de pagamentos e servirmos melhor o país, as empresas e os cidadãos em Portugal”, refere Rui Patraquim, em comunicado.

O novo diretor de desenvolvimento de negócio tem mais de 20 anos de experiência no setor dos pagamentos. Começou a sua carreira na consultoria, sendo convidado a integrar a SIBS, em 2008, como gestor de produto passando, mais tarde, a diretor de vendas. Em 2014 transitou para a PT Pay, como diretor-geral. Durante os últimos anos, trabalhou na MeaWallet e, mais recentemente, na Kevin. A nível académico, Rui Patraquim é licenciado em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico e detém um MBA Executivo pelo ISCTE.

“A entrada de Rui Patraquim para o cargo de Diretor de Desenvolvimento de Negócio constitui uma importante mais-valia para a Mastercard em Portugal. A sua experiência na indústria de pagamentos e o seu profundo conhecimento do mercado são um ativo muito relevante e que será muito importante no desenvolvimento das relações com os nossos parceiros e clientes”, comenta Maria Antónia Saldanha.

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