Saiba como mudar de comercializador de energia

Oferta mais diversificada e autonomia para definição de preços são alguns dos fatores que diferenciam o mercado livre da eletricidade em Portugal do regulado. Saiba como mudar de comercializador.

Numa altura em que o aumento de preços da eletricidade tem espoletado discussão pública, com o presidente da Endesa em Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, ter alertado que poderiam verificar-se subidas na ordem dos 40%, saiba que fazer a transição de um comercializador para o outro não lhe pesará nos bolsos nem lhe ocupará muito tempo. Na verdade, o processo é relativamente simples e pode fazê-lo as vezes que quiser, sem qualquer prejuízo. O Eco/Capital Verde explica-lhe como, com base em informação disponibilizada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Como inicio a mudança?

Se está insatisfeito com o que paga de eletricidade e está a considerar mudar, saiba que o pode fazer tanto do mercado livre para o regulado, como ao contrário. Mas em todo o caso, o primeiro passo será sempre consultar a oferta existente no mercado. Deve pedir propostas de preços, e outras condições, aos comercializadores, e comparar a oferta entre cada um. Pode também proceder à comparação das tarifas no simulador de preços da ERSE. Neste momento existem quase 50 comercializadores de eletricidade no mercado livre em Portugal, enquanto 13 comercializadores integram o mercado regulado, de acordo com a lista disponibilizada pelo regulador.

Quando for a comparar a oferta, lembre-se que o preço não é o único fator que determina uma boa escolha. Os serviços adicionais incluídos, por exemplo, seguros ou assistência técnica, as modalidades de faturação e cobrança, eventuais promoções e descontos também devem pesar na sua decisão, recomenda a ERSE. Para ser mais fácil, pode pedir uma ficha contratual padronizada de cada oferta comercial.

Como rescindo o contrato antigo?

Feita a escolha e analisados todos os custos e benefícios, deve proceder à celebração de um novo contrato. O novo comercializador trata de todos os procedimentos necessários para concretizar a mudança, incluindo a rescisão do contrato com o anterior fornecedor. Da sua parte, serão necessários apenas os seus dados pessoais.

Quanto tempo demora?

Na maioria dos casos, explica a ERSE, a transição demora entre cinco a três semanas, mas pode também pedir uma data que lhe seja mais conveniente, por exemplo a meio do mês. A partir dessa data, o novo comercializador começa a cobrar-lhe a fatura da eletricidade enquanto o antigo enviar-lhe-á uma fatura com os acertos. Por exemplo, se celebrou um novo contrato a 15 de agosto, a nova oferta só lhe começará a ser cobrada a partir desse dia, enquanto a primeira quinzena do mês ser-lhe-á cobrada pelo antigo comercializador.

Quantas vezes posso mudar?

As vezes que quiser. Por normalmente não haver fidelização tanto no mercado regulado como no livre, o cliente é livre de acompanhar a evolução do mercado, analisando as várias ofertas disponíveis e mudando sempre que lhe for mais conveniente. Basta entrar em contacto com a empresa que pretende contratar e facultar os dados, como nome, comprovativo de morada, IBAN (se optar pelo débito direto) e a última fatura do serviço contratualizado atualmente.

Estou fidelizado ao meu contrato. Posso mudar?

Sim, mas se rescindir o contrato antes do fim do período de finalização pode ter que pagar uma penalização.

Caso o seu contrato inclua um período de fidelização, ou a proposta do novo comercializador assim o sugira, saiba que deve estar sempre associada a atribuição de uma vantagem ou de um benefício, por exemplo, um desconto. Esse período de fidelização não se renova automaticamente: tem de aceitar expressamente um novo período de fidelização com base numa nova vantagem.

O contrato deve referir expressamente se existe um período de fidelização e, existindo, qual a penalização (ou forma de cálculo) a pagar se quiser pôr fim ao contrato antes da duração prevista. O período de fidelização nos contratos com consumidores não pode ser superior a 12 meses.

Tenho de fazer um contrato para a eletricidade e outro para o gás natural?

Não necessariamente. Alguns fornecedores têm ofertas comerciais “dual” ou “duais”, que incluem serviços de eletricidade e de gás natural no mesmo contrato. Compare as diferentes propostas – pode, novamente, recorrer a um simulador – e confirme se tem mais vantagens na contratação dos dois serviços em conjunto ou em separado.

Mercado regulado e mercado livre? Qual é a diferença?

O mercado livre de energia surgiu em 2006, com o objetivo de reduzir custos de eletricidade, melhorar a oferta e simplificar os processos, pois promove a entrada de novos atores no mercado e consequentemente a concorrência. Regendo-se pelas regras da concorrência, a lei e o Regulamento das Relações Comerciais, os comercializadores de energia têm autonomia para definirem os preços e as condições comerciais neste tipo de mercado.

No mercado livre, o número de opções de fornecimento de energia é superior. Por conseguinte, torna-se mais concorrencial. Isto deve refletir-se em preços mais atrativos, melhores condições ou até num maior cuidado na qualidade de serviço. Já o mercado regulado de energia, que foi o primeiro a surgir e, durante vários anos, foi mesmo o único em Portugal, está sob a responsabilidade da ERSE, que o regula, tendo poder tanto para subir como baixar os preços.

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Sumol + Compal vai recrutar num open day a 10 de agosto

A ação de recrutamento decorre no dia 10 de agosto entre as 11h00 e as 13h00, nas instalações da S+C, em Pombal. As inscrições estão abertas.

A Multitempo by Jobandtalent vai realizar um open day de recrutamento para a Sumol+Compal (S+C), de forma a preencher várias vagas da empresa. Operador de armazém, operador de produção, operador de manutenção, motorista de pesados articulados e analista de qualidade alimentar são as funções procuradas. A ação de recrutamento decorre no dia 10 de agosto entre as 11h00 e as 13h00, nas instalações da S+C, em Pombal. As inscrições estão abertas.

“A S+C é uma empresa que atua em toda a cadeia de valor — desde as matérias-primas à sua transformação, passando pela logística e distribuição, retalho e consumidor final –, pelo que acreditamos que estas vagas são excelentes oportunidades para o ingresso ou reentrada no mercado de trabalho”, afirma Marília Pires, recruitment coordinator da Multitempo by Jobandtalent, em comunicado.

Os requisitos variam consoante cada função, valorizando-se a experiência profissional nas áreas indicadas, a disponibilidade para trabalhar em regime de turnos, meio de transporte próprio e escolaridade mínima ao nível do 9.º ano.

O open day destina-se a todos aqueles que procuram trabalho numa unidade industrial e queiram conhecer de perto a S+C. Os candidatos terão oportunidade de conhecer as instalações da empresa, as suas equipas e o processo de trabalho dos diversos departamentos.

As inscrições para o evento decorrem até 8 de agosto através do preenchimento deste formulário.

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Chega quer chamar Galamba, ERSE e Endesa ao parlamento

  • Lusa
  • 2 Agosto 2022

O requerimento terá ainda de ser votado em comissão e, se for aprovado, a audição destas entidades deverá acontecer quando os deputados voltarem ao parlamento.

O Chega vai propor a audição no parlamento da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), da Endesa e do secretário de Estado da Energia, e acusou o primeiro-ministro de “ameaçar” uma empresa privada. “O Chega vai ainda hoje chamar de urgência ao parlamento o presidente da ERSE, o presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, e o Secretário de Estado João Galamba para darem explicações tão urgentes quanto possível desta situação”, anunciou o presidente do Chega.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura afirmou que quando o mecanismo ibérico foi anunciado, foi dito que “seria uma grande vantagem para os consumidores portugueses, e de facto, o mecanismo ibérico permitiu durante algum tempo um certo travão no crescimento dos preços, só que este mecanismo ibérico tem um custo e esse custo será repercutido para o futuro”.

Com os trabalhos da Assembleia da República suspensos para férias, retomando em setembro, o líder do partido de extrema-direita indicou que “comunicará ainda hoje com o presidente da Assembleia da República para lhe dar nota deste pedido de urgência de uma reunião parlamentar sobre esta situação”. Este requerimento terá ainda de ser votado em comissão e, se for aprovado, a audição destas entidades deverá acontecer quando os deputados voltarem ao parlamento.

Sobre o despacho do primeiro-ministro que determina que os serviços do Estado não podem pagar faturas da Endesa sem validação prévia do secretário de Estado do Ambiente e da Energia, Ventura considerou que constitui “uma ameaça” a uma empresa privada e uma “atitude abusiva”. “Esta atitude venezuelana de António Costa e do Governo socialista mostra bem o tipo de Governo com que estamos a lidar”, criticou.

Na ótica do Chega, a “única solução” para contornar o aumento de preços da energia passa pela diminuição do IVA para a taxa mínima, de 6%. André Ventura pediu também a intervenção do Presidente da República, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa “não pode deixar passar em claro esta situação”.

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Governo cria grupo para acelerar concessão de vistos

  • Lusa
  • 2 Agosto 2022

Grupo deverá propor medidas para reforçar os recursos humanos nos postos consulares com maior número de pedidos de vistos e avaliar a necessidade de colocação de elementos do SEF e IEFP.

O Governo criou o “Grupo de coordenação e acompanhamento para a agilização dos vistos”, de acordo com um despacho da Presidência do Conselho de Ministros, publicado hoje em Diário da República.

A decisão tem em conta “a necessidade de organização de fluxos regulares, seguros e ordenados de migrações, o combate à migração ilegal e ao tráfico de seres humanos a ela associado, assim como a regulação e agilização de condições para a entrada e permanência de cidadãos em Portugal”, indica o despacho.

São objetivos do grupo criado simplificar processos relativos aos pedidos de visto para tornar mais rápida a sua concessão e “acompanhar todo o processo de circuito de vistos”.

O grupo de trabalho deverá ainda propor medidas para reforçar os recursos humanos nos postos consulares com maior número de pedidos de vistos e avaliar “a necessidade de colocação de elementos do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e IEFP, I. P. (Instituto do Emprego e da Formação Profissional), nos postos mais sujeitos a pressão”.

O despacho refere ainda ser “missão” daquele grupo “estabelecer um canal de comunicação permanente entre as entidades, das distintas áreas governativas, envolvidas nos processos de visto”.

Integram o Grupo de coordenação e acompanhamento para a agilização dos vistos representantes da Direção-Geral dos Assuntos Consulares – que o coordena, sob orientação do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas – do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Alto Comissariado para as Migrações, I. P., do Instituto do Turismo de Portugal, I. P, do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P. do Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, I. P. (IMPIC, I. P.) e do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral.

“Tem, igualmente, assento no Grupo um elemento de cada gabinete das referidas áreas governativas”, segundo o ofício.

O despacho entra em vigor na quarta-feira e os membros do grupo de trabalho devem ser designados no prazo de cinco dias úteis após esta data.

Os participantes não têm direito a qualquer prestação pelo trabalho no grupo, que “deve apresentar trimestralmente um relatório ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que o partilhará com as restantes áreas governativas”.

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Consumo de energia sobe 7,2% e bate recorde diário em julho

No dia 13 de julho, considerado o quinto mês mais quente de sempre, o consumo de energia bateu máximos em Portugal em período de verão.

O consumo de energia elétrica em Portugal aumentou 7,2% no mês de julho, face ao período homólogo, impulsionado pelas temperaturas acima dos valores normais que se fizeram sentir.

Segundo um comunicado divulgado esta terça-feira pela Redes Energéticas Nacionais (REN), no dia 13 desse mês, considerado o quinto dia mais quente de sempre, registou-se mesmo o consumo diário mais elevado de sempre em Portugal em período de verão: 163,5 gigawatts por hora (GWh), ultrapassando o anterior máximo, registado em 2010. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis registou-se um crescimento homólogo mensal de 4,9%.

De acordo com a nota divulgada, nos primeiros sete meses do ano, o consumo de energia cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 3,5%, ou 3,3% com correção da temperatura e dias úteis.

Produção renovável e não renovável responsáveis pelo abastecimento do consumo

Olhando para as várias fontes de energia, a REN informa que em julho o regime hidroelétrico continuou seco, com um índice de produtibilidade de 0,30 (média histórica de 1), “embora este valor tenha pouco significado porque se trata de um período do ano em que as afluências são praticamente nulas”, esclarece o documento. Em linha com o baixo nível da produção hidroelétrica, surge a produção eólica “também abaixo dos valores médios”, registando 0,88 (média histórica de 1), enquanto nas fotovoltaicas foi mais favorável com 1,08 (média histórica de 1). Segundo a REN, a produção renovável abasteceu 36% do consumo, a produção não renovável 35%, enquanto os restantes 29% corresponderam a energia importada.

A REN informa que durante o mês de julho, o mercado de gás natural voltou a registar uma evolução mensal homóloga positiva, 5,4%, devido ao comportamento do segmento de produção de energia elétrica que cresceu 38%. No segmento convencional mantém-se a tendência de quebra, com uma variação mensal homóloga negativa de 14,8%. O aprovisionamento do sistema nacional mantém-se quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines.

Já no período de janeiro a julho, o consumo de gás natural manteve-se praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior, registando uma queda marginal de 0,3%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 47% no segmento de produção de energia elétrica.

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Atlantica fechou o primeiro semestre com 544 milhões de euros

  • Europa Press
  • 2 Agosto 2022

Durante o primeiro semestre de 2022, a Atlantica aumentou em 4,7% as suas receitas e em 3,7% o EBITDA. Ao todo, a empresa fechou os primeiros seis meses do ano com 544 milhões de euros.

A Atlantica Sustainable Infrastructure fechou o primeiro semestre do ano com receitas de cerca de 544,4 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior, noticia a Europa Press.

Durante os primeiros seis meses do ano, a empresa registou um lucro de 4 milhões de euros, em comparação com uma perda de 6,7 milhões de euros para o mesmo período em 2021.

Também aumentou o seu lucro operacional bruto (Ebitda) em 3,7% em relação ao ano anterior para 394,4 milhões de euros e gerou um fluxo de caixa disponível para distribuição de 115 milhões de euros, mais 6,7%.

Além disso, o conselho de administração da Atlantica aprovou um dividendo trimestral de cerca de 0,44 euros por ação, que está programado para ser pago a 15 de Setembro.

Também a produção da carteira de energias renováveis do grupo conseguiu aumentar as receitas no primeiro semestre de 2022, nomeadamente 33,5% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, principalmente devido à contribuição de investimentos recentes.

A empresa também continuou o seu ritmo de investimento planeado e investiu cerca de 100 milhões de euros até agora. De acordo com a Atlantica, uma parte significativa destes investimentos é o resultado de uma maior concentração da empresa no crescimento através do desenvolvimento e construção de novos projetos.

Em julho passado, a empresa fechou um acordo de 12 anos que lhe irá permitir construir uma subestação e uma linha de transmissão para servir uma nova mina na América do Sul. Espera-se que a subestação esteja operacional em 2024 e que o investimento seja de aproximadamente 11 milhões de euros.

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Centro Hospitalar Lisboa Norte reconhece falta de enfermeiros e tenta recrutar

  • Lusa
  • 2 Agosto 2022

37 enfermeiros da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital de Santa Maria pediram esta semana escusa de responsabilidades. entidade está a recrutar enfermeiros.

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte anunciou esta terça-feira que estão a decorrer dois processos de recrutamento de enfermeiros, na sequência da queixa de falta de recursos humanos nos Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital Santa Maria.

Todos os 37 enfermeiros da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) do Hospital de Santa Maria pediram esta semana escusa de responsabilidades, alegando que a escassez de profissionais “faz perigar a segurança dos bebés internados”.

A enfermeira diretora do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Ana Paula Fernandes, disse à Lusa que estão a decorrer processos de recrutamento de enfermeiros e que o problema se prende com a falta de “oferta de enfermeiros no mercado para contratar”. “Não temos limitação na contratação”, afirmou, admitindo que o ideal seria contratar “cerca de cem” enfermeiros, número que “corresponde aos profissionais que têm vindo a sair”.

Segundo Ana Paula Fernandes, alguns saíram para outras unidades hospitalares, enquanto outros emigraram: “Neste momento, temos muitos enfermeiros a emigrar outra vez”. Estes cem enfermeiros iriam dar resposta às carências identificadas não apenas para a UCIN, mas em vários serviços do CHULN.

Segundo o Conselho de Administração do Centro Hospitalar, neste momento estão a decorrer “dois processos de contratação” de enfermeiros para tentar resolver um problema que não é de agora. “Durante os primeiros seis meses do ano, foi complicado (contratar) porque não há enfermeiros no mercado para contratar”, disse Ana Paula Fernandes.

No entanto, “agora vamos entrar na fase de saída de enfermeiros das escolas de enfermagem e contamos que em meados do mês e até outubro vamos conseguir recrutar enfermeiros não só para esta unidade (UCIN), mas para outros serviços do centro hospitalar, porque não é só esta unidade que precisa de reforço de equipas”. O Conselho de Administração espera conseguir reforçar “a curto prazo” os serviços, estando em curso várias ações.

“Muito em breve serão mobilizados internamente dois enfermeiros de outra unidade de pediatria, que pediram transferência, irá ser recrutado de outro centro hospitalar um enfermeiro que já tem conhecimento em neonatologia e estamos a contar com enfermeiros recém-licenciados que fizeram lá estágio para reforçar a equipa”, explicou a enfermeira diretora. Os 37 enfermeiros da UCIN de Santa Maria que pediram escusa de responsabilidade alegaram escassez de profissionais que podem fazer “perigar a segurança dos bebés internados”.

Na declaração, afirmaram que “não estão em condições de assegurar a vida e a segurança dos recém-nascidos, bem como a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados ao neonato e família, pese embora desenvolvam todos os esforços para evitar qualquer incidente ou acidente”. Ana Paula Fernandes disse compreender a posição dos enfermeiros: “É uma manifestação de preocupação o que não quer dizer que se vão recusar a prestar cuidados aos nossos recém-nascidos, porque a prestação de cuidados ficará assegurada”.

A diretora lembrou que nas duas últimas semanas, até ao passado dia 1 de agosto, saíram da UCIN “três enfermeiros, dois deles muito peritos na área”. A UCIN admite recém-nascidos a partir das 24 semanas de idade gestacional, a maioria classificados de alto risco e que carecem de cuidados altamente diferenciados e distintos, tendo capacidade para 19 recém-nascidos, distribuídos por quatro salas.

Questionada sobre o impacto do encerramento de outras maternidades nos serviços da UCIN, Ana Paula disse que o CHULN têm tido “mais grávidas”, mas esse aumento “felizmente, não se faz notar nos cuidados intensivos”.

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Lançados concursos de 1,3 milhões de euros para reabilitar estradas no concelho de Ourém

  • Lusa
  • 2 Agosto 2022

Município de Ourém lança dois concursos públicos, com preço base total de 1,3 milhões de euros, para reabilitar estradas nas freguesias de Aljustrel e de Nossa Senhora da Piedade.

A Câmara de Ourém, no distrito de Santarém, lançou dois concursos públicos, com preço base de 1,3 milhões de euros, para reabilitar estradas no concelho. Um dos concursos, de quase 480 mil euros, visa a requalificação urbana com reposição de piso em Aljustrel, na freguesia de Fátima. O outro, na ordem dos 865 mil euros, diz respeito à beneficiação viária da Estrada da Gravia, Rua da Cabiçalva e reabilitação de pontes, na freguesia sede do concelho, Nossa Senhora da Piedade.

O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, explicou à agência Lusa que no caso de Aljustrel, onde nasceram os videntes de Fátima, o objetivo é “dignificar cada vez mais a aldeia, para receber mais peregrinos”.

“É o início de uma requalificação mais global que vai incluir a criação de um parque de estacionamento para autocarros e veículos ligeiros à entrada da aldeia pela Avenida dos Pastorinhos, num terreno já adquirido pelo município, para evitar que as viaturas circulem pela aldeia”, declarou Luís Albuquerque. A obra tem um prazo de execução de 150 dias.

Além da reposição do piso, os trabalhos contemplam o enterramento de infraestruturas e a colocação de mobiliário urbano, incluindo múpis digitais.

No próximo ano, o Papa Francisco deverá deslocar-se a Fátima por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, sendo expectável um aumento de peregrinos.

Quanto ao investimento na freguesia de Nossa Senhora da Piedade, o autarca salientou que “a Estrada da Gravia, que liga a escola do Pinheiro ao Alqueidão e à Gondemaria, é talvez a estrada que está em piores condições do concelho”. Por isso mesmo, afirmou, “é uma necessidade grande e está identificada há muito tempo, mas só agora foi possível avançar”. Precisou ainda que a intervenção contempla a “reabilitação e alargamento de três pontes em zonas confinantes à via”. As obras têm um prazo de execução de 300 dias.

Segundo o presidente da autarquia, se os concursos públicos, publicados na segunda-feira em Diário da República, “não ficarem desertos e a correr normalmente”, as obras vão poder iniciar-se ainda este ano, com fundos exclusivamente municipais.

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Lisboa no vermelho em linha com a Europa

PSI encerrou no vermelho com a maioria das cotadas em queda. Galp Energia e EDP penalizaram o desempenho do índice.

A bolsa de Lisboa encerrou em terreno negativo, com a maioria das cotadas no vermelho. A GreenVolt e a EDP Renováveis registaram as maiores subidas, mas não foram suficientes para impedir o índice de cair. A Galp Energia e a EDP penalizaram Lisboa, que acabou, assim, por acompanhar as perdas do resto da Europa.

O PSI recuou 0,29% para 6.079,37 pontos, com apenas seis cotadas no verde. A GreenVolt subiu 1,81% para nove euros, enquanto a EDP Renováveis avançou 0,59% para 25,7 euros. O BCP valorizou 0,35% para 0,1437 euros.

Ainda nas subidas, destaque para os títulos da Altri, que ganharam 0,67% para 5,24 euros, enquanto a Navigator cresceu 0,46% para 3,942 euros. A REN subiu 0,72% para 2,805 euros.

No lado oposto, a penalizar o desempenho do índice, estiveram as ações da Galp Energia, que recuaram 1,44% para 9,984 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais. Destaque ainda para a EDP, que perdeu 0,5% para 4,952 euros.

A Jerónimo Martins caiu 0,44% para 22,6 euros, acompanhada pela Sonae que recuou 1,65% para 1,074 euros, representando a maior descida desta sessão.

Lisboa acompanhou, assim, a tendência de perdas do resto da Europa, no dia em que o índice de referência do Velho Continente, Stoxx-600, perdeu 0,32% para 436,08 pontos.

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Seis concelhos do Alentejo abastecidos por autotanques devido à seca

  • Lusa
  • 2 Agosto 2022

Seis concelhos do Alentejo estão a ser abastecidos por autotanques devido à seca. Em causa estão ainda perda de produtividade da origem subterrânea e a diminuição do volume de água.

O abastecimento público de água em localidades de seis concelhos, servidos pelo sistema da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), está a ser assegurado através de autotanques, devido à seca, revelou, esta terça-feira, a empresa.

Numa resposta a questões colocadas pela agência Lusa através de correio eletrónico, a AgdA indicou que o abastecimento com recurso a autotanques, que levam a água para o depósito, está a verificar-se em povoações de Aljustrel, Mértola e Moura (no distrito de Beja), Alcácer do Sal e Santiago do Cacém (Setúbal) e Montemor-o-Novo (Évora).

Segundo a empresa, destes seis concelhos, o de Mértola é o que se encontra nesta situação há mais tempo, tendo o abastecimento com autotanques tido início ainda no inverno, em fevereiro.

Segue-se o concelho de Santiago do Cacém, cujo fornecimento de água com autotanques começou em maio, enquanto em povoações de Montemor-o-Novo começou em junho e de Moura, Alcácer do Sal e Aljustrel arrancou em julho, adiantou.

A AgdA referiu que “algumas situações” justificam-se devido à “perda de produtividade da origem subterrânea ou à diminuição do volume de água captado”, notando que, nos casos reportados a julho, verificaram-se “aumentos de consumo” de água. “As situações verificadas resultam da conjugação de fatores, como a perda de produtividade de captações subterrâneas e o aumento dos consumos de água, habituais para esta época do ano”, sublinhou.

Com uma “comunicação diária da evolução consumos de água aos respetivos municípios” e recomendações para a restrição de usos não potáveis, a empresa salientou que está também a preparar “origens alternativas”.

“Nas situações em que tal é possível, está a ser preparada a operacionalização de origens alternativas, nomeadamente novas captações ou reativação de furos municipais”, assinalou a Águas Públicas do Alentejo, sediada em Beja.

Até agora, acrescentou, “o reforço com transportes de água através de autotanques e a reativação de origens alternativas tem permitido garantir o abastecimento às populações, tendo em conta a dimensão dos aglomerados”.

A AgdA foi constituída em 25 de setembro de 2009, tendo por acionistas o grupo Águas de Portugal e a Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo, constituída por 20 câmaras municipais dos distritos de Beja, Évora e Setúbal.

A empresa gere o Sistema Público de Parceria Integrado de Águas do Alentejo, criado em 2009, numa parceria entre o Estado e as autarquias.

Mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região sul e em alguns locais do interior das regiões norte e centro, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

No último dia do mês de maio, 97,1% do território estava em seca severa, 1,5% em seca moderada e 1,4% em seca extrema.

No final de junho, os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial no interior do norte e centro, no Vale do Tejo, no Alentejo e no Algarve.

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Lucros da Corticeira Amorim sobem 21% com muselets de Turim

Consolidação da italiana Saci, produtora da estrutura em arame que encaixa na rolha das garrafas de espumante, permitiu ao grupo da Feira vender 546 milhões e lucrar 48 milhões no primeiro semestre.

A Corticeira Amorim registou lucros de 48 milhões de euros no primeiro semestre, o que representa uma subida de 20,6% em relação ao mesmo período de 2021. Para este resultado beneficiou da consolidação da empresa italiana que passou a controlar no início deste ano: aportou três milhões de resultado líquido e, sem ela, este indicador teria crescido “apenas” 14,1%.

Sem o efeito da Saci, que a 1 de janeiro passou a ser detido em 50% pelo grupo sediado em Santa Maria da Feira, as vendas teriam crescido 12,7%. Já considerando o conglomerado de Turim, constituído por 17 empresas e conhecido pela produção de muselets (estrutura em arame que se encaixa na rolha das garrafas de espumante, por exemplo), que contribui com 57 milhões de euros, as vendas sobem 26%, atingindo 546 milhões de euros até junho.

Num comunicado à CMVM, o grupo nortenho sublinha que, apesar de “alguns sinais de abrandamento” no segundo trimestre, todas as unidades de negócio registaram um crescimento das vendas. Uma evolução que diz refletir a melhoria do mix de produto, a subida de preços e o crescimento de volumes. E a evolução cambial teve também um impacto positivo nas vendas, pois, excluindo este efeito, teriam subido 24,2% (ou 11%, excluindo as alterações do perímetro de consolidação).

As rolhas contribuíram com receitas de 402 milhões de euros (+29%) entre janeiro e junho, em virtude também da subida de preços implementada no início do ano e do impacto cambial positivo. Nos revestimentos, as vendas somaram 77 milhões (+21,7%) e nos aglomerados compósitos 62 milhões (+7,1%), beneficiando da valorização do dólar — os EUA são o melhor mercado neste segmento de atividade. E nos isolamentos, a Corticeira conseguiu reverter a contração comercial no primeiro trimestre e fechar o semestre 10,6% acima da primeira metade do ano de 2021.

“O EBITDA consolidado subiu para 98 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, o que compara com 77 milhões no período homólogo. (…) Ainda que as pressões inflacionistas — particularmente na energia, matérias-primas e transportes — tenham continuado a penalizar os resultados, os maiores níveis de atividade e a melhoria do mix de produto foram decisivos na proteção da rentabilidade”, resume. O rácio EBITDA / vendas subiu ligeiramente para 18%.

António Rios de Amorim, CEO da Corticeira AmorimPaulo Duarte/Bloomberg 23 fevereiro, 2017

O grupo liderado por António Rios de Amorim contabiliza ainda que, no final de junho, a dívida remunerada líquida ascendia a 71 milhões de euros, acima dos 48 milhões com que tinha fechado o ano passado. Deve-se à primeira tranche da aquisição da Saci (25 milhões, num total de 49 milhões); aos 15 milhões da compra dos restantes 50% da Cold River’s Homestead, que inclui 3.300 hectares da Herdade de Rio Frio e estavam nas mãos da Parvalorem, herdeira dos ativos tóxicos do BPN; ao acréscimo das necessidades de fundo de maneio (41 milhões); ao aumento do investimento em ativo fixo (34 milhões); e ainda ao pagamento de dividendos (27 milhões).

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Bruno Magalhães é o novo sócio da VFA

O novo sócio da VFA, Bruno Magalhães, ficará responsável pela coordenação da nova Dutch Desk do escritório, baseada em Maastricht.

A Valério, Figueiredo e Associados (VFA) reforçou a sua equipa com a integração de Bruno Magalhães, enquanto sócio. O advogado transita da MCMA, onde estava desde 2020.

Bruno Magalhães conta com mais de dez anos de prática centrada no direito comercial, fiscal e imobiliário, tendo assessorado várias transações internacionais, sobretudo nos mercados português, europeu e angolano. Antes da sua passagem pela MCMA, o novo sócio da VFA esteve 11 anos ao serviço da Raposo Subtil e Associados.

“A chegada do Bruno resulta de um processo natural de conhecimento e reconhecimento mútuos. Existe ente nós um total alinhamento de valores pessoais e profissionais, sendo que o Bruno vem reforçar e qualificar a intervenção do escritório nas suas principais áreas de prática. O Bruno ficará também responsável pela coordenação da nova Dutch Desk da sociedade, baseada em Maastricht, o que representa uma importante aposta estratégica da VFA, para 2023“, explicou o managing partner da VFA, Paulo Valério.

Esta aposta da VFA será, simbolicamente, assinalada no final do mês de agosto, com a realização em Maastricht do encontro anual da sociedade.

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