Moedas sabia do plano de Pedro Nuno Santos para o novo aeroporto

O autarca de Lisboa revela que Pedro Nuno Santos contou informalmente o plano para o novo aeroporto. Carlos Moedas diz que é essencial tomar uma decisão.

O presidente da Câmara de Lisboa sabia do plano de Pedro Nuno Santos para o novo aeroporto, já que teve uma conversa “informal” com o ministro sobre o assunto, segundo revelou em entrevista à Rádio Observador. Quanto à sua posição sobre o tema, Carlos Moedas afirma que precisa de mais informação, apontando que “avançar rapidamente é essencial”.

A revelação desta conversa informal foi feita no sábado, e o autarca voltou a explicar a situação à SIC, no Congresso do PSD. “Falei durante 5 minutos no carro com Pedro Nuno Santos e ele contou em linhas gerais o que estava a pensar”, contou, acrescentando que “não foi informação formal, foi totalmente informal, porque eu perguntei e ele me quis contar onde estava no projeto”.

Carlos Moedas diz que elogiou a decisão de avançar em si e não propriamente a solução, “porque precisamos de novo aeroporto em Lisboa”, ou seja, “temos que ir para frente e Governo tem de tomar decisão”. “O Governo há sete anos não faz nada, tem de decidir”, salientando que a Câmara de Lisboa “tem de fazer parte da decisão”.

Questionado sobre qual será a melhor opção, o presidente da Câmara de Lisboa recorda que “o que sempre disse é que precisávamos tecnicamente de avançar com decisão”, sendo que a “solução tem que vir do Governo”. Sobre as declarações do primeiro-ministro a sinalizar que esperava a posição do PSD, diz que “o Governo é que governa”, ironizando que é “extraordinário por o ónus da decisão no PSD”.

O autarca critica também o facto de o ministro ter apresentado a solução, que lhe tinha informalmente contado, dois dias antes de congresso do PSD. “O anúncio antes de congresso do PSD não me parece que tenha sido muito boa ideia”, indicou. Mesmo assim, diz querer estar “do lado da solução”, mas para tal precisa “de mais informação e de saber politicamente”.

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Rússia anuncia controlo total de Lugansk

O ministro da Defesa russo Serguei Shoigu anunciou que as forças russas já controlam toda a região ucraniana de Lugansk.

No 130º dia da invasão russa da Ucrânia, continuam a desenrolar-se combates em áreas-chave do país. O ministro da Defesa russo Serguei Shoigu anunciou que as forças russas já controlam toda a região ucraniana de Lugansk, no Donbass. No entanto, alguns dos anúncios de conquista de cidades têm sido disputados pela Ucrânia.

É o caso da cidade de Lysychansk, no sul, sobre a qual um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano nega as alegações de Moscovo de que a cidade está agora sob “controlo total” das forças russas.

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Direções da RTP com corte de 5% no orçamento

  • Lusa
  • 3 Julho 2022

A RTP deverá ter prejuízos este ano, tendo em conta o aumento de custos, a guerra, a que se soma o encargo de 12 milhões de euros do Mundial de Futebol no Qatar.

O presidente da RTP diz, em entrevista à Lusa, que foi pedido às direções um corte de 5% do seu orçamento, tendo em conta o aumento dos custos, sublinhando que a empresa “é sustentável” com resultados positivos há 12 anos.

No início de junho, o presidente do Conselho de Administração da RTP, Nicolau Santos, que assumiu o cargo há cerca de um ano, afirmou que provavelmente a RTP vai ter prejuízos este ano, tendo em conta o aumento de custos, a guerra, a que se soma o encargo de 12 milhões de euros do Mundial de Futebol no Qatar, contrato em 2011, mas que só agora vai ser contabilizado.

“Primeira questão, a RTP é uma empresa sustentável, há 12 anos que dá resultados positivos“, começa por sublinhar Nicolau Santos, referindo que, “ao contrário do que se possa pensar e a ideia de que todas as empresas públicas dão prejuízo, não é verdade, a RTP há 12 anos que dá resultados positivos e é muito importante que isso seja claro para toda a gente”.

Ou seja, o que mudou este ano, em primeiro lugar, foi “um aumento brutal dos custos da energia”, aponta. “Nós tínhamos orçamentado 1,5 milhões de euros de custos de energia, que era mais ou menos o normal e, de repente, somos confrontados com um aumento três vezes superior, passamos para 4,5 milhões de custos de energia só para este ano”, contabiliza Nicolau Santos.

Depois, “somos confrontados com uma situação que está a afetar a generalidade das empresas e, sobretudo, aquelas que necessitam muito de equipamentos tecnológicos, que é o aumento a dois dígitos dos fornecedores de tecnologia”, pelo que cada contrato de 100 mil euros na RTP, “quando tem um aumento em cima de dois dígitos, obviamente cresce muito a fatura”, prossegue.

Além disso, há a guerra na Ucrânia, o que resulta no envio de equipas da rádio e da televisão para fazer a cobertura, o que “oneram claramente o orçamento”, diz, ultrapassando os orçamentos que estavam previstos para informação dos dois meios.

Há ainda os aumentos salariais, que estavam previstos, mas que que ainda não está fechado: “Esses aumentos salariais não existem na RTP desde 2019, portanto vai haver este ano”. Sobre o montante, “ainda não podemos precisar exatamente qual será em termos de encargos de aumento da massa salarial para a RTP”, refere.

Nós pedimos, por exemplo, a todos os diretores, a todas as direções para fazer um esforço de cortarem em pelo menos 5% do orçamento que tinham e já temos esses dados

Nicolau Santos

Por último, e não menos importante, está a decisão tomada em 2011 pela administração liderada por Guilherme Costa, “que decidiu comprar a transmissão de todos os jogos do Mundial de futebol do Qatar“, que se realiza no final do ano naquele país. “Esse encargo é de 12 milhões de euros, foi contratado em 2011, mas é este ano que vai ter de ser contabilizado”, sublinha Nicolau Santos.

Questionado se o prejuízo da RTP vai ser de um ou dois dígitos, o gestor salienta que está dependente destas várias situações e das medidas que estão a ser tomadas diariamente.

“Nós pedimos, por exemplo, a todos os diretores, a todas as direções para fazer um esforço de cortarem em pelo menos 5% do orçamento que tinham e já temos esses dados”, diz, salientando que a empresa está a tentar conter despesas em várias áreas, bem como a sensibilizar a menor utilização de energia.

“Algo que vai pesar aqui claramente é a nossa negociação com os canais privados, com as estações privadas que obviamente não quererão estar a dois meses no final do ano sem nenhum espetáculo desportivo e, portanto, vão seguramente negociar com a RTP para comprar parte deste pacote de 12 milhões que nós comprámos em 2011”, pelo que “valor final das contas da RTP em 2022” também decorrerá disso, acrescenta.

Nicolau Santos adianta que este ano “aumentou tudo, não há nada que não tenha aumentado significativamente e esse é um dos problemas cruciais da RTP e que tem a ver com a sustentabilidade da empresa”. O que se tem assistido este ano, com particular relevo, “mas é uma trajetória que vinha sendo seguida, é o aumento constante e consistente dos custos”, destaca.

Por exemplo, só pelo Acordo de Empresa, a RTP tem um crescimento “da massa salarial de cerca de 500.000 euros todos os anos”, sem aumentos, a que acresce todas as outras despesas. “Só que este ano as coisas estão a ser mais graves”, com a guerra na Ucrânia, os aumentos dos fornecedores de energia, entre outros. E, em contrapartida, “no lado das receitas”, lembra que a empresa está “muito” limitada”.

A Contribuição do Audiovisual “está congelada desde 2014 e as nossas receitas comerciais também de algum modo estão limitadas, porque continuamos a ter na RTP1, onde é possível adquirir mais publicidade”, um limite de de seis minutos por hora de emissão. Portanto, “tudo isto leva a que as nossas receitas sejam razoavelmente congeladas e os custos têm vindo a crescer”, aponta, considerando que “este caminho não é sustentável” e que “é preciso encontrar soluções”.

Ou seja, “é preciso fazer uma profunda reflexão sobre o modelo de financiamento da RTP e sobre o que é que se quer da RTP. E estou a falar do grupo RTP”, no seu todo, sublinha. “Só para se ter uma ideia, os custos e os encargos salariais neste momento já são mais de 50% da Contribuição do Audiovisual. Portanto, não é possível continuar com este caminho sem uma profunda reflexão sobre que RTP queremos no futuro”, remata.

Quanto a 2021, “os resultados ainda não estão completamente fechados, mas serão na casa dos 900 mil euros”, diz o gestor. Relativamente aos precários, Nicolau Santos adianta que os trabalhadores que estavam para entrar no âmbito da Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) estão resolvidas. Nos últimos quatro anos entraram na RTP 261 pessoas que levaram a que os encargos com pessoal crescessem 10 milhões de euros.

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📹 Rendas sobem no primeiro trimestre

  • ECO
  • 3 Julho 2022

Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para viver, com o preço do metro quadrado a chegar aos 12 euros, mas foi no Funchal que os preços mais subiram.

Arrendar uma casa é cada vez mais caro. As rendas subiram 6,4% no primeiro trimestre, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), para uma mediana nacional de 6,16 euros por metro quadrado. Lisboa continua a ser a cidade mais cara do país para viver, com o preço do metro quadrado a chegar aos 12 euros, mas foi no Funchal que os preços mais dispararam no início do ano.

Veja como evoluíram as rendas no país.

http://videos.sapo.pt/TU56LUW5cKNDZnHlrzLc

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Caos no aeroporto. TAP diz que incidente com jato privado em Lisboa afetou e fez divergir muitos voos

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2022

Para domingo está previsto o cancelamento de 41 voos (23 chegadas e 18 partidas), de acordo com a informação disponível no site da ANA.

Constrangimentos em vários aeroportos europeus estão a levar a cancelamentos de voos, que aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos. Além disso, o incidente com um jato privado e consequente encerramento da pista no aeroporto de Lisboa, na sexta-feira, afetou e fez divergir para outros aeroportos muitos voos da TAP, disse à Lusa fonte oficial da transportadora aérea.

“A pista no aeroporto de Lisboa não esteve operacional durante algumas horas na sexta-feira, 01 de julho, à tarde, devido a um incidente com um jato privado. Em consequência, muitos voos da TAP foram afetados e divergiram para outros aeroportos”, afirmou a fonte da TAP.

Apesar dos “muitos voos impactados” e do período de alta temporada turística que se atravessa, a TAP assegura estar a fazer o seu “melhor para minimizar o impacto desta situação”.

Na base desta resposta da TAP estão questões da Lusa sobre o número de voos com saída ou chegada prevista para Lisboa que no sábado foram cancelados ou sofreram atrasos e sobre os passageiros afetados. Aos passageiros afetados por esta situação, a fonte oficial a companhia área indica que “deverão aguardar uma mensagem da TAP com um novo horário de voo”.

De acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal, no sábado foram cancelados 65 voos (40 chegadas e 25 partidas) “devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus”.

Relativamente ao dia de hoje, e de acordo com a informação disponível no site da ANA, está previsto o cancelamento de 41 voos (23 chegadas e 18 partidas), a maior parte do quais da TAP.

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Quem é quem na equipa de Montenegro no PSD?

Já está escolhida a equipa de Luís Montenegro no PSD. Hugo Soares é secretário-geral do partido, Paulo Rangel um dos vice-presidentes e Pedro Reis lidera o Movimento Acreditar.

Já está escolhida a equipa do novo líder do PSD, Luís Montenegro e que vai a votos no último dia do 40º congresso do partido, que decorre no Porto. Hugo Soares, antigo líder parlamentar da bancada social-democrata, será o secretário-geral do partido, sucedendo a José Silvano. Já Pedro Reis vai liderar o Movimento Acreditar, uma plataforma de discussão com a sociedade da qual deverá resultar o programa eleitoral.

O “número 2” de Montenegro será então Hugo Soares, que foi vice-presidente na bancada de Luís Montenegro e acabou por suceder a este na liderança parlamentar. Foi também líder da Juventude Social-Democrata, entre 2012 e 2014.

Montenegro escolheu também Pedro Reis, ex-presidente da AICEP, para coordenar o Movimento Acreditar. Esta plataforma, que vai funcionar como uma espécie de “Estados Gerais”, servirá para discussão política com a sociedade, instituições e personalidades, com o objetivo de elaborar um programa eleitoral nos próximos dois anos.

Na equipa de Montenegro, anunciada no Congresso do PSD este sábado, figura ainda o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que vai encabeçar a lista ao Conselho Nacional, seguido da antiga ministra Maria Luís Albuquerque, enquanto o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, será o novo presidente da Mesa do Congresso.

Para o Conselho de Jurisdição Nacional foi escolhido José Matos Correia, ex-deputado e antigo vice-presidente do PSD, enquanto para a Comissão Política Nacional, como vice-presidentes do partido, ficam: Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Paulo Cunha e Inês Ramalho.

Montenegro anunciou ainda que a Academia de formação do PSD será liderada pelo ex-eurodeputado Carlos Coelho, o Conselho Estratégico Nacional (CEN) por Pedro Duarte, ex-líder da JSD e ex-secretário de Estado da Juventude, e a coordenação das autárquicas fica a cargo de Pedro Alves, líder distrital de Viseu.

Além disso, tinha já sido revelado esta sexta-feira que Joaquim Miranda Sarmento, que era conhecido como o “Centeno de Rio”, vai substituir Paulo Mota Pinto na liderança da bancada parlamentar do PSD.

À chegada ao Congresso, Montenegro disse estar “muito contente” com as listas que ia apresentar. “Eu acho que não há ninguém no PSD que não esteja hoje mobilizado e motivado para ajudar a direção do partido, a sua liderança, neste grande desafio que é recuperar a confiança dos portugueses e darmos a Portugal uma alternativa politica de governo, de gestão dos recursos públicos que possa criar mais riqueza, mais condições de vida, estamos todos muito juntos”, apontou.

Montenegro sucede a Rui Rio na liderança do PSD, que anunciou a sua saída após os resultados das eleições antecipadas de janeiro, que deram maioria absoluta ao PS.

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Montenegro escolhe Hugo Soares para secretário-geral do PSD

  • ECO
  • 2 Julho 2022

Já é conhecida a lista que Luís Montenegro apresenta ao congresso do partido e que vai ser votada este domingo.

Paulo Rangel, Miguel Pinto Luz, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Paulo Cunha e Inês Ramalho são os nomes escolhidos para a comissão política do PSD e Hugo Soares é o candidato a secretário-geral. A lista agora anunciada pelo presidente eleito do partido vai a votos no domingo.

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Greves cancelam centenas de voos em Madrid e Paris

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os aeroportos de Madrid e de Paris estão a viver um fim de semana de caos por causa das greves. Há centenas de voos cancelados.

A greve de trabalhadores cancelou dezenas de voos esta manhã de sábado no aeroporto de Paris Charles de Gaulle (CDG), enquanto em Madrid 15 voos foram cancelados e outros 175 sofreram atrasos devido a greves na easyJet e Ryanair. No principal aeroporto da capital francesa, o conflito está relacionado com os salários e condições de trabalho e pode afetar o arranque das férias daqui a uma semana.

Os bombeiros do Paris CDG estão em greve desde quinta-feira, o que obrigou a Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) a pedir a suspensão preventiva de voos e a encerrar parte das pistas, por questões de segurança.

Os funcionários dos Aeroportos de Paris (ADP), grupo controlado maioritariamente pelo Estado, e os subcontratados associaram-se ao movimento de contestação social intersindical, de acordo com a direção.

Os cancelamentos afetaram um voo em cada cinco entre as 07h00 e as 14h00 deste sábado nas chegadas e partidas do Paris CDG, contra um voo em cada seis na quinta-feira e na sexta-feira. Isto representa 150 voos suprimidos em 1.300, de acordo com um porta-voz do grupo ADP.

O outro grande aeroporto de Paris, Orly, não foi afetado pela greve.

As negociações salariais não foram concluídas na sexta-feira e a mesa negocial permanece aberta, disse o porta-voz do ADP.

Os bombeiros levantaram, entretanto, o pré-aviso de greve para o resto do fim de semana, o que para a DGAC e a ADP permite antever um domingo sem perturbações.

Por outro lado, apresentaram outro pré-aviso de greve que se prolonga desde as 05h00 de 08 de julho, sexta-feira, até à meia-noite de domingo, 10 de julho, o primeiro fim de semana das férias grandes escolares.

Em Madrid, pelas 13h00 locais, cinco voos da companhia de baixo custo easyJet e 10 voos da também ‘low cost’ Ryanair tinham sido cancelados e 175 outros sofreram atrasos, dos quais 52 da easyJet e 123 da Ryanair, segundo números avançados pelos sindicatos em comunicado.

Na Ryanair, os representantes do sindicato espanhol USO já anunciaram três novos períodos de greve, de quatro dias cada: de 12 a 15 de julho; de 18 a 21 de julho; e de 25 a 28 de julho, nos 10 aeroportos espanhóis onde a companhia irlandesa opera.

A greve na Ryanair pretende obter melhores condições de trabalho para os 1.900 assistentes de cabine da companhia em Espanha.

Já o pessoal de cabine da easyJet reivindica um alinhamento das suas condições de trabalho com as dos seus colegas no resto da Europa.

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ANA aumenta para 65 previsão de voos cancelados hoje no aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

“Aconselhamos os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas”, indicou a ANA.

A ANA – Aeroportos de Portugal aumentou de 32 para 65 a previsão de voos cancelados durante o dia de hoje com destino e origem no aeroporto de Lisboa, devido a constrangimentos em vários aeroportos europeus.

“Devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus, estão previstos, para o dia de hoje, 65 voos cancelados – 40 chegadas e 25 partidas”, informou a ANA, numa nota enviada à Lusa.

Esta informação atualiza os dados divulgados pela ANA há cerca de duas horas, que apontavam para o cancelamento de um total de 32 voos no aeroporto de Lisboa, nomeadamente 18 chegadas e 14 partidas.

Neste âmbito, “o aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares para reagendamento de voos”, afirmou a empresa concessionária dos aeroportos, indicando que foram também reforçadas as equipas de apoio aos passageiros e distribuição de águas.

“Aconselhamos os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas”, indicou a ANA.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da ANA, até às 16:30 de hoje foram canceladas três dezenas de voos com origem e destino a Lisboa. Em causa estão, segundo informações recolhidas no referido ‘site’, voos com destino várias cidades europeias, mas também a Filadélfia, Acra, Dakar, Porto Santo e Varadero.

Do lado das chegadas há também indicação de cancelamento de vários voos que estavam previstos aterrar em Lisboa durante a manhã, provenientes de origens tão variadas quanto Tanger, Porto, Sal, Bratislava, Madrid, Paris, Milão, Frankfurt, Roma, Recife ou Casablanca. Até ao final do dia, a informação atualmente disponível aponta para o cancelamento de mais de duas dezenas de voos com origem e destino a Lisboa.

Na maioria destas situações estão em causa voos da TAP, de acordo com os mesmos dados.

O aeroporto do Porto registou até ao momento o cancelamento de uma partida com destino a Amesterdão e de duas chegadas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

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Ministra não prevê falta de alimentos provocada pela seca ou pela guerra

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

“Criámos, com toda a cadeia alimentar, desde a produção até ao retalho, grupos de acompanhamento para que não haja quebra", apontou a ministra.

A ministra da Agricultura e Alimentação garantiu hoje que “não há dados que apontem para a falta de alimentos” devido às situações de seca no país e de guerra na Ucrânia, e prometeu apoio para os setores de produção.

Maria do Céu Antunes, que esteve nos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, distrito do Porto, a inaugurar num novo complexo de armazéns de aprestos da comunidade piscatória local, deixou uma mensagem de “tranquilidade”, lembrando que o Governo está monitorizar a situação.

“Criámos, com toda a cadeia alimentar, desde a produção até ao retalho, grupos de acompanhamento para que não haja quebra e que os produtos continuem a chegar à mesa dos nossos cidadãos. Não temos dados que nos apontem para uma falta de alimentos”, vincou a governante.

Ainda assim, e apesar de não acreditar numa escassez, a ministra disse ser “inevitável” uma subida generalizada dos preços que pode criar “constrangimentos, nomeadamente sociais”. “Estamos a sentir esse aumento de preços, causados pela inflação, pelos maiores custos com energia e pela subida dos fatores de produção, mas criámos um conjunto de medidas, para o setor da agricultura e da pesca, para minimizar essas subidas”, disse Maria do Céu Antunes.

A governante reconheceu as “incertezas” sobre o tempo que irá durar a guerra na Ucrânia e os impactos inerentes, mas prometeu que o Governo “está atento à situação e pronto para aplicar medidas”, o mesmo se passando com a situação de seca em Portugal.

“Temos um plano de ação a curto prazo, que está já a ser implementado, e um de médio/longo, para criar sistemas mais resilientes e sustentáveis no uso eficiente da água, que é determinante para podermos garantir as melhores condições para produção alimentar no país”, completou.

Nesta questão da alimentação, Maria do Céu Antunes lembrou a importância do setor da pesca, divulgando que a quantidade de capturas no país aumentou de 99 mil toneladas em 2020 para 124 mil em 2021, numa tendência que está ter seguimento este ano.

“Em 2021 o valor do pescado transacionado nas lotas e nos portos de Portugal continental atingiu os 270 milhões de euros, o que representa um aumento de 27% quando comprado com 2020, e de 17,5% em relação a 2019”, disse.

A ministra da Agricultura e Alimentação afirmou, ainda, que o setor das pescas nacional “tem o maior valor individual no pacote global de exportações de toda a fileira agroalimentar, representando mil milhões de euros anuais”.

“Temos de continuar a apoiar este setor, e já entre 2023 e 2027 haverá o Fundo Europeu do Assuntos Marítimos (FEAM) com uma dotação superior a 500 milhões de euros, para melhorarmos as condições de segurança dos nossos portos de pesca e fomentar a pesca sustentável e economicamente viável para as comunidades”, anunciou.

Precisamente sobre as condições de segurança dos pescadores, e sendo alertada pelos presidentes da Câmara da Póvoa de Varzim e Vila do Conde para a necessidade constante de intervenções nos portos locais, a ministra garantiu a ação do Governo.

“É absolutamente determinante. Temos trabalhado com a Docapesca nos planos para essas intervenções e estamos a fazer descentralizações de competências para que os próprios municípios possam trabalhar, em conjunto com o Governo, para servir o melhor possível as comunidades piscatórias e dar-lhes as melhores condições de segurança”, prometeu a ministra da Agricultura.

Maria do Céu Antunes marcou hoje presença na inauguração de um novo complexo de armazéns de aprestos da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, distrito do Porto, promovida pela Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, e participou numa homenagem a José Festas, antigo presidente do organismo, que morreu em 2021.

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Mecanismo ibérico permitiu poupança média diária de “cerca de 14%”

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Nos primeiros 15 dias de aplicação, o mecanismo ibérico permitiu que as pessoas com contratos de fornecimento de eletricidade expostos beneficiassem de uma poupança média diária de 38 euros/MWh.

O mecanismo ibérico, que estabelece um preço máximo do gás para produção de eletricidade, permitiu às famílias e empresas uma poupança média diária de “cerca de 14%” nos primeiros 15 dias de aplicação, anunciou hoje o Ministério do Ambiente.

“Nos primeiros 15 dias de aplicação, o mecanismo ibérico permitiu que as famílias e as empresas com contratos de fornecimento de eletricidade expostos ao preço do mercado ‘spot’/à vista de eletricidade beneficiassem de uma poupança média diária de 38 €/MWh [euros por Megawatt-hora], correspondendo a uma redução média diária de cerca de 14%”, revelou o gabinete do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Em comunicado, a tutela explicou que as famílias e as empresas expostas ao mercado ‘spot’ de eletricidade suportaram “um preço médio de 237,84 €/MWh graças à existência do mecanismo, por contraponto ao valor de 275,90 €/MWh que pagariam se esta medida não tivesse sido aplicada”.

Segundo os dados diários do preço grossista no mercado de eletricidade durante os 15 dias de aplicação do mecanismo ibérico, apresentados pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o dia de 22 de junho foi o que registou o preço mais elevado em Portugal com o mecanismo, de 284,87 €/MWh, que sem mecanismo foi de 296,19 €/MWh, quando em França foi de 383,14 €/MWh e em Itália foi de 368,07 €/MWh.

Durante este período, com o mecanismo ibérico Portugal registou o preço mais baixo no dia 26 de junho, no valor de 178,38 €/MWh, que sem mecanismo aumenta para 252,56 €/MWh, em França foi de 249,07 €/MWh e em Itália foi de 286,15 €/MWh, de acordo com os dados divulgados pelo gabinete do ministro do Ambiente relativamente à evolução de preços nos mesmos 15 dias.

A tutela informou ainda que, durante os primeiros 15 dias de aplicação do mecanismo ibérico, “o preço do gás natural (GN) cresceu mais de 45%, passando dos 80 €/MWh registados no dia 15 de junho para os 116,03 €/MWh do dia 30, o que levou ao aumento do custo da geração de eletricidade a partir de GN”.

Com efeitos no mercado de eletricidade desde 15 de junho, o mecanismo ibérico define um regime excecional para a fixação dos preços no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL), na sequência da escalada de preços no mercado do gás natural (em máximos históricos), com consequências diretas negativas na subida dos preços da eletricidade.

A medida está em vigor até 31 de maio de 2023, englobando o período de maior consumo de eletricidade (outono e inverno) e, “durante este período, está definido um preço máximo médio de 48,75 euros por Megawatt-hora para o GN utilizado na produção de eletricidade”, lembrou o Ministério do Ambiente.

O mecanismo ibérico pretende “limitar a escalada dos preços da eletricidade e proteger quem está mais exposto aos preços do mercado à vista (‘spot’)”, beneficiando também os restantes consumidores de eletricidade à medida que renovem os seus contratos de fornecimento.

A medida resulta do trabalho de estreita cooperação entre os Governos de Portugal e de Espanha, para separar o preço do GN da formação de preço de eletricidade no MIBEL, sendo ainda consequência do reconhecimento, pela Comissão Europeia, das especificidades ibéricas, nomeadamente a reduzida capacidade de interligação elétrica da Península Ibérica à Europa Continental.

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Sindicatos da Ryanair anunciam mais 12 dias de greve este mês em Espanha

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os 12 novos dias de greve terão, como os anteriores, 24 horas de duração e todos os trabalhadores da Ryanair em Espanha estão convocados.

Os sindicatos da companhia aérea Ryanair convocaram mais 12 dias de greve em Espanha para a tripulação de cabine durante este mês, após seis dias de paralisação que terminaram hoje.

Num comunicado hoje divulgado, os sindicatos USO e Sitcpla anunciaram greve para os dias 12, 13, 14, 15, 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de julho nos dez aeroportos espanhóis onde a Ryanair opera – Madrid, Málaga, Sevilha, Alicante, Valência, Barcelona, Girona, Santiago de Compostela, Ibiza e Palma de Maiorca.

Em declarações à comunicação social, a secretária-geral da USO na Ryanair, Lidia Arasanz, assegurou que os sindicatos “foram forçados” a convocar novos dias de greve após os seis dias de greve que geraram 200 cancelamentos de voos e quase mil voos atrasados em todo o país.

Da mesma forma, criticou o facto de a empresa não ouvir os trabalhadores e “preferir deixar milhares de passageiros em terra a sentar-se para negociar um acordo sob a lei espanhola”. Os 12 novos dias de greve terão, como os anteriores, 24 horas de duração e todos os trabalhadores da Ryanair em Espanha estão convocados.

Dada a falta de progressos, os sindicatos convocaram a greve e os já elevados serviços mínimos autorizados pelo Governo não foram respeitados pela empresa. Até às 13:00, 10 voos foram cancelados e houve 123 atrasos neste sexto dia de greve da tripulação de cabine da Ryanair nas 10 bases da companhia aérea em Espanha.

Este dia de greve na Ryanair coincide com o segundo, de um total de nove, da tripulação de cabine da empresa britânica de baixo custo easyJet, que foram convocados pelo sindicato da USO para os dias 01, 02, 03, 15, 16, 17, 29, 30 e 31 de julho nos aeroportos de Málaga, El Prat e Palma de Maiorca. Devido à greve da easyJet, houve hoje cinco cancelamento e 52 voos com atrasos até às 13:00.

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