Um em cada cinco carros novos em Portugal já está ligado à corrente

Híbridos plug-in e elétricos valeram 20% das vendas de automóveis novos de passageiros na primeira metade do ano e já têm mais peso no mercado do que as unidades a gasóleo.

Um em cada cinco carros novos de passageiros comprados em Portugal no primeiro semestre está ligado à corrente. A aposta em soluções eletrificadas está mesmo acima da compra de unidades apenas a gasóleo, assim demonstram os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Entre janeiro e junho de 2022, os carros híbridos plug-in (com tomada de carregamento) e os elétricos puros ficaram com uma quota de mercado total de 20% entre os automóveis ligeiros de passageiros. No mesmo período, as vendas de carros a gasóleo valeram 18,4% e têm já os automóveis puramente híbridos a aproximarem-se.

No mesmo período do ano passado, o peso dos diesel andava em torno dos 25%, enquanto os veículos eletrificados contavam com uma fatia do mercado de apenas 15%.

“Há cada vez maior oferta das marcas de carros com energias alternativas”, assinala ao ECO o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro. Para cumprir com as cada vez mais exigentes metas de emissões, os híbridos plug-in e os elétricos são fundamentais para as fabricantes automóveis diminuírem a pegada ambiental.

Apesar da transição ecológica, os automóveis movidos a combustível ainda valem 60% do mercado. As unidades a gasolina, entre janeiro e junho, ficaram com 42,7% das matrículas.

Queda sem fim

2022 era apontado com o primeiro ano em relativa normalidade no comércio automóvel, depois de 2020 e 2021 terem ficado marcados pela pandemia de Covid-19. Mas os portugueses compraram menos 9,9% de carros ligeiros de passageiros no primeiro semestre deste ano do que em igual período de 2021: 75.449 unidades em 2022 e 81.445 em 2021.

À falta de semicondutores para a produção de carros juntaram-se os efeitos da guerra na Ucrânia, que “alteraram as cadeias logísticas e de abastecimento”. Somam-se ainda os custos da subida da taxa de inflação, que “estão a afetar a confiança dos consumidores” e são um travão ao investimento, resume Helder Pedro.

A diminuição da oferta também penaliza as empresas de aluguer de automóveis, que antes da pandemia representavam 28% das compras e agora têm um peso pouco acima dos 20%. O cenário não deverá melhorar até final do ano, antecipa o secretário-geral da ACAP.

Luxo imune à crise

Apesar de o mercado estar em travagem, as marcas de luxo têm acelerado as vendas nos últimos meses. No total, Aston Martin, Bentley, Ferrari, Maserati e Lamborghini venderam 96 unidades entre janeiro e junho, mais 30 do que no mesmo período do ano passado.

A britânica Bentley destaca-se, com 30 unidades matriculadas, o dobro dos registos do primeiro semestre de 2021. E a Maserati saltou das 10 para as 24 matrículas. Mais modestas foram as subidas na Aston Martin (das 15 para as 17 unidades) e na Ferrari (de 17 para 18). A Lamborghini foi a exceção, tendo descido das nove para as sete viaturas.

Na tabela geral do primeiro semestre, a Peugeot ocupa o primeiro lugar, com 8.713 unidades, menos 8,5% do que em 2021; segue-se a Renault, com 5.584 veículos, menos 38,2%; a japonesa Toyota cresceu 19%, para 5.434 carros, e ocupa o terceiro posto.

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Aeroporto de Lisboa com previsão de 32 voos cancelados hoje, diz ANA

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Em causa está um "conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus", explica a ANA.

A ANA – Aeroportos de Portugal prevê o cancelamento, durante o dia de hoje, de 32 voos com destino e origem no aeroporto de Lisboa, devido a constrangimentos em vários aeroportos europeus.

“Devido a um conjunto de constrangimentos em vários aeroportos europeus, estão previstos, para o dia de hoje, 32 voos cancelados – 18 chegadas e 14 partidas”, referiu a ANA em resposta à Lusa.

A empresa concessionária dos aeroportos adianta que “o Aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares para reagendamento de voos”, mas aconselha os passageiros com voo marcado para hoje a contactarem as companhias aéreas.

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da ANA, até às 13:00 de hoje foram cancelados duas dezenas e meia de voos com origem e destino a Lisboa. Em causa estão, segundo informações recolhidas no referido ‘site’, voos com destino várias cidades europeias, mas também a Filadélfia, Acra, Dakar, Porto Santo e Varadero.

Do lado das chegadas há também indicação de cancelamento de vários voos que estavam previstos aterrar em Lisboa durante a manhã, provenientes de origens tão variadas quanto Tanger, Porto, Sal, Bratislava, Madrid, Paris, Milão, Frankfurt, Roma, Recife ou Casablanca.

Até ao final do dia, a informação atualmente disponível aponta para o cancelamento de mais de duas dezenas de voos com origem e destino a Lisboa. Na maioria destas situações estão em causa voos da TAP, de acordo com os mesmos dados.

O aeroporto do Porto registou até ao momento o cancelamento de uma partida com destino a Amesterdão e de duas chegadas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

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BE denuncia “jogo de interesses” entre PS e PSD no aeroporto e fala em “vergonha”

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Catarina Martins disse que a opção Montijo se assumirá como um “negócio milionário” para a multinacional Vinci mas será prejudicial para o ambiente e para a economia portuguesa.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, criticou hoje o “jogo de interesses” entre PS e PSD sobre o novo aeroporto, sublinhando que a solução Montijo é “uma absoluta vergonha”.

“Quando pensamos no aeroporto para ser construído no nosso país, uma infraestrutura que é tão cara e tão importante, é uma absoluta vergonha o jogo de interesses entre o PS e o PSD”, disse catarina Martins em Braga durante uma ação integrada no roteiro pela justiça climática do partido.

Catarina Martins disse que a opção Montijo se assumirá como um “negócio milionário” para a multinacional Vinci mas será prejudicial para o ambiente e para a economia portuguesa.

Para Catarina Martins, o Governo quer selar um acordo com o novo líder do PSD, Luís Montenegro, para construir um aeroporto no Montijo “que há-de dar muito dinheiro à Vinci mas que vai matar muitas espécies e atacar todo um ecossistema”. Isto, acrescentou, “ao mesmo tempo que se gasta dinheiro a fazer um aeroporto que os cientistas já disseram que vai ficar inundado em poucos anos, com a subida do nível das águas”.

“Isto não é fazer decisões estruturais, isto é ser estruturalmente contra a economia portuguesa, porque põe-nos a gastar dinheiro e a fazer investimentos que servem uma multinacional estrangeira que está cá uns anos a explorar os nossos aeroportos, vai-se embora e nos deixa com um aeroporto inundado e com um desastre ecológico”, acrescentou.

Catarina Martins disse que a sintonia entre PS e PSD ficou bem patente no discurso de Luís Montenegro na sexta-feira, na abertura do congresso social-democrata. “[Luís Montenegro] não teve nenhuma proposta para o país. Percebe-se, o PSD não fez nenhuma proposta para o país porque o PS está a fazer neste momento tudo o que o PSD na verdade faria e quer fazer”, afirmou.

Para o BE, em termos de transportes, o país precisa de uma “planificação ecológica, que pense os transportes para todo o país, que pense em toda a população e que pense a transição energética de uma forma que não paguemos tanto para os lucros de uns poucos e que ao mesmo tempo possamos proteger o ambiente”.

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China volta a suspender voo direto com Portugal após detetar casos entre passageiros

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

Os voos para a China estão sujeitos à política "circuit breaker" ('interruptor', em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas.

As autoridades chinesas anunciaram hoje que vão suspender, durante duas semanas, a ligação aérea entre Portugal e China, que já estava suspensa por um mês, após detetarem casos de covid-19 a bordo.

Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia aérea Beijing Capital Airlines, passará a estar suspenso a partir de 25 de julho, por um período adicional de duas semanas, após terem sido detetados cinco casos de covid-19, em 19 de junho, num voo oriundo de Lisboa.

Os voos para a China estão sujeitos à política “circuit breaker” (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês. A ligação Portugal – China tem a frequência de um voo por semana.

No voo anterior, realizado no dia 12 de junho, foram detetados dez casos positivos a bordo, pelo que as autoridades chinesas suspenderam a ligação pelo período de um mês, a partir de 27 de junho. No conjunto, o voo passa assim a estar suspenso por um período de seis semanas. A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho após ter estado suspensa durante mais de seis meses.

As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa em 25 de dezembro de 2021, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais.

Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia. Quem chega à China tem que cumprir ainda uma quarentena de sete dias, em instalações designadas pelo Governo, e mais três em casa.

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Gostaríamos de ver uma decisão sobre o aeroporto e apoiaremos qualquer decisão, diz CEO da TAP

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

"Uma decisão tem uma importância chave para o futuro da TAP, mas também para o futuro de Portugal", defendeu a presidente executiva da TAP.

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, considerou hoje crucial haver uma decisão sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e afirmou que a transportadora aérea nacional apoiará qualquer decisão.

Christine Ourmières-Widener transmitiu esta posição em declarações aos jornalistas durante um voo especial da TAP de Lisboa para o Rio de Janeiro para celebrar o centenário da travessia aérea do Atlântico Sul, em que viajou também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Gostaríamos de ver uma decisão. Uma decisão tem uma importância chave para o futuro da TAP, mas também para o futuro de Portugal, porque a infraestrutura com que lidamos hoje [o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa] tem alguns constrangimentos”, afirmou Christine Ourmières-Widener, falando em inglês. “Portanto, apoiaremos qualquer decisão e trabalharemos com todas as partes”, acrescentou a presidente executiva da TAP.

Christine Ourmières-Widener, que prestou declarações aos jornalistas minutos antes da chegada ao Rio de Janeiro, considerou que este voo comercial especial “é muito importante”, porque “é a uma celebração de um grande feito de descobridores portugueses”. “O Brasil é o nosso principal mercado fora de Portugal, e também por isso este voo é importante”, realçou.

A presidente executiva da TAP referiu que a companhia aérea tem estado a retomar aos poucos todos os destinos para os quais voava neste país antes do início da pandemia de covid-19: “Estamos a tentar o máximo, com a capacidade que temos”. “É Brasil, é a descoberta, é a travessia do Atlântico Sul. Portanto, há muitos motivos pelos quais este voo é tão importante”, concluiu.

O avião em que fez este voo especial é um Airbus A330neo decorado com a cruz de Cristo e batizado de “Santa Cruz” – o mesmo nome do hidroavião Fairey III com que em 1922 Sacadura Cabral e Gago Coutinho fizeram a última parte da viagem – que saiu de Lisboa cerca da meia-noite de sexta-feira e aterrou hoje de manhã no Aeroporto Internacional António Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

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EUA incentivam Portugal a atingir meta de 2% do PIB para Defesa

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

O Departamento de Estado norte-americano qualifica Portugal como um “importante Aliado da NATO” e um “amigo histórico”.

Os Estados Unidos consideram Portugal um “importante Aliado da NATO”, mas incentivam o país a “fazer a sua parte” para cumprir a meta aliada dos 2% do PIB reservados à Defesa.

“Os Estados Unidos incentivam todos os Aliados da NATO a fazerem a sua parte para cumprir os compromissos [assumidos] na cimeira do País de Gales”, disse à Lusa fonte do Departamento de Estado norte-americano, em resposta por escrito, dois dias depois do final da cimeira de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Em setembro de 2014, poucos meses após a anexação da Crimeia pela Rússia, os líderes da NATO, reunidos em cimeira no País de Gales, comprometeram-se a investir 2% dos respetivos PIB em Defesa. Segundo estimativas divulgadas pela NATO, Portugal deverá reservar, em 2022, 1,44% do PIB à Defesa.

À entrada para a cimeira da NATO, na quarta-feira, António Costa afirmou que Portugal não se pode “objetivamente comprometer” com uma data para atingir a meta de 2% do PIB reservados à Defesa, afirmando que o país só assume “compromissos que pode cumprir” e invocando “a situação de incerteza” da economia global e a “grande determinação” em reduzir de forma “forte” a dívida pública.

Em conferência de imprensa na quinta-feira, após o final da cimeira, o primeiro-ministro afirmou ter transmitido essa mensagem à Aliança Atlântica, acrescentando que Portugal irá atingir a meta dos 2% “ao longo da década”. Costa referiu ainda que Portugal pode “acelerar a convergência para esse objetivo” caso a União Europeia (UE) disponibilize fundos comunitários no âmbito da política comum de segurança e defesa.

Nas declarações à Lusa, o Departamento de Estado qualifica Portugal como um “importante Aliado da NATO” e um “amigo histórico”, referindo que as Forças Armadas dos dois países trabalham “lado a lado”, “fortalecendo a parceria e garantindo a segurança” de ambas as nações.

“Em conjunto com Portugal, os nossos militares estão a operar globalmente, desde a Roménia – no âmbito das medidas de segurança da NATO – a operações marítimas conjuntas no Atlântico”, refere o Departamento de Estado, em referência ao contingente militar português composto por 221 militares que se encontra atualmente na Roménia.

Numa referência à base das Lajes, operada pelas Forças Armadas norte-americanas, o Departamento de Estado – dirigido pelo Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken – realça que “os Açores desempenham um papel único e especial na amizade histórica entre os Estados Unidos e Portugal”.

“As nossas famílias, culturas e economias têm crescido em conjunto nos últimos 226 anos. Estes laços são a base sólida na qual a nossa prosperidade e segurança comum é construída”, indica. “As relações entre Portugal e os Estados Unidos estão mais fortes do que nunca. Somos amigos, somos parceiros e somos aliados. E, tendo em conta que a maioria dos luso-americanos têm raízes nos Açores, somos também família”, adianta.

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Explosões ouvidas em Mykolaiv. Zelensky acusa Rússia de “terror deliberado”

"Explosões poderosas" foram ouvidas na cidade ucraniana de Mykolaiv durante esta noite.

A guerra na Ucrânia continua, com relatos de “explosões poderosas” ouvidas na cidade ucraniana de Mykolaiv durante esta noite. Perante os ataques, o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky acusa a Rússia de “terror deliberado”.

Tendo em conta o impacto das sanções e da invasão, a gigante russa de energia Gazprom viu as exportações de gás baixar 31% no primeiro semestre, numa altura em que a União Europeia (UE) se prepara para viver sem energia russa.

A presidente da Comissão Europeia sinalizou que estão a ser preparados “planos de emergência para a Europa”, para ajudar os Estados membros a viverem sem a energia russa.

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Câmara de Matosinhos investe 7,5 milhões de euros na requalificação do Corredor Verde do Leça

Câmara Municipal de Matosinhos investe 7,5 milhões de euros em 5,5 quilómetros, entre a Ponte da Pedra e a Ponte de Moreira. A segunda fase da empreitada já está adjudicada.

A Câmara Municipal de Matosinhos investiu 7,5 milhões de euros em 5,5 quilómetros, entre a Ponte da Pedra e a Ponte de Moreira, naquela que é a primeira fase da requalificação do Corredor Verde do Leça, no concelho, anunciou a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro.

“Esta empreitada devolve à comunidade um espaço de lazer e prática desportiva, junto às margens do rio que foi já considerado o mais poluído da Europa“, afirma o município.

Segundo a autarquia, o projeto é da autoria da arquiteta Laura Roldão “que fez nascer, nestes 5,5 quilómetros, quatro novas pontes pedonais e sete passadiços“. A segunda fase da obra já está adjudicada e deverá arrancar em breve.

Este é um projeto ambiental e de mobilidade com vista à valorização paisagística e ambiental do rio Leça e das suas margens. Segundo o município, esta iniciativa “contribui para a coesão territorial”.

A inauguração, que conta com a presença do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e Luísa Salgueiro, está agendada para este sábado e inclui um conjunto de atividades desde slide, rappel, insufláveis, carros de pedais, aulas de fitness e uma prova de orientação.

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Vila Real espera retorno de 80 milhões de euros com circuito internacional automobilístico

Circuito Internacional automobilístico de Vila Real tem um impacto económico na região na ordem dos 80 milhões de euros, calcula o autarca Rui Santos, que reclama apoios financeiros para o evento.

Após um “jejum” de dois anos devido à pandemia da Covid-19, o Circuito Internacional de Vila Real toma de “assalto”, até domingo, as ruas da cidade transmontana com muita velocidade e adrenalina. E volta a pôr a região na ribalta, com o mundo de olhos postos na ronda 5 da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) com pilotos de renome. Este evento tem “um impacto económico na ordem dos 80 milhões de euros“, calcula ao Local Online o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos.

“Esta prova decorre nas ruas da cidade e tem um enorme alcance mediático, sendo transmitida por 111 canais de televisão de todo o mundo que levam o nome de Vila Real e do país” além-fronteiras, destaca o socialista Rui Santos. “Este evento traz, assim, uma grande visibilidade a Portugal”, sublinha o autarca que espera a afluência de 200 mil pessoas ao evento – o mesmo número registado no último ano em que a prova se realizou, em 2019 – para assistir às corridas e ver de perto conceituados pilotos, como Tiago Monteiro ou Miguel Oliveira.

Pela primeira vez e em muitos anos, não temos apoio monetário dos Fundos Comunitários nem sequer do Turismo de Portugal.

Rui Santos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

A maior enchente é esperada no domingo, o dia das provas principais e da entrega dos troféus pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. O autarca socialista vai aproveitar a presença da governante para a sensibilizar para a necessidade de serem garantidos apoios financeiros. Rui Santos reclama ajudas de mais de dois milhões de euros para este que considera ser “o maior evento automobilístico de Portugal”. Deste bolo, 1,5 milhões são, este ano, suportados pelos cofres municipais, sendo a restante verba comparticipada por mecenas.

Desde 2015 que organizámos esta iniciativa e sempre tivemos financiamento comunitário. Só que este ano coincidiu com a transição do Portugal 2020 para o quadro 2030 e, por isso, ainda não foi possível ter apoio”, lamentou o presidente da Câmara de Vila Real. “Pela primeira vez e em muitos anos, não temos apoio monetário dos Fundos Comunitários nem sequer do Turismo de Portugal”, reclamou. Rui Santos afirma ao Local Online que já solicitou ajuda ao Turismo do Porto e Norte de Portugal para “estas provas que merecem o mesmo tratamento do que o Grande Prémio de Fórmula 1 teve, há cerca de dois meses, em Portimão”.

O edil vai mais longe e é perentório nos reparos: “Não percebo porque é que o Turismo de Portugal não apoia o evento que custa mais de dois milhões de euros e tem um retorno financeiro para a região na ordem dos 80 milhões de euros, que vai desde a hotelaria à restauração”. Segundo o presidente da Câmara de Vila Real, a cidade está lotada de pessoas, os hotéis da região estão com uma taxa de ocupação na ordem dos 100%, e espera também uma grande afluência na restauração e no comércio.

Não percebo porque é que o Turismo de Portugal não apoia o evento que custa mais de dois milhões de euros e tem um retorno financeiro para a região na ordem dos 80 milhões de euros, que vai desde a hotelaria à restauração.

Rui Santos

Presidente da Câmara Municipal de Vila Real

As corridas de carros já são “uma tradição em Vila Real que mexe com o ADN da comunidade”, sublinha o presidente de Câmara. Desde 1931 que a cidade é palco de eventos deste género; ano em que decorreu a primeira edição do Circuito Automóvel de Vila Real. Na ocasião, para suportar os gastos com a iniciativa surgiu uma ideia inusitada. “A partir de 1930 é lançado, em Vila Real, um imposto sobre cada quilo de carne de forma a angariar algum dinheiro para fazer face aos custos que a organização das provas implicava”, lê-se no site da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR). Este evento contava também com o apoio da Secção Regional do Norte do Automóvel Clube de Portugal.

Na altura, refere a APCIVR, “os concorrentes [do primeiro Circuito Automóvel de Vila Real] teriam de cumprir 20 voltas, o que perfazia um total de 143 quilómetros“. Este ano, retoma-se, assim, a tradição automobilística na cidade.

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Banco de Fomento capitaliza 12 empresas

  • Lusa
  • 2 Julho 2022

O Banco de Fomento aprovou as primeiras operações ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência.

O Banco Português de Fomento (BPF), que está em processo de mudança da sua gestão, aprovou as candidaturas de 12 empresas ao Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) no valor de quase 77 milhões de euros.

De acordo com uma nota do Banco de Fomento, as empresas a investir pelo BPF, através do FdCR, são a Pluris Investments, MD Group, Viagens Abreu, Coindu – Componentes para a Indústria Automóvel, Lunainvest – SGPS, ERT – Têxtil Portugal, Hubel Agrícola SGPS, Orbitur – Intercâmbio de Turismo, Têxtil António Falcão, Travel Store – Prestação de Serviços – Viagens, Enging – Make Solutions e Qualhouse – Produtos Alimentares.

Foram aprovadas, no dia 30 de junho, as primeiras operações ao abrigo do Programa de Recapitalização Estratégica do Fundo de Capitalização e Resiliência, gerido pelo Banco Português de Fomento e criado no contexto do Plano de Recuperação e Resiliência nacional para ajudar a reforçar o capital e a solvência de empresas viáveis”, indicou, em comunicado.

No âmbito do quadro temporário de auxílios de Estado covid-19 (Janela B) deste instrumento financeiro, foram assim aprovadas operações de investimento no valor de 76,7 milhões de euros.

O Programa de Recapitalização Estratégica conta com 400 milhões de euros de dotação global, através de fundos do FdCR, tendo por objetivo estimular o crescimento sustentável da economia e colmatar a “delapidação” de capitais próprios durante a crise gerada pela pandemia.

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“O PSD não vai ser muleta do Governo” no novo aeroporto. A primeira resposta de Montenegro a Costa

  • ECO
  • 1 Julho 2022

Luís Montenegro não fecha a porta a discussões com António Costa, mas garante que não será "muleta do Governo" na opção para o novo aeroporto. Congresso do PSD termina no domingo.

O PSD não vai ser a muleta do Governo, mas sabe e reconhece que país e Lisboa precisam de reforçar capacidade aeroportuária e suprir insuficiências que existem e prejudicam interesse nacional”, afirmou Luís Montenegro no seu primeiro discurso como líder eleito do PSD. No 40º congresso do partido, Montenegro foi claro sobre a crise política que quase levou à demissão do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Foi a “mais inusitada, da mais estranha e da mais mal explicada briga entre um primeiro-ministro e um ministro de toda a história democrática”.

Luís Montenegro admite que Costa deu “nota pessoal” sobre a disponibilidade para um consenso sobre o aeroporto, mas assegurou que o líder do PSD “não trata este tema com ligeireza”. E fará essa comunicação em primeiro lugar ao primeiro ministro.

O presidente eleito do PSD, ainda assim, não poupou António Costa, nomeadamente porque havia um acordo com Rui Rio para avançar para uma nova Avaliação Ambiental Estratégica para três opções sobre o futuro aeroporto, e que agora não se sabe se se mantém ou se fica em causa, como anunciou Pedro Nuno Santos com base num despacho que foi, depois, revogado. “O líder do PSD mudou, mas o PSD é o mesmo”. “As decisões de Rui Rio são as minhas decisões e as decisões do PSD”, afirmou Montenegro. “O que vai fazer com o concurso público que já tinha adjudicação? Com a revogação do despacho o concurso tem que ir até ao fim”, aponta Luís Montenegro.

Luís Montenegro exige explicações sobre o que não foi feito: “O que é que o Governo andou a fazer sete anos para se estar no mesmo sítio” no tema do novo aeroporto?” “Como é que Governo quer ser levado a sério quando o primeiro-ministro diz estar à espera de um partido para decidir e o Governo tinha uma decisão completa e publicou? Como é que podemos levar a sério um primeiro-ministro que diz que não tinha conhecimento sobre o conteúdo do despacho?”, questionou. “Ninguém acredita que foi um erro de comunicação”, conclui Luís Montenegro.

O novo líder do PSD aproveitou, claro, a crise e as divergências entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas. “Acho que Pedro Nuno Santos finalmente conseguiu pôr as pernas a tremer a alguém, ao primeiro-ministro. Não há explicação para continuar no Governo”.

Vêm aí os estados gerais do PSD

No primeiro discurso como líder eleito do PSD, Luís Montenegro também olhou para dentro, e para as lições que deve retirar dos resultados eleitorais. Para o novo presidente, “algumas coisas têm de estar mal” com o PSD e defendeu ser necessária humildade para “o reconhecer e corrigir”.

Montenegro afastou, de qualquer forma, alguma crítica velada ao seu antecessor, que estava na primeira fila deste congresso no Porto. “Não estou a mandar recados para ninguém, nem quero. Proponho que possamos acertar como ponto de partida o seguinte: não são os eleitores que estão errados, somos nós que não estamos a conseguir convencer”, defendeu.

Montenegro defendeu que o partido tem de se modernizar e “estabelecer uma relação de maior afinidade com as pessoas” e deixou uma promessa. “Eu serei a locomotiva dessa relação direta com as populações e os territórios e a partir de setembro passarei todos os meses uma semana num distrito de Portugal. Vou estar em contacto com a realidade económica, institucional, social de todos os distritos do país e das regiões autónomas”, assegurou.

Antes, tinha prometido, sem medo das palavras, uma reedição dos estados gerais do PS. Montenegro quer recuperar a “velha moda do PPD” e apresentar, com dois anos de antecedência, o programa eleitoral e explicá-lo aos portugueses. A base programática do programa às legislativas deverá ser resultado do “movimento acreditar”, os estados gerais do PS, que Montenegro quer lançar, “em diálogo com a academia e as instituições”.

Num discurso de quase uma hora, que sucedeu à intervenção de despedida de Rui Rio como líder do partido, Luís Montenegro passou em análise o estado do país, a crise na saúde, o peso dos impostos, e o aumento da pobreza relativa do país. “Tivemos legislativas e o povo deu mais quatro anos de poder ao PS. Nos últimos 27 anos, o PS governou 20 anos; com estes quatro, em 31 anos, o PS vai governar 24 anos. No final da legislatura será cada vez mais difícil recordar a grande década de desenvolvimento social e económico do país, com Cavaco Silva”, realça o novo presidente social-democrata.

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Rio e Montenegro entram juntos no congresso do PSD

  • Lusa
  • 1 Julho 2022

O 40º congresso do PSD que vai servir para mudar a liderança do partido decorrerá até domingo.

O ainda presidente do PSD, Rui Rio, e o líder eleito, Luís Montenegro, entraram juntos na sala do Pavilhão Rosa Mota, no Porto, no momento que marcou o arranque do 40.º Congresso do PSD. “Vamos receber com um enorme aplauso Rui Rio e Luís Montenegro”, apelou o ‘speaker’ do Congresso, a anunciar a entrada do presidente e do seu sucessor.

O momento decorreu ao som do hino do partido, “Paz, pão, povo e liberdade”, e com os delegados presentes a aplaudir de pé. Montenegro ergueu os dedos num “V” de vitória, antes de abraçar a militante número dois Conceição Monteiro.

Os trabalhos começaram cerca das 21h54, com quase uma hora de atraso em relação ao inicialmente previsto.

Como habitualmente, é a cor laranja que domina o cenário – embora tanto Rio como Montenegro tivessem escolhido o azul para a cor das gravatas – com o busto do fundador Francisco Sá Carneiro junto às bandeiras.

O ‘slogan’ “Portugal em primeiro” está em grande destaque no ecrã e a palavra “social-democracia” lê-se nas duas mesas do palco.

O 40.º Congresso do PSD, a consagração de Luís Montenegro como presidente do partido, decorre até domingo no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, mas inicialmente esteve marcado para o Coliseu da mesma cidade, tendo mudado de local devido às melhores condições do novo espaço que, entretanto, ficou disponível.

Quase 30 anos depois, o PSD volta assim aos congressos no Pavilhão Rosa Mota, mas numa situação bem diferente de 1992, quando Cavaco Silva governava o país com maioria absoluta.

Agora, é o PS que detém a maioria absoluta desde as eleições de 30 de janeiro e o PSD está longe do poder desde 2015.

Neste Congresso, estão inscritos 935 delegados, 203 participantes, e 1.033 observadores, de acordo com dados da secretaria-geral do PSD.

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