Adiar a reforma pode antecipar a morte

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

Um estudo que relaciona o aumento da idade de reforma e os seus efeitos sobre a saúde mostra que adiar o acesso a uma pensão traz o risco, acentuado em algumas profissões, de morrer mais cedo.

O adiamento da idade da reforma pode, em contrapartida, antecipar a morte, conclui um estudo da fundação espanhola sobre economia aplicada (Fedea), no momento em que muitos responsáveis políticos procuram assegurar a sustentabilidade do sistema público de pensões e fazer face ao envelhecimento da população desincentivando e restringindo as reformas antecipadas e prolongado a idade a partir da qual se tem acesso a uma pensão.

Os resultados do estudo mostram que retardar a saída do mercado de trabalho por um ano aumenta significativamente o risco de morrer entre os 60 e 69 anos de idade. O risco concentra-se especialmente nas profissões mais exigentes fisicamente e sujeitas a um maior nível de stress emocional e mental, sendo muito menor para os indivíduos que têm acesso a mecanismos de reforma parcial que lhes permitem reduzir o seu horário de trabalho a partir de determinada idade.

O trabalho, de autoria de S. Jiménez (UPF e Fedea), C. Belles e Han Ye (ambos da Universidade de Mannheim), salienta que “numa altura em que o prolongamento da vida ativa pode ser um instrumento essencial para garantir a sustentabilidade dos regimes de pensões, os resultados do estudo apontam para a necessidade de desenhar criteriosamente os detalhes das políticas de reforma, tendo em conta os seus possíveis efeitos na saúde dos trabalhadores”.

Impacto negativo

Assim, de acordo com o estudo, as reformas como o aumento da idade da reforma podem ter um impacto negativo na saúde da população, e que estes efeitos sobre a saúde devem ser levados em conta na avaliação global dos efeitos de tais políticas.

“Além disso, mostramos que os efeitos adversos sobre a saúde podem ser mitigados, permitindo a reforma antecipada a quem exerça determinadas profissões (com implicam atividades extenuantes, física ou mentalmente) e introduzindo a possibilidade de reduzir o tempo de trabalho para os trabalhadores mais velhos em fim de carreira”, sublinham os seus autores.

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Responsável do WTCR quer “salvar” corridas de Vila Real em risco para 2023

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2022

Responsável máximo pela organização da Taça do Mundo de Carros de Turismo quer salvar corridas de Vila Real. Autarca local garante estarem em risco de ocorrer, em 2023, por falta de apoios.

“Compreendemos as dificuldades e temos de encontrar soluções para continuar a nossa colaboração e oferecer à cidade a oportunidade de continuar a manter as corridas”, anunciou o responsável máximo pela organização da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), o francês Jean-Baptiste Ley. Esta foi a reação às afirmações do presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, quando disse que a “falta de apoios deixa em risco a edição 2023 WTCR“.

Durante uma conferência de imprensa, Rui Santos lamentou a falta de apoio do Governo para a organização do evento e criticou também a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), a Eurosport e as empresas que subiram “inexplicavelmente” os preços e quem pede à organização uma pulseira pela qual não é capaz de pagar 10 euros.

O autarca socialista afirmou ainda que, no final desta edição, a organização, que junta o Clube Automóvel de Vila Real (CAVR), a Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR) e o município, vão refletir e ponderar todos estes factos.

Jean-Baptiste Ley admitiu, por sua vez, que as dificuldades económicas da organização, denunciadas pelo autarca Rui Santos, “não são surpreendentes”, tendo em conta a situação atual mundial. Mas sublinhou que a autarquia “é um dos parceiros mais fortes da Discovery Sport Events [que organiza o WTCR]”.

O Circuito Internacional de Vila Real tem acolhido no seu programa uma etapa do Mundial de Carros de Turismo [de 2014 a 2017] e da Taça do Mundo de Carros de Turismo [desde 2018, à exceção de 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19], mas o contrato para 2023 ainda não foi assinado.

É do maior interesse para Vila Real e para a Discovery Sport Events estudar profundamente a questão para otimizar os custos de forma a salvar o evento no futuro.

Jean-Baptiste Ley

Da organização da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR)

Sem querer revelar pormenores sobre os acordos comerciais, Jean-Baptiste Ley admitiu que “gerir todo o Mundial é caro, pois há muitos custos que é preciso cobrir”. O responsável sublinhou, contudo, que “é do maior interesse para Vila Real e para a Discovery Sport Events estudar profundamente a questão para otimizar os custos de forma a salvar o evento no futuro”.

Jean-Baptiste Ley frisou que “a corrida de Portugal, em Vila Real, é icónica. E é uma das mais atrativas pistas citadinas de todo o campeonato”, pelo que não quer “interromper esta colaboração.

Apesar das dificuldades, o autarca Rui Santos fez um balanço positivo desta edição, sublinhando o recorde de pilotos inscritos, de bilhetes esgotados para as bancadas oficiais e em muito público espalhado pela pista de 4,6 quilómetros.

Vila Real é paixão, adrenalina, história e é também muita resiliência, porque, apesar de termos interrompido várias vezes o circuito, sempre conseguimos regressar. A última, como se sabe, deveu-se à Covid-19”, referiu.

“Este ano, montámos o circuito sem fundos comunitários. O quadro 2020 terminou e o 2030 ainda não se iniciou. Montámos este circuito sem Orçamento do Estado, que foi publicado há quatro ou cinco dias em Diário da República”; apontou. Mais, referiu o edil, “ao contrário do que aconteceu até 2013, em que o Turismo de Portugal sempre garantiu apoios para este tipo de provas no Circuito da Boavista, ao dia de hoje ainda não temos essa garantia por parte do Estado central no que diz respeito ao Circuito Internacional de Vila Real”.

O orçamento do município para esta edição das corridas de Vila Real é de 1,5 milhões de euros. A organização calcula que o evento, que custou mais de dois milhões de euros, tenha um retorno de 80 milhões para toda a região.

Rui Santos acha “estranhíssimo que o Governo se tenha predisposto a pagar, por exemplo, [provas em] Portimão, que teve 20 mil pessoas a ver corridas, e não faça o mesmo com Vila Real, em termos proporcionais”.

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Países da UE terão “livre acesso” a provas digitais nas investigações criminais

Bruxelas concluiu as linhas principais do pacote e-evidence. Em 50 % das investigações criminais da UE é feito um pedido transnacional para obter acesso às provas eletrónicas.

Bruxelas concluiu, esta quarta-feira, o acordo político entre o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e o Conselho do pacote legislativo e-evidence. Ou seja: regras cujo principal objetivo será o de agilizar o acesso às provas eletrónicas em investigações criminais, no espaço da União Europeia (UE), independentemente do local onde os dados estejam armazenados.

Estas novas regras permitirão às autoridades judiciais de um país da UE pedir acesso às provas eletrónicas diretamente a qualquer prestador de serviços que opere na União Europeia e esteja estabelecido ou representado noutro Estado-Membro. O que permitirá ainda reduzir a burocracia, já que não será necessário passar pelas autoridades judiciárias do outro Estado-Membro.

Alterações que surgem num contexto em que em 50 % das investigações criminais é feito um pedido transnacional para obter acesso às provas eletrónicas e em que 85 % das investigações criminais realizadas na UE envolvem dados digitais.

“Em Bruxelas alcançámos as linhas principais do acordo político entre o Parlamento Europeu e o Conselho do importante pacote legislativo e-evidence, de que fui relator sombra”, explicou o eurodeputado eleito pelo CDS/PP, Nuno Melo. “Muitas horas de trabalho técnico nas últimas semanas permitiram às equipas negociais chegar a um acordo com a presidência francesa da UE e que será indispensável para que as autoridades judiciais tenham as ferramentas necessárias para lutar contra a criminalidade organizada e terrorismo”.

E o que são provas eletrónicas/digitais?

Provas eletrónicas são os dados digitais utilizados em investigações criminais. Podem ser mensagens de correio eletrónico (mails), mensagens de texto (sms), o conteúdo das aplicações de mensagens conteúdo audiovisual (fotografias de telemóvel) ou informações sobre a conta de um utilizador suspeito (de mail, de facebook, twitter, etc.). São dados que podem ser utilizados para identificar uma pessoa ou obter mais informações sobre as suas atividades suspeitas.

E o que dizem as novas regras?

  • O regulamento relativo às ordens de entrega ou de conservação de provas eletrónicas permitirá às autoridades aceder aos dados armazenados, independentemente do local de armazenamento.
  • A ordem de entrega permitirá a uma autoridade judicial de um Estado-Membro pedir o acesso às provas eletrónicas diretamente a um prestador de serviços que esteja estabelecido ou representado noutro Estado-Membro. O prestador de serviços terá de responder num prazo de dez dias, ou de seis horas em casos de emergência.
  • A ordem de conservação evitará que as provas eletrónicas sejam eliminadas por um prestador de serviços;
  • As regras aplicar-se-ão apenas aos dados armazenados, uma vez que a interceção das telecomunicações em tempo real não está abrangida pelas regras propostas;
  • A diretiva relativa aos representantes legais obrigará todos os prestadores de serviços não estabelecidos na União, mas que nela operem, a designarem um representante legal na UE. O representante será responsável por receber, respeitar e executar as decisões e ordens. O objetivo é assegurar que todos os prestadores de serviços que operem na UE tenham as mesmas obrigações no que se refere ao acesso a provas eletrónicas.

O que dizem os especialistas?

“Estas novas regras, ao estipularem uma cláusula de acesso imediato aos dados, independentemente do seu local de armazenamento, podem permitir uma maior flexibilidade e celeridade nos crescentes pedidos de acesso às provas electrónicas no espaço Europeu“, segundo explicou o advogado da RSA, João Luz Soares, “estabelecendo procedimentos directos juntos dos próprios prestadores de serviços, sem a necessidade de intervenção do Estado-membro, permitindo reduzir a carga burocrática inerente”.

“Por outro lado, os prazos de resposta curtos pelos prestadores de serviços – especialmente no caso dos procedimentos de emergência – poderão ser especialmente relevantes para assegurar a eficácia da investigação e, claro, garantir a salvaguarda da conservação dos dados armazenados”, acrescenta o mesmo advogado.

Raquel Caniço, advogada da Caniço Advogados, já é mais cética ao defender que “há uma dicotomia entre o que são as necessidades de obtenção de informação na investigação criminal e o direitos fundamentais dos suspeitos e dos arguidos a investigar”.

A advogada explica dizendo que “pode parecer muito óbvio, numa análise superficial, sobre o que deve prevalecer, entre investigar um crime de tráfico de estupefacientes, sobretudo ao nível da criminalidade organizada, versus direitos fundamentais como, a reserva da vida privada e o direito à imagem de um conjunto de pessoas, mas na verdade, há que saber como vai ser tratada essa informação e o “excedente” de informação que se recebe normalmente nas investigações (ex. entrar na conta de e-mail de um trabalhador, via introdução de um vírus, onde, entre outra, constem segredos de negócio de uma multinacional, cuja transmissão dessa informação, via propagação do vírus, a um concorrente, determine uma distorção de mercado). Por tudo isto e muito mais, levantam-se muitos problemas jurídicos, quer no âmbito do Direito interno, de cada Estado-membro, quer do Direito Internacional”, sublinha Raquel Caniço.

Sérgio Figueiredo, coordenador da comissão de penal e processo penal da JALP, acredita que com esta proposta, “retiram-se passos ao procedimento em causa, sem que isso, pelo menos aparentemente, limite qualquer direito dos visados, quer enquanto titulares dos dados pessoais, quer enquanto eventuais suspeitos ou até arguidos em processo penal”. E diz ainda que “a celeridade da investigação será proveitosa em todas as investigações, não só no que respeita à criminalidade informática ou ao terrorismo. Pense-se, por exemplo, até nos casos de crimes sexuais cuja infração seja transnacional e que permitirá um acesso mais célere a informação que pode ser fundamental para identificar os autores de um determinado crime ou até fazer cessar a prática do mesmo”, conclui.

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Fórum Nacional de Seguros: 12 conferências a não perder

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

Durante um dia e meio, mais de 40 especialistas do setor segurador estarão juntos para debater a atualidade da indústria, nas 12 conferências do 1º Fórum Nacional de Seguros.

Nos dias 5 e 6 de julho, todos os caminhos do setor segurador vão dar à Alfândega do Porto. É lá que decorre o 1º Fórum Nacional de Seguros, um ponto de encontro que pretender ser único nos seguros em Portugal.

O programa de conferências já está lançado: 12 debates, mais de 40 protagonistas e um olhar atento aos temas essenciais sobre a indústria dos seguros.

O ECOseguros promove dois momentos de debate no dia 5 de julho, um focado no “Estado da Cibersegurança“, onde espera abordar o que se tornou um hot topic através de várias perspetivas: do ponto de vista técnico, legal e específico dos seguros; e ainda uma conferência que parte do panorama económico atual, sob o mote “Pós-Covid, guerra, inflação. Como deve reagir o setor segurador”.

A Associação Portuguesa de Seguradores fará uma palestra sobre “Aumentar a proteção”, que incidirá sobre “a baixa poupança para a reforma e a baixa proteção patrimonial”.

Tendo em mente os “permanentes desafios de eficiência e otimização de operações, na busca incessante pela sustentabilidade do sistema”, a Associação Portuguesa de Agentes e Corretores de Seguros (APROSE) parte do mote “Industrialização vs Humanização” para abordar a “industrialização de processos por parte das companhias de seguros e o equilíbrio na relação com o cliente, em que o mediador profissional de seguros se assume como o garante da humanização do processo”.

“Os Desafios das Seguradoras Vida” é o tema da mesa redonda promovida pela Real Vida Seguros. “Vivenciamos recentemente a nível global dois grandes eventos que estão a mudar radicalmente as nossas vidas. As pessoas foram privadas de relações sociais de proximidade e experienciamos uma guerra com os impactos inerentes nas sociedades e na economia. A distância e a separação têm impulsionado as empresas e as pessoas para soluções onde a componente tecnológica tem cada vez mais um peso importante, sendo um desafio constante à inovação. Com este fenómeno pull, assistimos à criação de ecossistemas que apresentam soluções e caminhos para o futuro. Esta mudança está hoje a criar experiências personalizadas aos seus clientes, fundamentais para o crescimento do setor. Os desafios das Seguradoras Vida perspetivam-se igualmente ao nível das alterações dos estilos de vida e da necessidade de inovação dos produtos na cobertura de novos riscos tanto em Vida como em Saúde”, explica a seguradora, em jeito de introdução ao tema do debate.

O Groupe Prévoir-Vie lança a pergunta: “Digitalização – Onde ficam as Pessoas?”, numa mesa redonda que pretende demonstrar que “os seres humanos e a digitalização não são incompatíveis, pelo contrário, a digitalização está ao serviço dos seres humanos”.

Não é possível falar de digitalização sem olharmos atentamente para a tecnologia. “O papel da tecnologia nas transformações do negócio” será o tema do debate da Cleva Inetum, que irá explorar “os desafios do mercado segurador com os inúmeros constrangimentos que, recentemente, têm surgido no panorama económico mundial (guerra na Ucrânia, pandemia, aumento das taxas de juro, etc.) e como a tecnologia pode alavancar a melhor resposta às mudanças no negócio”.

“O futuro digital com a mediação começa hoje!” será o ponto de partida para a conferência da Liberty Seguros, que desenvolverá o tema essencial da digitalização na distribuição do setor segurador.

A Caravela Seguros irá lançar um olhar prático sobre “Que ações para uma boa gestão de clientes no século XXI”, tendo como base as “necessidades dos clientes que estão em constante evolução. O que deveremos fazer para conhecer e efetuar uma boa gestão dos clientes?” Os dados para o debate estão lançados.

“O que acaba primeiro: a vida ou o dinheiro?” A palestra da Unipeople parte da dúvida para depois lançar as luzes para a melhor resposta. “Uma vida financeira saudável pressupõe um plano financeiro que começa com a proteção, segue para a poupança e, posteriormente, para o investimento. Assim, atinge-se o que é chamado de liberdade financeira. Vamos ensinar o porquê de os seguros de vida serem a base deste plano, a importância da previdência privada, a construção de equipas, entre outros. Nesse sentido, é isto que a Unipeople procura: planear a vida das pessoas para serem mais felizes com finanças saudáveis, protegidas e preventivas”, explica.

Não seria possível cobrir a atualidade sem lançar um olhar ao tópico transversal da sustentabilidade. A Ageas Seguros desenvolve a sua intervenção nessa linha, partindo da questão “Sustentabilidade: moda ou essência do negócio?”.

“A distribuição como eixo de uma longevidade sustentável” é o tema do debate promovido pela Fidelidade, onde caberão importantes questões sobre saúde, envelhecimento e o papel da distribuição seguradora.

A 1ª edição do Fórum Nacional de Seguros conta com o apoio institucional da APS e da APROSE, e com o patrocínio da Ageas Seguros, AIG, Arag, ASISA, Berkley Portugal, Caravela Seguros, Celestino Joaquim – Mediação de Seguros, Cleva Inetum, Diagonal, Fidelidade, Gemese, IBK Seguros, Infosistema, Innovarisk, i2S Brokers, Libax, Liberty Seguros, lluni, Methodus Seguros, Mudum, Prévoir-Vie, RandTech Computing, Real Vida Seguros, Sabseg, Safe 4 All, SEMPER, SPS Advogados, Tranquilidade, Unipeople e Zurich.

Conheça o programa com os horários e oradores de cada conferência aqui.

1º dia

2º dia

 

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Allianz Partners analisa inovações médicas induzidas pela Covid-19 no horizonte de 2040

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

A Allianz Partners introduziu um novo capítulo, sobre os efeitos da pandemia sobre a medicina, nas perspetivas para 2040. A sua série futurologista procura antecipar como serão os futuros clientes.

A Allianz Partners decidiu analisar os efeitos introduzidos pela pandemia, designadamente os seus efeitos sobre o desenvolvimento da medicina, dedicando ao tema um capítulo na série futurologista patrocinada pela Allianz Partners, que procura mostrar como será o mundo em 2040 no contexto das áreas específicas de atuação do grupo segurador: saúde internacional, assistência, automóvel e seguros de viagens.

Entre as inovações que surgiram devido à pandemia, destacam-se as que aceleraram o desenvolvimento da ciência e da atenção médica.

Denominado ‘Covid-19: Como acelerou o futuro dos cuidados médicos’, o capítulo da série ‘O mundo em 2040’ dedicado aos efeitos da pandemia aborda a aceleração, a um ritmo muito superior, das tendências em medicina e cuidados de saúde que já haviam sido delineadas no relatório original.

Por um lado, destaca a grande transformação da ciência médica e o imenso esforço coletivo da saúde global e da comunidade científica para desenvolver uma vacina. Segundo o relatório o mundo está prestes a conhecer vários avanços significativos, devido à investigação em curso sobre vacinas de alta tecnologia baseadas em genes, e que atualmente podem beneficiar pacientes com cancro, cardiopatias e doenças infecciosas. Emerge o imenso potencial das tecnologias de ‘mRNA’ (ácido ribonucleico mensageiro).

De acordo com o relatório, os cuidados de saúde serão prestados remotamente através da utilização da tecnologia digital. A telemedicina é uma tendência emergente por excelência da Covid-19, reduzindo a carga sobre médicos e hospitais.

A série, intitulada ‘The World in 2040’ foi desenvolvida pelo futurologista Ray Hammond, que há quase 40 anos escreve e fala sobre as tendências que moldarão o futuro. Em 2010, recebeu a Medalha de Ouro da ONU por Serviços à Futurologia. Hammond vive atualmente no futuro que descreveu há perto de 40 anos.

A série assume a forma de uma série de relatórios, lançados ao longo de 2019. Os relatórios examinam uma ampla gama de tendências e tópicos futuros, que incluem robots e automação que transformarão a vida quotidiana, tanto no trabalho como em casa, múltiplas revoluções médicas que melhorarão e prolongarão a vida e o impacto potencial de automóveis, comboios e aviões que circularão sem motorista e sem piloto.

“Com esta série, a Allianz Partners pretende colocar-se no lugar dos futuros clientes, de forma a antecipar as suas necessidades e a antecipar-se proativamente a curva na compreensão das tendências e inovações que provavelmente afetarão os seus negócios”, referiu o grupo, explicando a iniciativa.

O primeiro relatório centra-se nas mudanças esperadas na área da saúde nas próximas duas décadas, incluindo vastas melhorias na prestação de tratamentos e no acesso aos cuidados de saúde.

O modo como a vida superinteligente transformará o lar de meados do século XXI é o tema do segundo relatório. O terceiro relatório da série explora as prováveis ​​mudanças operadas no transporte rodoviário nos próximos 20 anos. O relatório final procura antecipar como é que a experiência do viajante de negócios e lazer evoluirá nas próximas décadas, tanto nos países desenvolvidos quanto nos que se encontram em desenvolvimento.

O grupo Allianz conta com 100 milhões de clientes em mais de 70 países em todos os continentes, reunindo mais de 150 mil colaboradores.

Em Portugal, reúne 980 mil clientes, englobando uma rede de mediação de 600 colaboradores diretos e seis mil agentes.

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Marcelo teve conversa “muito interessante” com Lula sobre “equilíbrio geopolítico”

  • Lusa e ECO
  • 3 Julho 2022

"Falámos dos temas mundiais importantes, muito importantes, como é que o Presidente Lula via a questão da Ucrânia, a duração da guerra, os efeitos da guerra, o equilíbrio geopolítico", disse Marcelo.

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje se reuniu com o antigo Presidente brasileiro Lula da Silva, afirmou que falaram da guerra na Ucrânia e do “equilíbrio geopolítico”, numa conversa “muito interessante”.

O encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e Lula da Silva – que defrontará o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nas eleições presidenciais de 02 de outubro – realizou-se na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Nascimento, e durou cerca de uma hora e 45 minutos.

“Falámos dos temas mundiais importantes, muito importantes, como é que o Presidente Lula via a questão da Ucrânia, a duração da guerra, os efeitos da guerra, o equilíbrio geopolítico, a situação económico-social”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no fim da reunião.

Lula da Silva esteve acompanhado por Celso Amorim, que foi ministro das Relações Exteriores nos seus dois governos, e não prestou declarações à comunicação social. Segundo o Presidente português, “foi uma análise muito, muito abrangente, muito longa, por isso mesmo muito abrangente, mas muito interessante”.

Interrogado se quanto à invasão da Ucrânia pela Rússia houve alguma aproximação ou pontos de vista totalmente opostos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que as posições são diferentes e que no Brasil esta guerra é vista “como um conflito europeu”.

“Daí a importância desta conversa, porque não é apenas um conflito europeu, há aqui um problema de equilíbrio geopolítico. E é bom que quem está noutros continentes tenha a noção exata de que esse equilíbrio geopolítico toca a todos, quer dizer, o mundo de hoje já não conhece separações, não conhece fronteiras”, considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que Portugal é membro da União Europeia e da NATO e tem uma posição “muito clara” sobre a guerra na Ucrânia. “Nós somos não só solidários como claramente determinados nas posições da União Europeia e da NATO. Portugal, além do apoio humanitário, tem dado inclusive apoio militar. Não é essa a posição do Brasil e não é essa a visão que se tem no Brasil e se tem noutros continentes em relação àquele conflito”, referiu.

A comitiva portuguesa neste encontro incluiu o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André. Também estiveram presentes Luís Faro Ramos, embaixador de Portugal em Brasília, e Maria Amélia Paiva, consultora do Presidente da República para as relações internacionais.

Marcelo reprograma agenda em São Paulo e deixa cair ida a Brasília

O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje que deixou cair a ida a Brasília para um encontro com o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e já está a reprogramar a sua agenda em São Paulo.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no fim de um pequeno-almoço com o antigo Presidente do Brasil Lula da Silva, na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, que durou cerca de uma hora e 45 minutos.

Interrogado se vai ou não viajar hoje ao fim do dia para Brasília para se encontrar com Bolsonaro na segunda-feira, respondeu: “Houve um convite escrito, eu aceitei por escrito. Na medida em que não aparece uma confirmação escrita, isto quer dizer que, de facto, eu vou ficar no programa originário”. E acrescentou: “Não tem drama nenhum”.

O Presidente da República assinalou que o programa inicial desta sua visita ao Brasil só incluía Rio de Janeiro, para assinalar os cem anos da travessia aérea do Atlântico Sul, e São Paulo, para a Bienal do Livro. Depois surgiu o convite de Jair Bolsonaro para ir a Brasília.

Até agora, continuava oficialmente em aberto se Marcelo Rebelo de Sousa iria ou não viajar para Brasília hoje ao fim do dia, para um encontro seguido de almoço com o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, no Palácio Itamaraty, na segunda-feira.

Jair Bolsonaro declarou à CNN Brasil na sexta-feira que tinha decidido cancelar o almoço entre os dois, o que justificou com o facto de Marcelo Rebelo de Sousa se ir encontrar hoje com Lula da Silva. O Presidente português desvalorizou reiteradamente este episódio e disse que aguardava uma eventual comunicação por escrito do seu homólogo.

Bolsonaro vai recandidatar-se ao cargo nas presidenciais marcadas para 02 de outubro, nas quais irá defrontar Lula da Silva.

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Anacom recolhe contributos sobre convénio de preços do serviço postal universal prestado pelos CTT

  • Lusa
  • 3 Julho 2022

“A Anacom recolhe contributos sobre o princípio de acordo relativo ao projeto de convénio de preços do serviço postal universal até 15 de julho”, informou a autoridade.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) anunciou hoje que o projeto de convénio para definir os preços do serviço postal universal prestado pelos CTT – Correios de Portugal vai recolher contributos até 15 de julho.

“A Anacom recolhe contributos sobre o princípio de acordo relativo ao projeto de convénio de preços do serviço postal universal até 15 de julho”, informou esta autoridade, indicando que a participação na consulta pública é feita “por escrito e em língua portuguesa, para o endereço de correio eletrónico convenioprecos@anacom.pt”.

Em causa está a alteração ao regime jurídico da prestação de serviços postais, prevista num decreto-lei publicado em 07 de fevereiro deste ano e que entrou em vigor no dia seguinte, determinando que os critérios a que deve obedecer a formação dos preços dos serviços postais que compõem o serviço universal passam a ser estabelecidos, “por um período de três anos, por convénio a celebrar entre a Anacom, a Direção-Geral do Consumidor (DGC) e os CTT (enquanto prestador do serviço universal)”.

A Anacom fica responsável pela coordenação dos trabalhos do convénio, inclusive a articulação das partes no contexto da negociação. “Na sequência do processo negocial entretanto desenvolvido pelas partes (Anacom, DGC e CTT), chegou-se a um princípio de acordo relativamente a um projeto de texto para o convénio a celebrar”, informou o regulador.

Neste âmbito, a Anacom considerou “ser útil” recolher os contributos dos utilizadores finais, incluindo consumidores, outros prestadores de serviços postais e outras organizações, sobre o princípio de acordo relativo ao convénio de preços do serviço postal universal.

“O convénio continua a abranger os mesmos serviços que eram objeto das anteriores decisões da Anacom sobre os critérios de formação de preços do serviço universal”, referiu a autoridade reguladora, numa nota publicada no seu ‘site’, referindo que o projeto em consulta pública mantém a inclusão dos serviços de correspondências, encomendas e jornais e publicações periódicas que integram a oferta do serviço universal, incluindo o serviço de correio registado utilizado em procedimentos judiciais ou administrativos.

A Anacom adiantou ainda que, “de igual modo, o convénio não se aplica aos preços especiais e condições associadas dos serviços postais que integram a oferta do serviço universal”, aplicados pelos CTT, nomeadamente para serviços às empresas, a remetentes de envios em quantidade ou a intermediários responsáveis pelo agrupamento de envios de vários utilizadores, os quais obedecem ao regime específico previsto no regime jurídico aplicável à prestação de serviços postais.

“A fixação dos preços dos serviços postais objeto do convénio continua a obedecer aos seguintes princípios tarifários: acessibilidade a todos os utilizadores; orientação para os custos, devendo os preços incentivar uma prestação eficiente do serviço universal; e transparência e não discriminação”, informou o regulador, acrescentando que, em linha com o que se tem verificado no passado, estes preços estão sujeitos a uma variação anual máxima e uma variação máxima para o período global de duração do convénio.

De acordo com a Anacom, o projeto de convénio mantém o princípio da uniformidade tarifária, com a aplicação de um preço único em todo o território, nos envios de correspondência, de âmbito nacional, com peso inferior a 50 gramas, assim como a disponibilização, de forma gratuita, no serviço nacional e internacional, de envios para os cegos e amblíopes expedidos, à exceção das sobretaxas aéreas, caso existam.

No final de fevereiro, o Governo afirmou que o novo contrato de concessão do serviço postal universal aos CTT, que entrou em vigor nesse mês e que terá a duração de sete anos, visa “garantir a continuidade” da prestação anterior, mas com “ajustamentos” que asseguram uma melhoria da satisfação das necessidades e a coesão territorial.

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Multicare promove saúde mental

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2022

A seguradora de saúde do grupo Fidelidade associa-se a espetáculo do humorista António Raminhos na promoção da saúde mental para destacar a sua cobertura inovadora nesta área.

A Multicare, seguradora de saúde do grupo Fidelidade, vai ser a principal patrocinadora do espetáculo de António Raminhos ‘Não sou eu…é a minha cabeça’ que vai percorrer o país de setembro a novembro e no qual o humorista irá partilhar com o público a sua experiência de vida e os problemas relacionados com a saúde mental, numa abordagem temperada pela leveza do humor.

António Raminhos: a Multicare associa-se ao seu espetáculo na promoção da saúde mental

A associação ao humorista tem como objetivo chamar a atenção para a saúde mental e insere-se no âmbito da cobertura abrangente disponibilizada pela seguradora tendo por objetivo a prevenção e tratamento da doença de foro psiquiátrico e dirigida a clientes da oferta standard com capital de ambulatório.

“Com a associação ao António Raminhos, a Multicare pretende desmistificar alguns dogmas ou preconceitos associados às doenças de foro psiquiátrico considerando o seu impacto junto da população. Portugal é o 5º país da União Europeia com maior prevalência de doenças mentais, considerando que cerca de 20% da população portuguesa tem uma doença mental neste momento e 50% já teve ou terá uma doença mental durante a vida”, refere uma nota da seguradora.

A cobertura de saúde mental da Multicare, inovadora no mercado português, assenta em dois pilares. O primeiro está relacionado com a prevenção e tem em vista a adoção de um estilo de vida saudável, domínio em que a seguradora conta com o programa Vitality, que implica um sistema de recompensas. O segundo pilar corresponde ao tratamento, procurando a seguradora, face a uma patologia instalada, dar resposta terapêutica a vários níveis, abrangendo consultas de psicologia, psiquiatria e sessões de psicoterapia, contando com a inclusão da cobertura de internamento psiquiátrico nas suas apólices. Esta proteção é uma das especialidades disponíveis na medicina online da Multicare.

A Multicare, a seguradora de saúde do grupo Fidelidade, conta com mais de um milhão de clientes, garantindo a maior rede privada de prestadores de saúde no país. Esta abarca 88 hospitais (incluindo internamento) e 2.500 clínicas (em regime ambulatório), bem como uma rede exclusiva com mais de 700 prestadores em países como Espanha, Angola, Moçambique e Cabo Verde.

A Fidelidade reforçou, em 2021, a liderança do setor segurador em Portugal, apresentando um crescimento de 44% na produção, para 3,88 mil milhões de euros e um reforço na quota de mercado, que passou para 29,1% do total.

 

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Da saúde aos impostos: As sete prioridades de Luís Montenegro para o país

O novo líder do PSD enumerou as prioridades do partido no seu mandato, que contemplam a saúde, os impostos, políticas para os jovens e a atração de imigrantes.

No discurso de encerramento do congresso do PSD, o novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido. São eles o combate a carestia de vida, combate ao caos e desgoverno na saúde, defesa de sociedade com menos impostos, políticas que retenham jovens e talento em Portugal, implementação de programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes, pacto sobre transição digital, energética e ambiental e, finalmente, descentralização e oposição a um referendo à regionalização em 2024.

A primeira prioridade é então o combate a carestia de vida: com uma inflação que caminha para o dobro da estimada, começa por dizer o presidente do PSD, “todos estão a perder poder de compra, mas num país de baixos salários e pensões baixas, os mais frágeis vivem impactos de maior aflição”.

Criticando a resposta do Governo, Montenegro defende a “criação de um programa de emergência social que aproveite excedente criado pela inflação na cobrança de impostos”, nomeadamente com um vale mensal a famílias de mais baixos rendimentos, descidas na fiscalidade sobre combustíveis e apoios ao setor agrícola, pecuário e pescas.

Segue-se a saúde, com o líder do PSD a sublinhar que o Governo é “responsável pela degradação do SNS” e “não pode assobiar para o lado”. Para Montenegro, “é o complexo ideológico que tem impedido o sistema público de saúde” de se desenvolver, propondo assim que “aqueles que têm mais fracos recursos também possam aceder a cuidados privados e do setor social, porque o Estado consegue ter eficiência que não tem se os concentrar apenas no SNS”.

O terceiro tema apontado foi a “defesa de sociedade com menos impostos, como contributo para o crescimento económico, que deve ser sólido com repartição da riqueza”. Montenegro acusa o Governo de ser “campeão da carga fiscal e líder do sufoco fiscal”, afirmando que o projeto do PSD, cujas propostas serão apresentadas nos próximos meses, é de “alívio da carga fiscal”.

Em quarto lugar, o novo líder social-democrata defendeu “políticas que retenham jovens e talento em Portugal”. “São necessárias medidas fiscais, que possam discriminar em sede de IRS os jovens”, disse, defendendo que “é possível acomodar no sistema fiscal uma taxa máxima de 15% para os jovens até aos 35 anos, com exceção do ultimo escalão”.

Além disso, os “jovens querem também que se removam obstáculos a natalidade”, apontou, propondo assim “garantir acesso universal ao ensino pré-escolar dos 0 aos 7 anos”.

Na lista de Montenegro seguiu-se a “implementação de um programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes”, notando que “além de criar condições para que portugueses possam regressar, devemos idealizar a forma de chamar cidadãos de outras nacionalidades a ajudar país”. “Só atrairemos os melhores se impulsionarmos a nossa economia e salários e tivermos políticas de integração atrativas”, apontou.

O penúltimo ponto foi que se possa “ter um pacto sobre transição digital, energética e ambiental”, num “compromisso que junte poderes públicos, academia, parceiros sociais e associativos, que determine metas e objetivos”.

Finalmente, Montenegro mostrou-se contra um referendo à regionalização daqui a dois anos, que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado” numa altura de crise, devido à “gravidade da situação internacional e consequências económicas e sociais muito sérias que estão a atingir os portugueses”. Assim, se o Governo avançar com este tema, “não vai ter cobertura e aval do PSD”.

Montenegro demarca-se de “políticas xenófobas e racistas”

No seu discurso final, Montenegro demarcou-se também do Chega, reiterando que “não somos populistas nem ultraliberais, e muito menos nos associaremos algum dia a qualquer política xenófoba e racista”. “Não somos daqueles que ultrapassam muros do extremismo só para sobreviver politicamente”, disse, atirando farpas “ao PS de Costa e dos seus delfins”.

“Comigo e com o PSD, antes quebrar que torcer. Jamais abdicarei dos princípios da social-democracia e dos princípios do programa para governar a qualquer custo”, reiterou, acrescentando ainda que “se algum dia for confrontado com violação dos nossos princípios e valores para formar e suportar Governo, o partido pode decidir o que quiser mas eu não serei o líder desse Governo”.

O novo líder do PSD disse que não tinha linhas verdes e vermelhas, mas definiu também que o PSD é um “partido livre com liberdade de assumir compromissos e entendimentos quando necessário”, mas nunca violará os “princípios e valores”.

Montenegro tomou posse neste fim de semana e as listas que compõem a sua equipa para os órgãos do partido foram todas aprovadas com uma margem larga: a direção foi eleita com 91,6% dos votos, superando o resultado de Pedro Passos Coelho. Contemplam Carlos Moedas a encabeçar a lista para o Conselho Nacional, Paulo Rangel e Miguel Pinto Luz como vice-presidentes e Hugo Soares como secretário-geral do PSD.

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Politécnico de Viana do Castelo lança curso de Turismo de Gastronomia e Vinhos para impulsionar economicamente a região

Politécnico de Viana do Castelo lança novo curso técnico superior profissional em Turismo de Gastronomia e Vinhos para atrair e fixar jovens no concelho. E impulsionar economicamente a região.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) vai lançar, a partir de setembro deste ano, um novo Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Turismo de Gastronomia e Vinhos, anunciou a instituição de ensino que conta com a parceria de 25 entidades e espera impulsionar economicamente a região com esta formação. Além de alavancar ainda mais a valorização do território minhoto.

Setembro vai marcar uma nova etapa para a sub-região de Monção e Melgaço, e para os 30 alunos que vão fazer parte da primeira turma do CTeSP em Turismo de Gastronomia e Vinhos”, afirma o IPVC em comunicado. “Este novo curso, ligado à gastronomia e aos vinhos, vai potenciar a capacidade produtiva e empreendedora do concelho, gerando mais oportunidades para os jovens da região”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Monção, António Barbosa, durante a apresentação deste curso, na localidade. Para o autarca, esta é uma forma de “captar e fixar talento, assim como de ter serviços de qualidade“, no concelho.

Este novo curso, ligado à gastronomia e aos vinhos, vai potenciar a capacidade produtiva e empreendedora do concelho, gerando mais oportunidades para os jovens da região.

António Barbosa

Presidente da Câmara Municipal de Monção

Também a vice-presidente do IPVC, Ana Paula Vale, destacou que esta formação superior, direcionada para o desenvolvimento dos territórios, “vai ajudar a mitigar a falta de população”. Para Ana Paula Vale, este curso vai fazer a diferença na valorização do território ao nível da gastronomia e dos vinhos verdes. “Existe um crescente reconhecimento da importância que a gastronomia e os vinhos têm para a região, tendo em conta o enorme aumento da procura do vinho e os prémios atribuídos à gastronomia regional”, notou a vice-presidente do IPVC. Por isso mesmo, realçou, “vários agentes do setor público e privado, entre os quais representantes de empresas turísticas, quintas produtoras de vinho e Câmaras Municipais, colaboraram com o IPVC na criação deste CTeSP em Turismo de Gastronomia e Vinhos.

O docente Carlos Fernandes, em representação da equipa que desenhou este curso, afirmou, por sua vez, que “só com a formação especializada é que se consegue oferecer serviços de qualidade de excelência”. Acredita mesmo que este curso vai ajudar a “mudar o perfil do turista que visita a sub-região, uma vez que se vai elevar o patamar” do turismo.

Existe um crescente reconhecimento da importância que a gastronomia e os vinhos têm para a região, tendo em conta o enorme aumento da procura do vinho e os prémios atribuídos à gastronomia regional.

Ana Paula Valente

Vice-presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

O IPVC vai, assim, dar início à formação de técnicos especializados no planeamento, supervisão e execução da comercialização da gastronomia e vinhos, “assente em valores culturais com atratividade turística”. Depois de dois anos de estudo, estes alunos podem candidatar-se à licenciatura de Turismo ou de Gastronomia e Artes Culinárias.

A componente teórica deste curso vai ser provisoriamente lecionada nas instalações da Escola Profissional do Alto Minho Interior (EPRAMI), em Monção, e as aulas práticas em quintas e noutros território de Monção e de Melgaço.

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Montenegro contra referendo à regionalização em 2024

O novo líder do PSD defende que esta não é a altura adequada para avançar com um referendo à regionalização, devido à situação internacional e nacional.

O novo líder Luís Montenegro elencou sete temas que serão prioritários para o seu tempo à frente do partido, entre os quais se encontra a oposição a um referendo à regionalização em 2024. O presidente social-democrata lançou também críticas ao processo de descentralização, responsabilizando o Governo pelos problemas.

Montenegro mostrou-se assim contra um referendo à regionalização daqui a dois anos, que era um compromisso socialista, apontando que tal “não é adequado” numa altura de crise, devido à “gravidade da situação internacional e consequências económicas e sociais muito sérias que estão a atingir os portugueses”.

“Fazer um referendo neste quadro crítico e delicado seria uma irresponsabilidade, uma precipitação e um erro. Os portugueses não compreenderiam. Tenhamos as noções das prioridades”, defendeu. Assim, se o Governo avançar com este tema, que era uma das promessas de António Costa e foi mesmo incluída no Programa de Governo, “não vai ter cobertura e aval do PSD”, avisou Montenegro.

É de recordar também que este é uma reforma a que Marcelo Rebelo de Sousa se opõe, uma posição tomada já na altura em que o atual Presidente da República liderava o PSD.

O novo líder do PSD defendeu ainda que o processo de descentralização “é um logro”, por “responsabilidade exclusivamente do Governo”, na sua intervenção final no Congresso no PSD.

“Somos, vamos mesmo ser, a alternativa que vai dar esperança e futuro a Portugal”, reiterou Luís Montenegro, após enumerar as suas prioridades para o mandato que se segue. São eles o combate a carestia de vida, combate ao caos e desgoverno na saúde, defesa de sociedade com menos impostos, políticas que retenham jovens e talento em Portugal, implementação de programa nacional de atração, acolhimento e integração de imigrantes, pacto sobre transição digital, energética e ambiental e, finalmente, descentralização e oposição a um referendo à regionalização em 2024.

(Notícia atualizada às 15h25)

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Empresas já investiram 30 milhões de euros desde janeiro deste ano, em Viana do Castelo

Município de Viana do Castelo já aprovou, nos primeiros seis meses deste ano, incentivos para investimentos de empresas na ordem dos 30 milhões de euros e que criam 300 postos de trabalho no concelho.

“Só nos primeiros seis meses de 2022, a autarquia de Viana do Castelo já aprovou incentivos para investimentos de seis empresas, no valor de 30 milhões de euros e 300 postos de trabalho diretos”, avançou o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, durante a inauguração do novo Centro de Colisão da Autovalverde, que, segundo o município, é “o único do país com tecnologia Moonwalk”.

O grupo investiu um milhão de euros neste centro de colisão para reparação de carroçarias, na zona industrial de Neiva, em Viana do Castelo, e beneficiou do Regime de Incentivos para 2022 da autarquia que “prevê a continuidade das reduções e isenções de taxas diversas para impulsionar a atividade económica no concelho”, divulgou fonte do município. Para o autarca socialista, este é “um excelente exemplo da política municipal de incentivo ao investimento”.

Luís Nobre destacou ainda o facto deste grupo “ter iniciado a obra em plena pandemia e inaugurado durante a crise internacional”, o que é um forte sinal de confiança dos investidores em Viana do Castelo”. Por isso mesmo, é tão importante o “reconhecimento de todos os empreendedores, como os irmãos Rodrigues, que acreditam no município e criam condições de emprego e de negócio”, destacou o presidente de Câmara.

O centro de colisão da AutoValverde está equipado “com a mais avançada tecnologia de reparação automóvel” — o sistema Moonwalk by PPG — que “economiza tempo de mão-de-obra, reduz os desperdícios, automatiza processos, maximiza a precisão e transforma a sala de pintura num ambiente limpo e seguro”, descreve a autarquia.

Esta é uma empresa familiar que, destacou o autarca socialista, “conseguiu garantir uma sólida transição Intergeracional num processo de investimento continuo, sólido, inovando através de um forte investimento tecnológico, que gerou emprego”. Além disso, arrematou Luís Nobre, a empresa “está voltada para o futuro nas suas diferentes áreas de atividade, apostando em simultâneo nas pessoas e nas suas qualidades”.

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