Cinco seguradoras regularizaram 33% dos sinistros automóvel em 2021

  • ECO Seguros
  • 6 Junho 2022

Quatro em cada 10 automobilistas envolvidos em sinistros não entregam a declaração amigável. Saiba quais são as seguradoras que mais suspenderam prazos de regularização por suspeita de fraude.

A taxa de incumprimento dos prazos legais que assistem às seguradoras, na regularização de sinistros do ramo automóvel, desceu para os 0,26% em 2021, fixando um mínimo de 3 anos, indica informação estatística do organismo de supervisão dos seguros.

Constata-se que “os tempos médios para todos os tipos de sinistros e para todos os prazos foram consideravelmente inferiores aos prazos legais” nas diferentes fases do processo de regularização de acidentes do ramo, regista o 3º Relatório de Sinistros Automóvel (RSA), elaborado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) com base em informação reportada anualmente pelas empresas de seguros à ASF e informação que é divulgada nos respetivos sítios de Internet das seguradoras.

Considerando um total de 420 458 processos de sinistros auto reportados em 2021, menos do que os 426 490 em 2020 e 531 386 em 2019, no indicador P1 (“primeiro contacto do segurador”) os prazos legais foram cumpridos pelas companhias de seguros em 99,94% dos casos, continuando a melhorar face aos anos anteriores nos sinistros com danos exclusivamente materiais, os quais representam 97,8% dos sinistros (por tipologia de danos).

Total individual de prazos reportados caracteriza dimensão de cada operador

Num mercado com mais de seis milhões de apólices, nota a Supervisão, importa referir que o número total de processos / sinistros ocorridos em 2021 decresceu ligeiramente (-1,4%), tendência que em parte “poderá continuar a justificar-se pela limitação da circulação rodoviária, imposta pelas restrições decorrentes da pandemia COVID-19”.

Dando caracterização genérica da dimensão de cada operador, em termos de sinistros, cinco empresas de seguros reportaram um terço do número total de prazos P1 reportados, com DAAA (Declaração Amigável de Acidente Automóvel) e considerando os sinistros dos quais resultaram danos exclusivamente materiais, o relatório mostra que, por esta ordem, Fidelidade e Generali, cada uma com mais de 40 mil (prazos P1 reportados), seguidas de Ageas Seguros (mais de 20 mil), Liberty Seguros e Zurich Plc, cada uma com pouco menos de 20 mil) trataram em conjunto 33,3% do total dos sinistros em regularização em 2021. Como para a generalidade da estatística, os prazos legais foram confortavelmente respeitados.

Não obstante, o RSA 2021, considerando o total das empresas de seguros, revela que os automobilistas intervenientes nos sinistros recorreram à DAAA em 54% dos casos de responsabilidade civil com danos materiais. Uma vez que foi precisamente para este tipo de sinistros que a DAAA foi criada, permitindo uma regularização mais célere, “esperar-se-ia que a proporção relativa à sua utilização fosse superior,” pode ler-se no relatório da autoridade. À vista da estatística, a Allianz foi a seguradora com maior percentagem de sinistros de responsabilidade civil automóvel em que foi assinada a DAAA pelos condutores intervenientes.

No que respeita a incumprimento dos prazos que a lei impõe para as regularizações (sinistros só com danos materiais), a estatística do RSA mostra 1 088 incumprimentos, menos 16,2% face a 2020 e menos 48,9% face a 2019. A proporção de incumprimentos correspondeu a 0,26% dos cerca de 420,5 mil sinistros regularizados 2021, um indicador que também diminuiu se comparado com os 0,30% de 2020 e 0,40% de incumprimento de prazo em 2019, tornando-se o mais baixo desde os 0,22% de 2018.

Ocidental, Ageas e Liberty atentas a suspeitas de fraude

Algumas vezes, os prazos previstos para a regularização de sinistro automóvel ficam suspensos nas situações de suspeita fundamentada de fraude, conforme prevê articulado do RJSORCA (Regime jurídico do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel). Nesta perspetiva, o relatório anual também inclui estatística – referenciada por número de sinistros com prazos suspensos por suspeita de fraude e em relação ao número de prazos P1 divulgados – desagregada pelas coberturas de responsabilidade civil e de danos próprios.

Ocidental (este ano integrada na Ageas), a própria Ageas e a Liberty juntam o maior número de sinistros com prazos de regularização suspensos por suspeita de fraude relativamente ao número de prazos divulgados por estas companhias (danos materiais, danos próprios, com e sem DAAA), indica o relatório. No entanto, esclarece a ASF, “a indicação de uma proporção mais elevada não corresponde necessariamente a uma maior incidência de fraude nesse operador, podendo a mesma ser justificada pela existência de um sistema mais exigente na sinalização, aos gestores de sinistros, de eventuais situações fraudulentas.”

A análise aos tempos médios de regularização dos sinistros, quer envolvendo só danos materiais, apenas os danos corporais ou as duas tipologias (danos corporais e materiais), permite ainda concluir que os “tempos médios que correspondem a um maior período de tempo são os referentes à tomada de posição, de assunção ou não de responsabilidade por parte da empresa de seguros e os relativos à informação sobre a necessidade de proceder a exame de avaliação do dano corporal“.

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Governo reitera que negoceia descentralização apenas com a ANMP

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

“Que fique claro. O nosso interlocutor é único, é a Associação de Municípios”, disse a ministra da Coesão.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, desafiou esta segunda-feira os municípios que contestam o processo da descentralização a juntarem-se à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e frisou que esta associação é a única interlocutora do Governo.

As queixas ouço-as em primeiro lugar da parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que reivindica em nome de todos”, afirmou Ana Abrunhosa, em Coimbra.

A ministra da Coesão Territorial falava aos jornalistas, na sede da ANMP, no contexto de uma reunião com o conselho diretivo desta organização, presidido por Luísa Salgueiro, em que participaram também a ministra da Saúde, Marta Temido, e outros governantes. “O nosso interlocutor continua a ser um e só um”, sublinhou, no momento em que foi assinado o protocolo entre o Governo e a ANMP, que cria a Comissão Permanente de Acompanhamento ao Investimento Municipal com apoio dois fundos europeus.

Segundo Ana Abrunhosa, o Governo “negoceia exclusivamente com a Associação Nacional de Municípios e depois dialoga com todos os municípios”, apenas quando o acordo relativo à descentralização de competências estiver concluído.

A ministra respondia aos jornalistas que colocaram questões sobre uma audiência que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, concede hoje a Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, município que na semana passada decidiu abandonar a ANMP. Na sua opinião, importa que os autarcas que discordam do processo da descentralização “juntem a sua voz” à ANMP e a “tornem mais forte”.

Esta posição do Governo, acentuou Ana Abrunhosa, irá manter-se, “independentemente do número de municípios” que, depois do Porto, possam vir igualmente a desvincular-se da associação, fundada em 1984, e que o executivo liderado por António Costa preferia “que fossem zero”.

“Todos desejamos uma Associação de Municípios forte”, disse Ana Abrunhosa, para também recordar que a lei-quadro da descentralização de competências foi aprovada pela Assembleia da República, com votos a favor de diferentes partidos.

Os autarcas e os municípios “têm muito a ganhar se juntarem as suas forças aos outros” que discutem a descentralização e outras matérias de interesse para as comunidades locais através dos órgãos dirigentes da ANMP. “Que fique claro. O nosso interlocutor é único, é a Associação de Municípios”, sublinhou.

Municípios esperam concluir processo de descentralização dentro de um mês

A presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) disse também, em Coimbra, que as negociações com o Governo sobre o processo de descentralização de competências devem estar concluídas dentro de um mês. “Estamos a trabalhar para que seja o mais rápido possível, mas acho que um mês é um prazo razoável”, adiantou Luísa Salgueiro aos jornalistas, no final da sessão de assinatura de um protocolo entre a ANMP e o Governo para a criação de uma Comissão Permanente de Acompanhamento ao Investimento Municipal.

A dirigente salientou que o conselho diretivo da ANMP está “empenhadamente a trabalhar no processo de descentralização de competências” e que a negociação “é essencial para que os municípios portugueses avancem para um processo que é ambicionado e reivindicado há muitos”.

Questionada sobre se a saída do município do Porto [da ANMP] pode arrastar outras autarquias, Luísa Salgueiro frisou que essa decisão se deveu, sobretudo, ao processo de descentralização de competências, que “está a ser trabalhado e não está concluído”. “Como está à vista, há ainda muitos temas que estão em aberto e a ser alvo de trabalho bilateral entre a ANMP e o Governo”, sustentou a também presidente da Câmara de Matosinhos, lembrando que a associação efetuou um périplo por todas as câmaras do país para “melhor satisfazer as suas necessidades, ambições e reivindicações”.

A presidente da ANMP salientou que essas preocupações foram traduzidas em documentos que foram apresentados ao Governo e que são a base da negociação “das condições finais deste processo de descentralização”. Segundo Luísa Salgueiro, “a preocupação da associação é a de que fiquem definidas as regras e os valores e que se acautelem os interesses dos municípios”.

É claro que, se houver intenção de mais saídas [de municípios], isso fragiliza as duas partes – a ANMP e quem sai”, sublinhou, salientando que a associação “não podia aceitar que houvesse condições diferentes para um município do que para o resto do país”. Para a autarca, a preocupação da ANMP “é a de que o processo decorra da melhor forma possível e que todos os municípios portugueses vejam as suas preocupações e reivindicações acauteladas”.

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Quatro em cada 10 empresas não compram seguro cibernético

  • ECO Seguros
  • 6 Junho 2022

Um quinto dos decisores não confia na gestão de risco cibernético nas suas organizações. Mais de 60% só investe em cibersegurança após sofrer ataque, conclui estudo global da Marsh com a Microsoft.

Luís Sousa, Cyber Specialist Marsh Portugal: “O combate eficaz às ameaças cibernéticas precisa ser uma meta traçada por toda a empresa, de forma a criar uma resiliência cibernética comum.”

Quase três anos de forte disrupção nas rotinas de trabalho, de transformação digital e de ataques de ransomware, o sentimento de confiança da maioria dos líderes empresariais relativamente à capacidade de gerir riscos cibernéticos enfraqueceu, diagnostica relatório desenvolvido pela Marsh e pela Microsoft Corp, com base num estudo realizado junto de 660 decisores de todo o mundo, para saber como estes riscos são percecionados por várias funções e líderes das organizações, nomeadamente cibersegurança e TI, gestão de risco e seguros, financeiro e liderança executiva.

Há dois anos, 19,7% dos inquiridos indicaram estar muito confiantes com as capacidades cibernéticas das suas empresas. Em 2022 apenas 19% se identificaram com a afirmação. Pelo que, as capacidades de gestão de risco das suas organizações – incluindo a capacidade de compreender e avaliar as ameaças cibernéticas, mitigar e prevenir os ataques cibernéticos, bem como de os gerir e responder – “quase não sofreu alterações desde 2019,” conclui o relatório The State of Cyber Resilience.

Reportando resultados do inquérito, a corretora e consultora global de risco revela que 61% dos participantes disseram que a sua empresa investe em algum tipo de cobertura de seguro cibernético, fazendo corresponder o gap de proteção a 39% do universo inquirido. Tendo contratado seguro, 54% dos gestores diz que isso não trouxe mudança na estratégia interna de cibersegurança. Quando investem em nova tecnologia, 54% diz que não faz monitorização do risco depois da fase de implementação.

Muitas organizações ainda têm dificuldade em compreender os riscos que os seus fornecedores e as cadeias de fornecimento digital sinalizam como parte das suas estratégias de segurança cibernética. Apenas 43% dos respondentes afirmaram ter realizado uma avaliação de risco aos seus fornecedores ou às cadeias de fornecimento.

“Tendo em conta o constante aumento de ataques de ransomware e as inúmeras ameaças que surgem, não é surpreendente que, em comparação com 2019, muitas organizações não se sintam mais confiantes com a sua capacidade para dar resposta aos riscos cibernéticos,” refere Luís Sousa, Cyber Specialist da Marsh Portugal.

O estudo realça as tendências-chave que precisam de ser compreendidas:

1. As metas corporativas focadas no paradigma cibernético devem estar alinhadas com a construção de uma resiliência cibernética na empresa, em detrimento de se fazer a simples prevenção de incidentes, pois toda a organização pode estar na iminência de um ciberataque. 73% das empresas disseram já ter sofrido um ciberataque.

2. O ransomware é considerado a principal ameaça cibernética enfrentada pelas empresas, mas não é a única. Outras ameaças predominantes incluem phishing/engenharia social, violações de privacidade e interrupção de negócios devido a ataques de um fornecedor externo.

3. Os seguros são uma parte importante da estratégia de gestão de riscos cibernéticos e influenciam a adoção de melhores práticas e de uma melhor capacidade de controlo. 61% disseram que a sua empresa investe em algum tipo de cobertura de seguro cibernético.

4. A adoção de mais ferramentas de controlo da segurança cibernética resulta em classificações mais altas de higiene cibernética. Apenas 3% dos inquiridos classificaram a saúde cibernética de sua empresa como “excelente”.

5. As organizações demoram a medir o risco cibernético em termos financeiros, o que prejudica a sua capacidade de comunicar efetivamente as ameaças cibernéticas para toda a empresa. Apenas 26% dos respondentes disseram que a sua organização recorre a medidas financeiras para gerir riscos cibernéticos.

6. O investimento na mitigação de riscos cibernéticos continua a aumentar, embora as prioridades dos gastos variem por toda a empresa. 64% disseram que a motivação para aumentar o investimento em cibersegurança foi terem sofrido um ciberataque.

7. As novas tecnologias precisam de ser avaliadas e monitorizadas continuamente e não apenas durante o período de testes anterior à sua implementação. 54% das empresas disseram que não fazem monitorização do risco de novas tecnologias5 depois da fase de implementação.

8. As empresas realizam muitas ações de cibersegurança, no entanto negligenciam profundamente os seus fornecedores e cadeias digitais de fornecimento. Apenas 43% realizaram uma avaliação de risco do seu fornecedor/cadeia de fornecimento.

Fonte: “The State of Cyber Resilience,” Marsh | Microsoft Corp, 2022.

Outras ideias-chave destacadas no estudo:

  • Apenas 41% das organizações olham além da segurança cibernética e dos seguros e procuram envolver as funções de legal, planeamento corporativo, financeiro, de operações ou de gestão da cadeia de fornecimento no desenvolvimento dos planos de risco cibernético.
  • Quase quatro em cada dez inquiridos, ou 38%, diz que a sua organização recorre a métodos quantitativos para medir a exposição ao risco cibernético, o que “é uma etapa crucial para entender como é que os ataques cibernéticos e outros fenómenos podem gerar volatilidade”. Este é um fator que melhorou face a 2019, quando apenas três em cada dez entrevistados (30%) afirmaram o mesmo.

“Os riscos cibernéticos existem na maioria das organizações. O combate eficaz às ameaças cibernéticas precisa ser uma meta traçada por toda a empresa, de forma a criar uma resiliência cibernética comum, em detrimento de investimentos singulares de prevenção de incidentes ou de defesa cibernética. Uma maior comunicação entre toda a empresa pode ajudar a preencher as lacunas atualmente existentes, a aumentar a confiança e a proporcionar mais e melhor informação para a tomada de decisões estratégicas relacionadas com ameaças cibernéticas,” acrescenta Luís Sousa.

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Cooperativas dizem ser “imoral” subida no gasóleo agrícola e pede travão

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

Com o preço a subir mais 10 cêntimos, o gasóleo colorido é agora 65% mais caro do que em igual período de 2021.

A confederação das cooperativas agrícolas defendeu esta segunda-feira ser “imoral” uma nova subida no gasóleo colorido, que é agora “65% mais caro” do que em 2021, afetando “de forma insustentável” a atividade, pedindo, por isso, um travão aos aumentos.

“A Confagri [Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal] considera imoral o novo aumento do gasóleo para a agricultura e apela à neutralidade fiscal”, apontou, em comunicado. Segundo os dados apontados por esta confederação, com o preço do gasóleo colorido a subir mais 10 cêntimos, este é agora 65% mais caro do que em igual período de 2021.

Esta situação afeta “de forma insustentável” a atividade de um setor “estratégico e imprescindível, tanto do ponto de vista económico como social”. Apesar de reconhecer “o esforço” do Ministério da Agricultura e da Alimentação em responder a problemas como a seca e a guerra na Ucrânia, a Confagri vincou que os apoios tomados são “insuficientes”, sendo necessárias medidas “mais robustas e imediatas”.

A subida verificada no gasóleo colorido vem aumentar as dificuldades da maioria das atividades agrícolas, colocando em risco a sua “manutenção e sustentabilidade”, alertou, pedindo um “travão a estes aumentos”, que ocorrem, de forma consecutiva, desde 2020.

A Confagri indicou ainda que, em junho de 2020, o preço do gasóleo agrícola rondava os 0,72 euros por litro, sendo que agora está fixado em 1,62 euros por litro.

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Academia NTT Data & Fidelidade muda a vida de 30 jovens

  • ECO Seguros
  • 6 Junho 2022

Iniciativa da seguradora com a tecnológica recebeu mais de 100 candidaturas e envolveu um ano de formação teórico-prática e integração em ambiente de trabalho real. Academistas já estão empregados.

Academistas recém-formados já empregados, “a trabalhar ora na NTT DATA ora na Fidelidade”.

Após 12 meses de formação técnica de base, formação comportamental e especializada e do desenvolvimento de projetos em contexto real, “30 jovens de áreas não tecnológicas mudaram de vida com a Academia NTT DATA & Fidelidade e transformaram-se assim em especialistas em programação e tecnologia OutSystems“.

Estes “Academistas já se encontram empregados, a trabalhar ora na NTT DATA ora na Fidelidade, depois de um intenso e exigente programa formativo”, que contou com a parceria do Técnico+, a escola de formação avançada pós-graduada e profissional do Instituto Superior Técnico, e da OutSystems, detalha um comunicado.

A iniciativa “surgiu da necessidade de acelerar a formação de talento tecnológico, que é escasso face às necessidades das organizações, e é o resultado de um trabalho conjunto, muito proveitoso de vários parceiros e cujo resultado, a mudança de vida de 30 jovens, nos deixa muito orgulhosos,” referiu Nuno Castro, Head of Insurance da NTT DATA Portugal.

A Academia NTT DATA & Fidelidade recebeu mais de 100 candidaturas e envolveu 18 semanas de formação teórico-prática e 34 semanas de integração em ambiente de trabalho real. Entre os recém-formados, encontram-se jovens com formação de base nas áreas de Direito, Turismo, Geologia, Engenharia Civil, entre outras, que, com esta iniciativa reconverteram as suas carreiras para uma área de pleno emprego e de procura crescente, o que antecipa um grande futuro para todos os Academistas, detalha a organização.

Para Teresa Rosas, Head of IT da Fidelidade: “a grande transformação que estamos a fazer na Fidelidade não seria possível sem um processo de reskilling e de capacitação continua nas áreas tecnológicas que são centrais na construção do nosso futuro. O contributo destes jovens, agora recém-formados, será fundamental para a Fidelidade continuar a inovar.”

“Agradecemos à Fidelidade, que foi um parceiro fundamental neste projeto, e também ao Técnico+ e à OutSystems pelo contributo académico e técnico. Foi com a colaboração de todos que conseguimos concretizar esta importante iniciativa, que vem complementar as formações do ensino tradicional,” complementou Nuno Castro.

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Combustíveis batem recorde. Gasolina “premium” chega a custar 2,479 euros por litro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Junho 2022

A gasolina 98+ está em 2,479 euros por litro, ultrapassando o máximo registado na semana passada, de 2,298 euros por litro. BP está a praticar os preços mais altos.

Os preços dos combustíveis estão novamente a bater recordes esta segunda-feira. Apesar da redução da carga fiscal, o preço médio da gasolina simples está em 2,211 euros e o do gasóleo simples em 1,959 euros, acima dos valores previstos pelo Governo. Mas há postos de combustíveis onde os custos são ainda maiores: na BP da Costa da Caparica e do Feijó, por exemplo, a gasolina simples atinge os 2,319 euros e o gasóleo simples sobe aos 2,064 euros, enquanto as versões premium de ambos chegam aos 2,479 euros e 2,189 euros, respetivamente.

Estes valores, avançados pelo portal Mais Gasolina, mostram assim que o desconto do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) em 0,5 cêntimos para a gasolina e em 0,3 cêntimos para o gasóleo, que entrou em vigor esta segunda-feira e se manterá ao longo de junho, não impediu os preços dos combustíveis em Portugal de atingirem um novo máximo. Além disso, as previsões do Ministério das Finanças apontavam para um custo de 1,8 euros por litro de gasóleo simples e de 2,066 euros por litro de gasolina simples 95.

Os anteriores máximos históricos, atingidos no passado dia 3 de junho, estavam fixados em 2,109 euros por litro para a gasolina 95 simples, 2,154 euros por litro para a gasolina 95+, 2,191 euros por litro para a gasolina 98 simples e 2,298 euros por litro para a gasolina 98+, sendo assim batidos pelos preços registados esta segunda-feira. O mesmo aconteceu com o gasóleo premium, cujo recorde era de 2,144 euros no dia 1 de abril deste ano.

De acordo com o Mais Gasolina, os preços mais altos em Portugal neste momento estão a ser praticados em postos da BP, como na Costa da Caparica, no Feijó, no Aeroporto de Lisboa ou na Venda do Pinheiro. Ao abastecer num destes postos esta segunda-feira, vai pagar 2,319 euros por cada litro de gasolina 95 simples, 2,479 euros por cada litro de gasolina 98+, 2,064 euros por cada litro de gasóleo simples e 2,189 euros por cada litro de gasóleo premium.

Ainda assim, a BP não está a praticar esses preços em todo o país. No posto da BP em Mafra, por exemplo, os preços dos combustíveis premium são os mesmos, mas a gasolina simples custa menos 3 cêntimos (2,289 euros por litro), tal como o gasóleo simples (2,034 euros por litro). No posto da BP na Ericeira, estes dois combustíveis custam ainda menos: 2,269 euros por litro de gasolina 95 simples e 2,014 euros por litro de gasóleo simples.

Entre as três principais petrolíferas a operar em Portugal, é a Galp que apresenta os preços mais baixos nesta segunda-feira, mas mesmo assim acima da média nacional. Se abastecer no posto, por exemplo, junto ao Aeroporto de Lisboa, vai pagar 2,279 euros por litro de gasolina 95 simples (menos 4 cêntimos por litro comparando com a BP), 2,444 euros por litro de gasolina 98+ (menos 3,5 cêntimos por litro comparando com a BP), 2,026 euros por litro de gasóleo simples (menos 3,8 cêntimos por litro comparando com a BP) e 2,076 euros por litro de gasóleo premium (menos 11,3 cêntimos por litro comparando com a BP).

Porém, no caso do posto da Galp na Venda do Pinheiro, todos os combustíveis – com exceção da gasolina 98+, que não está disponível neste caso – custam menos um cêntimo do que no posto da Galp no Aeroporto de Lisboa. No posto da Galp em Loures, o gasóleo simples custa menos meio cêntimo.

Já os preços no posto de abastecimento da Repsol no Parque das Nações, por exemplo, estão fixados em 2,289 euros por litro de gasolina 95 simples (menos 3 cêntimos por litro comparando com a BP, mas mais 1 cêntimo que a Galp), 2,449 euros por litro de gasolina 98+ (menos 3 cêntimos por litro comparando com a BP, mas mais meio cêntimo que a Galp), 2,039 euros por litro de gasóleo simples (menos 2,5 cêntimos por litro comparando com a BP, mas mais 1,3 cêntimos que a Galp) e 2,109 euros por litro de gasóleo premium (menos 8 cêntimos por litro comparando com a BP, mas mais 3,3 cêntimos que a Galp).

No entanto, tal como acontece com as outras gasolineiras, é possível encontrar preços mais baratos noutros postos da Repsol. No seu posto no Freixial, a gasolina 95 simples custa 2,239 euros por litro, menos 5 cêntimos do que no posto da Repsol no Parque das Nações, a mesma redução que têm o gasóleo simples e a sua versão premium, que custam 1,989 euros e 2,059 euros, respetivamente. Na gasolina 98+, que no Freixial custa 2,389 euros por litro, o preço é menor em 6 cêntimos face ao posto da Repsol no Parque das Nações.

Ainda segundo o portal Mais Gasolina, os preços mais baratos, por sua vez, encontram-se fora do distrito de Lisboa. No Intermarché de Vilar Formoso, abastecer o veículo com gasolina 95 simples custa 1,949 euros por litro (menos 33 cêntimos por litro do que nos postos mais caros da Galp). Na Galp da Zona Industrial de Pombal, o preço sobe ligeiramente, para 1,954 euros por litro. Já para o gasóleo simples, um posto em Freitas, no distrito de Braga, apresenta o preço mais baixo: 1,729 euros por litro (menos 29,7 cêntimos do que nos postos mais caros da Galp).

No caso dos combustíveis premium, a gasolina 98 simples está mais barata nos postos dos supermercados Recheio em Vila Franca e Portimão e nos Intermarché de Silveira e em A-dos-Cunhados (2,029 euros por litro, menos 41,5 cêntimos do que nos postos mais caros da Galp) e o gasóleo+ tem o menor preço no Pingo Doce da Moita e da Trofa, nomeadamente de 1,748 euros por litro (menos 32,8 cêntimos em comparação com a Galp).

Este novo agravamento do preço dos combustíveis resulta, em parte, da subida da cotação do petróleo, com o Brent, referência do mercado europeu, a tocar quase nos 120 dólares esta segunda-feira. Contudo, também pesaram o sexto pacote de sanções de Bruxelas contra Moscovo, acordado na semana passada e que prevê um embargo de cerca de 90% das importações de petróleo russo; o levantamento das restrições impostas na China para travar a propagação da Covid-19; e a incerteza em torno da oferta.

Apesar de os países que compõem a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) terem decidido aumentar a produção de petróleo no seu encontro na última semana, os investidores têm dúvidas que seja o suficiente para compensar a quebra na oferta devido às sanções impostas à Rússia devido à invasão da Ucrânia.

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Hannover Re quer crescer 5% em prémios e lucro de 1,4 mil milhões este ano

  • ECO Seguros
  • 6 Junho 2022

Após recuo a rondar 14% no lucro do primeiro trimestre, e apesar de perdas superiores ao previsto na operação de não Vida e provisões para prevenir efeito da guerra, a companhia confirma meta anual.

Jean-Jacques Henchoz, CEO da Hannover Re: “Juntamente com as potenciais implicações da guerra na Ucrânia, enfrentámos numerosas catástrofes naturais e outras tensões relacionadas com a pandemia no resseguro de vida e saúde nos primeiros três meses do ano.”

A Hannover Re alcançou 9,3 mil milhões de euros em volume bruto de prémios no primeiro trimestre de 2022 (1T), registando crescimento de 19,5% (ou 13,9% ajustado das variações cambiais). O volume líquido de prémios progrediu globalmente 17,9% para 6,7 mil milhões, com variação homóloga de 12,4% após aplicação das variações de cambiais.

No segmento Life and Health (Vida e Saúde) os prémios brutos cresceram 3,2%, para 2,2 mil milhões de euros, progredindo 24% (+18% em base cambial constante), para 4,8 mil milhões no negócio P&C (não Vida). A despesa com sinistros somou 336 milhões, mais do que os 284 milhões de euros previstos pela companhia e a representar um agravamento homólogo de 74%, sob impacto dos danos de inundações na Austrália e tempestades na Europa. Em resultado dos encargos, o rácio combinado de P&C piorou 3,2 pp, para 99,5%, claramente acima do limite (96%) definido internamente.

Juntamente com as potenciais implicações da guerra na Ucrânia, enfrentámos numerosas catástrofes naturais e outras tensões relacionadas com a pandemia no resseguro de vida e saúde nos primeiros três meses do ano,” sintetizou Jean-Jacques Henchoz, CEO da Hannover Re.

Apesar das perdas incorridas, a entidade terminou o 1T de 2022 com lucro operacional (ebit) de 396 milhões, enquanto o resultado líquido ascendeu a 264 milhões de euros, em declínio de 13,8% face ao trimestre comparável de 2021. No final de março, a resseguradora calculou um rácio de requisito de capital de 242%, situação que qualificou como “confortável”, acima do limite mínimo de 180% e limiar desejável de 200%.

No mesmo comunicado, a resseguradora perspetiva crescer “pelo menos 5% no conjunto do ano e em base cambial constante.”

Considerando que ainda levará algum tempo até que o impacto da guerra nas seguradoras e resseguradoras possa ser quantificado com precisão, “tomámos a precaução de constituir provisões adicionais no primeiro trimestre”, disse Henchoz, referindo-se a reservas contabilísticas cujo valor a companhia situa no “limite inferior dos três dígitos” (100 a 200 milhões de euros).

Ainda é bastante cedo para avançar um valor definitivo e “concreto do impacto económico resultante da guerra na Ucrânia” em relação às perdas para os mercados mundiais de seguros e resseguros, esclarece o comunicado da companhia alemã, recordando que a Hannover Re deixou temporariamente de subscrever novos riscos ou renovação de tratados com clientes na Rússia e Bielorrússia até nova ordem.

“Apesar de todas as incertezas, continuo confiante que poderemos alcançar os objetivos a que nos propusemos para o ano inteiro, graças à nossa forte rentabilidade considerável resiliência,” complementou o CEO da Hannover Re, terceira maior do setor, segundo ranking anual da AM Best.

Assim e ao nível do Grupo, a Hannover Re reafirma o seu guidance para um resultado líquido de 1,4 mil milhões a 1,5 mil milhões de euros no exercício de 2022.

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Governo entregou em Bruxelas versão final do Acordo de Parceria do Portugal 2030

Foram também enviadas formalmente a Bruxelas as primeiras versões formais dos Programas Operacionais Regionais que têm vindo ser negociados informalmente com a Comissão Europeia.

O Governo entregou formalmente esta segunda-feira à Comissão Europeia, a versão final do Acordo de Parceria Portugal 2030, um passo fundamental para que pudesse também entregar a primeira versão formal dos Programas Operacionais Regionais.

O Governo submeteu hoje, dia 6 de junho, à Comissão Europeia, a versão final do Acordo de Parceria Portugal 2030, após vários meses de diálogo informal e após um intenso período de negociações formais que tiveram início em março deste ano, data em que foi entregue a primeira versão formal do documento”, avançou esta segunda-feira o Ministério da Presidência, em comunicado.

O gabinete da ministra Mariana Vieira da Silva garante que foram cumpridos os prazos regulamentares e que “foram também enviadas formalmente a Bruxelas as primeiras versões formais dos Programas”. Agora segue-se um processo de negociação com a Comissão Europeia, à semelhança do que aconteceu com o Acordo de Parceria. Mas, há muito que os Programas Operacionais Regionais têm vindo a ser negociados informalmente com a Comissão de modo a garantir uma aprovação mais célere dos documentos.

“Seguimos uma metodologia diferente, mas inteligente”, explicou a ECO a ministra da Coesão, que tem a tutela dos Programas Operacionais Regionais. “Andamos a negociar o Acordo Parceria e todos os programas [operacionais]. O Acordo de Parceria é o chapéu e assim que o fecharmos há uma parte significativa dos Programas Operacionais Regionais que já está validada. Como andamos a par e passo, apesar de só submetermos formalmente em junho, acredito que depois do verão teremos concursos”, explicou Ana Abrunhosa em entrevista.

E em junho foram submetidos, o que permite “muito realisticamente” dizer “que é razoável falar no segundo semestre” para o arranque dos primeiros concursos do PT2030, precisou, que conta com uma dotação de 23 mil milhões de euros (excluindo programas de cooperação territorial e a transferência para o Mecanismo Interligar Europa).

O Acordo de Parceria foi provado em Conselho de Ministros em março deste ano, apesar do processo de consulta pública ter terminado ainda em 2021. Foram recebidos 242 documentos, que se desdobraram em 1.428 questionários. Mas com a dissolução da Assembleia da República, na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022, o Executivo recusou apresentar o Acordo de Parceria antes das eleições. As legislativas realizaram-se em janeiro, mas o Acordo só foi aprovado em Conselho de Ministros em março e, três meses depois, formalmente entregue em Bruxelas.

O primeiro-ministro comprometeu-se, no debate do Estado da Nação, em julho de 2021, que o Executivo ia apresentar, à Comissão Europeia, em setembro a proposta de Acordo de Parceria do PT2030 e até ao final do ano todos os Programas Operacionais, “de modo a arrancar logo no próximo ano com a execução dos 23 mil milhões de euros do PT2030”. Mas o ministro do Planeamento avançou ao ECO, no final de setembro, que este calendário não iria ser cumprido. “Não vai ser possível. Estamos a trabalhar com as CCDR”, justificou o ministro ao ECO, a 29 de setembro.

Depois, em novembro, novo atraso era justificado com a necessidade de reunir com os parceiros sociais para discutir o Acordo, uma discussão feita já depois de os parceiros terem abandonado a concertação por o Executivo ter avançado com detalhes da legislação laboral sem os ter informado, no âmbito das negociações do Orçamento do Estado com os partidos de esquerda.

Agora, o processo repete-se já que, “nas próximas semanas”, os Programas Operacionais serão colocados em consulta pública, “no âmbito das respetivas avaliações ambientais estratégicas”.

O Portugal 2030 mantém sete programas operacionais regionais, mas os programas temáticos são reduzidos a três: Demografia, Qualificações e Inclusão, que substitui os atuais Programa Operacional Capital Humano (POCH) e Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE); Inovação e Transição Digital, que corresponde ao atual Compete, mais conhecido com o programa operacional das empresas (embora estas também sejam financiadas através dos Programas Operacionais Regionais); e Transição Climática e Sustentabilidade dos Recursos, que surge em ligar do atual Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR).

A demografia e a inclusão, seguida da inovação e da transição digital, são os dois programas operacionais (PO) que mais verbas vão receber do Portugal 2030, com 5,6 mil milhões e 3,9 mil milhões de euros, respetivamente. Para as empresas, Nelson Souza, o então ministro do Planeamento, tinha anunciado um reforço da dotação para seis mil milhões de euros.

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Investigadores do Técnico premiados por aplicação móvel para agricultores

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

A aplicação premiada "fornece aos agricultores informação sobre as suas explorações em tempo real, como por exemplo dados de matéria orgânica no solo ou estado nutricional do solo".

Investigadores do Instituto Superior Técnico (IST) foram premiados com 25 mil euros pelo desenvolvimento de uma aplicação que permite aos agricultores obterem informação sobre as suas culturas a partir de uma fotografia tirada de um telemóvel, foi divulgado esta segunda.

O protótipo da aplicação VirtuaCrop, criado por Ricardo Teixeira e Tiago Morais, investigadores do Laboratório de Robótica e Sistemas de Engenharia do IST, em Lisboa, foi distinguido com um dos prémios do concurso #myEUspace, promovido pela Agência da União Europeia para o Programa Espacial.

Em comunicado, o IST destaca que a aplicação móvel “fornece aos agricultores informação sobre as suas explorações em tempo real, como por exemplo dados de matéria orgânica no solo ou estado nutricional do solo”. Segundo o IST, o agricultor “apenas tem que tirar uma fotografia do solo que pretende analisar” e ao fazê-lo “são aplicados algoritmos de aprendizagem automática desenvolvidos a partir de dados de satélite que fornecem uma estimativa adaptada à exploração” tendo por base as cores da fotografia.

Os resultados são depois calculados na cloud (computação em nuvem, tecnologia que permite acesso remoto a programas, arquivos e serviços por meio da internet) e mostrados ao agricultor no visor do telemóvel. O IST adianta que se trata da “primeira ferramenta a potenciar o telemóvel como instrumento de recolha de dados e visualização imediata de resultados“, que permite “fornecer informação agronómica apenas com uma fotografia, dispensando análises laboratoriais de solo ou o uso de sensores adicionais”.

Uma versão da aplicação encontra-se disponível no sistema operativo Android e pode ser requisitada para teste por agricultores a partir da página www.virtuacrop.com. A equipa do IST pretende angariar financiamento adicional que permita tornar a aplicação num produto comercial que tenha “elementos adicionais úteis para os agricultores, como recomendações de fertilização e a avaliação do estado e produtividade das culturas”.

A Agência da União Europeia para o Programa Espacial lançou em 2021 o concurso #myEUspace para apoiar o desenvolvimento de soluções comerciais inovadoras, como aplicações móveis ou soluções baseadas em hardware que beneficiam dos programas europeus de navegação por satélite Galileo e observação da Terra Copernicus. O protótipo do IST venceu na categoria “Agricultura por Satélite”.

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Venda de novos carros elétricos cresce 78% até maio

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

Em maio foram matriculados em Portugal 4.403 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, menos 0,2% que no mês homólogo.

A venda de novos veículos ligeiros de passageiros elétricos (BEV) cresceu 48,4% em maio face ao mês homólogo e 77,9% nos primeiros cinco meses do ano comparativamente com o mesmo período de 2021, avançou esta segunda-feira a ACAP. Segundo um comunicado da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), em maio foram matriculados em Portugal 4.403 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos, menos 0,2% que no mesmo mês de 2021.

Já entre janeiro e maio, as matrículas deste tipo de veículos totalizaram 22.030 unidades, um aumento de 26,4% relativamente ao período homólogo. O crescimento deveu-se, sobretudo, ao aumento das vendas de ligeiros de passageiros elétricos (BEV, na sigla inglesa, para ‘Battery Electric Vehicle’) que em maio aumentaram em 48,4% em termos homólogos, para 1.278. Tendo em conta os primeiros cinco meses do ano, a subida homóloga nas vendas de BEV foi de 77,9%, tento totalizado 5.985 veículos.

Os dados da ACAP indicam ainda que os ligeiros de passageiros do tipo híbrido plug-in caíram 15,9% em maio em termos homólogos, para 1.237 veículos, tendo registado, no entanto, um aumento homólogo em 1,5% nos primeiros cinco meses, para 6.377 veículos. Quanto aos ligeiros híbridos elétricos, verificou-se uma descida de 9,4% em maio relativamente ao mês homólogo, para 1.888 matrículas, mas um crescimento de 24,2% de janeiro a maio face ao mesmo período de 2021, para 9.668.

Por sua vez, no mercado de ligeiros de mercadorias de elétricos, plug-in e híbridos elétricos, registou-se uma evolução positiva de 70% em maio face ao mês homólogo, com 51 unidades matriculadas. Em termos acumulados, os ligeiros de mercadorias deste tipo atingiram 317 unidades, um crescimento de 256,2% face ao mesmo período de 2021.

Segundo a ACAP, em maio verificou-se um aumento de 63% nas matrículas de veículos ligeiros de mercadorias novos elétricos (BEV) em comparação com o mesmo mês de 2021, mas em termos acumulados, houve uma queda de 275,6% face aos primeiros cinco meses de 2021.

Quanto ao mercado de pesados, que engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, em maio não se verificou qualquer tipo de variação uma vez que não foram matriculados veículos elétricos. Em termos acumulados, de janeiro a maio, não se verificam alterações existindo apenas uma unidade matriculada.

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Orçamento da CPLP para 2023 igual aos dos dois últimos anos

  • Lusa
  • 6 Junho 2022

O orçamento para 2023 será financiado através das contribuições dos nove Estados-membros. Brasil (768.453,68 euros), Portugal (590.735,89 euros) e Angola (589.291,90 euros) dão o maio contributo.

O secretariado-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terá em 2023 um orçamento de 2,7 milhões de euros, valor idêntico ao dos dois últimos anos, segundo uma resolução aprovada em Conselho de Ministros.

De acordo com o documento, publicado no site da organização, os chefes da diplomacia da CPLP, reunidos em Luanda, na sexta-feira passada, aprovaram os orçamentos do secretariado-executivo e do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP). O orçamento para 2023, no valor de 2.734.731,15 euros, será financiado através das contribuições dos nove Estados-membros.

Brasil (768.453,68 euros), Portugal (590.735,89 euros) e Angola (589.291,90 euros) são os países que dão o maior contributo em valor para aquele orçamento. A quota de Moçambique é de 252.233,70 euros, à Guiné Equatorial e Timor-Leste cabe, respetivamente, 204.295,99 euros, enquanto Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe pagam, cada um, 41.808,00 euros.

Este ano, o orçamento do secretariado-executivo é precisamente de 2,7 milhões de euros, o que também já representa um crescimento zero face aos últimos anos, segundo uma resolução aprovada na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu a 17 de julho de 2021, em Luanda.

Segundo a resolução aprovada na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, o orçamento de funcionamento do Secretariado Executivo da organização para o exercício de 2022 seria de 2.734.731,15 euros, e as quotas de cada país também eram as mesmas.

Quanto ao orçamento do IILP, que conta igualmente com as contribuições dos nove Estados-membros, será no próximo ano de 309.953,89 euros, de acordo com uma outra resolução divulgada pela CPLP. As contribuições são: Brasil (96.853,73 euros); Portugal (74.280,03 euros), Angola (48.426,95 euros); Moçambique e Cabo Verde (25.827,65 euros cada) e Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (9.684,47 euros cada).

Neste Conselho de Ministros foi ainda aprovada uma resolução sobre a Guiné Equatorial, que aprecia a evolução do processo de integração daquele país, que é o mais jovem Estado-membro da CPLP (desde 2014). Segundo este documento, o secretariado-executivo ficou mandatado para enviar uma nova missão de avaliação da implementação do Programa de Apoio à Integração da Guiné Equatorial (2020-2022) (PAIGE), até ao final deste ano.

Os chefes da diplomacia dos Estados-Membros da CPLP decidiram também atribuir, neste encontro, a categoria de observador consultivo da CPLP às seguintes entidades: Academia das Ciências de Lisboa, Associação Lusófona de Direito da Saúde (ALDIS), Fundação Observatório do Livro e da Leitura (FOLL) e Universidade Autónoma de Lisboa “Luís de Camões” (UAL).

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Fundo norte-americano processa bolsa de Londres por suspensão do níquel

Após suspensão da negociação de níquel na bolsa de metais de Londres durante 8 dias, o fundo norte-americano Elliott Management pede agora 425 milhões pela decisão que considera “irracional”.

O fundo norte-americano Elliott Management processou a bolsa de metais de Londres por 425 milhões de euros, por alegados danos provocados pela suspensão das negociações de níquel em março, após um aumento acentuado do preço do metal.

Após a tonelada de níquel atingir os 100 mil dólares, e ver o seu valor duplicar antes de 8 de março, os responsáveis da bolsa de metais de Londres (LME – sigla inglesa) decidiram suspender a venda do metal durante oito dias de modo a conter a volatilidade dos preços. Após a retoma das vendas no dia 16 do mesmo mês, a LME estabeleceu ainda um limite de 5% nas revisões em alta, ou baixa, do preço do níquel.

O fundo, com sede na Florida e criado pelo multimilionário Paul Singer, defende que “quando a LME cancelou as negociações de níquel a 8 de março de 2022, agiu ilegalmente ao exceder os seus poderes”, “ou que exerceu os seus poderes de forma irracional”, citou o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). A LME já anunciou que a suspensão não teve influência da HKEX (Hong Kong Exchanges and Clearing), a sua controladora.

Em comunicado, citado pelo The Guardian (acesso aberto, conteúdo em inglês), a LME defende que a decisão foi tomada com efeitos retroativos, de modo a “levar o mercado de volta” ao período onde “a LME poderia ter a certeza de que o mercado estava a operar de forma ordeira”, sublinhando ainda que a entidade “sempre atuou no interesse do mercado como um todo.

A suspensão da LME, e subsequente processo pelo fundo de Singer, já levaram o regulador financeiro britânico a lançar uma investigação aos contratos de níquel estabelecidos durante o mês de março. O processo contra a LME, e a câmara de compensação LME Clear, avançou para o Supremo Tribunal de Justiça da Inglaterra na passada quarta-feira, 1 de junho.

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