Turquia pede para se chamar Türkiye, ONU aprova

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

A medida é vista como parte de um esforço de Ancara para renomear o país e dissociar a sua designação do animal, o peru.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, enviou uma carta à Nações Unidas a solicitar formalmente que o país seja chamado de “Türkiye”, informou esta quinta-feira a agência de notícias estatal.

A medida é vista como parte de um esforço de Ancara para renomear o país e dissociar a sua designação do peru [turkey, em inglês] e de algumas outras conotações negativas. A agência Anadolu disse que Stephane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou a receção da carta.

O órgão de comunicação social citou Dujarric, dizendo que a mudança de nome entrou em vigor “a partir do momento” em que a carta foi recebida. O governo do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tem pressionado para que o nome internacionalmente reconhecido como “Turkey” (Turquia, em português) seja modificado para “Türkiye” (tur-kay-YAY), como é escrito e pronunciado em turco.

O país autodominou-se “Türkiye” em 1923 após a sua declaração de independência. Em dezembro, Erdogan ordenou a utilização de “Türkiye” para representar melhor a cultura e os valores turcos, inclusive exigindo o “Made in Türkiye” fosse usado em vez de “Made in Turkey” em produtos exportados. Os ministérios turcos começaram a usar “Türkiye” documentos oficiais.

No início de 2022, o Governo turco também divulgou vídeo promocional para tentar mudar o seu nome em inglês. O vídeo mostra turistas de todo o mundo a dizer “Olá Türkiye” em destinos famosos. A direção de comunicação da Presidência da Turquia disse que lançou a campanha “para promover de forma mais eficaz o uso de ‘Türkiye’ como nome nacional e global do país em plataformas internacionais”.

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Petróleo sobe mais de 1% após reunião da OPEP+

  • Lusa e ECO
  • 2 Junho 2022

O preço do petróleo negociado nos mercados internacionais fechou a subir mais de 1%. O barril Brent, referência no continente europeu, rondou os 117 dólares.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em agosto terminou esta quinta-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 1,03%, para os 117,54 dólares, enquanto o WTI, cotado em Nova Iorque, sobe 1,82%, para os 117,34 dólares.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no Internacional Exchange Futures a cotar 1,20 dólares, acima dos 116,34 com que fechou as transações na quarta-feira.

Marcado pela reunião do conjunto designado por OPEP+, que junta os 13 membros da Organização dos Países Exportadores e Petróleo (OPEP) com 10 aliados, o dia no mercado foi muito volátil nas primeiras horas, com o crude a cotar entre os 113,46 dólares e acima dos 117 dólares.

Em substância, o OPEP+, que inclui a Federação Russa, decidiu aumentar a sua produção em julho e agosto acima do esperado, até 648 mil barris por dia nesses meses, numa tentativa de reduzir o preço do petróleo perante a chegada da temporada de verão.

O aumento da produção resultou de estes Estados terem antecipado o aumento previsto para setembro, de 432 mil barris, para julho e agosto, em que se previa subir a produção em mais 216 mil barris, para a baixa resultante da contração da procura em 2020 devido à pandemia e agora pela diminuição da produção na Federação Russa.

Com estas alterações, o cartel alargado de produtores devolve ao mercado os quase 10 milhões de barris que tinham cortado em abril de 2020, como resposta à acentuada quebra do consumo por causa da pandemia e das restrições socioeconómicas associadas.

A decisão, tomada em videoconferência, segue-se à redução da extração na Federação Russa, resultante das sanções a que está sujeita por ter invadido a Ucrânia, e a pressões de vários países importadores, como os EUA, para que a OPEP aumentasse a produção para baixar o preço do baril, que chegou a andar nos 120 dólares, o nível mais alto em uma década.

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BPI Vida produz mais 83% e atinge 10 milhões de lucro

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2022

A seguradora apostou em seguros ligados a fundos de investimento, lançou-se em produtos vida risco e continua a querer resolver apólices com capital garantido.

A seguradora BPI Vida e Pensões (BPI VP) produziu 986 milhões de euros em seguros no ano de 2021, um valor superior em 83% ao conseguido um ano antes. No mesmo período os resultados líquidos subiram para 9,94 milhões de euros o que corresponde a 2,7 vezes mais.

Isabel Castelo Branco e Isabel Semião, presidente e administradora da BPI VP, continuam a renovar a carteira de seguros.

No relatório e contas já publicado, a companhia, com liderança executiva liderada da presidente Isabel Castelo Branco e pela administradora Isabel Semião, explica o desempenho pelo aumento de vendas de produtos Vida unit linked, os ligados a fundos de investimento, ao abandono gradual dos produtos com rendimento ou capital garantido e a uma aposta que começou em produtos Vida Risco.

A companhia, que terminou o ano de 2021 com 12,8% de quota de mercado no ramo Vida em Portugal, conta ainda com uma presença significativa em Fundos de Pensões com 14,1%, gerindo os investimentos de mais de 100 mil portugueses.

A BPI Vida e Pensões – Companhia de Seguros é detida a 100% pela seguradora espanhola VidaCaixa, a maior seguradora de Espanha com 11,3 mil milhões de prémios e contribuições recebidas em 2021, que é detida a 100% pelo CaixaBank, principal acionista do Banco BPI. A participada portuguesa pesou, no ano passado, 11% no total das receitas da VidaCaixa, em 7% nos ativos geridos e em 1,2% nos resultados líquidos.

Os factos mais significativos da BPI VP em 2021:

  • Alcançou em 2021 uma produção de seguros de 986 milhões de euros, um aumento de 83.2% face a 2020. Ultrapassou a média de mercado, que subiu 68,5%, sendo o aumento justificado pelos seguros ligados a fundos de investimento, segmento no qual o BPI VP registou um aumento de cerca de 101% face ao ano de 2020;
  • O crescimento foi mais significativo nos produtos sem garantias, onde se verificou uma subida de cerca de 100%. No que respeita aos produtos com garantias devido à descontinuidade dos produtos “aforro” verificou-se uma diminuição da produção em cerca de 42%;
  • Relativamente à linha de negócios de vida risco, a produção ascendeu a 12 milhões de euros no final do ano de 2021, que compara com uma produção de 3 milhões em 2020;
  • O volume de provisões Técnicas e passivos financeiros estava em 4, 6 mil milhões de euros no final de 2021 e as apólices ativas superavam as 253 mil;
  • Da atividade de seguros desenvolvida pela Companhia durante o ano de 2021 a administração destaca a consolidação da linha de negócios de vida risco com o lançamento de um novo produto, o lançamento de dois novos produtos ligados a fundos de investimento, a manutenção do processo dos vencimentos dos produtos da Família Aforro e a revisão das soluções de poupança de médio e longo prazo em comercialização;
  • O ano de 2021 ficou também marcado pela consolidação da linha de negócios de vida risco depois de, em 2020, os produtos de vida risco comercializados nos balcões do Banco BPI passaram a ser disponibilizados pela BPI Vida e Pensões;
  • Foi lançado um novo seguro de vida risco direcionado ao segmento de empresários, o BPI Vida Negócios que engloba um conjunto de serviços direcionados às necessidades pontuais desta tipologia de clientes.
  • Foram ainda lançados dois novos Seguros de Capitalização, o BPI Switch produto unit linked, sem garantia de capital, para o segmento private banking que possibilita aos seus clientes diversificar os seus investimentos por um conjunto de fundos autónomos com diferentes políticas de investimento. E o BPI Poupança Dollar Empresas, igualmente sem garantia de capital, direcionado a negócios e cujo objetivo principal é proporcionar o acesso a uma carteira de ativos de curto e de médio prazo, denominados em USD.
  • A companhia manteve a procura de vencimento dos produtos da Família Aforro cujas subscrições iniciais já se encontravam inibidas desde março de 2018, os reforços e entregas periódicas se encontravam inibidos desde 7 de novembro de 2019 e o vencimento ativado para esta família de produtos desde julho de 2020.
  • As carteiras sob gestão da BPI VP quase atingiram 4.598 milhões de euros, com 21% investido em dívida pública, 23% em dívida privada e 50% em fundos de investimento.
  • As provisões Técnicas e passivos financeiros aumentaram 5,9% para um valor de 4.590 milhões de euros, mais 6% que em 2020, com 18% desse valor a suportar Produtos com garantias, inferior aos 32% de 2020.
  • A companhia fortaleceu a sua solvabilidade atingindo um nível de 348% no rácio de cobertura SCR, quando em 2019 tinha apenas 140% e no ano passado 259%.

Aumento de quota de mercado no segmento dos Fundos de pensões

No segmento dos Fundos de Pensões, a BPI VP manteve o terceiro lugar no ranking do mercado, com uma quota de mercado de 14.1%, superior em 0.4% ao registado no ano anterior. A 31 de dezembro de 2021, a Companhia geria um património de 3.390 milhões de euros, superior em 7.3% face ao ano anterior, repartido por 37 Fundos de Pensões.

  • No final de 2021, a BPI VP geria 189 planos de pensões, mais 10 planos de pensões que no final de 2020. A seguradora constata a tendência, já verificada nos últimos anos, de preferência por planos de contribuição definida em detrimento dos planos de benefício definido. Esta preferência é justificada – segundo a companhia – “pelas dificuldades sentidas pelas empresas no que respeita ao financiamento dos benefícios de reforma, quer por motivos demográficos, quer por motivos financeiros, ou até contabilísticos, por exigências de cumprimento das normas IAS”.
  • Em relação à rentabilidade dos Fundos de Pensões abertos, em que a seguradora tem uma quota de mercado de 24,4%, destaque para o BPI ações que obteve 12,5% de rendimento anual em 2021. Este fundo é de classe 6 numa escala de risco que vai de 1, a mais segura, à 7, a mais arriscada. O BPI Valorização de classe 5 conseguiu 6%, o BPI segurança de classe 4 fez 2,2% e o BPI Garantia, de classe 1, teve rentabilidade negativa de 0,1%.

Em relação ao ano em curso a administração da BPI VP salienta que conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a originar, entre outros efeitos, o aumento do preço de certas matérias primas e do custo da energia, bem como o acionamento de sanções, embargos e restrições contra a Rússia que afetam a economia em geral e empresas com operações com e na Rússia especificamente.

Considera que só o desenvolvimento da situação permitirá avaliar o impacto nos negócios da companhia, que não detém exposições diretas em empresas localizadas na Rússia, Ucrânia e Bielorrúsia e, apesar da incerteza existente, não esperam que esta situação possa afetar significativamente a situação financeira.

Adicionalmente, a administração da BPI Vida e Pensões afirma que se encontra a monitorizar as sanções e prevê que as mesmas não tenham impacto relevante na sua atividade operacional.

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Nasdaq lidera ganhos em sessão “verde” em Wall Street

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2022

As principais bolsas norte-americanas fecharam em alta, contrariando a tendência negativa na abertura da sessão. A Tesla e a Meta, dona do Facebook, alimentaram os ganhos em Wall Street.

Wall Street encerrou em terreno positivo num dia marcado por uma forte agitação dos mercados. Cotadas como a Tesla, a Nvidia e a Meta Platforms lideraram os ganhos, na véspera de o Departamento do Trabalho dos EUA divulgar o relatório de emprego relativo ao mês de maio.

Esta quinta-feira, o industrial Dow Jones subiu 1,30%, para 33.240,46 pontos, enquanto o índice de referência S&P 500 valorizou 1,84%, para 4.176,65 pontos. O tecnológico Nasdaq, que iniciou a sessão a recuar 0,49%, acabou o dia a ganhar 2,69%, para 12.317,63 pontos.

O setor da tecnologia suportou em grande parte os ganhos desta quinta-feira na bolsa de Nova Iorque. Tecnológicas como a Meta Platforms e a Nvidia dispararam 5,42% e 6,94%, respetivamente, enquanto a Tesla subiu 4,68%, para 775 dólares por ação. A Microsoft recuperou das perdas na abertura da sessão e encerrou com um avanço de 0,79%.

As ações norte-americanas recuperaram assim de uma queda no início do dia, impulsionadas pelas declarações da vice-presidente da Reserva Federal, Lael Brainard, que disse apoiar pelo menos mais alguns aumentos de meio ponto percentual das taxas de juro. A responsável afirmou ainda ver poucos motivos para interromper as subidas dos juros em setembro, se as pressões dos preços não arrefecerem.

Antes da divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego de maio pelo Departamento do Trabalho dos EUA, o instituto ADP publicou o seu relatório, no qual revela que foram criados 128.000 empregos no setor privado não agrícola no mês passado, um número que ficou abaixo do valor revisto de 202.000 de abril.

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Estado regularizou 3.231 milhões de euros de dívida à Parpública em 4 anos

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

Em quatro anos, foi possível regularizar uma parcela de 3.231 milhões de euros, que corresponde a 70% do valor em dívida no início de 2017.

O Estado regularizou cerca de 70% da dívida que tinha com a Parpública desde 2017, num total de 3.231 milhões de euros, valores devidos pela receita de privatizações que a empresa pública entregou e não foram compensados.

No seu relatório e contas, publicado esta quinta, o grupo, que é detido pelo Estado, referiu que o Orçamento do Estado para 2021 “manteve as autorizações necessárias e o processo de regularização da dívida pôde prosseguir, tendo permitido reduzir o seu valor em 633 milhões de euros, situando-se em 1.358 milhões de euros em 31 de dezembro de 2021”. De acordo com a e empresa, “em apenas quatro anos, foi possível regularizar uma parcela de 3.231 milhões de euros, que corresponde a 70% do valor em dívida no início de 2017”.

A Parpública indicou ainda que a redução verificada no ano passado “resultou de o Estado ter disponibilizado os recursos necessários para a Parpública pagar os juros vencidos e reembolsar o empréstimo obrigacionista, no montante total de 622,5 milhões de euros, que atingiu a maturidade em julho de 2021. Em novembro foram ainda disponibilizados 10,5 milhões de euros para pagamento dos juros do empréstimo obrigacionista de 250 milhões de euros, cujo vencimento ocorrerá em 2026”.

Ainda assim, a dívida do Estado, no final de 2021, representava 32,3% do ativo total do grupo. O lucro da Parpública subiu para cerca de 137 milhões de euros em 2021, acima dos 80 milhões de euros alcançados no ano anterior, disse o grupo a 31 de maio. Em comunicado, a sociedade gestora de participações sociais do Estado referiu que o resultado de 2021 se aproximou do registado em 2019, ano de pré-pandemia, quando ascendeu a 139 milhões de euros.

“O grupo continua a evidenciar uma capacidade de resiliência e flexibilidade, comprovado pelo facto de todos os segmentos de negócio terem apresentado resultados positivos, num ambiente adverso ditado pela pandemia”, pode ler-se no comunicado.

Em 2021, o investimento global do grupo rondou os 188 milhões de euros, “um aumento de 29% face ao valor de 2019 (146 milhões de euros), o que é de assinalar se tivermos em conta o enquadramento económico de cada um dos anos”, refere.

O grupo manteve ainda a sua estratégia de redução de endividamento, tendo o passivo consolidado sido reduzido em 707 milhões de euros em 2021, essencialmente suportado pela holding Parpública, “a qual registou uma diminuição do endividamento na ordem dos 600 milhões de euros”.

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MetLife reforça neutralidade carbónica com medidas imediatas

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2022

Seguradora salienta que está a investir em inovação para reduzir as emissões de carbono e a apoiar governos que fomentam eficiência energética e renováveis.

Oscar Herencia, Vice-presidente MetLife para sul da Europa e diretor geral ibérico: “Construir um futuro mais seguro exige que enfrentemos com urgência o desafio das alterações climáticas.”

A MetLife tomou “medidas imediatas para responder às alterações climáticas,” e integrar práticas de sustentabilidade em todas as operações, tanto a nível global como doméstico, com objetivo de “reduzir o consumo de energia, os resíduos, a água e as emissões de carbono.”

Em 2021, a seguradora “atingiu a neutralidade carbónica nos seus escritórios corporativos, frota de veículos e viagens” de negócios dos funcionários. Este objetivo, conseguido “durante cinco anos consecutivos”, demonstra que “a mudança é possível e pode ser alcançada através da estratégia e do empenho da empresa e de todos os envolvidos”.

A companhia tem “compromisso a longo prazo com o ambiente, alinhado com o nosso propósito como empresa”, diz Oscar Herencia, Vice-presidente da MetLife para o sul da Europa e diretor geral para Espanha e Portugal, justificando: “Construir um futuro mais seguro exige que usemos os recursos naturais de forma sustentável e enfrentemos com urgência o desafio das alterações climáticas.”

Entre as medidas da companhia para melhorar os escritórios está “a ionização bipolar (BPI), que irá aumentar a purificação do ar dentro dos edifícios, reduzindo ao mesmo tempo o consumo de energia. Para emissões de GEE que requerem um prazo mais longo, a organização está a comprar energia renovável e a apoiar-se em projetos de redução de carbono certificados por terceiros em mercados onde, por sua vez, as economias locais são estimuladas”.

A MetLife lista ainda as realizações para este ano:

  • Integrar o risco climático no quadro de gestão de risco da MetLife e desenvolver capacidades de avaliação de impacto.
  • Reforçar a política ambiental global e a declaração sobre as alterações climáticas que inclui a supervisão a nível do Conselho de Administração.
  • Lançamento de um “Quadro Financeiro Sustentável” para alinhar ainda mais as atividades empresariais e de investimento com a agenda climática e a emissão do primeiro financiamento verde da indústria seguradora nos EUA.
  • Uma emissão de 750 milhões de dólares através do Metropolitan Life Global Funding I, que irá apoiar a melhoria ambiental.
  • Gestão de mais de 28,7 mil milhões de dólares em investimentos verdes, incluindo eficiência energética e projetos imobiliários renováveis.
  • Criação de um grupo de trabalho inter-funcional para a promoção de temas relacionados com ESG.

Afirmando que faz progressos constantes de ano para ano no seu objetivo de uma economia de baixo carbono para travar as alterações climáticas, a organização lembra que o voluntariado corporativo “é um dos pilares mais importantes para a empresa”. Todos os anos, continua, a MetLife “organiza ações para apoiar, formar e melhorar pessoas e comunidades”, tendo adotado um “desafio global para a recolha de lixo e resíduos, no qual a equipa da Península Ibérica está altamente empenhada através de diferentes eventos anuais”.

A Fundação MetLife colabora com a organização sem fins lucrativos EcoRise para formar e preparar os estudantes em literacia financeira e ambiental. Também assumiu compromisso de plantar cinco milhões de árvores até 2030 em áreas desmatadas, em colaboração com a MetLife Foundation e a Arbor Day Foundation, reforça a seguradora.

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BNP Paribas Cardif está a acelerar estratégia 2025

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2022

Seguradora adotou plano assente em 3 pilares para responder a objetivos de crescimento, novas necessidades do consumo digital e requisitos de sustentabilidade.

Pauline Leclerc-Glorieux CEO da BNP Paribas Cardif e membro do Comité Executivo do BNP Paribas: “Estamos a acelerar a nossa transformação, tendo em conta as expectativas emergentes dos nossos segurados e parceiros.”

Growth, Technology e Sustainability são os 3 pilares do novo plano estratégico do braço de seguros do grupo BNP Paribas para acelerar transformação e dar resposta a novas necessidades de consumo e cumprir missão de “tornar os seguros mais acessíveis” anunciou a companhia que opera duas sucursais em Portugal (riscos gerais e Vida).

Através do pilar Crescimento, a Cardif pretende reforçar posições em poupança e proteção em todo o mundo e “captar oportunidades de crescimento em mercados emergentes e na América Latina.” Forte em parcerias através das quais cresce em seguros de vida, crédito, propriedade e de acidentes, lista as que estabeleceu com a Volkswagen Financial Services, Orange, Scotiabank e SMTB. Preparando ofertas inovadoras, a companhia faz referência a outras alianças, como a que estabeleceu com a JAB (seguros de saúde para animais de companhia no Reino Unido, EMEA (Europa, Médio Oriente, África) e América Latina, e ainda a Neon (Brasil), além de outras (novas) coberturas que estão em desenvolvimento pela subsidiária especializada Icare.

Estamos a acelerar a nossa transformação, tendo em conta as expectativas emergentes dos nossos segurados e parceiros”, afirma Pauline Leclerc-Glorieux CEO da BNP Paribas Cardif e membro do Comité Executivo do BNP Paribas.

Os comportamentos das pessoas “estão a mudar e as plataformas digitais tornaram-se um ponto de contacto essencial” para encontrar informação e adquirir todo o tipo de bens e serviços. Em resposta, companhia quer “alavancar a Tecnologia e a inteligência artificial para enriquecer a experiência do cliente”. Neste sentido, está a “adaptar a sua oferta”, propondo novas formas de aquisição de seguros.

“Estamos a repensar a forma como as subscrições de seguros são integradas na experiência de compra online, concebendo processos simples e rápidos que cumpram as expectativas dos clientes para uma satisfação imediata, bem como a procura de apoio e pagamento rápido de reclamações.” Esta abordagem implicou mudanças visando “maior simplificação de produtos, digitalização, inteligência artificial e automatização de processos, tudo centrado no fornecimento de uma experiência de alta qualidade para clientes e parceiros”. A automatização do processo de subscrição do seguro hipotecário em França, por exemplo, “permite agora que 83% dos mutuários recebam a aprovação imediata do seguro de empréstimo,” salienta um comunicado.

Fazer negócio num mundo de plataformas digitais dita mudanças de grande alcance. Graças ao nosso plano de crescimento para 2025 e ao nosso modelo único de parcerias, estamos numa excelente posição para responder a estas tendências emergentes”, reforça a CEO da Cardif.

Na vertente Sustentabilidade, a segurador tem objetivo de “ampliar o impacto positivo sobre o ambiente e sobre a sociedade.” As pessoas, especialmente as gerações mais jovens, “estão cada vez mais motivadas pelo impacto das escolhas de consumo que fazem, nota a seguradora”. Segundo reafirma a entidade, é indispensável gerir a poupança dos tomadores de seguros, combinando o “desempenho financeiro com o impacto positivo na sociedade”. Para acelerar esta abordagem e propor “produtos de impacto e serviços enriquecidos”, o BNP Paribas Cardif criou um Departamento de Impacto e Inovação em fevereiro de 2022. Esta nova unidade é responsável pela definição e implementação da estratégia de impacto do grupo segurador. O objetivo, refere, “é tornar os produtos e serviços de seguros mais acessíveis, enquanto continua a desenvolver a política de investimento responsável que introduzimos em 2008, com um forte foco nos critérios ambientais, sociais e de governação”.

Na perspetiva da sustentabilidade, “o BNP Paribas Cardif comprometeu-se a atribuir mil milhões de euros por ano, em média, em investimentos de impacto positivo até ao final de 2025″.

Nomeada Diretora Executiva do BNP Paribas Cardif em maio de 2021, Pauline Leclerc-Glorieux é apoiada por um novo Comité Executivo composto por 19 membros e “equilibrado em termos de género”, para liderar e implementar este plano estratégico.

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Rio diz ser responsável pela bancada e restantes órgãos do PSD até ao Congresso

  • Lusa
  • 2 Junho 2022

"Alterações nos órgãos do partido, eu sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho e não quero alterar nada. A partir desse dia não é nada comigo", afirmou Rui Rio.

O presidente do PSD afirmou esta quinta-feira que, até ao Congresso, é responsável por todos os órgãos nacionais do partido, incluindo a bancada, e não quer “alterar nada”, mas a partir daí não se irá “meter onde não é chamado”.

Depois de se ter encontrado esta tarde com o líder eleito, Luís Montenegro, e de este se ter reunido, em seguida, com o presidente da bancada, Paulo Mota Pinto, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas no Parlamento se uma eventual alteração na direção do grupo parlamentar tinha sido um dos temas.

Alterações nos órgãos do partido, eu sou responsável até ao dia 1 ou 2 de julho e não quero alterar nada. A partir desse dia não é nada comigo, portanto não é conversável comigo”, afirmou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Instado a concretizar se até ao Congresso, que se realiza entre 1 e 3 de julho, não haverá então alterações na direção do grupo parlamentar, reiterou: “Seja na bancada, seja no que for. Mal fora se ia induzir essas alterações a semanas de me ir embora”.

Já à pergunta se compreende que Luís Montenegro possa querer trabalhar com outro líder parlamentar – tal como Rui Rio fez com Hugo Soares, em 2018 –, o ainda presidente do PSD escusou-se a fazer um comentário.

“Não vou comentar, não é da minha lavra, não me vou meter nisso, seria de muito mau tom agora que estou de saída estar a meter-me no que não sou chamado”, disse.

Paulo Mota Pinto escusou-se a responder aos jornalistas, dizendo apenas: “Comigo não”.

Rio diz que haverá “liberdade de voto completa” incluindo no referendo à Eutanásia

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que haverá “liberdade de voto completa” na bancada do PSD quanto aos vários diplomas sobre a despenalização da eutanásia, incluindo a proposta do Chega que pede um referendo.

Esse era um dos pontos de que era preciso falar, ninguém é contra a liberdade de voto, é uma tradição do partido e assim será”, afirmou, após o encontro desta tarde com o líder eleito, Luís Montenegro.

No próximo dia 9 de junho, serão debatidos em plenário diplomas do PS, BE e PAN para a despenalização da morte medicamente assistida e um do Chega que propõe um referendo sobre a matéria.

Questionado se também quanto ao referendo haverá essa liberdade de voto, Rio respondeu afirmativamente. “Sim, é de repetir o que foi feito, há uma liberdade de voto completa”, disse.

Durante a direção de Rui Rio, houve sempre liberdade de voto nesta matéria, incluindo quando foi votada a proposta do CDS de realizar um referendo, em outubro de 2020. Nessa ocasião, existiu até oposição de alguns deputados sociais-democratas, que defendiam que o partido teria de votar a favor depois de o Congresso do PSD ter aprovado uma moção temática nesse sentido.

Esta tarde, o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, tinha dito que a posição do partido quanto à proposta do Chega de um referendo sobre a eutanásia estava ainda “em aberto” e “em processo de definição”, num almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, e questionado pelo antigo líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro se o PSD admitiria votar a favor de uma consulta popular.

Rui Rio é pessoalmente a favor da eutanásia e contra o referendo, enquanto o líder eleito do PSD Luís Montenegro é contra a eutanásia e a favor do referendo.

Esta quinta-feira, na reunião do grupo parlamentar do PSD, vários deputados tinham questionado que posição o partido iria tomar quanto à iniciativa do Chega, sem receber uma resposta definitiva de Paulo Mota Pinto, segundo relatos feitos à Lusa.

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Portugal foi dos maiores incumpridores das regras orçamentais entre 1998 e 2021

A evolução desagregada por anos mostra que o país tem vindo a melhorar no cumprimento das regras orçamentais europeias desde os anos da troika.

Apesar de ser considerado um “bom aluno” desde a saída “limpa” do programa da troika, Portugal continua a ser dos países com um dos maiores níveis de incumprimento das regras orçamentais europeias desde que a Zona Euro foi criada. A conclusão é de um indicador de cumprimento, com dados entre 1998 e 2021 que foram atualizados esta semana, construído pelo European Fiscal Board, uma entidade europeia semelhante ao Conselho das Finanças Públicas em Portugal.

Este indicador dá uma pontuação de 0% (total incumprimento) a 100% (total cumprimento), calculando a média dos anos que vão desde 1998 a 2021 e avaliando quatro regras orçamentais que constam do Pacto de Estabilidade e Crescimento acordado entre os Estados-membros.

O país com o maior grau de incumprimento é França com 22%, seguindo-se Itália (26%), a Grécia (29%) e logo depois Portugal com 30%. O top 5 fica completo com a Hungria (38%), que está fora da Zona Euro. Muito perto deste patamar estão mais três países: Espanha, Bélgica e Áustria, os três com 39% de grau de cumprimento das regras orçamentais, segundo o European Fiscal Board.

Do lado oposto surge o Luxemburgo com 93%, a Suécia com 92%, a Dinamarca com 83%, a Estónia com 76% e a Finlândia com 73%. Os restantes países conhecidos pela sua prudência orçamental, como a Alemanha ou a Holanda, situam-se entre os 50% e os 70%.

Este indicador do European Fiscal Board retira qualquer interpretação legal ou margem de discrição às atuais regras orçamentais que possa ser possível à luz do espírito da lei. Ou seja, a análise é apenas quantitativa e foca-se na evolução do défice orçamental, do rácio da dívida pública e da despesa pública, em comparação com o que está implícito nas regras.

São quatro as regras em análise: o limite de 3% ao défice orçamental; o ritmo da redução em 1/20 (5%) do excesso do rácio da dívida face aos 60% do PIB definidos pelos tratados europeus; o objetivo de médio prazo para o saldo estrutural de cada país; o crescimento da despesa pública limitada à média do crescimento do PIB potencial no longo prazo.

No caso de Portugal, o indicador mostra que houve um maior cumprimento da regra do saldo estrutural (38%) e da regra do aumento da despesa pública (33%), mas um menor cumprimento da regra do défice e da dívida pública (25% em ambos). A evolução desagregada por anos mostra que o país tem vindo a melhorar no cumprimento das regras orçamentais europeias desde os anos da troika.

Grau de cumprimento da regra da despesa pública em Portugal consoante o período

Fonte: European Fiscal Board.

As regras orçamentais europeias estão suspensas desde 2020 e assim deverão manter-se em 2023, se os Estados-membros derem luz verde à proposta da Comissão Europeia apresentada em maio, por causa do impacto económico e orçamental da aceleração da inflação — com consequências para a política monetária — e da invasão russa na Ucrânia. Prossegue ainda o debate europeu sobre a reformulação destas regras, nomeadamente para as simplificar.

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CEO do JP Morgan alerta para “furacão” que vai atingir economia dos EUA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2022

O CEO do maior banco norte-americano alertou os investidores sobre a alta de juros da Fed e o impacto da guerra na Ucrânia nos commodities.

O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, alertou os investidores na quarta-feira para se prepararem para um “furacão” económico, numa altura em que a economia dos EUA procura combater a inflação, exacerbada por perturbações na cadeia de abastecimento, pela pandemia e, mais recentemente, pela guerra na Ucrânia.

Em maio, por ocasião do dia do investidor, Jamie Dimon afirmou que havia “nuvens de tempestade” a pairar sobre a economia norte-americana, mas esta quarta-feira, numa conferência em Nova Iorque, intensificou o discurso, dizendo tratar-se de um furacão.

Embora as condições pareçam “boas” neste momento, ninguém sabe se se trata de “um furacão menor ou do Superstorm Sandy, acrescentou, aludindo ao furacão Sandy, o mais destrutivo a atingir os Estados Unidos em 2012.

Por isso, “é melhor prepararem-se”, avisou Dimon, citado pela CNBC, garantindo que o JP Morgan já está a preparar-se para essa turbulência e que será muito conservador no balanço do maior banco norte-americano.

Com início no final de 2021, os mercados norte-americanos têm atravessado um período volátil, enquanto os investidores se preparam para enfrentar o aperto da política monetária da Reserva Federal (Fed), que só este ano já subiu as taxas de juro por duas vezes numa tentativa de conter a inflação mais elevada em quatro décadas sem, contudo, atirar a economia dos EUA para uma recessão.

Apesar de as ações em Wall Street terem registado alguns ganhos nas últimas semanas, devido a um otimismo de que a inflação estaria a abrandar, o CEO do JP Morgan pareceu trair as esperanças dos investidores.

Neste momento está um pouco ensolarado, as coisas estão a correr bem, todos pensam que a Fed pode lidar com isto, (mas) aquele furacão está mesmo ali, no fim da estrada, a vir na nossa direção“, reiterou.

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Ex-CEO da UnitedHealth foi o mais bem pago entre gestores das seguradoras de Saúde nos EUA

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2022

Top 5 mais bem pagos respetivamente nos seguros e corretagem global registam variações diferenciadas em 2021. Sete CEO de seguradoras de Saúde levaram para casa 283 milhões de dólares no ano passado.

Gestores mais bem pagos no setor dos seguros. Em cima CEO das corretoras: Daniel Glaser (Marsh), Greg Case, (Aon), Patrick Gallagher Jr (Arthur J Gallagher), J. Powell Brown (Brown & Brown), Carl Hess (WTW). Em baixo os seguradores: Evan Greenberg (Chubb), Peter Zaffino (AIG), Alan Schnitzer (Travelers), Ajit Jain (Berkshire Hathaway) e David Long (Liberty).

Lucros crescentes, apreciação de valores mobiliários (parte que é significativamente importante no pacote de compensações atribuídas aos líderes executivos) e expansão da indústria farmacêutica impulsionada pela pandemia (ligação que também contribui para os lucros de conglomerados com atividade nos seguros e serviços de clínica médica) proporcionaram bom reforço de fortuna aos presidentes e responsáveis executivos das maiores seguradoras de Saúde nos EUA.

Em 2021, um administrador do UnitedHealth Group, entidade que em Portugal controla o grupo Lusíadas, foi o mais bem pago entre os gestores de companhias que operam seguros de Saúde nos EUA.

Números compilados pela STATnews, plataforma de informação do grupo Boston Globe Media, mostram que os CEO (presidentes executivos) das sete maiores companhias do ramo Saúde (cotadas em bolsa) ganharam valor agregado recorde de 283 milhões de euros a título de retribuições no ano passado. A lista dos mais bem pagos, baseada em informação que é pública, vem liderada por David Wichmann, muitos anos CEO do UnitedHealth Group (e substituído por Andrew Witty em fevereiro de 2021), que arrecadou 142 milhões de dólares, encabeçando o ranking de 2021.

A análise estende-se à última década e, neste horizonte temporal, o montante de compensações atribuídas aos gestores das seguradoras norte-americanas que operam o ramo Saúde assume outra dimensão. Considerando o Top 3 do ranking, a Cigna desembolsou perto de 366 milhões de dólares em compensações asseguradas aos CEO desde 2012 (David Cordani é o atual CEO), seguindo-se UnitedHealth Group com 349,5 milhões e a Centene com 322,62 milhões. A fatura conjunta dos 3 grupos (em retribuições aos respetivos CEO) somou 1,04 mil milhões de dólares na última década, um equivalente a 966,2 milhões de euros ao câmbio corrente.

Executivos com maiores retribuições nos seguros e corretagem

Daniel Glaser, Presidente e Chief Executive Officer (CEO) do grupo MMC (Marsh & McLennan), manteve a 1ª posição em 2021 no ranking dos mais bem pagos na indústria global de corretagem, segundo índice da Business Insurance com base em informação veiculada pelas empresas ao regulador dos mercados financeiros (SEC). A publicação organiza os rankings em função do salário base e outros contrapartidas ou benefícios (como prémios e bónus anuais em ações e outros incentivos não ligados a valores mobiliários) pagos a título de retribuição anual pelas empresas que têm ações cotadas bolsas norte-americanas.

Seguindo este critério, o ranking dos mais bem pagos na corretagem de seguros é encabeçado por Glaser, com salário base de 1,5 milhões de dólares e retribuição total anual a rondar 21,52 milhões (+9,3% do que em 2020). No segundo lugar, Greg Case, CEO da Aon plc, com igual salário base, auferiu perto de 19,87 milhões (-2,1%), enquanto J Patrick Gallagher Jr, Chairman e CEO da Arthur J Gallagher & Co, tendo remuneração base de 1,3 milhões, terminou 2021 com recibo de 13,88 milhões (+24,1% relativamente ao ano anterior). J Powell Brown, Presidente e CEO da Brown & Brown, com 9,2 milhões (+26,8%) e Carl Hess, nomeado Presidente da WTW (em agosto de 2021) e CEO (em exercício desde janeiro de 2022), com cerca de 4,83 milhões (+22,5%) completam o top 5 dos mais bem pagos entre líderes de corretoras. Assim, em relação a 2021 e excluindo o montante atribuído a J Haley (ex CEO da WTW), os quatro líderes executivos das corretoras de referência ganharam uns redondos 12 milhões de euros cada um (à taxa de câmbio de 31 de dezembro de 2021).

Na indústria de seguros, igualmente com base as comunicações regulamentares que as companhias remetem ao organismo fiscalizador do mercado bolsista nos EUA (SEC – Securities Exchange Commission), o Top 5 organizado pela Business Insurance apresenta-se assim:

1. Evan Greenberg (Chairman e CEO, Chubb Ltd) – Salário 1,4 milhões de dólares; Retribuição Total de 23,18 milhões (+14% em comparação com 2021)

2. Peter Zaffino (Presidente e CEO, AIG – American International Group) – Salário 1,48 milhões; Total 21,9 milhões de dólares (-9%)

3. Alan Schnitzer (Chairman e CEO, Travelers Cos. Inc.) – Salário 1,3 milhões; Total 19,85 milhões (+4,5%);

4. Ajit Jain (Vice-Chairman para a área de seguros, Berkshire Hathaway) – Salário 16 milhões; Total 19,04 milhões (variação não indicada);

5. David Long (Presidente e CEO, Liberty Mutual Holding Co.) – Salário 1,45 milhão; Total 18,45 milhões (+3,3%)

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Danone torna-se na B Corp com melhor pontuação em Espanha

  • Servimedia
  • 2 Junho 2022

A Danone certificou-se, pela terceira vez, como B Corp. A empresa de produtos alimentares foi a primeira no setor dos produtos de grande consumo a passar esta norma em 2016.

A divisão de produtos lácteos e alternativas baseadas em plantas da Danone foi certificada, pela terceira vez, como B Corp. A empresa foi a primeira do setor a tornar-se B Corp em 2016 e, desde então, tem aumentado a pontuação da sua avaliação, o que a tornou na maior e mais bem classificada empresa de produtos alimentares B Corp em Espanha, noticia a Servimedia.

O B Corp Danone Challenge teve mais de 90 pontos, o que corresponde a uma melhoria de quase cinco pontos nos resultados da sua última avaliação e de oito pontos desde a sua primeira certificação em 2016.

Entre os aspetos para os quais se destacou estão os trabalhos e projetos realizados em conjunto com os criadores de gado com os quais colabora para medir e reduzir a pegada de CO2 e, ainda, o apoio à substituição geracional das explorações pecuárias, entre outros.

A empresa também se destaca pela forma como envolve os agentes com os quais colabora nos seus compromissos sociais e ambientais e pelas suas políticas de governação – ausência de uma diferença salarial, a paridade em todas as posições e o seu firme compromisso com a diversidade -, bem como pelo seu compromisso de retenção e atração de talentos.

O B Corp é um selo atribuído pelo Laboratório B às empresas que cumprem os mais elevados padrões de desempenho social e ambiental, transparência pública e responsabilidade empresarial. “Ser B Corp significa saber equilibrar os objetivos e resultados a curto prazo e significa tomar decisões corajosas para assegurar um impacto positivo na sociedade e no planeta”, afirmou Laia Mas, diretora de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Danone Iberia.

A empresa salientou que esta forma de entender a atividade empresarial faz parte da Danone desde as suas origens e foi reafirmada nos anos 70 quando Antoine Riboud, o então presidente do Grupo Danone, fez um discurso histórico, em Marselha, que marcou o nascimento do seu duplo compromisso económico e social.

“Meio século depois, a empresa continua a defender este objetivo, consciente de que todas as suas ações têm impacto e que é essencial realizar um exercício de empatia em tempo real para compreender as necessidades existentes no ambiente“, acrescentou.

Como parte da sua visão e propósito, a Danone promove alianças com outras empresas da B Corp com o objetivo de gerar uma comunidade de empresas com propósito e um modelo de negócio concebido para beneficiar o mundo à sua volta.

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