“Nada do que se passa na comissão de inquérito põe em causa valor da TAP”, diz Medina

  • Ana Petronilho
  • 27 Abril 2023

Conselho de Ministros aprovou uma resolução para mandatar Finanças e Parpública para realizarem duas avaliações independentes e autónomas ao valor da TAP.

O ministro das Finanças acredita que “nada do que se passa na comissão de inquérito parlamentar” sobre a gestão da TAP “põe em causa aquilo que são os valores” da companhia.

Fernando Medina falou no briefing do Conselho de Ministros que aprovou uma resolução para mandatar a Parpública e o Ministério das Finanças para contratarem duas entidades para realizarem avaliações “independentes e autónomas” ao valor da TAP.

Dois meses depois de ter dito, em Madrid, que tinha intenção levar “em breve” a Conselho de Ministros a privatização da TAP, este é o primeiro passo para o arranque do processo, que já tem como interessados assumidos a Lufthansa, o grupo IAG – que integra a British Airways e a Iberia – e a Air France-KLM.

Só depois de concluídas estas duas avaliações o Governo vai decidir se vai vender, ou não, a totalidade da participação na companhia e aprovar um decreto-lei e, posteriormente, uma resolução do Conselho de Ministros onde vão ser fixados “os termos gerais e o caderno de encargos da privatização”. O ministro das Finanças — que se fez acompanhar pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba — adiantou que a expectativa é que estes diplomas possam ser aprovados “ainda em julho”.

Nas avaliações ao valor da TAP, que o Governo espera que sejam “o mais completas possível”, vão ser tidas em conta três dimensões: o valor da companhia como transportadora aérea no hub de Lisboa — que o ministro das Infraestruturas sublinha como um ativo “muito importante” — e vai ser analisado o contexto de transição energética, tendo em conta que o aeroporto de Lisboa é um centro de “produção e de distribuição de combustíveis sintéticos para a aviação”, frisou Galamba. Vão ainda ser tidos em conta as sinergias que se possam criar com o novo dono da TAP.

A avaliação não vai ainda passar ao lado da localização do futuro aeroporto de Lisboa, salientou o ministro das Infraestruturas, que fez questão de sublinhar que o Executivo tem sempre optado por um discurso de valorização da TAP e do interesse público e que a companhia não deve ser usada como arma de arremesso político. João Galamba tentou assim desvalorizar o impacto que a comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP poderia ter nos potenciais interessados na reprivatização da companhia.

Perante a insistência dos jornalistas, Fernando Medina frisou que “que nada do que se passa na CPI põe em causa intrinsecamente aquilo que são os valores fundamentais da TAP” defendendo que não se devem confundir “os dois processos que não colidem”. O ministro das Finanças recordou ainda que a realização de uma comissão parlamentar de inquérito é “um mecanismo que a República tem de fazer uma avaliação mais fina”.

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Critical Software abre 14 vagas para profissionais com autismo. Recrutamento é já em maio

Podem candidatar-se a este programa pessoas com mais de 18 anos, que tenham um diagnóstico de autismo/Asperger, com interesse pela área de TI e um nível médio de inglês.

A Critical Software arranca a 1 de maio a terceira edição do programa de Neurodiversidade, em conjunto com a Critical Techworks e a Specialisterne. A tecnológica tem 14 vagas para profissionais com autismo/Asperger para integrar, a partir de novembro, as equipas de testes e desenvolvimento de software, no Porto, em Lisboa e Coimbra, podendo ser consideradas também as cidades de Tomar, Viseu e Vila Real.

“Integrar pessoas neurodiversas em empresas tecnológicas é mais do que fazer o que está certo: é uma oportunidade para fortalecer equipas, para promover a inovação em projetos complexos e para potenciar a competitividade de uma organização. Avançamos para a terceira edição do programa com a confiança do sucesso das duas edições anteriores, certos de que em conjunto com os nossos parceiros, estamos a ter um impacto positivo neste âmbito”, argumenta Catarina Fonseca, coordenadora do programa de Neurodiversidade da Critical Software, citada em comunicado.

Para dar oportunidade a potenciais interessados e famílias de melhor conhecerem o programa, durante o mês de maio, serão dinamizados Dias Abertos à Neurodiversidade. O primeiro será na Critical Software, em Coimbra, a 16 de maio, o segundo na Critical Techworks, no Porto, a 18 de maio, e, por último, na Critical Software, em Lisboa, a 25 de maio.

Em menos de dois anos foram integrados 14 profissionais com autismo nas equipas de engenharia da Critical Software e da Critical Techworks, uma forma de combater a elevada taxa de desemprego de pessoas com autismo que, segundo os dados partilhados pela empresa, se situa nos 79%.

Em maio arrancam as inscrições para a nova edição do programa, com a seleção a decorrer entre junho e julho. De 4 de setembro a 6 de outubro, “cerca de 14 candidatos estarão em formação, com acompanhamento de um coach especializado na área do autismo, antes de integrarem as equipas, a 2 de novembro.”

Quando começam a trabalhar, “tanto os participantes como as equipas que os integram continuam a ter um acompanhamento próximo, regular e especializado para que este processo de integração decorra de forma natural e seja bem-sucedido”, refere a empresa.

Perfil dos candidatos

Podem candidatar-se a este programa pessoas com mais de 18 anos, que tenham um diagnóstico de autismo/Asperger, com interesse pela área de TI e um nível médio de inglês.

“Os candidatos deverão ter também conhecimentos de uma linguagem de programação para que possam integrar os projetos de engenharia”, informa a empresa.

As inscrições podem ser feitas online no site da empresa ou através do envio de currículo para [email protected].

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Governo aprova primeiro passo para a reprivatização da TAP

O Conselho de Ministros aprovou a resolução que mandata as Finanças e a Parpública para a realização de duas avaliações independentes à companhia. Decreto-lei da reprivatização previsto para julho.

Está dado o primeiro passo para a reprivatização da TAP. “O Conselho de Ministros aprovou a resolução que mandata o Ministério das Finanças e a Parpública para a realização das avaliações financeiras independentes” da companhia aérea, anunciou esta quinta-feira Fernando Medina.

“Esta resolução tem a importância de mandatar o Ministério das Finanças para a realização dos atos necessários para a avaliação da companhia e a partir da qual o Governo depois estará habilitado à aprovação e definição das peças legais seguintes”, acrescentou o ministro. Os passos legais seguintes são “um decreto-lei e uma nova resolução onde ficarão definidos os aspetos fundamentais do processo e também o caderno de encargos, mas que exigem este passo prévio da avaliação por duas entidades independentes“.

Fernando Medina afirmou que “ainda é cedo para calendarizar o andamento” do processo, mas a expectativa do Governo é que o Conselho de Ministros “possa aprovar o decreto-lei que inicia a privatização antes do verão”, “por volta de julho”. “O que se espera é que a avaliação seja o mais completa possível do valor da companhia nas suas diferentes formas que a companhia apresenta”, referiu.

“A avaliação tem duas dimensões da maior importância”, salientou, por sua vez, o ministro das Infraestruturas. “Uma aeronáutica, da dimensão do hub e da conectividade, ou seja a valorização clássica de uma companhia de aeronáutica. E outra que tem a ver com o contexto que vivemos hoje e as oportunidades criadas pela transição energética, porque o hub do Humberto Delgado já e será no futuro um hub de produção e distribuição de combustíveis sintéticos para a aviação“, afirmou João Galamba. “Este é um grande desafio para a aviação europeia e comporta uma grande oportunidade para a TAP, que importa incluir como dimensão a avaliar”.

O ministro das Infraestruturas confirmou que “há interessados” na entrada no capital da companhia aérea. Grupo IAG, Air France-KLM e Lufthansa são os mais apontados, mas a operação estará também a despertar o interesse de fundos de investimento. “A TAP é uma grande companhia. Já era uma grande companhia pela sua dimensão puramente aeronáutica. No contexto da transição enérgica significa um potencial de valorização acrescida”, reforçou.

Temos a expectativa de que elas [manifestações de interesse] se venham a concretizar no maior numero possível, na fase de apresentação de propostas”, para “termos a melhor escolha relativamente ao futuro da companhia”, desejou o ministro da Finanças. Haverá “uma primeira fase mais abrangente e depois numa segunda fase com propostas vinculativas”, precisou.

Questionado pelos jornalistas sobre o impacto que a comissão parlamentar de inquérito à tutela pública da gestão da TAP no valor da companhia, Fernando Medida desvalorizou a questão. “A TAP tem um valor intrínseco que decorre, como o senhor ministro das Infraestruturas referiu, do que é a sua existência enquanto companhia aérea, enquanto elemento de geração de valor a partir do hub de Lisboa. Queria aqui valorizar de novo os resultados positivos que a companhia aérea teve em 2022, antecipando as metas do plano de restruturação, o que mostra capacidade de criação intrínseca de valor significativa“.

O ministro das Finanças assinalou que a TAP “tem, em segundo lugar, uma componente de valor que é variável em função das sinergias que possam existir para o adquirente”.

O Governo tem feito sempre um discurso de defesa do interesse púbico e não utilização da TAP como arma de arremesso político. Este passo de mandatar a Parpública para fazer estas duas avaliações insere-se na defesa do interesse público e do Estado na TAP”, sublinhou João Galamba.

“Estamos a fazê-lo de forma muito clara e transparente, levando a decisão ao Conselho de Ministros, ao contrário do que aconteceu no passado, em 2015, para que seja cumprido escrupulosamente o que a lei determina”, acrescentou Fernando Medina.

João Galamba abordou a importância do aeroporto de Lisboa para a transportadora aérea, no dia em que a Comissão Técnica Independente vai anunciar as opções finalistas para o reforço da capacidade na região.

A questão da capacidade aeronáutica da região de Lisboa é uma dimensão muito importante na valorização da TAP e é por isso que o Governo está empenhado na definição da solução de longo prazo para a região de Lisboa e no entretanto a melhoria operacional do Humberto Delgado como ele está”, disse João Galamba.

“Independentemente da solução futura, o aeroporto Humberto Delgado será durante bastantes anos o aeroporto principal da região de Lisboa. Neste momento estamos a tomar medidas que são públicas, nomeadamente com a NAV e o Ministério da Defesa, na melhoria operacional do Humberto Delgado”, acrescentou. Medidas que passam pela libertação de espaço aéreo e na pista.

O segundo Governo de Passos Coelho aprovou a privatização de 61% da TAP à Atlantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa, uma operação que tem suscitado polémica devido à utilização de fundos da Airbus para a capitalização da companhia pelos privados.

Em 2016, o primeiro Executivo de António Costa reverteu parcialmente a privatização, com o Estado a ficar com 50% do capital. Com a pandemia da Covid-19, em 2020, o Governo comprou a posição de David Neeleman, elevando a participação para 62,5%. Com as recapitalizações feitas no âmbito do Plano de Reestruturação, a TAP SA, dona da companhia aérea, passou a ser integralmente detida pelo Estado no final de 2021, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças. Já em 2022 foi a vez da TAP SGPS passar para o controlo total do Estado.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h20)

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15% dos trabalhadores portugueses possuem qualificações a mais para o emprego que têm

É o valor mais alto dos últimos oito anos. Fosso de géneros continua acentuado: há 11,9% de homens sobrequalificados e 16,8% de mulheres com qualificações a mais para o trabalho que desempenham.

No ano passado, 15% dos trabalhadores nacionais eram considerados sobrequalificados, ou seja, tinham qualificações a mais para o emprego que desempenham. É a percentagem mais alta dos últimos oito anos, indicam os dados do Eurostat conhecidos esta quinta-feira. É o sexto país da UE com a menor taxa de sobrequalificação dos profissionais. Apenas Luxemburgo, Suécia, Dinamarca, República Checa e Hungria têm um número de profissionais considerados sobrequalificados inferior.

Embora Portugal se apresente como o sexto país da União Europeia com menos pessoas sobrequalificadas, a trajetória seguida tem sido no sentido inverso. A percentagem tem vindo a agravar gradualmente, sendo em 2022 a mais alta dos últimos, pelo menos, oito anos (15%). Em 2015, a percentagem situava-se nos 13%.

Em matéria de género, Portugal mostra-se desigualitário. No ano passado, havia mais mulheres (16,8%) sobrequalificadas do que homens (11,9%). Excluindo o ano de 2019 (em que a percentagem de sobrequalificação feminina se fixou nos 17%), desde 2015 que o cenário não era tão desigualitário.

Mas Portugal não é caso único. Aliás, em 19 dos 27 Estados-membros havia mais mulheres sobrequalificadas do que homens, sendo que Malta (11 p.p.), Chipre (8 p.p.), Itália e Eslováquia (ambos com 7 p.p.) foram os países onde a desigualdade entre géneros foi mais gritante.

Em termos gerais, a média dos Estados-membros no que toca a sobrequalificações fixou-se nos 22%, 21% no caso dos homens e 23% no caso das mulheres.

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Tripulantes avançam com pré-aviso de greve na easyJet

A greve pode voltar à easyJet nas próximas semanas. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil informou esta quinta-feira os associados que vai avançar com um pré-aviso.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) vai apresentar um pré-aviso de greve na easyJet, com data a designar. Num comunicado enviado aos associados, diz que antecipa “um verão bem quente, pois a empresa continua a desconsiderar os tripulantes”.

Caso a paralisação avance, será a segunda da companhia britânica este ano, depois da greve entre 1 e 3 de abril, que segundo o SNPVAC levou ao cancelamento de 220 voos.

No comunicado, a estrutura sindical refere que após a primeira paragem “havia a expectativa que a easyJet entendesse as dificuldades vividas pelos seus trabalhadores e a emergência social vivida, sobretudo na base de Faro”. Diz que deu “várias oportunidades de aproximação entre as duas posições que por natureza são antagónicos, mas que deveriam visar o mesmo objetivo: paz social, condições de trabalho dignas, crescimento da empresa e dos tripulantes”.

Para o SNPVAC, a companhia britânica continua a perpetuar a “precarização e discriminação dos tripulantes das bases portuguesas relativamente aos colegas de outros países” e que “não existe vontade real em fazer progredir esta negociação”. A easyJet estão há mais de cinco meses a negociar um novo Acordo de Empresa.

“Posto isto, e embora esteja marcada uma reunião para o dia 3 de maio, o SNPVAC decidiu apresentar novo pré-aviso de greve, com data a designar”, afirma no comunicado. “Este passo não é dado de ânimo leve. Temos a razão do nosso lado e a total convicção que a nossa reivindicação é justa. Antecipamos um verão bem quente, pois a empresa continua a desconsiderar os tripulantes”, conclui.

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Viagens turísticas de residentes recuperam 34% em 2022

As viagens turísticas dos residentes cresceram 34% em 2022, mas ainda ficaram aquém dos níveis pré-pandemia, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

A atividade turística dos residentes cresceu 33,8% em 2022, atingindo 23,4 milhões de viagens, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Este número representa um aumento de 21,6% face a 2021, mas um decréscimo de 4,2% face a 2019, ou seja, antes da pandemia.

Em 2022, as viagens ao estrangeiro foram as que mais cresceram, disparando 176%, mais 48,8% face a 2021 e menos 9,9% que 2019. Por outro lado, as viagens nacionais aumentaram 25,1%. Tanto a nível internacional, como nacional, o principal motivo foi o de “lazer, recreio ou férias”.

No total do ano de 2022, o principal motivo para viajar dos residentes foi “lazer, recreio ou férias”, tendo sido realizadas 11,9 milhões de viagens, mais 21% que em 2021. Já 8,8 milhões de viagens foram efetuadas por motivos de “visita a familiares ou amigos” (mais 36,4% face a 2021) e 1,7 milhões por motivos “profissionais ou de negócios” (mais 75,2% face a 2021).

Só no quarto trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 5,1 milhões de viagens, um crescimento de 10,4% face a 2021. O número de viagens aumentou em novembro e dezembro, mais 25,5% e 16,8% respetivamente. Em contraciclo, em outubro houve um decréscimo de 11,3%. As viagens em território nacional corresponderam a 87,7% das deslocações efetuadas e cresceram 6 % face ao mesmo período de 2021.

Visita a familiares ou amigos” foi a principal motivação para viajar no quarto trimestre de 2022, tendo sido efetuadas 2,4 milhões de viagens, mais 3% que 2021. Entre os outros motivos em destacados está “lazer, recreio ou férias”, com dois milhões de viagens (+17,6%) e ainda motivos “profissionais ou de negócios”, com 469 mil viagens (+2,1%).

Centro é o principal destino em Portugal

Os dados do INE revelam que em 2022 a região Centro foi o principal destino das viagens nacionais como 30,3%, mais 1,1% face a 2021. A ocupar o “top 3” está ainda o Norte, com 21,6%, e a Área Metropolitana de Lisboa (AML), como 17,6%. A AML foi a que mais cresceu em 2022, com mais 1,5%, e ultrapassando o Algarve que ficou com 13,3%.

Fonte: INE

No estrangeiro a posição cimeira é ocupada por Espanha, como 38,2%, seguida por França (10,7%) e Itália (6,5%). Ainda assim, segundo dados do INE, houve um decréscimo das viagens realizadas ao estrangeiro com destino o conjunto dos países da União Europeia

Já relativamente ao tipo de alojamento que os residentes decidiram optar em 2022, o particular gratuito foi o mais utilizado, com 60,8%, menos 5,5% do que 2021. Com um aumento de 5,6% face a 2021, os “hotéis e similares” ficaram em segundo lugar com 29% do total de dormidas.

No que concerne à duração média das viagens, a média em 2022 foi de 4,21 noites, um redução face a 2021 (4,72) mas um aumento face a 2019 (4,05).

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Francesa Armatis quer contratar 1.000 pessoas em dois anos

Em Portugal, 100% dos contratos são celebrados diretamente com a operadora de costumer experience, dos quais 81% efetivos.

A Armatis, grupo internacional francês, quer contratar 1.000 novos colaboradores nos próximos dois anos, um aumento de cerca de 100% face aos atuais mais de 1.100 trabalhadores distribuídos por Lisboa, Porto e Guimarães. Em Portugal, 100% dos contratos são celebrados diretamente com a operadora de costumer experience, dos quais 81% efetivos.

“A duração média de colaboração com os nossos dez maiores clientes do grupo é de 14 anos, a senioridade da nossa Comissão de Direção é de 17 anos. A lealdade permite construir equipas que funcionam muito bem umas com as outras. A Armatis foi construída em torno desses valores de crescimento, compromisso, relevância, coesão e respeito pelos valores humanos e pela diversidade. Este é o ADN do nosso grupo”, afirma Pedro Alves, desde março o country manager da Armatis em Portugal, citado em comunicado.

Em Portugal, 100% dos contratos são celebrados diretamente com a Armatis, dos mais de 1.100 colaboradores, 20% exerce funções de gestão e suporte e têm uma antiguidade média de quatro anos, 69% são mulheres.

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Santos Silva condena divulgação de “conversa informal e privada” com Costa e Marcelo no Parlamento

  • Lusa
  • 27 Abril 2023

O presidente da Assembleia da República lamenta divulgação de conversa informal com o primeiro-ministro e com o chefe de Estado no Parlamento e nega ter atribuído à IL falta de integridade política.

O presidente da Assembleia da República lamenta a divulgação de “conversa informal e privada” com o primeiro-ministro e o chefe de Estado no parlamento e nega ter atribuído à Iniciativa Liberal (IL) falta de integridade política.

Numa nota enviada à Lusa pelo gabinete de Augusto Santos Silva, salienta-se que “não foi autorizada” a gravação sonora na conversa que incluiu Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa após a sessão de boas-vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva, nesta terça-feira.

Em causa estão declarações de Augusto Santos Silva num vídeo que foi divulgado pelo jornal digital Observador em que diz que “aquilo que a Iniciativa Liberal decidiu fazer [na sessão com Lula da Silva] não é nada” porque “há sempre quem faça pior“, depois de falar em “falta de integridade política”.

“O Presidente da Assembleia da República nunca se referiu à IL nos termos divulgados”, contrapõe-se na nota, divulgada pelo gabinete de Augusto Santos Silva.

“Quando é mencionada uma candidatura a uma vice-presidência da Assembleia da República, o presidente da Assembleia da República não se estava a referir à IL. Basta ter em conta as exortações públicas que o presidente da Assembleia da República já fez para a apresentação de uma nova candidatura da IL a uma vice-presidência”, lê-se na nota.

Na nota do gabinete do ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, sustenta-se que, “apesar das deficientes condições sonoras da gravação”, Augusto Santos Silva “nunca se referiu ao protesto da IL como representando falta de integridade política, mas sim (som não totalmente percetível), o que afirmou foi que o protesto não revelou falta de educação, mas falta de maturidade política”.

“Lamenta-se que uma conversa informal e privada (cuja gravação sonora não foi autorizada) tenha sido tornada pública nestas condições, em que a legendagem surge distorcida”, acrescenta-se.

Na quarta-feira, após a divulgação do vídeo, o líder da IL, Rui Rocha, afirmou aguardar que o presidente da Assembleia da República se retrate do que considerou ser um “inqualificável comportamento”.

No Twitter, o presidente da IL disse que dará na quinta-feira “uma conferência de imprensa sobre mais um lamentável episódio ocorrido na Assembleia da República, protagonizado por aquele que devia ser o responsável máximo por zelar pelo regular funcionamento desta instituição”.

No vídeo, Santos Silva surge sorridente a contar o incidente com o Chega na sessão de boas-vindas ao Presidente do Brasil no plenário da Assembleia da República, numa roda em que estão também o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o secretário-geral do parlamento, Albino Azevedo Soares, entre outros.

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Euribor sobe a três meses e cai a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 27 Abril 2023

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses, em relação a quarta-feira.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a seis e a 12 meses em relação a quarta-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou esta quinta-feira, ao ser fixada em 3,852%, menos 0,006 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março. Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%. Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou esta quinta-feira, para 3,618%, menos 0,030 pontos e contra um novo máximo desde novembro de 2008, de 3,648% registado em 26 de abril. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022). A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu esta quinta-feira, para 3,250%, mais 0,008 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,288%, verificado em 14 de abril. A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses). A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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PwC Portugal integra 45 especialistas em cibersegurança da Hardsecure

Os 45 colaboradores que vão transitar para a PwC serão liderados por Cláudio Alves, atual CEO e fundador da Hardsecure. Este irá integrar a PwC Portugal como partner.

A PwC Portugal vai reforçar a sua estrutura, a partir de 1 junho de 2023, com a integração de 45 especialistas em cibersegurança, atualmente colaboradores da empresa Hardsecure.

Esta ação insere-se na estratégia de crescimento da empresa e “representa um incremento da atividade e da oferta de serviços na área da cibersegurança da PwC, acelerando o reforço de capacidades em consultoria de cibersegurança, nomeadamente em matérias de SOC (Security Operations Center) de resposta a incidentes de cibersegurança e arquiteturas Zero Trust, que são aspetos críticos para os nossos clientes no mundo atual digital e cloud em que operam”, refere-se em nota de imprensa.

“Trata-se de um importante passo para a firma, alinhado com a nossa estratégia global ‘The New Equation’, cujo objetivo é ser o prestador de serviços profissionais mais fiável e relevante do mundo, ajudando as organizações e a sociedade a construir confiança e a produzir resultados sustentados. Adicionalmente, representa também um reforço da nossa oferta na área de tecnologia e cibersegurança que é crítica para as organizações, públicas e privadas”, diz, citado em comunicado, António Brochado Correia, territory senior partner da PwC.

Brochado Correia acrescenta que “o mundo digital e a consequente necessidade de estarmos preparados para enfrentar eventuais ataques cibernéticos obrigam a ter os melhores meios de prevenção, defesa e de resposta”, pelo que “a PwC estará sempre ao lado dos seus clientes, com soluções inovadoras, combinando tecnologia e engenho humano”, assegura.

Os 45 colaboradores que vão transitar para a PwC serão liderados por Cláudio Alves, atual CEO e fundador da Hardsecure. Cláudio Alves irá integrar a PwC Portugal como partner.

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Avaliação bancária tem menor subida homóloga desde janeiro de 2022

Há três meses consecutivos que a taxa de variação homóloga do valor mediano de avaliação bancária na habitação está em queda. Em março atingiu o valor mais baixo desde janeiro de 2022.

Os preços da habitação continuam a subir. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quinta-feira, “o valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 1.483 euros por metro quadrado em março de 2023, mais cinco euros que o observado no mês precedente.”

Depois de em fevereiro ter registado uma correção de 0,47% para 1.478 euros face a janeiro, o valor mediano de avaliação bancária na habitação voltou a subir em março, contabilizando um aumento de 0,34%.

No entanto, os números do INE revelam que o mercado estará a resfriar. Não só o valor mediano de avaliação bancária na habitação registou em março uma subida homóloga de 11,4%, menos 1,1 pontos percentuais face aos 12,5% registados em fevereiro; como é o menor aumento homólogo desde janeiro de 2022.

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Em termos regionais, os dados mais recentes do INE continuam a mostrar que o Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) destacam-se das demais regiões, ao apresentarem valores medianos de avaliação bancária na habitação de 40,7% e 33,4%, respetivamente, acima da média do país.

Mas mesmo nessas regiões, a tendência é também de abrandamento. O Algarve, por exemplo, apesar de ser a região que registou a maior subida homóloga (15,9%), está cada vez mais longe da taxa homóloga de 20,4% registada em junho de 2022.

No caso da AML, a taxa de variação homóloga do valor mediano de avaliação bancária na habitação em março foi de 11,2%, menos 1 ponto percentual face ao registado em fevereiro e foi também o valor mais baixo desde novembro de 2021.

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Confiança dos consumidores volta a melhorar em abril

  • ECO e Lusa
  • 27 Abril 2023

Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico melhoraram em abril. A confiança subiu na construção, obras públicas e serviços e recuou na indústria transformadora e comércio.

Os indicadores de confiança dos consumidores e de clima económico aumentaram em abril, tendo a confiança subido na construção, obras públicas e serviços e recuado na indústria transformadora e comércio, divulgou o INE.

Segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” do Instituto Nacional de Estatística (INE), “o indicador de confiança dos consumidores aumentou entre dezembro e abril, depois de ter diminuído nos três meses anteriores, que culminou em novembro no valor mais baixo desde abril de 2020 no início da pandemia”.

Quanto ao indicador de clima económico, “aumentou entre janeiro e abril, invertendo o movimento descendente iniciado em março de 2022”.

Fonte: INE

As expectativas dos empresários em relação à evolução futura dos preços de venda diminuíram significativamente entre novembro e abril na Indústria transformadora, atingindo o nível mais baixo desde maio de 2020. Em março e abril, este saldo também diminuiu significativamente no comércio, atingindo o nível mais baixo desde agosto de 2021, enquanto na construção e obras públicas e nos Serviços, as reduções foram mais moderadas nos últimos três meses.

De acordo com a informação recolhida sobre a evolução do investimento no âmbito do inquérito às empresas da indústria transformadora, 57,7% das empresas preveem que o investimento estabilize em 2023 face a 2022, enquanto 34,3% preveem um aumento e uma diminuição de 8%.

Sentimento económico estabiliza na Zona Euro

Alargando o espetro de análise, o indicador do sentimento económico manteve-se em abril praticamente inalterado, face a março, na União Europeia (UE) e na Zona Euro, e o das expectativas de emprego, por seu lado, recuou, divulgou a Comissão Europeia.

Segundo dados da Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão, o sentimento económico manteve-se, na UE, nos 97,3 pontos e recuou 0,1 pontos percentuais para os 99,3 na Zona Euro.

Considerando as maiores economias da UE, o sentimento económico melhorou em Espanha (3,7 pontos), na Polónia (1,1), na Alemanha (0,8) e em Itália (0,3), tendo recuado nos Países Baixos (-1,6 pontos) e em França (-4,2).

A estabilidade do sentimento económico resultou principalmente da combinação de uma subida da confiança dos consumidores e de um recuo da confiança no setor da indústria. Por seu lado, a queda do indicador de expectativas de emprego – de 1,4 pontos, para os 106,1 – deveu-se a um menor otimismo entre os gestores da indústria e dos serviços, apenas parcialmente compensados pela melhoria dos planos de emprego no comércio a retalho e na construção.

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