Autarca de Espinho detido por suspeitas de corrupção
A operação, batizada de Vórtex, "versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras".
O presidente da Câmara Municipal de Espinho, Miguel Reis, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) esta terça-feira. Em causa estão suspeitas no processo de licenciamento de projetos imobiliários.
O socialista é suspeito da prática de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influências. Em causa está o licenciamento de projetos imobiliários desde 2018, avança a RTP.
Durante a manhã desta terça-feira, a PJ levou a cabo buscas após denúncias sobre o licenciamento de obras pelo Gabinete de Urbanismo. Além de Miguel Reis, o responsável pela divisão de Urbanismo da autarquia e também vários outros empresários foram detidos.
Segundo a PJ, a operação, batizada de Vórtex, “versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”.
Além do presidente da Câmara, foram detidos um funcionário e três empresários. Foram executadas duas dezenas de buscas que visaram os serviços da Câmara, residências, de funcionários e empresas em Espinho e Porto. Na operação, que contou com a presença de magistrados do DIAP Regional Porto, estiveram envolvidos cerca de investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como peritos informáticos de várias estruturas da Polícia Judiciária.
Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório judicial.
O atual presidente da Câmara de Espinho assumiu o cargo em 2021, após vencer as eleições autárquicas.
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