Faculdade de Economia do Porto procura novo diretor
Escola de Economia e Gestão da Universidade do Porto lança concurso para escolher sucessor de José Manuel Varejão, que atingiu o limite de dois mandatos. Candidaturas abertas até 6 de fevereiro.
A Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) abriu um processo de recrutamento para o cargo de diretor, que será depois eleito, em escrutínio secreto, pelos membros do conselho de representantes da instituição para um mandato de quatro anos, exercendo funções em regime de dedicação exclusiva.
O anúncio refere que podem candidatar-se ao cargo de diretor da FEP os professores ou investigadores doutorados da Universidade do Porto ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de investigação. As candidaturas podem ser entregues até 6 de fevereiro, com fonte oficial a estimar ao ECO que a decisão final será conhecida até ao início de março.
Em termos de perfil, o candidato deve ser “uma personalidade de reconhecido mérito e com experiência profissional relevante” para as funções; possuir “visão estratégica, refletida em programa de governo, adequada à prossecução da missão e fins” desta faculdade de Economia e Gestão; e ainda ter demonstrado “capacidade de promover valores humanísticos e científicos num ambiente de colegialidade e inclusão”.
O sucessor de José Manuel Varejão, especialista em Economia do Trabalho e ex-assessor do INE na área das contas nacionais que atingiu o limite legal de dois mandatos – substituiu João Proença em abril de 2015 –, vai liderar uma faculdade com 181 professores, 58 funcionários técnicos e administrativos e quase 3.200 alunos inscritos nas duas licenciaturas, 16 mestrados e dois doutoramentos. Mais de metade dos estudantes (55%) são mulheres e 12% internacionais.
A Faculdade de Economia da Universidade do Porto é uma das mais reputadas instituições de ensino superior nestas áreas de estudos, onde se formaram personalidades como os ex-ministros Daniel Bessa, Miguel Cadilhe ou Fernando Teixeira dos Santos, a comissária europeia Elisa Ferreira, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, o antigo líder do PSD e autarca da Invicta, Rui Rio, ou o antecessor de Mário Centeno como governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
Nos resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior 2022/2023, divulgados em setembro pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), a licenciatura de 1.º ciclo em Economia na Universidade do Porto teve a segunda mais alta nota de entrada do país (174,0), apenas abaixo do curso homólogo da Universidade Nova de Lisboa, que disponibilizou menos vagas; e registou mesmo a maior nota a nível nacional em Gestão (180,0).
O edital em que é anunciada a abertura do processo de contratação para o cargo de diretor, assinado a 6 de janeiro pela presidente do conselho de representantes da FEP, Maria Catarina de Almeida Roseira, prevê que as candidaturas devem ser redigidas em língua portuguesa ou inglesa, em suporte de papel e digital, e incluir, entre outros documentos, o currículo profissional, o programa de governo para a instituição académica nortenha e uma declaração em que se compromete a renunciar às funções que sejam incompatíveis com o exercício do cargo, caso seja eleito.
Segundo os estatutos da FEP, o conselho de representantes, que vai decidir o nome do próximo diretor, é composto por 15 membros, dos quais nove estão ali em nome dos docentes ou investigadores da FEP – três deles podem não ter o grau de doutoramento – e quatro dos estudantes (de quaisquer ciclos de estudos). Há ainda um elemento em representação dos restantes funcionários e uma personalidade externa cooptada pelos restantes membros deste órgão.
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