Ministério Público pede prisão preventiva para ex-autarca de Espinho e para empresário
O Ministério Público pediu prisão preventiva para o ex-presidente de Espinho, Miguel Reis, e para o empresário José Pessegueiro, detidos por suspeitas de corrupção no âmbito da Operação Vórtex.
O Ministério Público pediu prisão preventiva para o ex-presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, e para o empresário José Pessegueiro, detidos por suspeitas de corrupção no âmbito da Operação Vórtex, disse esta sexta-feira um dos advogados intervenientes no processo.
Segundo aquele advogado, para os restantes três detidos “não foi pedida nenhuma medida de coação especial”, pelo que vão ser libertados esta tarde.
As medidas de coação a aplicar ao ex-autarca Miguel Reis e aquele empresário vão, segundo a mesma fonte, ser anunciadas no sábado às 12h00.
Em comunicado, na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.
Miguel Reis foi ouvido na quinta-feira, durante quase cinco horas, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, revelou fonte judicial.
Miguel Reis renunciou na quinta-feira ao mandato para o qual foi eleito em 2021, com 40,23% dos votos.
Além do ex-autarca de Espinho (Aveiro), foram detidos o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e três empresários.
A operação da Polícia Judiciária, denominada de Vórtex, contou com a presença de magistrados do Departamento de Investigação e de Ação Penal (DIAP) Regional Porto, investigadores e peritos financeiros da Diretoria do Norte, bem como de peritos informáticos de várias estruturas daquela polícia.
“A investigação versa sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos”, explicou a PJ.
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