Após BPI e Novobanco, Santander também aprova aumentos de 4%

Depois do BPI e do Novobanco, também o Santander avançou com uma atualização salarial de 4%, aumentando ainda o salário mínimo do banco para 1.400 euros, entre outras medidas, de acordo com uma informação interna a que o ECO teve acesso.

É o terceiro banco a aprovar aumentos dos salários dos trabalhadores enquanto decorrem as negociações com os sindicatos do setor, que reivindicam aumentos superiores, entre os 6,25% (SNQTB) e os 8,5% (Mais Sindicato, SBC e SBN, afetos à UGT), para responder ao aumento do custo de vida expressivo com a escalada da inflação.

No final do ano passado, a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida já tinha passado um “cheque anti-inflação” de 750 euros para quem recebia até 30 mil euros anualmente. “Queremos compensar ainda mais os nossos colaboradores pelo seu contributo para os resultados atingidos pelo banco, particularmente na atual e complexa conjuntura económica”, indica agora a instituição numa nota interna.

Para o efeito, além de aumentar a retribuição base e diuturnidades em 4% e de atualizar o salário mínimo para os 1.400 euros, “84% acima do salário mínimo nacional e bem acima do salário médio nacional” através da promoção para o nível 7 de todos os os trabalhadores que se encontram abaixo desse nível, também irá processar em janeiro “os aumentos previstos nas promoções obrigatórias por mérito que, este ano, representam uma alteração de nível ACT a 208 colaboradores e um incremento de 6,9% no seu vencimento médio”.

Adicionalmente, o Santander também “irá também processar até final de fevereiro o pagamento da compensação variável referente a 2022”. Para os trabalhadores que se mantêm no sistema de incentivos ou nele estiveram em 2021, a medida representará um incremento médio de 33% face ao valor recebido em 2021.

O Santander registou lucros de 385 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado e prepara-se para apresentar os resultados de todo o ano de 2022.