Novos dados dos Censos mudam alojamento local em Lisboa
Estudo revela que Areeiro deixa de ser zona de contenção, enquanto Campolide passa a ter um travão. É nas freguesias de Santa Maria Maior e Misericórdia onde rácio de AL mais sobe.
As estatísticas de população e o número de habitações contabilizado pelos Censos 2021 trazem mudanças ao número de unidades de Alojamento Local (AL) permitido nas várias freguesias de Lisboa, avança o Jornal de Negócios (acesso pago). Os novos rácios obtidos a partir desses dados indicam que o Areeiro deixa de ser uma área de contenção, com o rácio atual de 3% a cair para 2,2%, enquanto Campolide, cujo rácio sobe de 2% para 2,5%, passaria a ter um travão, de acordo com o estudo “O Alojamento Local no Concelho de Lisboa: Impactos e Desafios”, realizado pelo Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e do Mar.
Santa Maria Maior e Misericórdia são as freguesias em que o rácio mais aumenta: na primeira, passa de 52% para 60,7% e na segunda de 39% para 40,8%. Em contrapartida, este rácio diminui mais em Santo António, Arroios e Avenidas Novas. Gabriel Osório de Barros e Gonçalo Novo, autores do estudo, assinalam que, de acordo com os Censos, houve uma “diminuição significativa do número de alojamentos familiares na maior parte das freguesias, entre 2011 e 2021, em particular nas de Santa Maria Maior e Misericórdia” e que isso, naturalmente, afeta o rácio.
Foi em 2018 que se implementaram as áreas de contenção no Alojamento Local no concelho de Lisboa, de forma a proteger as freguesias (no todo ou em parte) mais expostas aos fluxos turísticos. Desde então já houve várias alterações e foram sendo delimitadas novas “zonas turísticas homogéneas (ZTH) em função do rácio existente entre o número de habitações permanentes e o número de unidades de AL”. Atualmente, a cidade está a rever estas regras e a suspensão é total até abril, mas a ideia é que o rácio seja atualizado periodicamente.
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