Portugal teve a segunda maior queda da taxa de poupança da UE no terceiro trimestre
Entre julho e setembro de 2022, o consumo real per capita das famílias aumentou 0,5% na Zona Euro e 0,7% na UE, enquanto o rendimento real cresceu 0,4% e 0,1%, respetivamente.
A taxa de poupança das famílias voltou a níveis anteriores à pandemia de Covid-19, fixando-se em 13,2% na Zona Euro e em 12,4% na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2022, o que representa uma diminuição de 0,2 e 0,6 pontos percentuais (p.p.), respetivamente, face ao trimestre anterior. De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat, Portugal teve a segunda maior queda entre os Estados-membros.
Só em quatro países se verificou um aumento da taxa de poupança dos agregados familiares, com a Áustria (+9,1 p.p.), Polónia (+2,5 p.p.) e República Checa (+2,1 p.p.) a registarem as maiores subidas, que resultam do “crescimento do rendimento bruto disponível das famílias a um ritmo mais rápido do que o consumo”, nota o gabinete estatístico europeu.
Taxa de poupança das famílias no terceiro trimestre de 2022
Em contrapartida, observou-se uma diminuição deste indicador em 11 Estados-membros. À frente de Portugal (-3,9 p.p.) ficou apenas a Hungria, cuja taxa de poupança caiu 9,2 p.p., enquanto Espanha fecha o ‘top 3’ com uma queda de 2,6 p.p..
Os dados do Eurostat revelam também que, entre julho e setembro do ano passado, a taxa de investimento das famílias diminuiu 0,2 pontos percentuais tanto na Zona Euro, como no bloco comunitário em relação ao trimestre anterior, situando-se em 9,9% e 9,6%, respetivamente.
A taxa de investimento das famílias aumentou em cinco Estados-membros — entre os quais Portugal —, estabilizou em um (Espanha) e diminuiu em nove países. A Hungria (+0,9 p.p.), a Irlanda (+0,6 p.p.) e a Finlândia (+0,4 p.p.) registaram as maiores subidas, enquanto as maiores diminuições foram observadas na Áustria (-1,2 p.p.), nos Países Baixos (-0,6 p.p.) e na Polónia (-0,5 p.p.).
Taxa de investimento das famílias no terceiro trimestre de 2022
Consumo e rendimento das famílias sobe na Zona Euro e na UE
O consumo real per capita das famílias aumentou em 0,5% no conjunto dos países da moeda única no período em análise, após a subida de 0,5% no trimestre anterior, revela o Eurostat. Ao nível da UE, este indicador avançou 0,7% no terceiro trimestre de 2022, face a um aumento de 0,4% no trimestre anterior, segundo o gabinete de estatísticas.
Quanto ao rendimento real per capita dos agregados familiares, verificou-se um crescimento de 0,4% na Zona Euro, depois de uma queda de 0,7% no segundo trimestre de 2022. No conjunto dos Estados-membros da UE, o crescimento do rendimento real per capita foi menor, de apenas 0,1%, quando no segundo trimestre de 2022 havia diminuído 1,1%.
Durante o terceiro trimestre de 2022, o rendimento disponível bruto das famílias (em termos nominais, ajustado sazonalmente) aumentou 2,4% na Zona Euro e 1,9% na UE. Este aumento, de acordo com o Eurostat, deve-se sobretudo às “grandes contribuições positivas da remuneração dos empregados; ao excedente bruto de exploração e do rendimento bruto misto; e aos rendimentos líquidos de propriedade e outras transferências correntes líquidas”. Por outro lado, “os impostos correntes e as contribuições sociais líquidas tiveram uma grande contribuição negativa”, assinala.
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