Indústria foi atividade com maior abrandamento real na 2ª metade de 2022
A atividade industrial é influenciada pela inflação e foi por isso "muito condicionada pelo contexto global, apresentando um abrandamento da produção", diz a PwC.
A segunda metade de 2022 foi marcada por uma desaceleração da economia, nomeadamente devido ao impacto da guerra na Ucrânia, sendo que a indústria foi o setor onde se sentiu o maior abrandamento real no segundo semestre. Destaca-se a indústria automóvel, que continua abaixo dos níveis de atividade de 2019.
A atividade industrial foi “muito condicionada pelo contexto global, apresentando um abrandamento da produção”, indica o relatório trimestral da PwC sobre a evolução da economia. “O índice de volume de negócios da indústria vem fortemente influenciado pela inflação (embora com menor pressão em novembro 20223)”, acrescentam.
Na atividade industrial sobressai a indústria automóvel, que “continua abaixo dos níveis de atividade de 2019, tendo, em novembro 2022, demonstrado um novo abrandamento”.
Já o setor da construção registou um crescimento de 3,2% em 2022, segundo a AICCOPN, sendo que “a produção na construção tem apresentado sinais de abrandamento, no último trimestre”. Quanto ao turismo, a atividade registou uma forte recuperação face a 2021, apesar de ainda ficar ligeiramente abaixo de 2019, período pré-pandemia.
Olhando para a economia nos próximos tempos, as perspetivas já são mais animadoras. “As perspetivas económicas a 3 anos são de normalização do contexto global, assumindo que não surgem novos choques inesperados”, sinaliza a PwC, que caracteriza 2023 como um “ano de transição”.
Ainda se perspetiva para a primeira metade deste ano um forte aumento das taxas de juro, sinalizado também pela própria presidente do Banco Central Europeu, e também níveis de preços elevados.
Quanto à evolução da Euribor, a consultora aponta que, de acordo com informação do BCE, “os especialistas apontam para um pico da Euribor de 3 meses de 3%, no 3º trimestre de 2023″.
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