Portugueses são os maiores adeptos da “bazuca” criada pela UE
Portugueses apoiam PRR, mas questionados sobre se acreditam que o plano terá um impacto positivo na sua situação pessoal ou profissional, revelam-se menos entusiastas.
Os portugueses são os cidadãos europeus que mais apoiam a solução encontrada pela União Europeia para ajudar os Estados-membros a fazer face à crise provocada pela pandemia da covid-19, o «NextGenerationEU», também conhecido como ‘bazuca’, revela um inquérito hoje publicado.
De acordo com um «Eurobarómetro» sobre o instrumento «NextGenerationEU», o fundo de 800 mil milhões de euros aprovado pelos 27 em julho de 2020, cujo elemento central é o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, que financia os Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) de cada Estado-membro, os portugueses são os cidadãos comunitários que mais concordam a abordagem escolhida para responder à crise, quer a nível europeu, quer nacional.
O inquérito, conduzido em novembro passado e agora publicado, revela que 86% dos portugueses consideram que a solução acordada — segundo a qual os Estados-membros prestam apoio financeiro uns aos outros, através de emissão conjunta de dívida — é “uma boa abordagem” para a UE, e 84% encaram-na como positiva para o país, em ambos os casos os valores mais elevados entre os 27.
Em média, 74% dos cidadãos europeus inquiridos aprovam a ‘bazuca’ como uma abordagem adequada para a Europa e 70% consideram-na positiva para o seu país. Os valores variam, no primeiro caso, entre os 86% em Portugal e os 66% na Suécia, e, a nível nacional, entre os 84% em Portugal e os 56% na Finlândia.
No entanto, quando questionados sobre se acreditam que o plano de recuperação da UE terá um impacto positivo na sua situação pessoal ou profissional, os portugueses revelam-se menos entusiastas, abaixo mesmo da média comunitária, com apenas 8% a responderem que “sim, muito” e 26% a manifestarem-se convictos de que “sim, um pouco” (contra 9% e 26%, respetivamente, de média na UE).
O PRR português inclui investimentos e reformas em 20 componentes temáticas, com uma verba de 13,9 mil milhões de euros em subvenções e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos.
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