Taxa de desemprego subiu para 6,7% em dezembro, a mais elevada desde junho de 2021
Taxa de desemprego aumentou 0,2 pontos percentuais face ao registado no mês anterior, para o valor mais elevado do último ano e meio. No final de 2022 havia 347,6 mil desempregados no país.
A taxa de desemprego em Portugal voltou a aumentar em dezembro, para 6,7%, atingindo o valor mais elevado desde junho de 2021, de acordo com os dados provisórios publicados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Além do aumento de 0,2 pontos percentuais em cadeia (considerando a revisão em alta do valor de novembro), o indicador relativo ao último mês do ano passado mostra ainda um crescimento de 0,6 pontos percentuais face a três meses antes, que coincide com o final do verão, e de 0,8 pontos percentuais face a dezembro de 2021.
Também a população desempregada, que ascendia no final de dezembro a 347,6 mil pessoas, corresponde a um aumento significativo nos três períodos de comparação: cresceu 3,2% em relação ao mês anterior – são mais 10.700 pessoas no espaço de apenas 30 dias –, 9,3% em relação a três meses antes e está 14% acima do mês homólogo do ano anterior.
Ainda na semana passada, o IEFP divulgou dados relativos às inscrições nos centros de emprego espalhados pelo país (incluindo Continente e ilhas), que estão a subir há cinco meses consecutivos, com o número de desempregados inscritos a superar já as 307 mil pessoas.
O destaque divulgado esta manhã pelo INE comprova ainda a tendência de quebra na população empregada em Portugal (são agora cerca de 4.865.900 pessoas), que diminuiu em relação ao mês anterior (0,1%) – equivale a uma perda de 2.600 pessoas a trabalhar – a três meses antes (0,3%) e a um ano antes (0,5%).
Em dezembro de 2022 estima-se que a população ativa tenha tido um aumento, em relação ao mês anterior, de 8,1 mil pessoas (0,2%), em resultado do acréscimo da população desempregada ter superado o decréscimo da população empregada.
Já a população inativa, estima o INE, terá baixado 0,4%, isto é, tem agora menos 8,6 mil pessoas, uma diminuição que é explicada “essencialmente pelo decréscimo do número de outros inativos, os que não estão disponíveis nem procuram emprego (10,2 mil; 0,4%)”.
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