Condeixa-a-Nova apela ao Governo para impedir aumento das tarifas do lixo

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Município de Condeixa-a-Nova pede ao Governo para travar a aprovação dos aumentos dos tarifários para este ano e 2024, propostos pela ERSUC, Resíduos Sólidos do Centro.

A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova quer que o Governo impeça a aprovação dos aumentos dos tarifários para este ano e 2024, propostos pela ERSUC, Resíduos Sólidos do Centro. E que terão um “impacto brutal” para os munícipes, avança a autarquia que considera “indispensável que seja feita uma fiscalização criteriosa e rigorosa” ao contrato de concessão.

O presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, defende que “é urgente uma fiscalização rigorosa ao contrato de concessão da exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e Recolha Seletiva de Resíduos Urbanos do Litoral Centro, atribuída à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)”.

O autarca admite mesmo avançar com uma “providência cautelar” para tentar impedir a ERSAR de “aceitar uma proposta profundamente desajustada de aumentos tarifários apresentada pela ERSUC” para este e para o próximo ano. Por isso, o autarca de Condeixa considera “indispensável que seja feita uma fiscalização criteriosa e rigorosa” ao contrato de concessão.

É urgente uma fiscalização rigorosa ao contrato de concessão da exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e Recolha Seletiva de Resíduos Urbanos do Litoral Centro, atribuída à Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos.

Nuno Moita

Presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova

Segundo Nuno Moita, atualmente a tarifa da ERSUC é de 44,54 euros por tonelada, sendo que os valores propostos no projeto de decisão são de 67,55 euros por tonelada e 75,37 euros por tonelada, para os anos de 2023 e 2024, respetivamente.

“Estes valores, se os mesmos forem aprovados, originarão aumentos de 52% e 69%, respetivamente, substancialmente superiores à inflação, o que penalizará substancialmente os munícipes”, frisa o autarca Nuno Moita.

Os aumentos em questão, serão “ainda mais significativos” comparados com a tarifa praticada no ano de 2020, traduzindo-se, neste caso, em aumentos de 131%, em três anos, e de 163%, em quatro anos.

“O contexto macroeconómico está a ser muito penalizador para as famílias, com a perda de poder de compra resultante do comportamento da taxa de inflação, do aumento das taxas de juro e dos preços da energia e combustíveis. Se a estes constrangimentos, associarmos ainda este aumento galopante da tarifa proposta, as famílias ficarão ainda numa situação mais preocupante”, aponta o presidente da Câmara Municipal daquela vila.

Nuno Moita questiona ainda o “sinal negativo e desmoralizador” que o aumento dos tarifários dará às famílias e empresas “quando estas são, cada vez mais, incentivadas a diferenciar os resíduos e, paralelamente, estão continuadamente a pagar mais por um serviço, com aumentos incompreensíveis e injustificados”.

A autarquia dá ainda nota de que o edil condeixense solicitou, em missiva enviada à ERSUC, a reapreciação da proposta da tarifa para os anos de 2023 e 2024.

Nuno Moita está, neste momento, a aguardar os resultados da auditoria, prometida pela ERSAR, ao Sistema Multimunicipal de Tratamento e Recolha Seletiva de Resíduos Urbanos do Litoral Centro e por uma reunião pedida ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, por um conjunto de municípios abrangidos pelo sistema.

A Câmara de Condeixa-a-Nova acrescenta ainda que a ERSUC, aprovada em 2015 pelo Governo então liderado pela coligação PSD/CDS, tem vindo a acumular maus resultados financeiros, registando resultados líquidos de dois milhões de euros em 2015, 205 mil euros em 2016, 900 mil em 2017 e apresentou, em 2018, um resultado negativo de quase 1,5 milhões de euros.

A ERSUC envolve 36 municípios da região Centro, que são acionistas, abrangendo aproximadamente um milhão de pessoas.

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Bancos sobem proposta de aumentos para 3%. Sindicatos consideram “inaceitável”

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

O valor fica longe dos 8,5% que estão a ser pedidos pelos sindicatos. Bancos sobem proposta de aumentos de 2,5% para 3%.

Os bancos subiram a sua proposta de atualização salarial para 3%, dos anteriores 2,5%, numa reunião que esta sexta-feira ocorreu com os sindicatos afetos à UGT, mas as estruturas consideram este valor “inaceitável”. Segundo adiantou à Lusa fonte sindical, a reunião, que juntou Mais Sindicato, SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal e SBC – Sindicato dos Bancários do Centro e o grupo negociador da banca, acabou sem conclusões, apesar da melhoria na proposta.

Ainda assim, o valor fica longe dos 8,5% que estão a ser pedidos pelas estruturas sindicais. A mesma fonte recordou que houve outras propostas de alteração do clausulado que as instituições de crédito não quiseram discutir, sendo que “como hoje houve a votação das alterações legislativas à legislação laboral também querem ter tempo para ver que impacto pode ter nos instrumentos de regulamentação coletiva”.

Os sindicatos pediram a “alteração das condições do crédito à habitação”, que tem condições especiais para os trabalhadores bancários, apelando para uma alteração que tenha “em conta o aumento das taxas de juro”. “É uma das poucas vantagens que temos no instrumento de regulamentação coletiva”, destacou, salientando que enquanto os juros estiveram baixos a taxa foi praticamente “zero” e “agora aumenta mensalmente”, tendo os sindicatos pedido aos bancos que considerassem esta questão.

Em cima da mesa está ainda “a majoração de dias de férias por efeitos de assiduidade”. A próxima reunião está marcada para o dia 27 de fevereiro. O Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Centro e SBN reivindicam, para este ano, 8,5% de atualização de tabelas e cláusulas de expressão pecuniária.

O grupo negociador da banca, responsável pela revisão do ACT do setor, representa cerca de 20 instituições financeiras que atuam em Portugal, entre elas Santander Totta, Novo Banco e BPI. Já Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Crédito Agrícola e Montepio têm acordos autónomos. No caso do banco público, a proposta de aumento salarial é de 3%, o que os sindicatos têm considerado inaceitável.

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Cartões da Edenred expirados vão ser transformados em bancos de jardim, mesas, floreiras e ecopontos

  • Trabalho
  • 10 Fevereiro 2023

Quando a validade do seu cartão expirar, o utilizador tem apenas de inseri-lo numa caixa multibanco para que fique retido.

Focada no seu objetivo de acrescentar valor à sociedade de forma responsável e sustentável, a Edenred uniu-se, como participante, ao Merece – Movimento Empresarial para a Reciclagem de Cartões com Componentes Eletrónicos. Através deste programa, será possível reciclar todos os cartões eletrónicos da Edenred e dar-lhes uma segunda vida.

“O compromisso da Edenred com a sustentabilidade é expresso de forma inequívoca no nosso propósito: ‘Enrich Connections For Good’. Como líder em benefícios sociais, estamos empenhados em gerar valor para todo o ecossistema e tornar o mundo um local melhor. Esta iniciativa permite-nos dar mais um passo no caminho da transição verde, fechando o ciclo de um produto que foi já desenhado com preocupações ambientais. É isto que nos move: ter um impacto positivo na vida das pessoas, das organizações e do planeta”, afirma Filipa Martins, diretora-geral da Edenred Portugal, em comunicado.

Quando a validade do seu cartão expirar, o utilizador tem apenas de inseri-lo numa caixa multibanco para que fique retido. A partir daí, o cartão irá entrar no circuito de reciclagem do Projeto Merece e, depois de triturado, será utilizado na produção de peças de mobiliário urbano, como bancos de jardim, mesas, floreiras, ecopontos, entre outras.

Adicionalmente e com o intuito de compensar as emissões de carbono geradas pela produção dos cartões, por cada quilo de resíduos recolhidos, o Merece plantará uma árvore, com garantia da sua manutenção ao longo de cinco anos.

Esta colaboração surge no âmbito da política de responsabilidade social corporativa da Edenred. O Grupo tem em curso um plano ESG e contribui para 12 dos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, integrando o índice de sustentabilidade FTSE4Good.

Para reduzir os impactos ambientais, no ano passado, a Edenred passou também a produzir todos os seus cartões com materiais mais amigos ecológicos.

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Portugal depende cada vez mais de Espanha

As trocas comerciais com Espanha mais do que triplicaram nas últimas duas décadas, passando de um valor equivalente a 14% do PIB em 2000 para mais de 23% do PIB no final do ano passado.

Desde pelo menos 2000 que Espanha não é apenas o principal destino das exportações nacionais, como também é o principal parceiro económico de Portugal: desde essa altura, as trocas comerciais entre os dois países passaram de 17,6 mil milhões de euros, cerca de 14% do PIB, para um valor recorde de 55,5 mil milhões de euros no ano passado, o equivalente a 23% do PIB.

A dependência da economia nacional de Espanha é tão grande que, na última década, um quarto das exportações tiveram como destino o mercado espanhol e quase um terço das importações nacionais tiveram como origem empresas espanholas.

Os números alcançados no ano passado exemplificam na perfeição esta realidade. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2022, 26% das exportações nacionais teve como destino Espanha e 32% das importações nacionais foram contabilizadas com produtos “made in Spain”.

Na esfera das contas comerciais de Portugal, o impacto de Espanha é tão grande que só no ano passado, o comércio realizado com Madrid chegou a superar as trocas comerciais que Portugal realizou com os restantes quatro maiores parceiros comerciais juntos. O saldo global de exportações e importações contabilizadas com Alemanha, França, China e Países Baixos no ano passado foi 6,6% inferior às trocas comerciais com Espanha.

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Défice comercial agrava-se a uma velocidade cruzeiro

Desde 2013 que as exportações para Espanha têm crescido a um ritmo médio de 7,2% ao ano e as importações aumentado, em média, 6,9% por ano. No entanto, desde pelo menos 2000 (último ano disponível na série do INE) que Portugal acumula um crescente défice comercial com Espanha e que no ano passado atingiu um valor recorde de 14,6 mil milhões de euros.

Mas não é só com Espanha que Portugal tem um saldo comercial negativo. Entre os seus 10 maiores parceiros económicos, que são responsáveis por 75% do comércio internacional da economia portuguesa, apenas para três países Portugal exporta mais do que importa (França, EUA e Reino Unido).

Isso faz com que Portugal apresente uma economia deficitária do ponto de vista comercial, importando muito mais do que exporta. E os dados do INE revelam que essa dependência tem vindo a avolumar-se ao longo da última década.

Se em 2012 por cada 100 euros de bens exportados Portugal importava 121 euros, atualmente esse rácio cresceu 15%: por cada 100 euros de produtos vendidos para o estrangeiro, a economia nacional paga 139 euros para comprar bens importados.

O resultado desta dinâmica é uma pesada fatura para as finanças públicas que levou a que, nos últimos 10 anos, o défice da balança comercial triplicasse, passando de 11,2 mil milhões de euros em 2012 para um valor recorde de 30,7 mil milhões de euros no final do ano passado.

Fonte: INE.

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Ucrânia: Banco Mundial aprova 50 milhões para reparar rede de transportes

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

O projeto ajudará também a restaurar pontes e vias ferroviárias essenciais para reunir as comunidades e melhorar as ligações de transporte.

O Banco Mundial anunciou esta sexta-feira a aprovação de um novo projeto de reparação da rede de transportes da Ucrânia, ao qual destinará quase 50 milhões de euros. O financiamento deste projeto virá do Fundo Fiduciário de Ajuda, Recuperação, Reconstrução e Reforma da Ucrânia (URTF), que foi criado pelo Banco Mundial para coordenar a subvenção para manter as funções do Governo da Ucrânia, fornecer serviços e ajudar o país.

Esta é a segunda operação de emergência apoiada pelo Banco Mundial aprovada nos últimos meses (a primeira foi em dezembro passado e focava-se na reparação das infraestruturas de saúde). O Projeto Reparação da Infraestrutura Logística Essencial e Conectividade de Rede (RELINC) ajudará também a restaurar pontes e vias ferroviárias essenciais para reunir as comunidades e melhorar as ligações de transporte, mitigando os impactos das interrupções no transporte marítimo no Mar Negro.

Será apoiada a compra de pontes modulares, equipamentos e materiais para reparar rodoviárias danificadas e linhas ferroviárias vitais, para além de ajudar a financiar a compra de material ferroviário. “Este projeto apoiará a entrega de ajuda e serviços essenciais às comunidades diretamente afetadas pela guerra e impulsionará a economia na Ucrânia”, disse Anna Bjerde, vice-presidente do Banco Mundial para Europa e Ásia Central.

Segundo o Banco Mundial, mais de 2.100 aldeias, 51 vilas e 35 cidades em áreas que voltaram ao controlo do Governo ucraniano estão a sofrer interrupções nas redes de transporte. Até ao momento, o Banco Mundial mobilizou mais de 18 mil milhões de euros em financiamento de emergência para a Ucrânia.

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Consulados portugueses com mais pedidos de vistos com acordo de mobilidade da CPLP

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Os consulados portugueses registam “uma procura reforçada” de vistos após o acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, disse João Gomes Cravinho.

Os consulados portugueses registam “uma procura reforçada” de vistos, na sequência do acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse esta sexta-feira na capital são-tomense o chefe da diplomacia portuguesa.

João Gomes Cravinho sublinhou que “do ponto de vista simbólico e prático” o acordo de mobilidade “é um passo gigante para a CPLP”, tendo admitido, no entanto, que ainda “há questões a afinar” e que ainda é cedo para avaliar os resultados da medida.

Em São Tomé, onde se encontra em visita oficial, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse que o consulado português “tem conseguido aumentar muito significativamente ao longo de 2022 a emissão de vistos”, mas, defendeu, há “outros aspetos que devem ser acautelados”, nomeadamente “os mecanismos de formação” das pessoas em São Tomé “antes de irem para Portugal”.

“Isto é algo que nós podemos enquadrar nas nossas relações de cooperação”, sublinhou João Gomes Cravinho, quando questionado pelos jornalistas, no final de um encontro com o seu homólogo são-tomense, Alberto Pereira. João Cravinho disse ainda que felicitou São Tomé e Príncipe “pela responsabilidade que assumiu de realizar a cimeira e de ter a presidência da CPLP durante os próximos dois anos”, e assegurou que do lado português haverá “toda a colaboração, todo o apoio dado” às autoridades são-tomenses.

O Acordo sobre a Mobilidade entre os Estados-Membros da CPLP foi assinado em 17 de julho de 2021, em Luanda, durante a 13.ª Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP. O acordo visou facilitar a mobilidade entre Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) através da adoção de um regime mais simples de emissão de vistos.

O Acordo de Mobilidade da CPLP estabelece um “quadro de cooperação” entre todos os Estados-membros de uma forma “flexível e variável” e, na prática, abrange qualquer cidadão. Aos Estados é facultado um leque de soluções que lhes permitem assumir “compromissos decorrentes da mobilidade de forma progressiva e com níveis diferenciados de integração”, tendo em conta as suas próprias especificidades internas, na sua dimensão política, social e administrativa.

A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. No passado dia 30 de outubro entrou em vigor o novo regime de entrada de imigrantes em Portugal, que prevê uma facilitação de emissão de vistos para os cidadãos da CPLP, no âmbito do Acordo sobre a Mobilidade entre Estados-membros.

Segundo o decreto, os cidadãos da CPLP podem obter um visto para procura de trabalho ou visto de residência CPLP, ficando dispensados da apresentação de seguro de viagem válido, comprovativo de meios de subsistência, cópia do título de transporte de regresso e apresentação presencial para requerer visto.

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Administradora chinesa renuncia ao cargo na REN

  • Mariana Marques Tiago
  • 10 Fevereiro 2023

Mengrong Cheng apresentou a carta de renúncia na passada terça-feira, avança a empresa. Desde 1991 que se envolve em projetos de cooperação internacional do setor energético chinês.

Mengrong Cheng renunciou ao cargo de vogal do Conselho de Administração da REN – Redes Energéticas Nacionais, avançou esta sexta-feira a empresa.

Em comunicado ao mercado, através do site da Comissão do Mercado de Valores de Mercados (CMVM), a empresa de redes energéticas, adiantou que a carta de renúncia foi recebida na passada terça-feira e terá “efeitos a partir do final do mês de março de 2023, ou na data em que seja entretanto designado ou eleito substituto”.

Cheng iniciou a carreira em 1991 no Departamento de Cooperação Internacional do Conselho de Eletricidade da China e desde então manteve-se envolvida em projetos de cooperação internacional entre o setor energético chinês e a comunidade internacional.

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Qatargate: Eurodeputado Marc Tarabella detido pela justiça belga

Marc Tarabella é suspeito de ter recebido mais de 100 mil euros para fazer lóbi a favor do Qatar. Será agora interrogado pela justiça belga.

A justiça belga deteve esta sexta-feira o eurodeputado Marc Tarabella no âmbito da operação Qatargate. Segundo avançou o Público, Tarabella é suspeito de ter recebido mais de 100 mil euros para fazer lóbi a favor do Qatar.

Marc Tarabella será assim interrogado pela justiça belga, após ter sido levantada a sua imunidade parlamentar foi levantada. Segundo a procuradoria, as buscas foram efetuadas aos seus escritórios e num banco de Liège, onde tinha uma caixa-depósito.

A justiça belga está a investigar alegadas ofertas do Qatar e de Marrocos a eurodeputados e assistentes de grupos do Parlamento Europeu para influenciar decisões em Bruxelas, um escândalo conhecido como ‘Qatargate’.

Sob a acusação de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, a polícia belga deteve vários suspeitos em 9 de dezembro, entre eles a então vice-presidente do PE, Eva Kaili, entretanto destituída do cargo e retirada dos S&D, e agora eurodeputada não-inscrita.

Também detidos foram o companheiro de Kaili, Francesco Giorgi – antigo assistente de Cozzolino – e o ex-eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri, numa operação que resultou na apreensão de malas de dinheiro com um total de 1,5 milhões de euros.

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Portugal realiza 4.ª feira leilão de dívida a 3 e a 11 meses para angariar até 1.000 milhões

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Este ano, em 18 de janeiro, foram colocados 750 milhões de euros em BT a seis meses à taxa de juro média de 2,417%.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza na quarta-feira, dia 15 de fevereiro, um leilão duplo de Bilhetes do Tesouro a três meses e a 11 meses, para angariar até mil milhões de euros.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a agência que gere a dívida pública portuguesa indica que “vai realizar no próximo dia 15 de fevereiro pelas 10h30 horas dois leilões das linhas de BT [Bilhetes do Tesouro] com maturidades em 19 de maio de 2023 e 19 de janeiro de 2024”. O leilão tem o montante indicativo global entre 750 milhões de euros e 1.000 milhões de euros.

No último leilão diretamente comparável de BT a 11 meses, em outubro do ano passado, o IGCP colocou 750 milhões de euros à taxa de juro média de 2,104%, tendo a procura atingido 1,74 vezes o montante colocado.

O último leilão de BT a treze meses de Portugal teve lugar em junho do ano passado, tendo se financiado em 500 milhões de euros a uma taxa de -0,302% e tendo a procura atingiu 2,13 vezes o montante colocado. Contudo, já este ano, em 18 de janeiro, foram colocados 750 milhões de euros em BT a seis meses à taxa de juro média de 2,417%. Foram ainda colocados 500 milhões de euros à taxa de juro média de 2,725%.

A procura de BT a seis meses atingiu 2,14 vezes o montante colocado, e a de BT a 12 meses 3,8 vezes o montante colocado. De acordo com o programa de financiamento do IGCP para 2023, o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado este ano deverá situar-se em cerca de 12,4 mil milhões de euros.

A instituição prevê financiar-se em até 4.000 milhões de euros através de leilões de dívida de curto prazo durante o primeiro trimestre, tendo previsto, além deste, mais um leilão de dívida de curto prazo para 15 de março, com o intuito de angariar entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros, através da colocação de BT a seis meses e 12 meses.

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Supervisor italiano suspende resgates da seguradora Eurovita

  • ECO Seguros
  • 10 Fevereiro 2023

Foi nomeado um administrador judicial para até 31 de março haver solução para a companhia Vida. Resgates antecipados estão suspensos exceto os relacionados com pensões.

A seguradora italiana Eurovita foi intervencionada pelo IVASS, Istituto per la Vigilanza sulle Assicurazioni, entidade supervisora dos seguros em Itália afastou a administração e ordenou a gestão provisória da Eurovita e da Eurovita Holding pelo comissário Alessandro Santoliquido, ex-CEO da seguradora Amissima.

Alessandro Santoliquido vai liderar a primeira intervenção numa seguradora em Itália por parte do supervisor.

Esta foi a primeira intervenção na história do regulador dura até 31 de março determina a suspensão temporária do direito dos tomadores de exercerem os resgates de seguros e produtos de capitalização subscritos na Eurovita.

A suspensão não se aplica aos pagamentos devidos por fim dos contratos nem aos casos de pedidos de resgate e adiantamentos relativos a regimes complementares de pensões.

O IVASS já tinha avisado a Eurovita que faltavam 250 milhões de euros de capital à seguradora para assegurar a sua solvência. Os resgates antecipados dos seus produtos de investimento, desde que a inflação fez subir as taxas de juro, aumentou com a tentação dos seus clientes por outros produtos financeiros. A Eurovita enfrentou a liquidação de tantas apólices do ramo Investimento que acabou por derrubar primeiro as reservas matemáticas e depois o capital regulamentar.

A Cinven, uma equity fund baseado em Londres, foi adiando a injeção de capital na Eurovita e durante os dois últimos foi alimentando a venda da seguradora à JC Flowers, outra equity fund, baseada em Nova Iorque e propriedade de Christopher Flowers, ex-sócio do Goldman Sachs.
A Cinvens realizou este investimento em 2016 através da fusão da ERGO Previdenza da Old Mutual Wealth Italy e da pré-existente Eurovita Assicurazioni.

O grupo tem a gestão de cerca de 680 mil apólices, recebe anualmente 2 mil milhões de euros em prémios através de uma rede de 150 agentes, 11 mil conselheiros financeiros e 2500 balcões de bancassurande e gere 17 mil milhões de euros em provisões.

Perante esta capacidade financeira, analistas italianos afirmam que a falência não se justifica, o IVASS concluiu que a demora na injeção de 250 milhões de euros se devia à vontade da Cinven em não o fazer enquanto tentava alienar a Eurovita. A missão de Santoliquido será assegurar a proteção das poupanças de todos os segurados para além do final de março.

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Sazonalidade é um problema com “peso muito grande” no turismo rural

  • Lusa
  • 10 Fevereiro 2023

Portugal duplicou, entre 2013 e 2021, a oferta de estabelecimentos de turismo de habitação e turismo rural. Mas enfrenta "desafios da sustentabilidade, da empregabilidade" e de sazonalidade.

O presidente da Associação Hotéis de Rurais de Portugal (AHRP) disse esta sexta-feira que o turismo rural apresenta “algumas fragilidades e dificuldades”, sendo a sazonalidade um problema que continua a ter “um peso muito grande” no setor.

“Entre 2013 e 2021, Portugal duplicou a oferta de estabelecimentos de turismo de habitação e turismo rural, com igual impacto na oferta de unidades de alojamento contribuindo com cerca de dois milhões de dormidas em 2021, quando em 1984 registou cerca de 32 mil dormidas”, afirmou Cândido Mendes, no 1º Encontro Nacional de Turismo em Espaço Rural, que decorre até sábado, na Sertã, distrito de Castelo Branco.

Adiantou ainda que em 2018, o turismo rural empregava cerca de quatro mil pessoas. “O turismo rural enfrenta hoje, desde logo, os desafios da sustentabilidade, da empregabilidade e os desafios da sazonalidade e da transição digital. Trata-se de um setor que, pela sua especificidade, apresenta algumas dificuldades e fragilidades”, frisou.

A escassez de mão-de-obra na hotelaria tem sido sentida há vários anos, mas, segundo o presidente da AHRP, a pandemia do covid-19 intensificou ainda mais esse problema em todo o mundo. “A incerteza económica causada pela pandemia levou a uma mudança na preferência do tipo de trabalho, com muitos [trabalhadores] a optarem por indústrias consideradas mais seguras”, disse.

Cândido Mendes salientou ainda que as principais causas identificadas, a nível mundial, para a baixa atratividade, para a escolha de uma carreira na hotelaria e restauração são as jornadas de trabalho longas, salários baixos e falta de benefícios, falta de estabilidade no emprego e com muitos trabalhadores a serem contratados a prazo ou temporariamente.

Reconhecemos que estamos perante um desafio muito grande. No nosso caso [turismo rural] o tema da empregabilidade assume ainda contornos de dificuldades acrescidas, na medida em que há dificuldade de fixar as camadas jovens nos territórios de mais baixa densidade. Por outro lado, a sazonalidade da atividade turística continua a ter um peso muito grande, não permitindo as empresas de garantir estabilidade na oferta de emprego, ao longo de todo o ano”, sustentou.

Este responsável sublinhou que o grande desafio para ajudar a diminuir a sazonalidade e os seus efeitos passa por apostas contínuas do produto turístico em mundo rural. O trabalho em rede, a oferta de pacotes turísticos personalizados, independentemente da época do ano e a melhoria das infraestruturas turísticas são algumas das soluções apontadas pelo presidente da AHRP.

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BCP faz primeira escritura remota

  • Mariana Marques Tiago
  • 10 Fevereiro 2023

Os documentos foram "assinados digitalmente pelas partes envolvidas", que marcaram presença através de uma videochamada. Depois foram "submetidos em plataforma informática", explica o BCP.

O Millennium BCP concretizou a primeira escritura remota esta sexta-feira. O contrato de crédito à habitação foi feito através de videoconferência, tendo as partes envolvidas assinado digitalmente.

O procedimento “inovador”, diz o banco em comunicado, “foi realizado em parceria com a Plataforma Legal, mediante autenticação dos intervenientes com recurso à Chave Móvel Digital“.

Assim, foi aberta “a possibilidade da realização, através de videoconferência, de atos jurídicos autênticos”. Ao que o ECO apurou, esta modalidade não tem qualquer custo diferente associado.

O BCP explica que, neste novo processo, os documentos foram “assinados digitalmente pelas partes envolvidas”, as quais participaram através de uma videochamada. Depois, os documentos foram “submetidos em plataforma informática, tendo o mesmo valor de prova dos atos realizados presencialmente”.

A partir desta sexta-feira essa forma de escritura remota passa a estar “à disposição dos clientes”, sendo possível iniciar o processo de crédito à habitação através da aplicação do banco, concluindo-o “sem sair de casa”, lê-se no comunicado enviado.

De acordo com o ComparaJá.pt, citado pelo banco português, este é considerado o processo mais rápido do mercado.

(Notícia atualizada às 17h42)

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