Medina avisa professores que é preciso “cuidar do equilíbrio das contas públicas”
O ministro das Finanças reitera que "quando se fala dos professores e das reivindicações, temos que ter em conta a situação geral do país".
O ministro das Finanças alerta que será difícil dar uma resposta total às reivindicações dos professores, apontando que é preciso “cuidar do equilíbrio das contas públicas”, em entrevista à TVI (acesso livre). Fernando Medina salienta que há mais profissionais com reivindicações, como enfermeiros e médicos, reiterando que tem de se ter em conta “a situação geral do país”.
“Estas negociações com os sindicatos foram abertas por iniciativa do Governo”, começa por salientar, tendo a ver com as “condições de mobilidade e vinculação” para “evitar andar a casa as costas”. Mas quando questionado se há dinheiro para responder às reivindicações, o ministro reitera que “quando se fala pelos professores e pelas reivindicações, temos que ter em conta a situação geral do país: não só professores mas também enfermeiros e médicos”.
Medina admite que o Estado “teve mais receitas”, mas salienta que foi devolvida grande parte nos apoios e medidas e mesmo assim registou-se um défice. “Temos que cuidar do equilíbrio das contas públicas”, remata, acrescentando que é o ministro da Educação que representa o governo nas negociações com os professores.
O ministro defende ainda uma estratégia de “devolver rendimentos às famílias”, ao invés de reduzir o IVA, que apenas avançou em áreas como os combustíveis, onde era possível “monitorizar o impacto”. Riscos da redução do IVA ser ineficaz são “reais”, alerta. A estratégia seguida “desde o início, mais do que uma redução do IVA, com exceção das áreas como combustíveis, em que podíamos monitorizar impacto, é devolver rendimentos às famílias”, defende Fernando Medina.
Questionado sobre a redução do IVA em Espanha, que levou a alguns retalhistas a aproveitar para aumentar as margens de lucro, o ministro sinaliza que os “riscos disso acontecer aqui são reais”.
Já sobre novas medidas de apoio, o ministro das Finanças não se comprometeu, salientando que há várias já previstas no Orçamento do Estado para 2023 como a subida do salário mínimo, das prestações sociais e as mexidas no IRS. Medina defendeu também a política de contas certas, que diz ter permitido que devolvessem “o acréscimo da receita fiscal que o Estado teve”.
(Notícia atualizada às 17h25)
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