Sete banqueiros da bolsa espanhola acumulam 100 milhões em pensões

Os banqueiros que lideram o Santander, BBVA, CaixaBank, Sabadell, Bankinter e Unicaja acumulam, em conjunto, 100 milhões de euros nos seus fundos de reforma, avança o Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol). Em cada ano, parte da compensação dos executivos bancários destina-se aos seus planos de pensões.

De acordo com os relatórios anuais dos bancos espanhóis cotados no principal índice bolsista espanhol, o IBEX, a presidente do Santander é a banqueira com o maior montante acumulado no seu plano de pensões. Ana Botín reserva 46,7 milhões de euros para a sua reforma, o que representa quase metade do total acumulado pelos líderes dos seis bancos.

Seguem-se o presidente do BBVA, Carlos Torres — que tomou posse em 2018 –, com 22,8 milhões de euros nos seus planos de poupança a longo prazo, e o antigo CEO do Santander José Antonio Álvarez, que tem reservados 18,59 milhões de euros para quando se reformar. Álvarez deixou o cargo a 1 de janeiro, mas continua ligado ao Santander enquanto vice-presidente não executivo.

Longe desses valores estão Manuel Azuaga, presidente do Unicaja, com 3,88 milhões de euros no plano de pensões; a CEO do Bankinter, María Dolores Dancausa, com 3,38 milhões de euros; e o presidente do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, com 3,21 milhões de euros acumulados.

Já o presidente do Sabadell, Josep Oliu, tem 1,39 milhões no seu fundo de reforma, embora em 2021 já tivesse consolidado 7,489 milhões que tinha dos anos anteriores.

Em Espanha, um banqueiro recebe, por norma, a remuneração mais elevada entre as empresas cotadas na bolsa. O salário de um alto executivo bancário é composto por uma parte fixa e uma parte variável (bónus), sendo esta última obtida mediante a realização dos objetivos do banco. Há ainda vários prémios e contribuições para o seu plano de pensões, que se vão acumulando todos os anos.