Governo chega a acordo com Força Aérea para libertar espaço aéreo em Lisboa
João Galamba adiantou ainda que “já foi pedido um parecer à ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] para avaliar a possibilidade de desviar” voos executivos para o aeroporto de Tires.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta terça-feira que foi alcançado um acordo com a Força Aérea para libertação de espaço aéreo em Lisboa, com o objetivo de melhorar a operação do Aeroporto Humberto Delgado.
“Já chegámos a acordo com a Força Aérea para libertação do espaço aéreo”, anunciou o governante, que está a ser ouvido na Assembleia da República, por requerimento do PAN, em audição conjunta das comissões de Ambiente e Energia e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.
João Galamba adiantou ainda que “já foi pedido um parecer à ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] para avaliar a possibilidade de desviar” voos executivos para o aeroporto de Tires, no concelho de Cascais, que é uma das medidas propostas pelo Grupo de Trabalho para o Estudo e Avaliação do Tráfego Noturno no Aeroporto Humberto Delgado. Segundo o ministro das Infraestruturas, esta “é uma solução que agrada ao presidente da Câmara de Cascais”, Carlos Carreiras (PSD).
Galamba disse ainda que estas medidas para melhorar a operação do aeroporto de Lisboa, que ajudam a reduzir o ruído e têm também consequências positivas na operação da TAP, “ou já estão implementadas, ou estão em curso”, e reiterou que o Governo vai “garantir que a ANA faz os investimentos que está contratualmente obrigada a fazer”.
O ministro das Infraestruturas, disse, em 14 de fevereiro, que estava “na hora de a ANA fazer os investimentos” no aeroporto de Lisboa, uma vez que estavam a ser resolvidos os problemas de descongestionamento do espaço aéreo.
“Este investimento [novo sistema de controlo de tráfego aéreo] juntamente com processos que estamos a tratar com a Força Aérea, no sentido de descongestionar e libertar espaço aéreo na área de Lisboa, permitem melhorar a operação e permitem também criar condições para que a ANA cumpra o seu contrato de concessão e execute, com a maior brevidade possível, as obrigações de investimento específicas que constam do anexo nove e também as obrigações genéricas do seu contrato de concessão, em que basicamente a ANA está obrigada a fazer investimentos necessários para acompanhar a procura”, disse aos jornalistas o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
O governante falava à margem da cerimónia de inauguração do sistema de gestão de tráfego aéreo Topsky e da sala de operações de controlo de tráfego aéreo, no Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Lisboa, da NAV Portugal. “Muitas vezes a ANA dizia que não fazia os investimentos [no aeroporto de Lisboa] sem a resolução destes problemas. Estamos a resolver os problemas, está na hora de a ANA fazer os investimentos”, vincou o ministro.
João Galamba explicou que estavam a ser discutidas com a Força Aérea “questões de espaço aéreo” e também “pequenas melhorias no espaço físico”. O ministro sublinhou que o Aeroporto Humberto Delgado “continuará a ser, durante os próximos tempos, o único” aeroporto em Lisboa, e, por isso, “importa, obviamente, melhorar, na medida do possível, a operação”, não tanto em termos de aumento de capacidade, mas de redução dos atrasos.
“Muitos dos constrangimentos operacionais e os famosos atrasos da TAP devem-se, sobretudo, a dificuldades e constrangimentos existentes no aeroporto de Lisboa”, lembrou Galamba.
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