Inflação é “desafio enorme”. Estratégia do Governo é “atacar as suas causas”, diz Costa
Costa admite que a escalada da inflação "é um desafio enorme", mas sublinha que a "estratégia" do Governo tem passado por "atacar as suas causas". Recusa que maioria esteja "requentada".
O primeiro-ministro admite que a escalada da inflação “é um desafio enorme”, mas sublinha que a “estratégia” do Governo tem passado por “atacar as suas causas”, lembrando ainda as medidas tomadas que visam o setor energético.
“A inflação é um desafio enorme e a estratégia que temos tentado adotar tem visado atacar a inflação nas suas causas”, afirmou António Costa, em conferência de imprensa, após a 34.ª cimeira ibérica, em Lanzarote. “A primeira causa deste ciclo inflacionista parecia ser o preço da energia”, acrescentou o primeiro-ministro, lembrando as medidas tomadas, nomeadamente a criação do mecanismo ibérico da eletricidade.
Não obstante, o chefe de Governo admite que “já não é o custo da energia que está a alimentar a inflação”, mas antes “o outras causas”, pelo que sublinha que “é preciso analisá-las e ver causa a causa qual é a melhor forma de lhe dar resposta”. “Se relativamente aos outros setores tivesse havido a possibilidade de haver um quadro regulatório tão forte como aquele que temos na energia seguramente hoje a inflação estaria mais controlada do que aquilo que está“, considerou ainda.
O primeiro-ministro criticou ainda a proposta anunciada na terça-feira pela Comissão Europeia para o mercado de eletricidade, apelidando-a de “muito tímida” e defendendo que “fica muito aquém do que é necessário”, dado que, para António Costa, deveria ser possível separar o mercado elétrico do mercado do gás.
Costa rejeita maioria “requentada”
Já sobre as declarações do Presidente da República, que em entrevista à RTP e Público considerou que a maioria absoluta está “requentada”, o primeiro-ministro sublinha que não lhe compete “fazer comentário político”, mas sim governar.
“Se a crise financeira, défice excessivo, a inflação, a Covid era o cenário de sonho para governar? Não”, riposta, lembrando ainda que a última vez que houve maioria absoluta tinha sido em 2009 e que “a maioria de 2022 não é seguramente requentada”. Questionado sobre algum eventual cansaço do Executivo diz ainda que ~”a generalidade dos ministros são novos”. “Era o que faltava estarem cansados”, atira.
Portugal e Espanha assinaram esta quarta-feira 11 acordos, abrangendo áreas como a cultura, a coesão territorial, a justiça e a educação. No documento, com 66 pontos, os dois governos reiteraram o alinhamento de Portugal e Espanha nos fóruns internacionais, tanto a nível da UE, como da NATO (a organização de cooperação e defesa de países da Europa e da América do Norte) ou no contexto ibero-americano e das relações da Europa com África e com a América Latina, bem como insistem na necessidade da luta contra as alterações climáticas e do cumprimento de acordos assumidos a este nível pela comunidade internacional, sobretudo, no seio da Europa e das Nações Unidas.
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