Martifer sobe lucros para 13,3 milhões em 2022, com 78% das vendas fora de Portugal
Grupo de Oliveira de Frades fechou o ano passado com vendas de 211,5 milhões de euros, 7,5% abaixo de 2021. Carteira de encomendas ascende a 460 milhões na construção metálica e indústria naval.
A Martifer aumentou os lucros em 18% em 2022, na comparação com o ano anterior. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, num comunicado enviado à CMVM, o grupo sediado em Oliveira de Frades terminou o último exercício com um resultado líquido atribuível de 13,3 milhões de euros.
Os rendimentos operacionais voltaram a recuar, de 228,7 para 211,5 milhões, sendo quase metade (49%) deste valor assegurado pela atividade da construção metálica. A indústria naval já pesa um terço (33%) nas vendas — nestes dois setores assegura ter uma carteira de encomendas de 460 milhões de euros –, com o restante a ser faturado nas energias renováveis.
Num ano em que registou um EBITDA positivo em 25,8 milhões de euros (margem de 13,6 % sobre o volume de negócios) e em que o Valor Acrescentado Bruto (VAB) se cifrou em cerca de 66 milhões, o grupo liderado por Pedro Duarte prosseguiu a trajetória de redução da dívida, que em termos líquidos recuou de 70 para 41 milhões de euros.
De acordo com a informação partilhada esta quinta-feira com o mercado de capitais, o volume de negócios gerado fora de Portugal e as exportações ascendem atualmente a 78% do total registado no final do ano passado pelo grupo controlado pela holding dos irmãos Carlos e Jorge Martins, e pela Mota-Engil.
Em 2023, a Martifer promete “aprofundar a concretização dos seus eixos estratégicos, alicerçado nos pilares que sustentaram o sucesso dos últimos anos, mas com a ambição renovada de um crescimento sustentado e sustentável”, assegurando no mesmo comunicado que se manterá “focada nos objetivos e na estratégia definida”.
- Na construção metálica, o foco permanece no reforço do perfil exportador do grupo, procurando “oportunidades em mercados e clientes que valorizam qualidade e excelência, na organização e valorização das pessoas e na produtividade”;
- Na indústria naval, perspetiva aumentar a capacidade de reparação naval, “posicionando-se como um dos mais importantes estaleiros da Europa nesta área”, e tornar as atividades de reparação e construção naval “cada vez mais balanceadas” no peso relativo do volume de negócios;
- Reforçar a atividade da Operação & Manutenção, em particular da manutenção industrial;
- Nas Renováveis & Energia, “crescer de forma gradual e consistente”, aumentando o peso relativo desta unidade de negócio no grupo, aproveitando as oportunidades associadas à transição energética, à descarbonização da economia e ao hidrogénio (através do consórcio GreenH2Atlantic em que participa);
- Dinamizar as políticas e procedimentos através da Comissão de ESG & Sustentabilidade, e “consolidar como principal propósito estratégico do Grupo a criação sustentável de valor”.
(Notícia em atualização)
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