Unicórnios com ADN português têm pouca ou nenhuma exposição ao colapso do SBV
Anchorage Digital, Feedzai, OutSystems e Sword Health garantem ao ECO não ter exposição ao norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como o banco das startups.
Os unicórnios com ADN português Anchorage Digital, Feedzai, OutSystems e SwordHealth garantem não ter nenhuma ou apenas uma exposição residual ao norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), conhecido como o banco das startups, cujo colapso obrigou à intervenção dos reguladores.
O restante ecossistema de startups não dá sinais de impacto direto. Nem há indicação de que, depois da intervenção dos reguladores, haja dificuldade na movimentação dos depósitos. “Não nos chegou nenhuma indicação nesse sentido”, assegura António Dias Martins, diretor executivo da Startup Lisboa.
O colapso do banco das startups não terá tido impactado os unicórnios com ADN nacional, com operações e sede nos Estados Unidos, ouvidos pelo ECO.
“A Anchorage Digital tem uma exposição limitada ao balanço do SVB. A nossa exposição ao SBV é menos de 0,5% da nossa tesouraria. Continuamos vigilantes na proteção dos ativos da empresa e os ativos dos clientes continuam sem ser afetados. Nenhuma reserva de capital do Anchorage Digital Bank está depositada no SVB“, garante fonte oficial da fintech.
OutSystems e Feedzai também garantem que a situação ocorrida com o banco não afetou a sua operação. “Não há nenhum impacto material no negócio da OutSystems e não estamos expostos“, foi a resposta sucinta de fonte oficial da companhia. E o mesmo diz a Feedzai. “A Feedzai não tem uma relação bancária (depósitos, empréstimos, contas ou qualquer outro produto) com o SVB“, garante.
“A Sword não sofreu qualquer impacto na operação relacionado com a situação do SVB”, garante igualmente fonte oficial.
Marcelo Lebre, cofundador da Remote, já tinha adiantado ao ECO que a unicórnio não tinha depósitos no banco, não estando, por isso, exposta diretamente à falência. Mas admitia que “muitos dos clientes” da unicórnio tinham depósitos no SVB. A pressão aliviou, no entanto, com a garantia dadas pelas autoridades norte-americanas de que a totalidades dos depósitos estava garantida e não apenas os habituais 250 mil dólares.
No restante ecossistema também não há sinais de impacto. “Não há exposição relevante de startups portuguesas ao SVB”, afirma António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal, ao ECO.
“Pode também ter a leitura de que as startups portuguesas ainda não estão num estádio onde conseguem dimensão, capacidade e funding para estar nos Estados Unidos com operações relevantes e com liquidez relevante neste banco. Contam-se pelos dedos das mãos as que estão nessas condições. O que significa que o nosso ecossistema não está com uma presença significativa neste mercado”, explica.
“As que estão não nos reportaram incidentes de maior”, afirma o responsável da Startup Portugal. Nem ao organismo chegou informação de que, depois da garantia deixada pelas autoridades norte-americanas de que a totalidade dos depósitos está assegurada, que haja dificuldades na sua movimentação. “Não nos chegou nenhuma indicação nesse sentido”.
Contactada pelo ECO, a Farfetch não se mostrou disponível para comentar o tema. A Talkdesk não respondeu em tempo útil.
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