Grupo DHM fecha 2022 com faturação recorde de 75 milhões
Grupo hoteleiro português arrecada uma faturação 36% acima de 2019. Prevê chegar ao fim de 2023 com dois novos projetos e atingir os 100 milhões. Para o verão o CEO diz ter "otimismo moderado".
O grupo hoteleiro português DHM – Discovery Hotel Management, do fundo Discovery, fechou 2022 com uma faturação recorde de 75 milhões de euros, ficando 36% dos valores arrecadados em 2019. E, ao ECO, a gestora hoteleira prevê chegar ao fim de 2023 a ultrapassar os máximos históricos deste ano a atingir os “100 milhões em faturação”.
A subida na faturação da empresa nacional, criada em 2014 e que recupera hotéis à beira da falência, é acompanhada por um investimento que ronda os 30 milhões de euros em dois novos projetos que vão ser lançados este ano, na zona do Vale do Tejo e no Algarve, explicou ainda ao ECO o CEO da DHM, Luís Mexia Alves.
“Vamos ter expansões e investimentos muito relevantes no portfólio que estamos a gerir. São projetos que ainda não estão 100% fechados, estão na fase de licenciamento, mas vão ter um valor de investimento aproximando ao total que investimentos em 2022, cerca de 30 milhões de euros”. Neste número estão incluídas “renovações e melhorias em unidades já em funcionamento” mas a maioria das verbas será canalizada para estes dois novos projetos, adiantou Luís Mexia Alves.
Perante o aumento generalizado dos preços e da subida das taxas de juro, o CEO da DHM diz ter “otimismo moderado” sobre a procura no verão.
“O aumento das taxas de juro de certeza que vão ter impacto na procura. Há um ano atrás as pessoas pagavam cerca de 80% a menos de renda de casa e sem dúvida que há opções que se fazem”, diz Luís Mexia Alves. Mas, acrescenta o CEO, depois do Covid “as pessoas consideram os momentos de férias e de lazer como bens essenciais”. Por isso, prevê o gestor, “mais facilmente cortam noutras atividades diárias ou semanais do que nas férias”, apesar de reconhecer que dentro de um portfólio “muito diversificado”, em algumas unidades hoteleiras a procura “vai cair”.
As contas de 2022 ainda não estão consolidadas mas o CEO da DHM adianta que “o início do ano foi bastante mais lento”, sobretudo “nos hotéis de cidade”, sendo que a procura “acelerou bastante depois de abril” e que ao longo do ano, tanto as unidades urbanas como os resorts all inclusive no Algarve acabaram por ter “uma performance incrível”.
Este cenário fez com que 2022 tenha sido “um ano recorde de vendas e que correu muito bem em todos os segmentos de negócio”, onde se encontram 17 hotéis – dos quais oito são design hotels sob a chancela da marca Octant – cinco campos de golfe e 11 empreendimentos imobiliários.
O Crowne Plaza Caparica Lisbon, inaugurado na semana passada depois de um investimento de 9,7 milhões de euros, é o mais recente ativo do grupo.
Entre o portfólio do grupo está o Octant Évora, na Herdade do Perdiganito, que era de uma das empresas falidas de Vítor Baía, um dos devedores da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
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