Aumento extra da Função Pública ameaça tirar até 12 euros/mês aos salários mais baixos
Sem alteração nas tabelas de retenção, os salários mais baixos da Função Pública arriscam perder 12 euros por mês em termos líquidos. O Governo já está a preparar solução.
Caso as tabelas de retenção na fonte de IRS não sejam revistas e não acompanhem o aumento salarial extraordinário de 1% anunciado para a Função Pública, mais de 187 mil trabalhadores do Estado, que recebem até cerca de 870 euros mensais brutos, arriscam perder até 12 euros por mês no salário líquido. Mas o Governo já disse que o vai fazer. Segundo o ministro das Finanças, está a ser pensada “uma solução” para que o aumento “não se traduza, via retenção na fonte, numa diminuição do rendimento líquido”.
As contas foram feitas pelo Dinheiro Vivo, que acrescentou que Fernando Medina diz que “o Governo está a trabalhar na revisão das tabelas de retenção, assegurando que o aumento do rendimento bruto se traduz num aumento do rendimento líquido, procedendo aos ajustamentos que se revelem necessários”. Se estes “ajustamentos” se verificarem, esta será a segunda alteração das tabelas de IRS em três meses.
De forma geral, para que o aumento se reflita nos ordenados dos funcionários públicos, o Executivo de Costa terá de mexer nos primeiros cinco escalões de retenção na fonte de IRS, que abrangem vencimentos brutos mensais até 964 euros. Esta quarta-feira, na reunião entre os três sindicatos que representam a Função Pública (Frente Comum, Fesap e STE) e a secretária de Estado da Presidência, Inês Ramires, este tema deverá ser abordado.
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