Zurich segue Munich Re e abandona Aliança Net-Zero

  • ECO Seguros
  • 9 Abril 2023

A Zurich é a segunda companhia a abandonar a United Nation’s Net-Zero Insurance Alliance em menos de um mês. A Munich Re apontou implicações antitrust. A suíça quer concentrar-se nos clientes.

A Zurich retirou-se da Aliança de Seguros Net-Zero (NZIA) da Organização das Nações Unidas. O anúncio foi emitido na passada quarta-feira, menos de uma semana depois da resseguradora Munich Re ter abandonado a aliança devido a preocupações antitrust.

Nas breves declarações em que anunciou a sua retirada, a seguradora suíça afirmou: “depois de estabelecer uma metodologia padronizada para medir e divulgar as emissões de gases com efeito de estufa associadas às carteiras de seguros e resseguros, queremos concentrar os nossos recursos a apoiar os nossos clientes na sua transição. Continuamos empenhados nos nossos objetivos de sustentabilidade e no apoio à transição net-zero“.

A Zurique não acrescentou mais nenhuma razão para o seu afastamento.

Os membros da NZIA, cerca de 30 grandes seguradoras e resseguradoras europeias e asiáticas, comprometem-se a fazer a transição das emissões de gases com efeito de estufa das suas carteiras de subscrição para “emissões net-zero até 2050, consistente com um aumento máximo da temperatura de 1,5 graus acima dos níveis pré-industriais até 2100, a fim de contribuir para a implementação do Acordo de Paris COP21“.

Os ativistas climáticos, que ao longo dos últimos anos têm aumentado a pressão sobre as seguradoras, incitaram os reguladores a deixar claro que as leis anti-monopólio não devem ser um obstáculo para alcançar os objetivos de emissões.

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Pelo menos nove desaparecidos após desmoronamento de edifício em Marselha

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Nove pessoas continuam desaparecidas na sequência da explosão e consequente desmoronamento de um edifício de quatro andares no centro de Marselha. Ainda se desconhecem as causas deste incidente.

Pelo menos nove pessoas continuam desaparecidas na sequência do desmoronamento de um edifício de quatro andares no centro de Marselha, ocorrido na noite de sábado, informaram as autoridades francesas.

O desmoronamento do edifício, consequência de uma explosão, ocorreu cerca da 23h00 de sábado (hora de Lisboa), na Rua Tivoli, e na queda arrastou parte dos edifícios adjacentes, tendo ferido cinco pessoas.

Ninguém está em risco de morte. Foram cerca de 30 edifícios evacuados e as chamas permanecem ativas sob os escombros.

Gérald Darmanin

Ministro da Administração Interna francês

Num balanço feito esta tarde, as autoridades francesas, citadas pela agência Europa Press, referem que continuam desaparecidas nove pessoas.

Segundo a mesma fonte, ainda não são conhecidas as causas que originaram a explosão e o consequente desmoronamento, adiantando que os peritos ainda não conseguiram aceder ao local, uma vez que ainda não estão reunidas as condições de segurança.

Entretanto, as autoridades já procederam à evacuação de 32 edifícios e prestaram assistência hospitalar a 163 pessoas, segundo adiantou o ministro da Administração Interna francês, Gérald Darmanin. “Ninguém está em risco de morte. Foram cerca de 30 edifícios evacuados e as chamas permanecem ativas sob os escombros”, relatou. Mais de uma centena de bombeiros continuam no local.

Em novembro de 2018, oito pessoas morreram no desmoronamento de dois edifícios em mau estado, numa outra parte desta cidade (sul), onde vivem 40 mil pessoas em bairros de lata, de acordo com organizações não-governamentais.

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Europa precisa de 140 milhões de postos de carregamento para elétricos até 2040

EY estima que daqui a duas décadas estejam a circular 290 milhões de elétricos na Europa, sendo precisos mais de 140 milhões de carregadores para dar resposta. Investimento ascende aos 350 mil milhões

A popularidade dos automóveis elétricos acelerou. Espera-se que, até 2030, as vendas de carros elétricos representem cerca de 55% do total de automóveis vendidos naquele ano. No entanto, a fraca oferta de infraestruturas de carregamento poderá comprometer o desenvolvimento do setor.

Num estudo da EY a que o Capital Verde teve acesso, a consultora estima que, até 2040, o número de postos de carregamento necessários para dar resposta aos cerca de 239 milhões de automóveis elétricos, que estarão em circulação na Europa, ultrapassará os 140 milhões. Para concretizar esta meta, serão precisos cerca de 350 mil milhões de euros de investimento, necessários para cobrir os custos com o equipamento e com a instalação.

A estimativa surge num estudo da EY, desenvolvido em parceria com a associação de veículos elétricos na Europa Eureletric, onde são identificados seis pontos-chave determinantes para o sucesso do setor. A acessibilidade aos postos de carregamento é apontada como um deles.

“À medida que a demografia de consumidores de veículos elétricos se alarga para um grupo maior de consumidores com valores e expectativas mais generalizadas, é fundamental uma infraestrutura de carregamento acessível para todos“, recomenda a consultora.

Atualmente, existem mais de 482.000 pontos de carregamento acessíveis ao público pela Europa fora e, embora o número de carregadores de corrente contínua instalados na Europa tivesse aumentado 90%, entre 2021 e 2022, este ritmo poderá não ser suficiente até 2040.São necessários mais carregadores e mais cedo do que o previsto anteriormente“, aponta a consultora.

Mas existem previsões para mais cedo. Por exemplo, até 2025, a EY estima que serão necessários um milhão de pontos de recarga pública na Europa, incluindo nos destinos de chegada, tais como centros comerciais. E recomenda ainda que os locais de trabalho instalem mais de 600.000 carregadores para os seus funcionários. Para a próxima década, o número de carregadores públicos deverá ascender aos 2,8 milhões, enquanto os locais de trabalho deverão contabilizar 2,4 milhões postos de recarga.

Feitas as contas, indica a EY, os países do bloco europeu precisarão aproximadamente 670.000 novos pontos de carga por ano — ou 13.000 por semana.

“Embora seja um desafio significativo, a implementação pode ser acelerada através da remoção de barreiras regulamentares”, diz o estudo, sugerindo, a título de exemplo, a facilitação no acesso a terrenos para a instalação de infraestruturas, melhores e mais rápidos processos de licenciamento e melhores ligações à rede de energia.

Venda de carros elétricos “acelera” na Europa

A venda de carros elétricos cresceu mais rápido do que inicialmente previsto pelo setor. A nível global, as vendas deste tipo de automóveis duplicaram em 2021, e saltaram 55% no ano seguinte, representando 13% do total de vendas dos carros em 2022.

“Esta tendência deverá continuar, fazendo com que o mercado de massas torne a adoção iminente”, indica o estudo da EY, acrescentando que essa transformação impactará o transporte rodoviário de forma “irreversível”. “Se o resto do ecossistema não estiver pronto nem suficientemente dimensionado, a adoção de carros elétricos pode tropeçar e cair“, alertam.

A China lidera, neste momento, a venda de automóveis elétricos. Em 2022, estes carros representaram 27% do total de vendas no país. Na Europa, esse valor cai para os 20%, (17% em 2021) ainda que a EY aponte “um forte crescimento em dois anos consecutivos”. No total, foram vendidos 2,7 milhões de veículos elétricos.

Do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, o valor das vendas de carros elétricos ascenderam aos 48% em 2022, ultrapassando a marca dos 1,1 milhões de veículos vendidos pela primeira vez.

Até 2030, o EY estima que as vendas de veículos elétricos a bateria e os híbridos plug-in representem mais de metade das vendas globais de veículos. Ou seja, três anos mais cedo do que o previsto em 2021.

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Tesla vai abrir nova fábrica na China para produzir baterias Megapack

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

A Tesla vai abrir uma nova fábrica em Xangai, na China, com uma capacidade inicial para produzir 10.000 baterias Megapack por ano. Deverá começar a produzir no segundo trimestre de 2024.

A Tesla, fabricante norte-americana de carros, vai abrir a segunda fábrica em Xangai, na China, com uma capacidade inicial para produzir 10.000 baterias Megapack por ano, avançou este domingo a agência chinesa Xinhua.

A fábrica deverá começar a produzir no segundo trimestre de 2024 e tem uma capacidade inicial de 10.000 baterias Megapack por ano, que conseguem armazenar mais de três megawatts-hora de energia.

A notícia surge pouco tempo depois de o fundador da Tesla, Elon Musk, ter anunciado aos investidores o novo plano de expansão da marca. Já em março Musk tinha confirmado a construção de uma fábrica no México, destinada à montagem de veículos.

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Metro de Lisboa antecipa reabertura da Linha Azul

Metro de Lisboa antecipa para esta segunda-feira a reabertura da Linha Azul, após uma interrupção de três dias para instalação do novo sistema de sinalização.

A linha Azul do Metropolitano de Lisboa reabre ao público pelas 6h30 desta segunda-feira, após uma interrupção de três dias para instalação do novo sistema de sinalização, avançou este domingo a empresa. E precisamente um dia antes da data inicialmente prevista, evitando maiores constrangimentos aos utilizadores.

A reabertura da circulação na linha Azul, que liga as estações de Santa Apolónia (Lisboa) à Reboleira (Amadora), ocorre um dia antes da data inicialmente prevista. “Esta antecipação resulta dos esforços desenvolvidos pelo Metropolitano de Lisboa no sentido de minimizar os constrangimentos causados aos clientes pelo encerramento por três dias da linha Azul, conseguindo otimizar o calendário dos trabalhos inicialmente previsto”, adianta a empresa num comunicado enviado às redações.

“Durante a interrupção da circulação na linha Azul foram realizadas, com sucesso, um conjunto de intervenções planeadas para a instalação de um novo sistema de sinalização e controlo de comboios Communications-Based Train Control (CBTC), que vão permitir melhorar a regulação do tráfego e, consequentemente, a oferta e a qualidade do serviço prestado ao cliente”, descreve o Metropolitano de Lisboa.

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Indústria europeia arrisca perda “estrutural” de competitividade face ao aumento dos custos de produção

BCG alerta que setores químico, siderúrgico, de construção e automóvel, na Europa, enfrentam todos uma "perda estrutural" de competitividade devido ao aumento "significativo" dos custos de produção.

Ainda que a Europa tenha conseguido sobreviver à crise energética — graças às temperaturas amenas e aos armazenamentos cheios — existem receios e incertezas relativamente ao próximo inverno. Uma das preocupações, além de um possível aumento do preço do gás devido à “reabertura” da economia da China, são as repercussões que isso terá na indústria intensiva de gás.

Com o fim dos envios de gás russo, em setembro de 2022, a União Europeia viu-se obrigada a procurar outras fontes de gás natural liquefeito (GNL) que são, em média, mais caras do que o combustível que chegava ao espaço europeu por gasoduto, a partir de Moscovo. Isto influencia a sustentabilidade da indústria europeia, que poderá tornar-se menos competitiva nos próximos anos, alerta o Boston Consulting Group num artigo de análise.

Segundo a consultora, os setores químico, siderúrgico, de materiais de construção e automóvel no bloco europeu enfrentam todos uma “perda estrutural em termos de competitividade” devido ao aumento “significativo” dos custos de produção. Até 2030, esse aumento deverá ser de 10% quando comparado com 2020, segundo as contas da BCG.

Por exemplo, no caso dos materiais de construção, a consultora antecipa uma subida de 100% nos custos de produção, que irão “depender da intensidade energética e do cabaz energético utilizado para cada material”. “Isto resultará em múltiplas mudanças estruturais na indústria”, alertam os especialistas.

No caso do aço, um possível aumento dos preços do gás conduzirão a um diferencial de custos de cerca de 12% entre, por exemplo, a Alemanha e os EUA, tornando a produção alemã menos competitiva quando comparado com o aço importado. Quanto ao recurso ao hidrogénio verde para acelerar a produção, esta solução confere, na verdade, mais custos no espaço europeu. A BCG antecipa uma subida de cerca 35% uma vez que, nos Estados Unidos, o hidrogénio passará a ser subsidiado no âmbito da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês).

Quanto ao setor automóvel, a consultora norte-americana estima que no caso da produção de carro típico do segmento C do motor de combustão interna, os aumentos serão de cerca 1.500 euros, ao longo de toda a cadeia de valor, em 2030, quando comparado com 2020.

“Muitos fornecedores terão dificuldade em compensar os elevados custos energéticos apenas através de medidas de redução de custos e eficiência. Uma vez que também enfrentam outros desafios, tais como a disponibilidade de mão-de-obra qualificada, é provável que algumas empresas transfiram a produção para países menos dispendiosos“, sublinha a consultora.

Os dados chegam numa altura em que os incentivos à indústria dos Estados Unidos continuam a ameaçar a indústria europeia. Através da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), Joe Biden disponibilizou quase 370 mil milhões de dólares para impulsionar o desenvolvimento de tecnologias limpas e “verdes”, incentivo que não só irá acelerar a descarbonização daquele país, mas também pode aliciar a indústria europeia a mudar-se para terras norte-americanas.

A Volkswagen já admitiu estar a ponderar inaugurar nos Estados Unidos uma fábrica de baterias para carros elétricos, ao invés de na Europa do Leste. A razão para tal opção é que a construtora alemã de automóveis, a maior da Europa, poderá receber entre 9 mil milhões e 10 mil milhões de euros em subsídios do Estado norte-americano no âmbito dos pacotes de ajuda à indústria “verde” aprovados pela administração do presidente Joe Biden.

A construtora aguardava pela resposta de Bruxelas aos EUA para tomar uma decisão, que entretanto chegou, embora com poucos detalhes. Certo, é que a Comissão Europeia, no âmbito do Net Zero Industry Act, quer que 40% da tecnologia “net-zero” seja fabricada na Europa.

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Governo isenta portagens na A17 devido a encerramento de ponte na Figueira da Foz

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Ministério das Infraestruturas vai proceder à isenção do pagamento de taxas de portagem durante o encerramento de uma ponte na Figueira da Foz, que vai sofrer obras de beneficiação a partir do dia 25.

O Ministério das Infraestruturas avançou este domingo que vai proceder à isenção do pagamento de taxas de portagem durante o encerramento de uma ponte na Figueira da Foz, que vai sofrer obras de beneficiação a partir do dia 25.

“A concessionária já foi notificada para proceder à isenção do pagamento de taxas de portagem durante o encerramento da Ponte Edgar Cardoso”, garantiu à agência Lusa fonte do Ministério liderado por João Galamba.

Devido às obras de requalificação e reforço, a Ponte Edgar Cardoso, sobre o rio Mondego, vai encerrar a partir do dia 25 de abril no período noturno, entre as 20h30 e as 06h30, com exceção para os veículos de emergência, e durante as noites de sexta-feira e de sábado.

Para o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santa Lopes, era lamentável e uma falta de respeito que o encerramento da ponte Edgar Cardoso para obras, no período noturno, fosse feito sem a alternativa da portagem gratuita estar a funcionar.

“É lamentável porque foi prometido logo no mandato anterior pela Infraestruturas de Portugal (IP) e continuou a ser garantido depois de contactar com o primeiro-ministro e o ex-ministro Pedro Nuno Santos, que garantiram que a obra não começaria sem essa situação estar resolvida”, referiu o autarca no final do mês passado.

As declarações do antigo primeiro-ministro à agência Lusa ocorreram depois da ponte sobre o rio Mondego, que une as duas margens do concelho, ter estado encerrada nas noites de 27 para 28 e de 28 para 29 de março, entre as 20h30 e as 6h00.

É lamentável porque foi prometido logo no mandato anterior pela Infraestruturas de Portugal (IP) e continuou a ser garantido depois de contactar com o primeiro-ministro e o ex-ministro Pedro Nuno Santos, que garantiram que a obra não começaria sem essa situação estar resolvida.

Pedro Santana Lopes

Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz

Na altura, Pedro Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, falou em falta de respeito e de palavra, que não estava a ser cumprida, numa obra que é da responsabilidade do Governo, embora o município tenha em funcionamento um barco entre os dois lados do rio, articulado com transporte rodoviário, para minimizar os impactos.

Chegou mesmo a ameaçar bloquear o início da obra, dando como exemplo que seria impossível Lisboa estar “dois anos com a ponte 25 de Abril fechada à noite, houvesse o que houvesse”, apontando ainda que a IP tinha tido “tempo mais do que suficiente” para encontrar uma solução técnica para isentar os figueirenses de portagem na A17, entre os nós de Marinha das Ondas e da A14.

As obras na Ponte Edgar Cardoso, cujo investimento ascende a 16,8 milhões de euros, arrancaram no final de 2022 e têm um prazo de execução de 21 meses.

A Ponte da Figueira da Foz, como também é conhecida, projetada pelo professor Edgar Cardoso, foi a primeira ponte rodoviária com o tabuleiro “atirantado” realizada em Portugal, tendo sido aberta ao tráfego em 1982.

A parte mais importante da obra será a substituição dos tirantes, mas a intervenção inclui também o reforço das vigas do tabuleiro e do sistema de fixação do tabuleiro, além da reabilitação dos aparelhos de apoio, decapagem e pintura geral do tabuleiro metálico. Assim como trabalhos complementares de pavimentação, iluminação, drenagem, juntas de dilatação, reparação e proteção de superfícies de betão.

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Salários subiram nas seguradoras entre 5% a 15%

  • ECO Seguros
  • 9 Abril 2023

As negociações salariais para 2023 resultaram em aumentos mais significativos para os salários mais baixos. Os três sindicatos chegaram a acordo com as seguradoras logo no início deste ano.

As negociações salariais entre sindicatos e seguradoras para este ano estão fechados, referiu o jornal Expresso. Citando Patrícia Caixinha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora (STAS), , o jornal afirma que “as negociações resultaram em aumentos considerados muito expressivos para os salários mais baixos”.

Nos seguros os aumentos variaram, em média, entre os 5% e os 15% consoante as companhias com aumentos mais significativos nos salários inferiores a 1000 euros mensais.

Para além dos STAS, a negociação com as seguradoras integrou o Sisep – Sindicato dos Profissionais de Seguros de Portugal –, ambos afetos à UGT, e o Sinapsa (Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins), ligado à CGTP.

Ainda segundo o Expresso, a Zurich aumentou salários entre os 7% e os 15%, a Fidelidade entre os 8,05% e os 8,25% e o grupo Ageas num valor de 8,05% para todos os trabalhadores.

Na Generali/Tranquilidade as atualizações foram de 0,6% a 6,9% e um apoio extraordinário negociado de 1300 euros, resultando num aumento real entre os 5,3% e os 20,4%, disse Patrícia Caixinha.

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Trabalhadores dos bares da CP em protesto há 33 dias vão intensificar luta

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Trabalhadores dos bares da CP, com salários em atraso, estão acampados há 33 dias, em Lisboa e no Porto. Prometem intensificar a luta, acusando o Governo e a empresa de insensibilidade.

“Estamos há 33 dias e 33 noites acampados à porta de Santa Apolónia e também no Porto, fruto da situação em que vivemos. Caminhamos para três meses sem salário. É uma situação social dramática. É cada vez mais difícil viver sem os baixos salários que os trabalhadores recebem”, começou por afirmar o dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul, Luís Batista, em declarações à Lusa.

Para a estrutura sindical, este processo tem sido arrastado “de forma inaceitável”, fruto da “enorme insensibilidade” da CP – Comboios de Portugal e do Governo. E promete intensificar a luta a partir de segunda-feira, com a realização de reuniões e plenários. “Os trabalhadores dos bares dos comboios não vão desistir, enquanto este processo não estiver resolvido“, assegurou o sindicalista.

A exploração dos bares dos comboios da CP estava entregue à Apeadeiro 2020, que já anunciou que vai pedir insolvência. Esta empresa deixou de pagar salários, estando o serviço suspenso há algumas semanas nos bares dos comboios.

Os trabalhadores estão em greve desde 1 de março e têm-se mantido em vigília nas estações de Campanhã, no Porto, e de Santa Apolónia, em Lisboa. Ao todo, cerca de 130 trabalhadores têm participado neste acampamento em regime de turnos para reivindicar que os seus direitos, nomeadamente salários e contratos, sejam assegurados diretamente pela CP enquanto não há um novo concessionário.

Estamos há 33 dias e 33 noites acampados à porta de Santa Apolónia e também no Porto, fruto da situação em que vivemos. Caminhamos para três meses sem salário. É uma situação social dramática. É cada vez mais difícil viver sem os baixos salários que os trabalhadores recebem.

Luís Batista

Dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul

Na quinta-feira, os representantes dos trabalhadores entregaram à CP um conjunto de quatro questões às quais exigem uma resposta, disponibilizando-se a levantar o acampamento, caso recebessem uma resposta às mesmas. De acordo com o Sindicato de Hotelaria do Sul, a administração da CP comprometeu-se a responder até ao final do mesmo dia, o que acabou por não acontecer.

Os trabalhadores exigem saber se a empresa lançou um concurso para substituir a Apeadeiro 2020, tal como tinha sido anunciado, ou um processo contratual, quando é que a nova concessionária pretende pagar os salários em atraso e como é que vão ficar os postos de trabalho.

Por outro lado, reclamam que a CP revele as empresas que foram contactadas no âmbito deste processo. “Que empresas foram contactadas? São empresas de vão de escada, como a Apeadeiro 2020, que em 18 meses acumulou quase um milhão de dívidas e criou esta crise?”, questionou.

“Hoje, quando a maioria dos portugueses se junta à sua família e se dirige à sua terra, os trabalhadores dos bares dos comboios da CP são obrigados a fazer o seu almoço de domingo de Páscoa à porta de Santa Apolónia e Campanhã”, notou Luís Batista.

O sindicato criticou ainda a postura do Governo, vincando que já ficou claro que “palavras, leva-as o vento”, e agradeceu a solidariedade das associações, movimentos sociais e particulares para com estes trabalhadores.

“Já servimos mais de 1.000 refeições aos colegas e uma tonelada de alimentos em cabazes. Da parte do Governo e da CP, nem um sinal ou uma tomada de posição que pudesse minimizar este impacto”, lamentou.

Já servimos mais de 1.000 refeições aos colegas e uma tonelada de alimentos em cabazes. Da parte do Governo e da CP, nem um sinal ou uma tomada de posição que pudesse minimizar este impacto.

Luís Batista

Dirigente do Sindicato de Hotelaria do Sul

A 3 de abril, a CP anunciou o lançamento de uma consulta prévia para escolher um novo concessionário para os comboios de longo curso, depois da resolução do contrato com a Apeadeiro 2020.

A operadora recordou, em comunicado, que “procedeu à resolução do contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades que detinha com a empresa Apeadeiro 2020”.

Por isso, “a CP avançou com uma consulta prévia, convidando várias entidades a apresentarem propostas, com o objetivo de celebrar um novo contrato para a prestação de serviços de exploração de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades ao serviço da CP”.

A empresa espera que, “no prazo de duas a três semanas, o serviço de cafetaria e bar a bordo dos comboios Alfa Pendular e Intercidades seja retomado e a situação laboral dos trabalhadores envolvidos seja regularizada“.

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Do Porto a Faro, conheça os concelhos que já têm taxa turística

Do Norte ao Sul do país, saiba quais são os 13 municípios que cobram taxa turística. O valor varia, normalmente, entre um e três euros.

Cidades como Porto, Vila Nova de Gaia, Braga, Póvoa do Varzim, Coimbra, Lisboa, Sintra, Cascais, Mafra, Óbidos, Faro, Vila Real de Santo António e Santa Cruz já cobram uma taxa municipal turística. A Figueira da Foz vai estrear-se ainda este ano. As taxas turísticas, justificadas como uma forma de melhorar as infraestruturas dos municípios e promover o turismo, variam entre um e três euros.

No Porto, o valor é de dois euros por pessoa e a taxa é cobrada até um máximo de sete noites seguidas por pessoa. A taxa, lançada em 2018, é aplicada às pessoas com idade superior ou igual a 13 anos. Só no ano passado, a Invicta arrecadou 15 milhões de euros com esta medida, o triplo do arrecadado em 2021, apurou o ECO junto do município portuense.

Em Vila Nova de Gaia, a taxa turística entrou em vigor no final de 2018 e tem o valor de dois euros por dormida na época alta, de 1 de abril a 30 de setembro, e um euro na época baixa, que corresponde ao período entre 1 de outubro e 31 de março, até a um máximo de sete noites seguidas. A taxa incide sobre hóspedes com idade igual ou superior a 16 anos.

Mais a norte, no município de Braga a taxa turística tem o valor de 1,5 euros por dormida até a um máximo de quatro noites e é aplicada entre os meses de março e outubro. Em conformidade com Gaia, a taxa aplica-se às pessoas com idade igual ou superior a 16 anos. Na Póvoa de Varzim, tem o valor de 1,5 euros e aplica-se à mesma faixa etária, tendo entrado em vigor no início deste ano.

À semelhança do Porto, em Lisboa o valor da taxa é de dois euros por dormida, no máximo de sete noites por pessoa. Na capital, a taxa turística começou a ser aplicada em janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nacionais (incluindo lisboetas) e estrangeiros nas unidades hoteleiras ou de alojamento local. Inicialmente era de um euro por noite, mas a partir de janeiro de 2019 aumentou para dois euros. A Câmara de Lisboa quer usar taxa turística para investir na habitação.

Óbidos junta-se à lista de cidades portuguesas que cobram taxa turística. Esta taxa entrou em vigor em janeiro de 2022 e tem o valor de um euro por noite, para todos os hóspedes com idade superior a 13 anos.

Em Mafra, a taxa turística entrou em vigor em março deste ano e tem o valor de 2,2 euros na época alta, de 1 de maio a 31 de outubro e de 1,1 euros na época baixa, 1 de novembro a 30 de abril.

No concelho de Sintra, a taxa municipal turística de dormida entrou em vigor em 2019 e tem o valor de dois euros por hóspede em todos os empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local, até um máximo de três noites.

Cascais cobra uma taxa municipal de dois euros por pessoa. A taxa aplica-se até um máximo de sete noites consecutivas e é cobrada a hóspedes com 13 ou mais anos no momento do check-in.

Em Coimbra, a Taxa Municipal Turística entrou em vigor no dia 5 de abril e tem o custo de um euro por dormida. A taxa será cobrada em todos os empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local situados na área geográfica do Município, até um máximo de três noites seguidas. De acordo com o município, a taxa incide sobre hóspedes com idade igual ou superior a 16 anos, sendo aplicada apenas entre os meses de março e de outubro.

A Câmara da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, aprovou o mês passado, o projeto de regulamento da taxa turística. Os turistas vão ter de pagar, em média, dois euros por noite, até um máximo de sete noites, com redução de preço para pessoas com limitações físicas, crianças e jovens abaixo dos 14 anos. A taxa vai ser aplicada já este ano.

Na ilha das Berlengas, em Peniche, a taxa turística também se aplica. No ano passado, os visitantes da ilha das Berlengas passaram, a partir de abril, a pagar uma taxa turística de três euros por dia (entre os 6 e os 18 anos, enquanto os maiores de 65 pagam metade). A taxa turística da ilha das Berlengas rendeu 83 mil euros nos primeiros nove meses. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) esclareceu que a receita foi arrecadada entre abril e dezembro de 2022.

No Algarve, a taxa turística também se aplica a cidades como Faro e Vila Real de Santo António. Em Faro, a taxa tem o custo de 1,5 euros por pessoa e é aplicada de março a outubro até um máximo de sete noites consecutivas, a partir dos 12 anos, adiantou ao ECO a autarquia.

Vila Real de Santo António tem uma taxa turística de um euro até ao máximo de sete noites. Estão isentos do pagamento desta taxa os menores com idade igual ou inferior a dez anos, enquanto os menores com idade compreendida entre os 11 e os 13 anos de idade, apenas pagarão apenas metade do valor, ou seja, 0,50 cêntimos.

Na Madeira a taxa turística também se aplica no município de Santa Cruz. O valor da taxa é de dois euros por dormida até um máximo de sete noites. Estão abrangidos os hóspedes com idade igual ou superior a 13 anos de idade.

A decisão de aplicar a taxa cabe a cada autarquia, que define também o valor cobrado aos turistas que pernoitam em hotéis, alojamento local ou até em parques de campismo. O ano passado, a taxa turística rendeu 54 milhões às câmaras. Lisboa e Porto concentraram mais de 80% do encaixe financeiro, que ficou 4% abaixo do último ano antes da pandemia (2019) mas que correspondeu ao triplo do montante verificado em 2021.

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Papa pede diálogo entre Israel e Palestina e paz na Ucrânia na sua mensagem de Páscoa

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Papa expressa preocupação em relação à violência dos últimos dias, em Israel e na Palestina, e apela ainda à paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, na Basílica de São Pedro.

O Papa expressou este domingo a sua preocupação para com a violência, nos últimos dias, em Israel e na Palestina, e apelou ainda à paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, na eucaristia na Basílica de São Pedro.

“Neste dia, confiamos a ti, Senhor, a cidade de Jerusalém, a primeira testemunha da tua ressurreição. Expresso a minha profunda preocupação pelos atentados destes últimos dias, que ameaçam o desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar diálogo entre israelitas e palestinianos, para que a paz reine na Cidade Santa e em toda a região”, começou por sublinhar o Papa Francisco.

Cerca de 100.000 pessoas, segundo fontes do Vaticano, reuniram-se nas proximidades da Praça de São Pedro para ouvir a mensagem da Páscoa e receber a bênção ‘Urbi et Orbi’, após a missa do domingo de Páscoa.

Expresso a minha profunda preocupação pelos atentados destes últimos dias, que ameaçam o desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar diálogo entre israelitas e palestinianos, para que a paz reine na Cidade Santa e em toda a região.

Papa Francisco

A tensão no Médio Oriente tem aumentado, após uma relativa acalmia no conflito israelo-palestiniano observada desde o início do Ramadão, mês sagrado dos muçulmanos que teve início a 23 de março. A violência começou na quarta-feira com confrontos entre a polícia e fiéis muçulmanos na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

Nos últimos dias, ocorreram ataques mútuos com foguetes e artilharia entre as forças de segurança israelitas e palestinianos, nomeadamente do grupo Hamas, que atingiram o território israelita, a Palestina e o sul do Líbano.

O Papa Francisco fez ainda um novo apelo pela paz na Ucrânia, durante a sua mensagem de Páscoa, na qual também pediu “luz” sobre o povo russo e rezou para que a comunidade internacional trabalhe “pelo fim do conflito”.

“Ajude o amado povo ucraniano no caminho da paz e ilumine o povo russo com a luz da Páscoa. Conforte os feridos e aqueles que perderam os seus entes queridos na guerra e faça com que os prisioneiros voltem sãos e salvos com suas famílias”, declarou o Papa. E terminou com mais um apelo: “Abra os corações de toda a comunidade internacional para trabalhar pelo fim desta guerra e de todos os conflitos que mancham o mundo de sangue”.

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Portugal com balança comercial negativa e a agravar-se face à Coreia do Sul

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

O défice da balança comercial nacional face à Coreia do Sul agravou-se nos últimos anos, apesar de um crescimento das exportações nacionais.

O défice da balança comercial nacional face à Coreia do Sul tem vindo a agravar-se nos últimos anos, apesar de se registar um crescimento das exportações nacionais, que é superado em valor pelas importações, designadamente de automóveis e smartphones. Este é o quadro das relações económicas bilaterais que terá em conta o primeiro-ministro, António Costa, quando chegar a Seul, na terça-feira, para uma visita oficial de dois dias à Coreia do Sul.

Em relação à balança comercial entre os dois países, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes ao período entre 2018 e a 2022, verifica-se que é tradicionalmente negativa para Portugal, com a taxa de cobertura das exportações nacionais a variar entre os 24 e os 21%.

As exportações nacionais foram na ordem dos 118,9 milhões de euros em 2018 e atingiram os 192, 8 em 2022, enquanto, no mesmo período, as importações da Coreia do Sul passaram de 496,7 milhões para os 918,6 milhões de euros. O saldo negativo foi de 377,7 milhões de euros em 2018 e de 725,8, milhões de euros no ano passado.

De acordo com o executivo de Lisboa, em 2021, exportaram para a Coreia do Sul 697 empresas portuguesas, mais 57 do que em 2017.

No que respeita aos principais produtos exportados de Portugal para a Coreia do Sul, em termos de valor, a primeira posição é ocupada por pneumáticos novos (de borracha), que em 2022 representou 60 milhões de euros e 31% do total, a que se seguem os acessórios para tratores e para veículos de transporte até 10 pessoas (carrinhas) — um segmento de produtos que no ano passado atingiu os 17,5 milhões de euros, cerca de nove por cento do total.

Segundo dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), as maiores exportadoras nacionais para o mercado da Coreia do Sul são a Bial, a Caso (suínos do Oeste), a Continental Mabor, a RiopeleTêxteis, a BollinghausSteel (aço), a Cálculo de Vanguarda (refinação de azeite), a Dan Cake, a Dux Interiores (têxteis), a ICM (Indústria de Carnes do Minho), e a Malhe (componentes de motores).

Entre 2021 e 2022, os maiores crescimentos em termos de exportações foram produtos elétricos e conversores rotativos, assim como componentes para motores e geradores, a que se seguem os produtos do setor agroalimentar como as gorduras e óleos vegetais e carne de porco.

Já no que concerne aos principais produtos importados da Coreia do Sul, também entre 2021 e 2022, destacam-se os óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (que apresentam o maior valor), automóveis, produtos laminados, polímeros de propileno e de etileno, e aparelhos telefónicos, sobretudo smartphones. Entre 2021 e o ano passado, esta gama de produtos telefónicos cresceu mais de 127%.

Em 2014, durante uma visita que efetuou à Coreia do Sul, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu que as relações comerciais entre os dois países apresentavam já então “uma capacidade de expansão muito elevada”, nomeadamente na área alimentar, nas energias renováveis, na indústria automóvel e na tecnologia.

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