Portugal 2020 ajudou a aumentar o PIB em 1,3%. Apoios têm mais efeito nas PME

Apoios geram maiores transformações ao nível das empresas quando os projetos são conduzidos por empresas de menores dimensões. Até 2073, fundos aumenta PIB em 3 euros por cada euro de despesa pública.

Os fundos europeus, durante a vigência do Portugal 2020, foram responsáveis por um acréscimo de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O efeito entre 2015 e 2023 foi crescente, tendo atingido o máximo em 2022. Mas o efeito multiplicador faz-se sentir até 2073, ou seja, um aumento do PIB em três euros por cada euro de despesa pública cofinanciada pelos fundos, revela a avaliação aos fundos divulgada esta sexta-feira pela Agência para o Desenvolvimento & Coesão. Quanto às empresas, a conclusão é de que mais vale apoiar as empresas de menores dimensões.

“Estima-se que durante o período de execução o Portugal 2020 (2015-2023) será responsável por um acréscimo médio de 1,3% do PIB face a um cenário sem a intervenção dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (steady state)”, lê-se no documento que congrega as principais conclusões das avaliações realizadas no âmbito do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020.

“Esse efeito é crescente e atinge um máximo de 2,3% em 2022 (ou seja, o PIB será 2,3% superior ao nível que registaria sem a intervenção dos FEEI). A 20 anos esse efeito é ainda de 1,6%, mantendo a tendência decrescente nos anos seguintes. Em termos acumulados, esta intensidade e persistência traduz-se num efeito multiplicador do PIB de 3,01 até 2073 (0,88 no período 2015-2023 e 1,78 no período 2015- 2033). Ou seja, um aumento do PIB em três euros por cada euro de despesa pública cofinanciada pelos FEEI”, sublinha o relatório.

São as regiões menos desenvolvidas que evidenciam os maiores efeitos relativos sobre o PIB. Fazendo um rácio entre os efeitos sobre o PIB observados em cada região e os efeitos observados a nível nacional, os Açores lideram com 2,2 vezes o impacto médio nacional, seguidos pelo Alentejo (1,8) Norte (1,4) e Centro (1,3). Mas, se for considerada a “quota” de cada região nos impactos a nível nacional sobre o PIB, é o Norte e o Centro que absorvem a maior parte dos ganhos, representando, respetivamente, 40,4% (compara com 37,9% dos fundos do Portugal 2020 alocados à região) e 23,5% (26,6%) do total, seguidas pela Área Metropolitana de Lisboa, com 13,7% (8,8%), revela a avaliação.

Por outro lado, o efeito positivo sobre o PIB é acompanhado por ganhos de produtividade (+2,3% em 2023), emprego, salários (+1,72% em 2025) e exportações, sendo que nestas o pico máximo (1,55%) é atingido em 2023. Mas é acompanhado por um aumento das importações (sobretudo no período de execução dos fundos), que conduz a um agravamento da balança de bens e serviços nesse período.

Mais vale apoiar PME

Ao nível das empresas, o relatório conclui que a “magnitude dos impactos estimados tende a ser proporcional à dimensão das empresas”. Mas, “quando relativizados os impactos em função da situação de partida, conclui-se que os apoios tendem a provocar maiores transformações ao nível das empresas quando os projetos são conduzidos por empresas de menores dimensões”.

Já o impacto sobre o investimento em capital fixo (e também sobre o VAB) tende também a ser maior em empresas que têm menor facilidade de acesso a outras formas de financiamento: “O impacto sobre a formação bruta de capital fixo em empresas que não recorrem a linhas de crédito é de +816 mil euros, versus +185 mil euros em empresas que recorrem a linhas de crédito”.

Por isso, os avaliadores recomendam um reforço da “seletividade dos apoios atribuídos”, porque quando o objetivo é promover a internacionalização, por exemplo, a eficácia é maior “quando os apoios são dirigidos a empresas que se encontram em níveis intermédios de intensidade de exportação”.

A eficácia do Sistemas de Incentivos em estimular o investimento em inovação produtiva e no reforço da orientação exportadoras das empresas apoiadas, em particular nas PME, é inegável e as avaliações feitas, quer ao QREN (o quadro comunitário entre 2007 e 2013) quer ao PT2020 merecem uma “apreciação globalmente positiva”. O relatório agrega duas avaliações dos quadros comunitários.

Mas isto não significa que não existe espaço para melhorar. Os primeiros anos do PT2020 foram marcados por uma “procura sem precedentes”, “mais que duplicou face ao QREN”, “beneficiando de um nível de maturidade (e notoriedade) que soube capitalizar a experiência acumulada ao longo dos anteriores períodos e de um contexto de recuperação económica”.

Além disso, foi criado o Balcão 2020, que diminuiu “a carga administrativa sobre os beneficiários e permitiu agregar informação anteriormente dispersa por diversos sites” e houve uma reconhecida simplificação dos formulários.

Avaliadores recomendam reforço de pessoas e custos simplificados

Quer a avalanche inicial de candidaturas, quer a decisão, de 2015, da Comissão Interministerial de Coordenação (CIC) do PT2020, de aprovar todas as candidaturas elegíveis com classificação de mérito superior a 3,5, demonstraram a dificuldade em cumprir o plano de avisos de concursos, “com reflexo negativo na gestão dos níveis de compromisso ao longo do período de programação e das expectativas e decisões de investimento das empresas”, com períodos de análise dos projetos muito superior ao desejado e ao estipulado. Um problema que persiste e que se reflete também no Plano de Recuperação e Resiliência – veja-se o caso dos concursos aos apoios à descarbonização da indústria ou dos bairros digitais.

A razão é simples e claramente apontada pelos avaliadores: a “manutenção dos recursos afetos à gestão dos Sistemas de Incentivos” que, perante o volume de candidaturas, “criou entropia na operacionalização dos SI e na concretização dos projetos”. “O atraso na implementação de algumas ferramentas de análise e acompanhamento previstas nos Sistemas de Informação e a morosidade da contratação de peritos refletiu-se nos prazos de análise de candidaturas e pedidos de pagamento”, acrescenta ainda o relatório. O problema levou o Executivo a tentar reforçar os recursos humanos nesta área – sobretudo tendo em conta que existe também um PRR para implementar – mas as entradas têm sido a conta-gotas.

Por isso, os avaliadores recomendam que, no futuro, é preciso “encontrar um melhor equilíbrio entre mecanismos de gestão das dotações a concurso, recursos humanos afetos aos Organismos Intermédios e razoabilidade dos prazos regulamentares definidos para a análise de candidaturas e pedidos de pagamento”.

Além disso, aconselham a que seja dado “um papel mais relevante à avaliação de mérito“, incluindo de nível regional e sejam criados “automatismos de preenchimento dos formulários e ferramentas de autodiagnóstico de elegibilidade”. Algo que está a ser tentado com as novas funcionalidades do Balcão dos Fundos.

As sugestões passam ainda por recorrer mais aos custos simplificados (uma prioridade já identificada no PT2030), adequar a abertura de avisos às especificidades regionais (no PT2030 retoma-se o compromisso de estabelecer um calendário anual de avisos para dar maior previsibilidade às potenciais beneficiários) e “conjugar incentivos não reembolsáveis com instrumentos financeiros, como forma de potenciar a gestão das dotações ao longo de todo o período de programação e promover maior alavancagem dos recursos disponíveis”.

O relatório concluiu ainda que o PT2020 ajudou muito a mitigar choques exógenos adversos como aconteceu na pandemia, “quer a curto quer a longo prazo”. Basta recordar a importância do programa Apoiar que ajudou a tesouraria de centenas de empresas de setores mais afetados pelas medidas de confinamento.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 21 de abril

  • ECO
  • 21 Abril 2023

Ao longo desta sexta-feira, 21 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Comprei uma casa por 100 mil euros, mas valor patrimonial é 130 mil euros. Como é calculado o IMT?

  • ECO
  • 21 Abril 2023

O ECO escolheu algumas dicas do Guia Fiscal da Deco Proteste para ajudar os contribuintes na altura da entrega do IRS, que serão partilhadas diariamente.

A campanha do IRS já arrancou no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático mas, mesmo assim, certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2023, da Deco Proteste.

Há vários contribuintes com acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se pode sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o desdobramento de escalões de IRS, de sete para nove.

O ECO selecionou algumas dicas disponibilizadas pela Deco Proteste para ajudar a esclarecer todas as dúvidas, que serão partilhadas diariamente.

Comprei uma casa por 100 mil euros, mas nas Finanças atribuíram-lhe um valor patrimonial de 130 mil euros. Como é calculado o IMT?

O imposto é calculado em função do valor mais elevado de que as Finanças têm conhecimento, que, neste caso, é aquele que consta da caderneta predial do imóvel. Para provar que pagou menos, o comprador e o vendedor têm de abdicar do sigilo bancário.

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EmotAI salta dos eSports para ajudar a combater o burnout. Já tem os EUA na mira

A startup planeia levantar capital ainda neste semestre e tem planos de internacionalização: em dois anos querem oferecer solução ao mercado norte-americano.

Começou com o objetivo de ajudar os jogadores de eSports a aumentar o seu foco e envolvimento nos jogos, mas depois da pandemia o foco da EmotAI é outro: ajudar a reduzir o burnout dos trabalhadores. A startup tem planos de levantar capital ainda neste semestre e já faz planos de internacionalização. Em dois anos querem oferecer a sua solução no mercado norte-americano.

“Por enquanto, o foco é só em Portugal, mas estamo-nos a preparar para fornecer a nossa solução nos Estados Unidos nos próximos dois anos. As empresas em território americano preocupam-se muito com a prevenção do bem-estar devido aos custos altos envolvendo o setor da saúde, daí ser dos maiores mercados do mundo nesta área”, adianta Carolina Amorim, cofundadora e CEO da EmotAI, com Carlos Moreira e o Daniel Rocha, ao ECO Trabalho.

O mercado de eSports era o foco inicial da startup quando arrancou em 2018. A ideia era, através do uso de uma banda com sensores biométricos – como o eletroencefalograma (EEG) e eletrocardiograma (ECG) –, monitorizar as emoções e o estado mental dos jogadores, ajudando-os a focar no jogo, aumentando o seu envolvimento. Hoje tem na mira o mundo do trabalho e das empresas. “Estamos focados em fornecer a nossa solução a empresas (B2B).”

A experiência que ganhámos a trabalhar com atletas de alta performance é imbatível. Aprendemos as melhores métricas que devem ser seguidas para determinar a performance e também que tipos de exercícios e cuidados têm de forma a lidarem com situações de stress extremamente alto.

Carolina Amorim

Cofundadora e CEO da EmotAI

Carolina Amorim explica o que motivou o reposicionamento. “Durante a pandemia a saúde mental das pessoas piorou e notou-se a falta de soluções como a da EmotAI, personalizáveis, anónimas e cientificamente validadas. Assim decidimos trazer a solução para o local de trabalho onde conseguimos ter um impacto ainda maior”, diz a cofundadora. E com o benefício da experiência obtida com o mundo dos eSports. “A experiência que ganhámos a trabalhar com atletas de alta performance é imbatível. Aprendemos as melhores métricas que devem ser seguidas para determinar a performance e também que tipos de exercícios e cuidados têm de forma a lidarem com situações de stress extremamente alto”, adianta.

Depois da pandemia, as questões de saúde mental têm ganho força na lista de preocupações das organizações, com um estudo da Ordem dos Psicólogos a estimar quebras de produtividade em mais de cinco 5 mil milhões de euros por ano nas empresas portuguesas por conta de problemas de saúde mental e do presentismo.

A EmotAI propõe uma solução que pode ajudar na redução do burnout. Fornece “planos 100% personalizados que têm em conta o risco de burnout, tipo de burnout e a fisiologia única do participante. Estes planos incluem exercícios que tanto podem ser de respiração, como de concentração, meditação e relaxação“, descreve Carolina Amorim.

“Os exercícios são feitos com uma banda, que só é necessária ser usada durante os mesmos durante quinze minutos por dia, e são baseados numa tecnologia de biofeedback onde a pessoa consegue ver em tempo real o quão bem está a acompanhar o exercício. Isto significa que não tem que ter um especialista ao seu lado, consegue fazer os exercícios no momento em que precisa e no final ainda consegue perceber o impacto do exercício na sua fisiologia, ou seja, consegue ver se está a resultar ou não. Os exercícios vão ficando cada vez mais difíceis, de forma a manter os participantes motivados e a aumentar o impacto”, continua.

Em “menos de dois meses”, a startup “consegue ajudar a reduzir a ansiedade em 30% e o risco de burnout em 20%”, indica a cofundadora.

“Temos tido resultados muito positivos que mostram que as pessoas precisam de ajuda nestas áreas da saúde mental. Temos um nível de satisfação de 4,5 numa escala até 5 e 77% dos participantes mostram sinais de melhoria”, reforça a a profissional com formação em Engenharia Biomédica e que, antes de cofundar a EmotAI trabalhava em investigação na área de computação afetiva, que tem em conta as emoções para a criação de software.

A startup está apostada em fornecer os serviços às empresas, com o custo de adesão a depender “do número de colaboradores” e do “tipo de plano anual” (flexível ou fixo) escolhido. Mas, tratando-se de dados sensíveis (saúde), a empresa assegura que o anonimato dos dados dos colaboradores e sua privacidade estão garantidos. Como? “São apenas partilhados relatórios agregados de estatísticas de utilização com as empresas, nunca sendo possível identificar os participantes da solução”, explica.

“O processo de inscrição, de entrega das bandas e de acesso à app é feito pela EmotAI, logo a empresa não sabe quais os colaboradores que estão a utilizar a solução, apenas o número de utilizadores”, reforça. E, por fim, adicionando um outro nível de segurança, a startup “anonimiza informação sensível antes do armazenamento, sendo posteriormente impossível de identificar um utilizador.”

Ronda de investimento ainda este semestre

Neste momento, a empresa está em processo de crescimento de forma a conseguir fornecer a solução “a empresas até 10 mil colaboradores.” E Carolina Amorim admite que, embora por agora o foco seja só Portugal, “nos próximos dois anos” querem fazer chegar solução ao mercado norte-americano.

Planos de crescimento que vão necessitar de investimento. “Vamos precisar de investimento adicional de forma a expandirmos, a acelerar o fabrico das nossas bandas e a produzir cada vez mais exercícios eficazes e cientificamente validados”, admite a responsável. “Estamos a planear levantar uma ronda de investimento ainda na primeira metade de 2023”, revela, embora sem adiantar valores.

Vamos precisar de investimento adicional de forma a expandirmos, a acelerar o fabrico das nossas bandas e a produzir cada vez mais exercícios eficazes e cientificamente validados. Estamos a planear levantar uma ronda de investimento ainda na primeira metade de 2023.

Carolina Amorim

Cofundadora e CEO da EmotAI

Sediados na Startup Lisboa, hoje a EmotAI é composta por sete pessoas das áreas de engenharia biomédica, engenharia informática e neurociências. “Temos perspetivas de contratar entre duas a cinco pessoas nos próximos 12 meses em áreas de informática e/ou engenharia biomédica”, diz quando questionada sobre o reforço da equipa.

“Apesar de termos uma equipa que maioritariamente gosta de ir para o escritório, somos muito flexíveis no nosso modelo de trabalho. Temos colaboradores 100% remotos como em modelo híbrido. É uma questão de preferência pessoal de cada um“, diz sobre o modelo de trabalho na startup.

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5 coisas que vão marcar o dia

Preço das casas por concelho, dados da dívida de empresas e famílias e início da visita oficial de Lula da Silva a Portugal marcam agenda desta sexta-feira.

Os preços das casas por cada município no final do ano, a reunião da comissão para avaliar o impacto da seca de Portugal, o início da visita de Lula da Silva a Portugal, os dados da dívida de empresas e famílias e ainda o fim da consulta pública do reforço do PRR são os destaques na agenda desta sexta-feira.

Preços das casas por concelho

Pelas 11 horas, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os preços das casas por concelho no último trimestre de 2022. Em concreto, será possível saber qual é o valor do metro quadrado em cada um dos 308 municípios portugueses. À mesma hora, serão revelados os dados de rendimento e condições de vida em 2022.

Comissão para avaliar a seca

Pelas 10 horas, arranca a reunião da comissão ministerial para avaliar o impacto da seca em Portugal, que envolve os ministérios da Agricultura e da Ação Climática. O encontro será seguido de uma conferência de imprensa. A reunião ganha importância numa altura em que a bacia do Barlavento algarvio apenas apresentava 13,1% de água armazenada no final de fevereiro.

Dívida de famílias e empresas

Pelas 11 horas, o Banco de Portugal vai divulgar dados sobre a dívida das famílias, empresas e por toda a economia. Também será possível calcular o montante que os portugueses têm depositado em certificados de aforro, numa altura em que a subida da Euribor torna estes produtos mais rentáveis e apetecíveis.

Início da visita de Lula da Silva a Portugal

Esta sexta-feira marca o primeiro de cinco dias da visita de Estado a Portugal do Presidente do Brasil. O ponto alto de Lula da Silva será na terça-feira, 25 de abril, com uma sessão na Assembleia da República, antes da sessão comemorativa do 49.º aniversário do 25 de Abril.

Fim da consulta pública ao reforço do PRR

Termina esta sexta-feira a consulta pública do reforço orçamental do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de 1,6 mil milhões de euros. Nestas verbas está abrangido o reforço das Agendas Mobilizadoras, garantindo o financiamento das 53 aprovadas. O financiamento passará dos 930 milhões de euros para os 2.800 milhões de euros.

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5 dicas para maximizar o reembolso do IRS

Pagar créditos e iniciar um plano de investimento para a reforma são apenas duas opções onde o reembolso do IRS pode ser canalizado para ajudar a fortalecer as suas finanças pessoais.

Os primeiros reembolsos do IRS já foram processados e o dinheiro começou a chegar à conta dos contribuintes na última sexta-feira. Segundo as Finanças, até esta sexta-feira já tinham sido submetidas mais de 2,6 milhões de declarações.

Se ainda não preencheu a declaração, não se assuste: tem até dia 30 de junho para o fazer. E se ainda não pensou no que vai fazer ao dinheiro, também não se preocupe: concentre-se em uma ou em várias destas opções para maximizar a maquia que irá receber nas próximas semanas.

1) Pagar contas em atraso e amortizar créditos

No ano passado, o montante médio dos reembolsos de IRS não chegou aos 1.000 euros. Apesar de não ser um valor que permita comprar uma casa, pode ser a primeira pedra da construção de alguma coisa importante. Nomeadamente da sua liberdade financeira.

Esse caminho começa pelo pagamento das despesas e dos créditos mais caros. Para saber quais devem ser as prioridades, com a ajuda de uma folha de papel, liste os seus créditos pelo valor da TAEG dos contratos por ordem decrescente. No topo deverá figurar o crédito mais caro (talvez o do cartão de crédito) e, em último, o crédito mais barato, que deverá ser o crédito à habitação.

Se tiver qualquer montante em dívida no cartão de crédito a pagar juros não hesite em pagá-lo. São pelo menos 16% de juros que deixará de pagar. Não há melhor investimento que possa fazer em tão curto espaço de tempo que lhe ofereça um ganho tão grande e certo.

2) Construir ou reforçar o fundo de emergência

Se ainda não construiu um “porto de abrigo” para as suas finanças pessoais, aproveite o reembolso do IRS para o fazer. A ideia é criar uma poupança equivalente a 8 a 12 meses das suas despesas fixas, para que numa emergência (como uma situação de desemprego, uma emergência de saúde ou outras surpresas) possa recorrer a este dinheiro sem ter de fazer uma grande ginástica no orçamento diário.

A ideia do fundo de emergência não é ganhar dinheiro, mas garantir o capital alocado. Além disso, é importante que o produto escolhido para aplicar esta maquia tenha liquidez o suficiente para que possa “sacar” o dinheiro no espaço de 24 a 48 horas.

O produto mais indicado com estas características são os depósitos a prazo. Apesar de não serem a solução mais rentável, o seu dinheiro estará sempre disponível (mesmo que isso justifique perder os juros decorridos). Comece por aqui. Depois, com o tempo, procure equilibrar o montante do fundo de emergência entre depósitos a prazo e Certificados de Aforro numa proporção de 30 euros de depósitos por cada 100 euros de Certificados de Aforro. Desta forma conseguirá garantir liquidez e rendibilidade das suas poupanças de “último recurso”.

3) Iniciar um complemento de reforma

Nunca é tarde para começar a preparar um complemento de reforma. E quanto mais cedo o fizer, melhor: não só ajudará a engrossar o bolo quando os “Anos Dourados” chegarem, como o esforço financeiro que terá de dedicar para o construir será sempre maior à medida que o tempo passa.

Numa estratégia a dez ou mais anos, o caminho deve ser percorrido através do investimento em ações, porque as ações são os ativos que mais rendem no longo prazo. Mas isso não significa que tenha de ir ao mercado escolher meia dúzia de empresas para investir o dinheiro da sua reforma. Há outras soluções mais fáceis e económicas de o fazer.

Um desses caminhos é através dos fundos de investimento. Se ainda não começou a pensar na reforma, utilize o reembolso do IRS deste ano para subscrever um fundo de investimento de ações global. Desta forma, conseguirá facilmente alcançar uma eficiente diversificação do risco, tanto geográfica como setorial, ao mesmo tempo que ganha exposição ao mercado acionista.

É também importante escolher um fundo que lhe ofereça a possibilidade de realizar reforços recorrentemente, preferencialmente numa base mensal ou trimestral, conforme o seu orçamento. Já há vários fundos, particularmente fundos planos poupança reforma (PPR), que permitem a realização de reforços a partir de 25 euros. No final do ano passado apresentei algumas soluções (que se mantém atualizadas).

4) Pagar o colégio

Se o seu filho frequenta uma escola privada, já deu conta que as mensalidades aumentaram significativamente este ano e deverão voltar a subir no próximo, dado que a inflação estimada pelo Governo para 2023 aponta para os 5,1%.

Pagar a anuidade da escola dos mais novos é um bom negócio. Muitos colégios oferecem um desconto entre 2% e 5% no pagamento da anuidade que, na prática, pode valer metade de uma mensalidade.

É um investimento interessante, mas para usufruir deste desconto necessita de receber um valor de IRS mais elevado, pois 1.000 euros não chegam para pagar um terço das mensalidades anuais da maioria dos colégios privados.

5) Gaste em si e na sua família

É certo que os tempos estão difíceis e a vida está cada vez mais cara. Mas a vida é também (e sobretudo) para ser vivida.

Se a sua vida financeira está devidamente orientada ou muito perto disso, reserve parte do reembolso do IRS para investir em si através, por exemplo, de uma pós-graduação, um workshop ou um mestrado numa área que há muito ambiciona.

E depois há sempre lugar para viajar, para descobrir o mundo. E isso é sempre um investimento seguro. Se tiver uma folga maior no orçamento, utilize o reembolso do IRS para pagar as próximas férias da família.

Texto incluído na edição de 18 de abril do Portefólio Perfeito que pode subscrever através deste link.

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Plataforma de compras conjuntas de gás arranca a 25 de abril

A expectativa é que os preços do gás negociados na plataforma não sejam significativamente diferentes dos negociados no restante mercado, mas que esta promova um preço adequado pela transparência.

A partir do dia 25 de abril, as empresas europeias vão ter uma alternativa para se abastecerem de gás: a plataforma europeia de compras conjuntas, que tem vindo a ser apelidada pelos meios de comunicação espanhóis como o “Tinder” do gás – o lugar virtual que vai promover o encontro entre compradores e vendedores desta matéria-prima.

A ideia é haver mais uma ferramenta para que as empresas se possam salvaguardar da escassez e elevados preços do gás que assombram o Velho Continente, desde que foram quebrados os laços com o seu grande fornecedor, a Rússia, depois da invasão da Ucrânia.

A Comissão Europeia esteve, na passada terça-feira, a mostrar esta plataforma aos interessados em Portugal. Estiveram presentes empresas, associações empresariais e entidades governativas. A Comissão tem-se dedicado a divulgar e a informar sobre esta alternativa um pouco por toda a Europa e, assim que passe a estar ativa, irá monitorizar o seu funcionamento. O desenvolvimento e operação da plataforma ficou nas mãos da empresa alemã Prisma.

A adesão à plataforma é voluntária e quem se inscreve são as empresas que são compradoras de gás, as que o fornecem e outras que estejam habilitadas a tratar do transporte. No entanto, existe um objetivo mínimo de volume de gás que deve ser contratado por esta via, por país: as empresas de cada Estado-membro devem, em conjunto, abastecer-se de um volume de gás equivalente a 15% da obrigação de armazenamento do seu país. Há países que estão a determinar, por empresa, a quantidade que esperam que estas contratem na plataforma. Outros estão a deixar ao critério às empresas, esperando que a iniciativa seja suficiente para atingir o patamar desejado, explicam as mesmas fontes europeias.

A expectativa é que os preços do gás negociados na plataforma não sejam significativamente diferentes dos negociados no restante mercado. O benefício, em termos de preço, pode estar antes na transparência acrescida que a plataforma oferece: a regra é que o gás que é contratado aos fornecedores é vendido aos consumidores ao preço a que foi adquirido. E, claro, é uma porta aberta para uma relação mais direta entre grandes consumidores e fornecedores, podendo assim evitar taxas de intermediários. Outra expectativa é que a negociação nesta plataforma possa influenciar positivamente a que acontece no restante mercado, servindo de alguma forma de referência.

Esta terça-feira, existiam 40 empresas, em toda a Europa, inscritas na plataforma. Ao Eco/Capital Verde, a Endesa confirmou ter estado na reunião na qual a Comissão apresentou a plataforma, também esta semana, mas em Madrid, sem revelar se já estava inscrita. No total, devem ser colocados na plataforma pelo menos cerca de 12 mil milhões de metros cúbicos de gás até ao final de 2023, que comparam com um mercado de 330 mil milhões de metros cúbicos, que se estima que seja a procura total deste ano na União Europeia.

Como funciona?

O primeiro passo é o registo. Devem registar-se na plataforma tanto os compradores e fornecedores de gás como empresas de logística.

Depois, será colocada a procura, ou seja, as quantidades que os compradores querem adquirir neste mercado – apesar de existir um patamar mínimo, não há um máximo. A primeira vez que isso irá acontecer será 25 de abril. Vai haver uma janela de cinco dias, até 2 de maio, para as empresas que já estão registadas colocarem a procura para os próximos 12 meses consecutivos, e podem-no fazer escolhendo os meses e localizações mais convenientes, entre as disponíveis.

Concluídos os cinco dias de colocação da procura, esta é agregada, e é a vez de os fornecedores de gás avançarem com as respetivas ofertas. Vai-se colmatando a procura começando pela oferta mais barata, e seguindo por ordem crescente até satisfazer toda a procura, para cada localização e para cada mês. É assim que se chega a um preço médio, igual para todos os compradores, e começa o “match”: ambas as partes, comprador e fornecedor, recebem os respetivos contactos. A partir daí, são livres de dar o rumo que bem entenderem a esta nova relação. Podem assinar ou não contrato, e podem negociar detalhes como o prazo.

Tenha existido um final feliz ou não, há lugar a novas oportunidades, e portanto o ciclo repete-se a cada dois meses. Depois da vaga de abril, em junho poderá ser colocada nova procura, e seguidamente nova oferta. Será assim até ao final de 2023, já que, sendo esta plataforma um mecanismo temporário, não deverá manter-se aberta a ofertas no ano que vem. Podem, sim, subsistir contactos decorrentes do match de 2023, dado que a procura colocada pode dizer respeito a um horizonte de até 12 meses. Isto prolongaria o dinamismo, mesmo sem a abertura de novas vagas, no limite, até ao final de 2024.

Fontes europeias indicam que, se for para esta ferramenta “sobreviver” além de 2023, terá de ser identificado o propósito e muito provavelmente terá de ser redesenhada. Tal como está, provavelmente não irá funcionar em paralelo com o mercado.

Empresas mais pequenas têm modelos próprios

Empresas mais pequenas, que necessitam de se abastecer em menores quantidades e podem não ter experiência a negociar gás diretamente com os produtores, podem participar na plataforma através de modelos alternativos.

Uma hipótese é firmar um contrato com o chamado “comprador central”, este sim inscrito na plataforma, e que servirá de agregador de oferta e fica encarregue da negociação com os produtores, de fechar contrato com os mesmos, e da logística. Ou, se o problema for apenas logístico, as empresas podem inscrever-se na plataforma, tratar dos contratos diretamente com os fornecedores, mas contratar em paralelo o chamado “agente em representação”, ao qual pagam uma taxa para que este se responsabilize pelo transporte ou armazenamento do gás.

Até terça-feira estavam registadas 13 empresas como compradores centrais e/ou agentes de representação (as empresas podem acumular estes dois papéis), e uma delas era ibérica, indicam fontes europeias, sem precisar nomes. Estas empresas deverão, contudo, estar listadas em breve publicamente, para que os compradores centrais possam ser contactados pelas empresas que estejam interessadas em comprar através destes.

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Franceses da Corum de olho em “dois ou três” imóveis em Portugal

  • Ana Petronilho
  • 21 Abril 2023

Apesar do limite máximo de 2% na atualização das rendas em imóveis comerciais, a gestora francesa de fundos imobiliários diz que Portugal continua no radar de investimento.

Apesar do limite de 2% no valor da atualização das rendas, Portugal continua no radar da Corum Investments, gestora de fundos de origem francesa, que quer reforçar o investimento em imobiliário comercial no país e já tem em vista, pelo menos, “dois ou três” imóveis “fora de Lisboa”.

Sem adiantar detalhes, José Gavino, diretor-geral da Corum em Portugal, revelou apenas que os imóveis que despertaram o interesse da Corum Investments estão “fora de Lisboa”, estando um deles localizado “no Porto”, e que estão ligados aos segmentos de logística ou escritórios, sendo esta uma aposta do grupo.

O responsável não coloca de parte a aquisição de edifícios onde operam empresas da área da hotelaria. “Também temos vindo a falar com algumas pessoas da hotelaria” e é possível avançar com algum negócio “desde que consigamos aquilo que queremos em termos de rentabilidade” que é calculada “com as rendas e mais-valias distribuídas” entre os investidores nos fundos.

O grupo francês é responsável pela gestão de três fundos de investimento (Origin, XL e Eurion) que agregam um portefólio imobiliário avaliado em 5,5 mil milhões de euros. Na carteira destes fundos, Portugal representa cerca de 1% dos ativos, que é visível através de 14 imóveis que contaram com um investimento de cerca de 100 milhões euros.

“A primeira vez que investimentos em Portugal foi em 2014 em cinco edifícios do Pingo Doce, com uma rentabilidade de quase 8% na altura”, contou ao ECO José Gavino, acrescentando que à data “ninguém queria investir” no país.

No ano passado, o grupo Corum comprou por 10 milhões de euros as instalações da fábrica de eletrolisadores da Fusion Fuel, em Benavente, numa operação de sale and leaseback (o proprietário vende e passa a arrendatário). Fechou ainda, por 16 milhões de euros, a compra do edifício de escritórios Heroísmo, no Porto.

Entre os 14 imóveis detidos em Portugal estão, por exemplo, três edifícios (em Braga, Lisboa e Porto) onde funciona o grupo Rumos ou o imóvel ocupado pela sede da Unicre, em Lisboa.

Fundos têm ano de lucros

Num contexto de surto inflacionista em que muitos investidores se estão a retrair em transações, a Corum diz ter perspetivas positivas. Isto porque, à exceção de Portugal, onde há um travão à atualização das rendas, nos 17 países onde o grupo tem imóveis, o acelerar da inflação “foi uma das melhores coisas que aconteceu”, porque a atualização do pagamento dos inquilinos traz “mais rentabilidade aos nossos investidores”.

Além disso, “a consequência da subida da inflação é o aumento das taxas de juro” que está a afastar players do mercado, havendo “menos concorrência” na hora de comprar um ativo, o que permite “preços melhores”, explica ainda o diretor-geral da Corum em Portugal.

No radar dos três fundos (Origin, XL e Eurion) do grupo francês estão alguns ativos do Crédit Suisse, disse aos jornalistas Philipe Cervesi, diretor de imobiliário e diretor-geral do grupo Corum, durante um encontro na sede da gestora, em Paris.

No total, o fundo Corum Origin, que funciona há onze anos e conta com 47.661 subscritores, fechou 2022 com um resultado líquido de 132 milhões de euros. Ou seja, atingiu os 64,7 euros por unidade de participação. Este fundo oferece uma yield anual de 6% e a média dos contratos de arrendamento tem um prazo de 7,2 anos.

No ano passado, este fundo adquiriu 22 imóveis em países como França, Itália, Alemanha ou Holanda, que envolveram um investimento de 500 milhões de euros. O maior negócio de 2022 foi um edifício de escritórios na Bélgica – ocupado pela comunidade flamenga – que envolveu 173 milhões de euros. Em março deste ano, o portefólio do Origin era composto por 155 imóveis – dos quais metade são edifícios de escritórios – ocupados por 339 inquilinos.

O Corum XL, criado em 2017, contava com 42.441 investidores em março deste ano e fechou as contas do ano passado com lucros de 72 milhões de euros, que traduzem um resultado de 11,07 euros por unidade de participação. O XL oferece uma yield anual de 5% e a média dos contratos de arrendamento têm um prazo acima de nove anos. No ano passado o fundo comprou 12 ativos com um investimento de 421 milhões de euros. No final do primeiro trimestre deste ano, o portfólio do XL totalizava 70 edifícios – dos quais 75% são escritórios e 15% são de retalho – ocupados por 176 inquilinos.

O maior negócio do XL em 2022 foi fechado em Londres, na zona de Wimbledon, onde adquiriu um imóvel de escritórios por 36 milhões de euros que está ocupado pela Fortius – uma empresa de saúde ortopédica e de desporto – por um prazo de 4,3 anos.

A jornalista viajou a Paris a convite da Corum Investments.

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Helvetia vai ter novo CEO

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2023

Fabian Rupprech, cidadão suíço-alemão, tem a vasta experiência de seguros necessária para os principais mercados da Helvetia, seguradora sediada em St. Gallen, anunciou uma nota nesta quinta-feira.

O Conselho de administração da seguradora suíça Helvetia nomeia Fabian Rupprecht como presidente da Direção Executiva do Grupo e CEO do Grupo, a partir de outubro.

Rupprecht é Presidente do Conselho de Administração da International Insurance e membro da Direção Executiva do Grupo NN Holandês desde 2018.

O duplo cidadão suíço-alemão tem a vasta experiência de seguros necessária para os principais mercados da Helvetia, seguradora sediada em St. Gallen, anunciou uma nota nesta quinta-feira.

Rupprecht ocupou vários cargos de gestão internacional no Grupo AXA, onde foi CEO para a região do Médio Oriente e África e CFO para os Mercados Emergentes e da região mediterrânica. Ao longo das suas quase três décadas no negócio dos seguros, Rupprecht trabalhou tanto no ramo vida como não-vida.

Rupprecht assumirá o cargo de CEO do Grupo a 1 de outubro, em substituição de Philipp Gmuer, que anunciou a reforma no final de 2022, após 30 anos no Grupo Helvetia. Assumira o cargo do seu antecessor Stefan Loacker em 2016 e ainda tinha sido confirmado no cargo pelo então presidente Pierin Vincenz.

Gmuer criou um ecossistema de serviços de seguros que incluiu a compra do principal intermediário hipotecário suíço Moneypark.

A nomeação está sujeita à aprovação da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço.

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Corretores não têm urgência nem interesse em zero-carbono

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2023

Director comercial da Ecclesiastical diz que corretores são "sonâmbulos da crise climática".

Os corretores estão a demonstrar “falta de urgência e de interesse” na transição para a condição ‘zero-carbono’, de acordo com um estudo da seguradora Ecclesiastical.

“Há algumas empresas por aí que o conseguem e estão a investir na redução do carbono, mas a maioria dos corretores não está interessada” diz Adrian Saunders, diretor comercial da Ecclesiastical.

A seguradora especializada encarregou a agência de investigação independente FWD de realizar 251 entrevistas com corretores de seguros sediados no Reino Unido entre janeiro e fevereiro de 2023.

Os resultados, que foram publicados nesta quarta-feira, revelaram que o número de corretores que disseram não ter interesse em atingir objetivos ‘zero-carbono’ aumentou de 21% para 27% numa base anual.

Houve também um aumento das empresas que afirmaram ser demasiado pequenas para que objetivos ‘zero-carbono’ as preocupasse, subindo de 3% para 12%.

Adrian Saunders, diretor comercial da Ecclesiastical, afirmou: “estes resultados mostram que os corretores são sonâmbulos da crise climática, apesar da necessidade urgente de todas as indústrias transitarem para o zero líquido. Há algumas empresas por aí que o conseguem e estão a investir na redução do carbono, mas a maioria dos corretores não está interessada”.

A Ecclesiastical disse que a principal barreira para estabelecer uma meta era que os corretores não têm os recursos para se concentrarem nos objetivos ‘zero-carbono’ neste momento, com 51% das empresas a demonstrarem esse sentimento.

Contudo, o inquérito revelou que três quartos dos corretores concordaram que a redução do seu impacto climático era a coisa certa a fazer para o ambiente.

Dois em cada cinco (41%) disseram que a sua empresa estava mais consciente das questões climáticas do que há 12 meses, enquanto os resultados mostraram um pequeno aumento dos corretores que medem a sua pegada de carbono.

Saunders acrescentou: “A nossa investigação encontrou dois em cada cinco corretores gostariam de ter apoio para compreender como podem reduzir o seu impacto climático. Como seguradora empenhada em fazer um impacto ambiental positivo, é importante que ajudemos a criar confiança entre os corretores para que possam fazer escolhas mais informadas e expandir a conversa sobre o clima aos seus clientes”.

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Tribunal Europeu desconsidera recurso da Ocidental Vida junto do Supremo

  • ECO Seguros
  • 20 Abril 2023

Um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia faz recomendações ao Supremo Tribunal português num caso que envolve a venda de seguros por um banco e uma cláusula considerada abusiva.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) português colocou ao Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) várias questões relativas à interpretação da Diretiva relativa às cláusulas abusivas nos contratos celebrados com os consumidores, de forma a resolver um recurso apresentado pela seguradora Ocidental Vida relativa a um litígio que opõe a companhia a uma consumidora que não beneficiou de uma indemnização por sinistro.

O litígio, que opõe a Ocidental Vida a essa consumidora, tem origem na recusa de a seguradora pagar as prestações do contrato de mútuo celebrado com o Banco de Investimento Imobiliário, na sequência da incapacidade permanente da consumidora segurada. A Ocidental invocou a nulidade ou inaplicabilidade do contrato de seguro, devido a declarações falsas ou incompletas acerca do estado de saúde da consumidora à data da celebração do contrato. Invocou ainda o funcionamento das cláusulas contratuais que preveem a exclusão da cobertura do risco, no que se refere à situação de incapacidade permanente do segurado resultante de doenças anteriores à celebração do contrato de seguro.

Para a consumidora as cláusulas de exclusão deveriam ser consideradas inexistentes e desprovidas de efeitos jurídicos. Segundo ela, a informação clínica constante da proposta de adesão foi preenchida pelo funcionário bancário que apresentou o contrato para ser outorgado, não tendo ela preenchido qualquer questionário relativo ao seu estado de saúde e tendo-se limitado a subscrever essa proposta. Não lhe foi lida nem explicada nenhuma cláusula de exclusão da cobertura do risco segurado.

O Tribunal de Justiça responde ao Supremo Tribunal de Justiça, em primeiro lugar, que a Diretiva deve ser interpretada no sentido de que um consumidor deve ter sempre a possibilidade de tomar conhecimento, antes da celebração de um contrato, de todas as cláusulas que este contém. O que implica a obrigação de facultar ao consumidor, antes da celebração do contrato, todas as informações necessárias para que este possa compreender as consequências económicas dessas cláusulas e decidir, com pleno conhecimento de causa, vincular-se contratualmente.

Se o Supremo Tribunal de Justiça vier a considerar que, neste caso, a despeito da exigência de boa-fé, a Ocidental não podia razoavelmente esperar, respeitando a exigência de transparência em relação à consumidora, que esta última aceitasse, na sequência de uma negociação individual, as cláusulas contratuais em causa, deverá concluir que estas têm um caráter abusivo. E, lembra o TJUE, depois de uma cláusula ser declarada abusiva e, consequentemente, nula, incumbe ao juiz nacional abster-se de aplicar a referida cláusula para que a mesma não produza efeitos vinculativos para o consumidor.

Em conclusão, o TJUE conclui que a cláusula de exclusão ou de limitação da cobertura do risco segurado não poderia ser oponível à consumidora. Esta conclusão não pode ser posta em causa por uma regulamentação nacional nos termos da qual um tomador de seguro que não tenha cumprido o dever de comunicação das cláusulas contratuais, que lhe incumbe por força dessa regulamentação, pode ter de indemnizar pelo dano resultante dessa falta de comunicação sem permitir, no entanto, restabelecer a situação de direito e de facto em que o consumidor estaria se tivesse beneficiado dessa cobertura.

Assim, pelo facto de o banco não ter assegurado a compreensão das condições de subscrição de seguro pela cliente e por esta não ter preenchido o formulário médico obrigatório pessoalmente é considerada esta cláusula nula. Logo caberá, deduz-se que a Ocidental Vida terá de indemnizar a cliente pelo valor em falta do empréstimo junto do Banco Investimento Imobiliário e acionar este por venda incorreta.

O Tribunal de Justiça da União Europeia não resolve o litígio nacional dos Estados membros. Cabe ao órgão jurisdicional nacional, neste caso o STJ que requereu o acórdão, decidir o processo em conformidade com a decisão do Tribunal de Justiça. Esta decisão vincula também os outros órgãos jurisdicionais nacionais aos quais seja submetido um problema semelhante.

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ChatGPT vai mudar o setor dos seguros

  • Diana Rodrigues
  • 20 Abril 2023

Nem todos os avanços de IA são benéficos para o setor segurador. O potencial de tornar processos mais eficientes contrasta com diferenças claras na maturidade das tecnologias. Preparação é essencial.

A utilização de inteligência artificial (IA) desempenha um papel cada vez mais importante no setor dos seguros. Especialmente no processamento de sinistros, os sistemas apoiados em IA ajudam a simplificar e a acelerar significativamente as atividades. Quando questionado sobre a sua contribuição para o setor dos seguros, o ChatGPT responde:

  • Prestar serviço automatizado ao cliente através de chatbots, responder a perguntas frequentes e fornecer informações sobre apólices e reclamações;
  • Ajudar subscritores a analisar grandes quantidades de dados não estruturados, como referências de clientes, publicações nas redes sociais e artigos noticiosos, para identificar potenciais riscos e informar decisões de subscrição;
  • Processamento de grandes quantidades de dados de texto, tais como pedidos e aplicações, para identificar padrões e anomalias que possam indicar atividade fraudulenta;
  • Geração de conteúdos tais como resumos de apólices, explicações de cobertura e comunicações aos clientes;
  • Possibilitar um serviço ao cliente multilingue, traduzindo as perguntas dos clientes e respondendo na língua preferida pelos clientes.

A IA generativa está preparada para revolucionar vários tipos de seguros. Com base no impacto da tecnologia nos E.U.A., estudos concluem que o seguro de propriedade e de acidentes será o mais transformado e o seguro de saúde será o segundo mais influenciado pela tecnologia. Prevê-se que o seguro de vida seja menos impactado pela IA generativa, especialmente a curto prazo.

Uma das preocupações é que empresas que utilizem ferramentas de inteligência artificial como ChatGPT possam pôr em risco informações confidenciais de clientes e segredos comerciais, segundo refere estudo da Team8.

Ao longo dos próximos três anos, haverá muitos casos promissores de utilização de IA generativa. Os mais valiosos e viáveis serão campanhas de marketing personalizadas, chatbots voltados para os funcionários, prevenção de pedidos, automatização de pedidos, desenvolvimento de produtos, deteção de fraudes e chatbots orientados para os clientes.

Embora o crescimento da IA generativa tenha sido súbito, levará tempo para as seguradoras abraçarem plenamente o seu poder e potencial. Nesta segunda-feira, vários cientistas escreveram, numa carta aberta, que “aplicações de IA como o Chat GPT não devem ser desenvolvidas”. A Itália bloqueou a utilização do ChatGPT.

Uma das preocupações é que empresas que utilizem ferramentas de inteligência artificial possam pôr em risco informações confidenciais de clientes e segredos comerciais, de acordo com um relatório da Team8, uma empresa de empreendimentos sediada em Israel.

A adoção generalizada de novos chatbots AI e ferramentas de escrita poderia deixar as empresas vulneráveis a fugas de dados e processos judiciais, disse o relatório, que foi fornecido à Bloomberg News ainda antes do seu lançamento. O receio é que os chatbots possam ser explorados por hackers para aceder a informações empresariais sensíveis ou executarem ações contra a empresa. Há também receios de que a informação confidencial introduzida agora nos chatbots possa ser utilizada por empresas de IA no futuro.

As principais empresas tecnológicas, incluindo Microsoft Corp. e Alphabet Inc. competem para adicionar capacidades generativas de IA que melhorarem chatbots e motores de busca, treinando modelos com dados retirados da Internet para dar aos utilizadores um one-stop-shop às suas consultas. Se as ferramentas forem alimentadas com dados confidenciais ou privados, será muito difícil apagar a informação, alerta o relatório.

Stephen Voss, co-fundador da empresa insurtech alemã Neodigital, adverte na publicação alemã Handelsblatt, que os criminosos também utilizarão cada vez mais a IA: “as novas possibilidades em torno do ChatGPT também conduzirão a um aumento da fraude“.

Em contraste com programas de chat anteriores, baseados em IA, o ChatGPT da empresa OpenAI, cria conteúdos muito similares aos humanos. E mesmo que os conteúdos gerados contenham ainda muitas informações incorretas, avanços da tecnologia são possíveis. Os infratores podem agora, cada vez mais facilmente, descrever sinistros e incluir imagens alteradas: “quanto melhor for a IA, mais difícil será para os reguladores de sinistros de seguros reconhecer estes casos como fraude“, alerta o co-fundador da insurtech.

Sistemas de IA reconhecem padrões duvidosos

Temos de proteger os nossos segurados de tentativas de fraude criminosa“, continua Voss à publicação alemã. “Pagamentos de sinistros mais elevados acabam também por conduzir a prémios de seguro mais altos“.

Porém, as seguradoras vêm grandes oportunidades na IA na prevenção da fraude. Os sistemas de IA podem detetar padrões duvidosos de pedidos ou discrepâncias em fotografias associadas. De acordo com Voss, danos a vidros, por exemplo, podem ser posteriormente inseridos profissionalmente. A fim de detetar de forma fiável tais tentativas de fraude, a IA deve ser constantemente treinada.

Mas várias seguradoras estão a abraçar a tecnologia. A Helvetia declarou-se a primeira companhia de seguros do mundo a lançar um serviço de contacto direto com o cliente com base na tecnologia ChatGPT da OpenAI. O serviço utiliza IA para responder às perguntas dos clientes sobre seguros e pensões. O serviço é ainda experimental; a longo prazo, deverá simplificar o acesso a soluções de seguros personalizadas.

Wolfgang Hauner está a par de dois desenvolvimentos gerais. Ele é Chefe do Grupo de Análise de Dados no Grupo Allianz. A utilização de ferramentas de machine learning vai determinar a forma como a seguradora europeia trabalha internamente e como interage com os clientes. “Veremos rapidamente melhorias em ambas as dimensões”, diz ele ao jornal Frankfuerter Allgemeine.

A Allianz não vê a IA como um substituto dos colaboradores, mas como uma forma de tornar o seu trabalho mais eficiente e mais personalizado. “Os documentos são, evidentemente, cruzados por humanos antes da entrega aos clientes. As soluções de IA serão brevemente implementadas em grande escala – tal como aconteceu com a introdução de smartphones“, garante.

Na Allianz, também são utilizados processos de IA para identificar transações suspeitas de serem fraudulentas e submetê-las a peritos para análise mais aprofundada. “Estamos confiantes de que, no futuro, seremos capazes de reconhecer mensagens escritas com tecnologia AI com os nossos programas de verificação”, salienta Daniel Didt, Chefe da Defesa contra a Fraude na Allianz Versicherungs AG.

A Zurich confia nas possibilidades da IA na sua luta contra a fraude. “Os grandes modelos linguísticos como o ChatGPT tornam possível gerar facilmente textos. No setor dos seguros, deve ser feita uma distinção de acordo com o produto e o cenário do seguro. Dependendo do ramo de atividade, os pareceres oficiais de peritos ou documentos médicos já são utilizados hoje em dia. Aqui, um modelo linguístico generativo ou uma imagem gerada artificialmente não altera os factos, uma vez que são efetuados controlos intensivos e os documentos são frequentemente aceites apenas por organismos oficiais”, salienta Michael Zimmer, Chefe da AI & Machine Learning e Chief Data Officer, Grupo Zurich Alemanha.

A Ergo faz uma declaração semelhante à publicação VWheute: “globalmente, modelos Linguísticos (LLMs) como o GPT-3, no qual o ChatGPT se baseia, deram um enorme salto tecnológico nos últimos anos. Em perspetiva, terão um impacto notável nas nossas vidas. Isto já está a acontecer com a integração de aplicações, tais como motores de busca. É evidente que com novos passos tecnológicos, os riscos subjacentes estão também a evoluir. Isto inclui o facto de a tecnologia ser fundamentalmente utilizada para fins injustos. Este risco existe, independentemente da tecnologia específica e não se limita exclusivamente ChatGPT“.

E mesmo que as diferentes perspetivas sobre a IA no setor segurador soem tentadoras ou preocupantes, são percebidas de formas distintas pelos clientes: “influenciam a experiência do cliente de forma positiva ou negativa, o que por sua vez pode ter implicações para a confiança destes”, demonstra um estudo empírico na Universidade de St. Gallen. “O consultor de seguros tradicional, no entanto, ainda parece ser um fator de confiança relevante para os clientes de seguros”, indica o relatório.

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