CP fecha 2022 com os primeiros lucros da sua história

  • ECO
  • 19 Abril 2023

Os primeiros lucros da história da empresa resultam da aplicação do Contrato de Serviço Público assinado com o Estado, que prevê indemnizações compensatórias.

A CP – Comboios de Portugal registou resultados líquidos positivos, de oito milhões de euros, em 2022, avança o Público (acesso condicionado). São os primeiros lucros da história da empresa, que resultam da aplicação do Contrato de Serviço Público assinado com o Estado, prevendo uma compensação pelos serviços que dão prejuízo.

Nos últimos quatro anos a CP registou, em média, cerca de 80 milhões de euros de prejuízos, mas com as compensações pelas operações que é obrigada a fazer fica agora com as contas no verde. Aquando da assinatura do documento, em 2019, a indemnização compensatória prevista para este ano era de 85,3 milhões de euros.

Este foi também um ano em que a CP transportou 148 milhões de passageiros, o maior número de passageiros nos últimos 20 anos. Do lado das receitas, destacam-se os comboios Urbanos de Lisboa (95 milhões de euros) e dos Intercidades (49 milhões). Mas o resultado também reflete ganhos de gestão do lado das despesas, nomeadamente devido à fusão da EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário com a CP e respetivas sinergias.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 19 de abril

  • ECO
  • 19 Abril 2023

Ao longo desta quarta-feira, 19 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Hoje nas notícias: TAP, CP e Função Pública

  • ECO
  • 19 Abril 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Governo recusa divulgar o parecer jurídico no qual se baseou para demitir a CEO da TAP. A marcar o dia está ainda a notícia de que a equipa de gestores próxima de David Neeleman tinham contratos de prestação de serviços com a Atlantic Gateway. A CP fechou o ano passado com lucros de oito milhões de euros. Conheça estas e outras notícias nas manchetes nacionais.

Governo recusa divulgar parecer jurídico sobre demissão da CEO da TAP

O Governo recusa revelar o parecer jurídico no qual se baseou para demitir a CEO e o presidente da administração da TAP por justa causa. Ministérios das Finanças e das Infraestruturas alegam, em resposta ao pedido à Assembleia da República, que o pedido extravasa o objeto da comissão e/ou reporta-se a “factos posteriores” à constituição da comissão parlamentar de inquérito.

Leia a notícia completa na rádio TSF (acesso livre)

Equipa de Neeleman na TAP recebia os ordenados como prestação de serviços

A equipa de gestores próxima do antigo acionista da TAP, David Neeleman, tinham contratos de prestação de serviços com a Atlantic Gateway e era assim que recebiam os salários. Foi através destes contratos, com o consórcio que ficou com 61% do capital da transportadora em 2015, que os gestores receberam quase 19 milhões e prémios de 1,2 milhões. Na escolha desta modalidade podem estar em causa benefícios fiscais.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

CP fecha 2022 com os primeiros lucros da sua história

A CP – Comboios de Portugal registou resultados líquidos positivos, de oito milhões de euros, em 2022. São os primeiros lucros da história da empresa, que resultam da aplicação do Contrato de Serviço Público assinado com o Estado, prevendo uma compensação pelos serviços que dão prejuízo. Aquando da assinatura do documento, a indemnização compensatória prevista para este ano era de 85,3 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Reforço de verbas para a Função Pública em 2024 é metade do deste ano

O reforço de verbas para as despesas com os funcionários públicos previsto para 2024, segundo o Programa de Estabilidade, é metade do estimado para este ano, apesar de já existirem compromissos para os aumentos e progressões. Finanças justificam o valor com a “diferença salarial entre as entradas e saídas da Administração Pública”.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

SIC exige novo valor de indemnização a Cristina Ferreira

A SIC reduziu o pedido de indemnização a Cristina Ferreira, pela saída da apresentadora da estação de Paços de Arcos para a TVI, de 20,3 milhões de euros para 12,3 milhões de euros, segundo um requerimento entregue esta semana no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. De acordo com o Correio da Manhã, para chegar a este valor a SIC contratou uma consultora externa, a Bakertilly.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Ana Jorge assume funções como provedora da Santa Casa da Misericórdia a 1 de maio

  • Lusa
  • 19 Abril 2023

Ana Jorge, antiga ministra da Saúde, é a nova provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e deverá entrar em funções a 1 de maio. Despacho de nomeação já foi aprovado e assinado.

A atual presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Ana Jorge, será a nova provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sucedendo a Edmundo Martinho, à frente da instituição desde Novembro de 2017.

Fonte do gabinete da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) adiantou à Lusa que a médica e ex-ministra da Saúde nos executivos de José Sócrates foi escolhida para assumir funções como provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), devendo iniciar funções em 1 de maio. A mesma fonte acrescentou que o despacho de nomeação já foi aprovado e assinado.

Ana Jorge preside à frente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) desde 2021, onde teve como objetivo dar relevo à área da saúde mental, sobretudo em relação à doença mental crónica, com respostas enquadradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados para crianças, adolescentes e adultos.

Antes de assumir funções na CVP foi, entre 2016 e 2021, coordenadora da Unidade de Missão do Hospital da Estrela, da SCML.

A médica pediatra foi ministra da Saúde nos XVII e XVIII governos constitucionais, deputada e gestora de várias instituições de saúde e da economia social.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, vai ser ouvida na quarta-feira, na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, a requerimento do Grupo Parlamentar do PSD, sobre o estado dos órgãos sociais e das contas da SCML.

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Programadores, operadores de caixa, analistas de sistemas… Estas foram as dez profissões mais procuradas em 2022

O Top 10 é maioritariamente composto por profissões com uma forte componente tecnológica e com ligação ao setor do comércio.

Programadores de software, operadores de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas e analistas de sistemas. Estas foram as três profissões mais procuradas em 2022 pelos empregadores. O Top 10 é maioritariamente composto por profissões com uma forte componente tecnológica e com ligação ao setor do comércio, segundo os dados do “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?”, da Fundação José Neves (FJN), que volta a ajudar pais e filhos a fazerem escolhas informadas sobre que áreas de estudo escolher após a conclusão do ensino básico.

“A chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na carreira académica dos jovens portugueses. Obter a melhor informação sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A consulta deste guia permite quer a estudantes, quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o impacto das mesmas no curto e no longo prazo”, salienta Carlos Oliveira, presidente Executivo da Fundação José Neves.

Os dados da FJN dão assim indicações sobre as profissões mais procuradas pelos empregadores em 2022, que podem ajudar na decisão. “Há oito profissões que se encontravam entre as mais procuradas, quer em 2021 como em 2022”, aponta a Fundação.

Assim, a primeira e segunda posições consolidam os lugares alcançados já em 2021, mantendo-se como as profissões com maior procura por parte dos empregadores. Falamos dos programadores de software e operadores de caixa e outros trabalhadores relacionados com vendas. Entram, agora, para o pódio também os analistas de sistemas.

Profissões mais procuradas pelos empregadores em 2022 e variação face a 2021FJN

A quarta posição que registou maior procura no ano passado, segundo os dados da FJN, foi a de empregado de mesa e bar. Esta foi também a que mais escalou no ranking de 2021 para 2022, tendo subido um total de sete patamares.

Também com um aumento considerável estão os empregados de escritório, técnicos de secretariado e operadores de processamento de dados, que passaram da 10.ª posição, em 2021, para a 5.ª posição, em 2022.

Já a segunda metade do Top 10 é composta pelos técnicos de apoio aos utilizadores das tecnologias da informação e comunicação (TIC) — caíram três patamares –, especialistas em recursos humanos (desceram duas posições), engenheiros biomédicos, de engenhos de explosivos, de salvamento marítimo, de materiais, óticos e de segurança (mantiveram a mesma classificação face ao ano anterior), representantes comerciais (desceram três posições) e diretores de investigação e desenvolvimento (subiram dois lugares no ranking).

Programadores web e de multimédia e mecânicos e reparadores fora do Top 10

Assim, de 2021 para 2022, as duas profissões que passaram a figurar no top das mais procuradas foram empregados de mesa e bar e também diretores de investigação e desenvolvimento.

No sentido oposto, há duas profissões que saíram do top das mais procuradas encontravam-se, em 2022, nas posições 13.ª (comparativamente à 7.ª em 2021) e 16.ª (face à 9.ª em 2021) do ranking. São elas programadores web e de multimédia e mecânicos e reparadores de máquinas e de veículos terrestres.

FJN quer ajudar jovens a escolher a sua área de estudos

A informação disponibilizada pela Fundação José Neves faz parte do Guia que pretende ajudar os alunos a decidir, de forma consciente, a área de estudos que pretendem seguir. Dúvidas que começam, desde logo, quando o 9.º ano termina. Qual será a melhor opção? Enveredar pelo ensino secundário geral, constituído pelos cursos científico-humanísticos, ou por um curso profissional? E se a escolha for o ensino secundário geral, qual a área mais indicada?

Os dados revelam que 83% dos jovens que optaram pelo ensino secundário geral prosseguiram os seus estudos para universidades ou politécnicos.

“A chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na carreira académica dos jovens portugueses. Obter a melhor informação sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A consulta deste guia permite quer a estudantes, quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o impacto das mesmas no curto e no longo prazo”, salienta Carlos Oliveira, presidente Executivo da Fundação José Neves.

O Guia pretende, assim, contribuir para possuir “informação que torne realidade os objetivos”, “não dramatizar a decisão, pois nada é irreversível”, “refletir sobre as disciplinas escolares e atividades mais apreciadas”, “conhecer as opções disponíveis e os caminhos educativos e profissionais a que cada opção leva, “pedir conselhos, mas pensar pela própria cabeça”, “aproveitar o ensino secundário para explorar novas atividades” e “considerar investir no ensino superior”.

Independentemente da escolha, o Guia ressalva que haverá sempre oportunidades para mudar de caminho ou de área. “As mudanças são vistas como um processo normal, devido aos rápidos avanços da tecnologia e das alterações das tendências do mercado de trabalho. Contudo, é recomendado que os alunos resistam à tentação de optar por vias que pareçam ser mais fáceis, evitando condicionar a sua escolha por disciplinas de que não gostam ou em que tiveram uma má nota, resolver a sua indecisão com uma escolha ao acaso ou deixando outros decidir por si”, refere a ainda fundação.

O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?” pode ser consultado na íntegra ou descarregado através deste link.

Ensino superior garante salário 114% mais alto do que 3.º ciclo do ensino básico

No que toca às remunerações, o documento assinala também que os alunos que prosseguem e completam o ensino superior têm vantagens salariais e maior facilidade em encontrar emprego comparativamente com quem opta por não prosseguir os estudos, ficando com o ensino secundário completado. Em média, os salários são 42% mais elevados e a taxa de empregabilidade é superior em 10%.

Dados recentemente publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o grau de escolaridade e a idade são fatores que fazem aumentar o salário médio dos portugueses, ainda que o primeiro proporcione o maior diferencial. Em 2021, quem tinha completado o ensino superior ganhava, em média, um ordenado de 2.414 euros brutos mensais, mais 114,4% (ou seja, 1.288 euros) do que aqueles que tinham, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico, isto é, até ao 9.º ano. Para estes, o salário médio situava-se nos 1.126 euros.

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O meu filho tem 19 anos e não entrou para a universidade. Ainda pode ser considerado meu dependente?

  • ECO
  • 19 Abril 2023

O ECO escolheu algumas dicas do Guia Fiscal da Deco Proteste para ajudar os contribuintes na altura da entrega do IRS, que serão partilhadas diariamente.

A campanha do IRS já arrancou no primeiro dia do mês, mas há quem tenha ainda dúvidas sobre a entrega desta declaração. Alguns têm o trabalho facilitado, estando abrangidos pelo IRS automático mas, mesmo assim, certos aspetos poderão ainda estar por esclarecer. A resposta às perguntas mais frequentes dos contribuintes pode ser encontrada no Guia Fiscal 2023, da Deco Proteste.

Há vários contribuintes com acesso ao IRS automático, e os mais novos podem optar pelo IRS Jovem. Entre as novidades deste ano, onde já se pode sentir o efeito das novas tabelas de retenção na dimensão do reembolso, encontra-se o desdobramento de escalões de IRS, de sete para nove.

O ECO selecionou algumas dicas disponibilizadas pela Deco Proteste para ajudar a esclarecer todas as dúvidas, que serão partilhadas diariamente.

O meu filho tem 19 anos e este ano letivo não entrou para a universidade. Ainda pode ser considerado meu dependente?

Sim. Os jovens que no final de 2022 tinham menos de 26 anos e rendimentos anuais inferiores a 9.870 euros são considerados dependentes. E não têm de estar a frequentar o ensino para poderem integrar o IRS dos pais.

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Governo assume perdas de 159 milhões na Efacec em 2022

Os apoios concedidos à Efacec tiveram um impacto negativo no saldo orçamental do ano passado, admite o Ministério das Finanças no Programa de Estabilidade. Governo está a negociar reprivatização.

Os apoios concedidos à Efacec penalizaram o défice em 0,07% do PIB no ano passado, revela o Programa de Estabilidade 2023-2027 apresentado pelo Governo na segunda-feira. Quer isto dizer que as ajudas à empresa que está, outra vez, em processo de reprivatização, totalizaram 159 milhões de euros, confirmou ao ECO fonte oficial das Finanças. E que o Estado assume que vai perder este montante.

O Governo sinaliza no documento que o saldo orçamental melhorou em 2,5 pontos percentuais (p.p.) do PIB face a 2021, tendo-se ainda assim registado um défice de 0,4% do PIB. Na distribuição dos principais contributos para o défice, encontra-se uma rubrica com outras despesas (0,5 p.p. do PIB) que “refletem, sobretudo, operações extraordinárias com impacto negativo no saldo orçamental”, incluindo “os apoios concedidos à Efacec PowerSolutions, SGPS, S.A. (0,1 p.p. do PIB)”. No entanto, este valor é de 0,07%, explicou fonte oficial das Finanças, justificando a diferença com o facto de os valores inscritos nas tabelas do Programa de Estabilidade serem arredondadas à casa decimal. Ora este arredondamento faz com que os apoios concedidos à Efacec sejam de 159 milhões de euros e não os 240 milhões inicialmente avançados pelo ECO, usando como referência os valores do Banco de Portugal.

É de ressalvar que há várias fontes para o cálculo do PIB, que varia ligeiramente se é calculado com base na ótica da despesa ou do investimento.

Os apoios à Efacec — que assumiram a forma de injeções diretas na tesouraria da empresa para garantir o funcionamento da mesma, mas também de garantias aos empréstimos (115 milhões segundo o último dado avançado pelo ministro da Economia — foram assim um dos fatores a pesar nas contas públicas no ano passado, correspondendo a uma penalização de 0,07% do PIB. Isto traduz-se em cerca de 159 milhões de euros.

Este montante é assim inferior aos 165 milhões que o ministro António Costa Silva tinha admitido durante a audição na especialidade, relativa ao Orçamento do Estado para 2023. Mas aos 70 milhões de euros injetados pela Parpública — 50 milhões no primeiro semestre de 2022 e 20,5 milhões no segundo — é preciso somar as injeções mensais que tem feito de pelo menos dez milhões por mês, tal como o ECO avançou. Um valor que, entretanto, teve de subir para 14 milhões de euros já este ano, de acordo com o Jornal Económico, dada a gravidade das contas da empresa sediada em Matosinhos. Valores que não são assumidos como “injeções diretas” e como tal não são identificáveis no relatório e contas da empresa a que o ECO teve acesso.

Costa Silva, em fevereiro, questionado pelos deputados Costa Silva assumiu que “muito dificilmente a totalidade do valor” injetado pelo Estado seria “refletido no preço de venda” da Efacec. E precisou que o que está em discussão é “o Estado ter acesso a mecanismos de recuperação, depois de a empresa ser resgatada”, como por exemplo “uma percentagem do free cash flow ser compartilhada com o Estado”. Já na audição no âmbito da discussão do OE, o ministro da Economia tinha dito que o Executivo estava a fazer “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado. “Vamos fazer tudo para isso acontecer”, disse, antes de acrescentar que não pode “dar nenhuma garantia” nesse sentido. Mas, no Programa de Estabilidade o Governo assume já a perda dos 159 milhões de 2022.

Mesmo com os contributos negativos, o défice do ano passado foi mais baixo que o esperado, sendo que a diferença para o saldo inicial estimado pelo Governo supera os 3.500 milhões de euros. Esta situação deveu-se em grande medida à evolução da receita fiscal, que teve “um impacto positivo de 4,8 p.p. do PIB”.

Para este ano, o Governo baixou a meta para ficar idêntica à do ano passado: um défice de 0,4%. Mas a Efacec continua a surgir como um risco ao Orçamento em 2023, devido à alienação da participação na empresa, segundo a análise do Conselho das Finanças Públicas.

O dossier da Efacec está agora na fase final de seleção dos quatro candidatos à reprivatização dos 71,73% que eram de Isabel dos Santos. Apresentaram propostas vinculativas melhoradas os fundos Mutares, Oaktree e Oxy Capital, além do consórcio formado pela Visabeira e pela Sodecia. Segue-se a “verificação da regularidade e análise” das mesmas “nos termos previstos no caderno de encargos”, não existindo um prazo limite para a conclusão do processo.

(Notícia atualizada às 16h23 com explicações de fonte oficial das Finanças de que os valores inscritos nas tabelas do Programa de Estabilidade são arredondados à casa decimal. Ora este arredondamento faz com que os apoios concedidos à Efacec sejam de 159 milhões de euros e não os 240 milhões inicialmente avançados pelo ECO.)

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5 coisas que vão marcar o dia

Função pública volta à mesa negocial com o Governo, num dia preenchido no Parlamento, com quatro ministras a prestarem contas e o regresso da comissão de inquérito à TAP.

O Governo volta a reunir esta quarta-feira com os sindicatos da função pública, desta feita para debater as mudanças no sistema de avaliação (SIADAP). No dia em que o INE divulga novos dados sobre as taxas de juro no crédito à habitação, pela Assembleia da República vão passar vários governantes e o presidente da comissão de vencimentos da TAP. Confira a agenda.

Avaliação dos funcionários públicos

Poucos dias depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter promulgado o diploma do Governo para o aumento salarial intercalar de 1% na função pública, que será pago em maio, com retroativos a janeiro, o Executivo volta a reunir com os sindicatos da Administração Pública. Na agenda estão as mudanças no sistema de avaliação dos funcionários públicos (SIADAP).

Quatro ministras no Parlamento

Será uma manhã preenchida em diversas comissões parlamentares, com vários membros do Governo a prestarem contas aos deputados. Estão agendadas audições regimentais, a partir das 10h, com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Já a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, será questionada sobre a situação nos lares e o “estado dos órgãos sociais e contas” da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

Comissão de inquérito à TAP

Estão de volta as audições na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, que têm marcado a agenda política nas últimas semanas. A partir das 17h, na Assembleia da República, é a vez de os deputados interpelarem o presidente da comissão de vencimentos da transportadora aérea, Tiago Aires Mateus.

Juros no crédito à habitação

Esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar informação sobre as taxas de juro no crédito à habitação, relativas a março 2023. Já o Banco de Portugal, liderado por Mário Centeno, tem prevista a publicação de novos dados sobre a balança de pagamentos e o investimento direto, ambas com fevereiro de 2023 como período de referência.

Roadshow Fomento em Leiria

Depois da estreia em Matosinhos, é a vez de Leiria receber a segunda conferência do Roadshow Fomento. Dinamizada em parceria com a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria e a APIP – Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos, a sessão conta no painel de debate “Conversas de Boa Gestão Empresarial” com a intervenção de Eliseu Frazão (Fravizel) e Nuno Fonseca (Sound Particles), numa conversa moderada por Ana Carvalho chairwoman do Banco de Fomento.

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Já não sobra nenhum gestor da equipa original nomeada por Pedro Nuno Santos para a TAP

Não ficará nenhum dos cinco administradores executivos da equipa original escolhida por Pedro Nuno Santos para a TAP. Dos não executivos, só sobrevivem metade dos administradores.

Já não sobra nenhum membro da equipa de administradores executivos da TAP nomeada pelo antigo ministro Pedro Nuno Santos para executar o plano de reestruturação da companhia aérea. Últimos elementos saem após a entrada do novo presidente executivo. Depois do Estado assumir a maioria do capital em setembro de 2020, o CEO nomeado pelos antigos donos privados da TAP foi afastado pelo então ministro das Infraestruturas. Antonoaldo Neves deixou a companhia (está agora na Etihad) e ficou como interino Ramiro Sequeira, até ser escolhida uma nova equipa por Pedro Nuno Santos.

Foi envolvida uma empresa de head hunting, a Korn Ferry, que reuniu um lote de candidatos. A escolha acabaria por recair em Christine Ourmière-Widener, que tinha sido CEO da britânica Flybe e trabalhado mais de duas décadas no grupo Air France – KLM.

Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP, em declarações à imprensa - 02MAR23
Christine Ourmières-Widener, CEO da TAP.Hugo Amaral/ECO

A nova equipa executiva da companhia aérea foi eleita em assembleia geral a 24 de junho de 2021, num mandato esticado para quatro anos de forma a acompanhar a execução do plano de reestruturação, peça-chave na gestão da transportadora.

Além da gestora francesa, foram nomeados para a comissão executiva Ramiro Sequeira, Alexandra Reis, Sílvia Mosquera e João Weber Gameiro. Já todos saíram ou estão de saída.

O primeiro a deixar a equipa foi o administrador financeiro (CFO), João Weber Gameiro, que renunciou logo em outubro de 2021. O cargo de CFO é indicado pelo Ministério das Finanças, que apontou como substituto Gonçalo Pires, então administrador não executivo da TAP, escolhido por Pedro Nuno Santos. Começou como interino e passou a efetivo.

A segunda a sair foi Alexandra Reis, chief corporate officer e responsável pela importante área de compras, por vontade de Christine Ourmières-Widener. As razões têm sido amplamente referidas na comissão parlamentar de inquérito à TAP, envolvendo discordâncias que vão desde a implementação do plano de reestruturação à substituição de diretores pela nova CEO.

Alexandra Reis, ex-administradora executiva da TAP, na audição na Comissão Parlamentar de Inquérito.ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A pretexto de uma reconfiguração da comissão executiva, com a criação do cargo de chief strategy officer, para o qual Alexandra Reis não teria perfil segundo a CEO, foi negociado um acordo de saída e o pagamento de uma indemnização bruta de 500 mil euros. Deixou a companhia aérea em fevereiro de 2022. Para a nova posição foi escolhida Sofia Lufinha, vinda da Jerónimo Martins, assumindo o cargo a partir de julho.

A polémica à volta do processo de rescisão com a antiga administradora executiva só estalaria em dezembro, acabando por custar o lugar à CEO escolhida por Pedro Nuno Santos. O ministro das Finanças e o novo titular das infraestruturas anunciaram a 6 de março o afastamento de Christine Ourmières-Widener, depois do relatório da Inspeção-Geral de Finanças ter considerado ilegal o processo de cessação de funções de Alexandra Reis. A saída acabou por só se efetivar na quinta-feira passada.

Entretanto, mais uma administradora executiva decidiu abandonar a empresa. A saída de Silvia Mosquera, chief commercial & revenue officer, foi anunciada a 21 de março, alegando motivos profissionais. Ao que o ECO apurou, a falta de indicações do Governo sobre o futuro do conselho de administração na sequência da demissão da CEO contribuiu para a saída prematura.

Na audição na comissão de inquérito o administrador financeiro, Gonçalo Pires, deixou elogios ao contributo da gestora e da sua equipa para a recuperação dos resultados da TAP. Antes de entrar na companhia portuguesa, Silvia Mosquera tinha estado na Avianca, Iberia Express e Vueling. A renúncia só produz efeitos a 23 de junho.

Ramiro Sequeira, administrador executivo da TAP.

O Expresso noticiou no último fim de semana que Ramiro Sequeira, o chief operations officer, também deixará o cargo na sequência da nomeação de Luís Rodrigues para CEO. Para o seu lugar deverá entrar Mário Chaves, braço direito do novo presidente executivo quando estava na SATA e atual líder da Portugália.

Se dos cinco gestores executivos do elenco inicial não ficará nenhum, da lista de seis administradores não-executivos já só sobra metade. Manuel Beja, o presidente do conselho de administração escolhido por Pedro Nuno Santos, foi demitido em conjunto com a CEO. Antes já tinham deixado os cargos Gonçalo Pires (passou para executivo) e José Silva Rodrigues, que tinha sido indicado pela HPGB, de Humberto Pedrosa. Os resistentes são Ana Teresa Lehmann, Patrício Ramos e João Duarte (indicado pelos trabalhadores).

O novo CEO vai também acumular o lugar de presidente do conselho de administração, pelo que não será escolhido um novo. Resta confirmar se Gonçalo Pires (que os partidos da direita acusaram de mentir na comissão parlamentar de inquérito) e Sofia Lufinha continuam e se, além de Mário Chaves, entra mais algum elemento para a comissão executiva. E, já agora, se será reforçado o contingente de administradores não executivos.

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Franceses da Alstom investem em fábrica de comboios em Matosinhos para ganhar concurso da CP

Franceses prometem fábrica em Matosinhos, oficina em Guifões e 300 postos de trabalhos diretos se ganharem o fornecimento de 117 comboios para a CP. Alstom é um dos três fabricantes na fase final.

Uma fábrica com 300 empregos diretos em Matosinhos e uma oficina em Guifões. Estes são os planos da fabricante francesa Alstom para Portugal caso ganhe o concurso para o fabrico de 117 novos comboios para a CP, cujo vencedor será conhecido até ao final do primeiro semestre. A Alstom aposta as fichas no norte do país e quer ainda ajudar mais de 1.700 estudantes do ensino superior, segundo informação a que o ECO teve acesso.

A Alstom – em consórcio com a portuguesa DST – é uma das três fabricantes que estão na última fase do concurso para as 117 novas automotoras elétricas da CP. Os suíços da Stadler e os espanhóis da CAF são os outros dois concorrentes. A transportadora pública portuguesa está a receber as últimas propostas de cada candidato. Quem fornecer os novos comboios à CP terá de apostar na incorporação nacional ou mesmo construir uma fábrica de comboios em Guifões, junto às atuais oficinas e ao centro tecnológico para a ferrovia.

A fabricante francesa de comboios, por isso, propõe-se a construir uma unidade com mais de 20 mil metros quadrados junto à Linha de Leixões, com capacidade para produzir mais de 100 carruagens por ano. A empresa admite contratar 300 trabalhadores, de diferentes categorias, como engenheiros e técnicos, soldadores, eletricistas e mecânicos. Há mesmo o compromisso para que 15% destes empregos estejam reservados para mulheres, jovens desempregados, desempregados de longa duração e trabalhadores com algum tipo de deficiência.

A produção de comboios em Portugal também pode criar mais de 1.000 empregos indiretos, para o fabrico de componentes metálicos, montagem de interiores dos comboios, ferramentas, transporte, vigilância, limpeza, construção e logística. A ligação ao ensino superior não está esquecida. A Alstom propõe-se a criar um mestrado específico na Universidade do Porto, para formar mais de 1.500 estudantes de formação profissional e mais de 200 mestrandos.

Os planos contemplam ainda a construção, em parceria com a DST, de uma oficina de manutenção em Guifões, junto à atual unidade da CP, com 10 mil metros quadrados, para atividades de manutenção preventiva e corretiva. Até agora, a Alstom apenas se comprometia em construir uma unidade produtiva, sem revelar números de contratações.

Em Portugal, a Alstom abriu em 2022 um centro de engenharia e inovação na cidade da Maia, tendo criado 25 postos de trabalho. A empresa francesa fabricou dois em cada três comboios atualmente em circulação em Portugal.

A hipótese de a Alstom construir uma fábrica e uma oficina de comboios surge duas semanas depois do anúncio da parceria entre os suíços da Stadler e o grupo português Salvador Caetano. O consórcio luso-suíço pretende construir uma fábrica de comboios em Ovar e uma oficina em Guifões. A empresa suíça, no entanto, já sabe que vai fabricar os 22 novos comboios regionais que vão chegar à CP a partir de outubro de 2025.

Os anúncios da Alstom e da Stadler seguem na linha das declarações do atual ministro das Infraestruturas, João Galamba, em 22 de março. “A CP vai reforçar a oferta com 117 novos comboios, garantindo, simultaneamente, uma nova fábrica em Portugal. Podemos dizer, com toda a confiança, que na pior das hipóteses teremos uma fábrica em Portugal”, adiantou João Galamba aos deputados da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

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Howden M&A aconselha adotar abordagem cautelosa

  • ECO Seguros
  • 18 Abril 2023

O aumento da atividade de F&A recuou durante 2021 mas o mercado ainda está bastante ativo. Destaca-se uma diminuição acentuada de reinvidicações na Península Ibérica desde esse ano.

O mercado de transações continua bastante ativo, com volumes e valores de M&A, em 2022, em níveis pré-pandémicos, conclui o relatório M&A Insurance Claims da Howden, que analisou as principais tendências na Europa.

“À medida que entramos num período de maior incerteza económica, esperamos mais oportunidades para os tomadores de seguros tirarem partido das atuais condições de mercado”, comentou Daniel Stock, Diretor Executivo da Howden M&A.

As grandes operações continuam a ter um rácio de reinvindicações mais alto do que as operações mais pequenas e as operações imobiliárias continuam a demonstrar taxas de crédito mais baixas do que outras operações.

Como novidade nas tendências observadas, destaca-se uma diminuição acentuada de reinvidicações na Península Ibérica após 2021, quando o máximo histórico foi atingido; embora a utilização de seguros M&A continue com uma clara tendência crescente.

A Howden M&A, corretora internacional de seguros Fusões e Aquisições (F&A), relatou que o boom da atividade do ramo continua a verificar-se à medida que se procura beneficiar do ambiente económico incerto.

A Howden informa que a taxa de notificação de seguros de Garantia e Indemnização (W&I) aumentou ligeiramente em 2022 para 9%, contra 7% em 2021, e diz que a natureza de longo prazo das reivindicações significa que esta taxa poderá aumentar nos próximos 12-24 meses, à medida que as notificações do boom das F&A de 2021 se materializarem.

O documento aponta que mais de metade das operações de F&A, em 2021, tiveram lugar no segundo semestre do ano, o que significa que muitas notificações deste tipo ainda não se concretizaram.

Enquanto o volume de transações de F&A diminuiu durante 2022, houve um crescimento no número de megadeals com um valor empresarial de mil milhões de euros ou mais, e a expectativa é que a dimensão das transações continue a aumentar, com a capacidade do mercado de seguros a aumentar à medida que os novos participantes aumentam o capital disponível para a subscrição de F&A de maior dimensão.

A Howden prevê que a utilização crescente de F&A nos maiores negócios será uma tendência significativa nos seguros do ramo nos próximos anos, proporcionando uma oportunidade de crescimento para os fornecedores de seguros, e proporcionando segurança e proteção para os maiores negociadores.

Como a economia global continua a enfrentar ventos contrários significativos, a Howden espera que a recessão crie oportunidades para a realização de negócios através da consolidação e transformação.

As transações durante a recessão económica são mais suscetíveis de resultados inesperados, uma vez que as empresas que estão a ser adquiridas têm mais probabilidades de estar em dificuldades, e os adquirentes estarão mais atentos ao fluxo de caixa.

A Howden sugere que os tomadores de seguros deverão adotar uma abordagem mais cautelosa e estar prontos para notificar potenciais perdas.

“À medida que entramos num período de maior incerteza económica, esperamos mais oportunidades para os tomadores de seguros tirarem partido das atuais condições de mercado“, comentou Daniel Stock, Diretor Executivo da Howden M&A.

“Com tais oportunidades surge um conjunto diferente de desafios”, acrescentou o executivo. “O valor do seguro M&A é mais claro do que nunca na proteção dos compradores por riscos não revelados que vão até ao valor”.

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Lista das seguradoras cumpridoras vai ser publicada pela ASF

  • ECO Seguros
  • 18 Abril 2023

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Margarida Corrêa de Aguiar disse que o setor “tem sido ponderado ao refletir a inflação nos preços que pratica”.

Segundo a presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF)não há excessos no aumento dos prémios de seguros em Portugal”. Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Margarida Corrêa de Aguiar disse que o setor “tem sido ponderado ao refletir a inflação nos preços que pratica”.

“A solvência das companhias de seguros continua em níveis muito confortáveis e os níveis de financiamento dos fundos de pensões, especialmente aqueles que financiam benefícios estabelecidos como compromisso a pagar, estão até mais fortes”, disse a Presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar.

A presidente sublinhou que o setor segurador tem demonstrado “elevada resiliência e capacidade de adaptação a choques, oferecendo os seguros necessários à economia e à sociedade”.

Sobre o ramo vida, a presidente destacou que a incerteza associada ao atual contexto macroeconómico influencia decisões de poupança das famílias, apontando a relação entre seguros e créditos bancários: “havendo menos procura de crédito também temos menos produção de seguros”. Mas assegurou que “temos um setor bem capitalizado, resiliente e com capacidade para se adaptar às mudanças e responder às necessidades”.

A proteção do rendimento das famílias foi apresentada como uma prioridade da ASF: “emitimos recomendações para a ponderação nos ajustamentos tarifários, flexibilidade no pagamento dos prémios dos seguros e maior celeridade na resolução de sinistros”.

A presidente acredita que não há excesso no impacto da inflação nos prémios “porque há concorrência e o mercado está a funcionar”, apontando que este regula os preços. “O setor tem necessidade – até porque não pode operar com explorações técnicas negativas – de fazer refletir a taxa de inflação nos prémios. Devem fazê-lo com ponderação para proteger os rendimentos das famílias”, disse a líder. A seguir ao verão, a ASF irá encarregar-se de fazer uma avaliação concreta do impacto das medidas recomendadas, designadamente no objetivo de proteger o rendimento das famílias, garantiu Margarida Corrêa de Aguiar.

Sobre o exercício da ASF cujas conclusões estão a ser finalizadas, que visa avaliar a capacidade de resiliência do setor no contexto de inflação elevada e subida das taxas de juro, a ASF apurou que “a solvência das companhias de seguros continua em níveis muito confortáveis e os níveis de financiamento dos fundos de pensões, especialmente aqueles que financiam benefícios estabelecidos como compromisso a pagar, estão até mais fortes”.

A presidente da ASF explicou que “quando as taxas de juros sobem, as responsabilidades descem, porque as taxas de desconto são superiores. O efeito é uma menor exigência de capital e ambos os setores estão confortáveis porque a subida das taxas de juro para estes dois setores é benéfica. O valor dos ativos decresce devido à volatilidade do mercado e à subida das taxas, especialmente como impacto na dívida que consta das carteiras destes operadores, por outro lado, a subida das taxas tem um efeito positivo na descida das responsabilidades”.

Resultados positivos para 2023 são esperados pela ASF: “O que se espera é uma descida. No ano que vem, será publicada a lista das seguradoras que seguiram as recomendações para justificarem aumentos dos prémios, e também das que não seguiram”, avisa a presidente do supervisor.

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