Cabaz de bens essenciais fica 3,47 euros mais barato com início do “IVA zero”. Desce pela 2.ª semana consecutiva
Deco revela que o preço de um cabaz de produtos essenciais ficou 3,47 euros mais barato na última semana, que já engloba a entrada em vigor do IVA a 0% num conjunto de 46 produtos alimentares.
Na semana em que entrou em vigor a isenção do IVA num conjunto de 46 produtos alimentares, o preço do cabaz de bens essenciais encolheu mais de três euros, passando a custar 222,95 euros, segundo as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). É a segunda semana consecutiva a recuar de preço.
Entre 12 e 19 de abril, o cabaz de bens alimentares monitorizado pela Deco – que acompanha 63 produtos alimentares –, recuou 1,54% (menos 3,47 euros), passando de 226,42 euros, para 222,95 euros. É a maior queda semanal desde 22 de março, isto é, em cerca de um mês. Nessa semana, tinha recuado quase nove euros, depois de ter disparado a 15 de março para um recorde de 234,84 euros.
A ajudar a explicar a descida dos preços estará a entrada em vigor, na terça-feira, do IVA a 0%, num conjunto de 46 produtos alimentares. A medida resulta de um acordo tripartido entre Governo, produção e distribuição, sendo que a estes últimos coube a tarefa de identificarem os artigos que estarão até 31 de outubro livres de imposto.
Na última semana, a perca foi o produto que mais subiu, registando um aumento de 11% (mais um euro). Seguem-se os flocos de cereais (7%), as salsichas frankfurt (6%), a pescada fresca, a maça golden, o salmão e o porco de lombo sem osso (todos com aumentos de 4%) e o azeite virgem, os cereais e a perna de peru (todos 3%).
Ainda assim, se compararmos com há um ano (a 20 de abril 2022) este cabaz está 22,16 euros mais caro, isto é, um aumento de 11,04%. Já se a comparação for feita com o dia anterior ao início da guerra na Ucrânia (a 23 de fevereiro de 2022) a diferença é ainda maior: encareceu 39,32 euros, o que representa um aumento de 21,41%. Só este ano, este cabaz encareceu 1,61% (mais 3,54 euros).
Já desde o início da guerra na Ucrânia e a passada quarta-feira, a mercearia continua a ser a categoria de produto que mais aumentou de preço — uma cesta destes produtos disparou 25,19% (mais 10,62 euros) para 52,77 euros. Seguem-se a carne, que aumentou 24,58% (mais 7,93 euros), totalizando 40,17 euros; o peixe que disparou 23,11% (mais 13,94 euros) para 74,25 euros; os laticínios que aumentaram 19,57% (mais 2,25 euros) para 13,72 euros; as frutas e legumes, cujo aumento foi de 12,53% (mais 2,96 euros) para 26,56 euros; e, por fim os congelados, que registaram um aumento de 11,80% (mais 1,63 euros) para 15,48 euros.
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