EDP. Manuel Pinho e Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção

O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-banqueiro Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Manuel Pinho, Alexandra Pinho e Ricardo Salgado vão a julgamento pelo caso EDP. A decisão instrutória – que tem como arguidos o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o antigo presidente do BES Ricardo Salgado – foi conhecida esta sexta-feira, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC). Manuel Pinho vai continuar em prisão domiciliária.

“Decide-se pronunciar os arguidos nos exatos termos da acusação”, afirmou a juíza Gabriela Assunção na leitura da decisão. O antigo ministro da Economia, Manuel Pinho, a mulher, Alexandra Pinho, e o ex-banqueiro Ricardo Salgado vão a julgamento por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

O antigo ministro da Economia (2005-2009) Manuel Pinho foi acusado neste processo de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.

Alexandra Pinho foi acusada, em concurso efetivo e coautoria material com o marido, de um crime de branqueamento de capitais e outro de fraude fiscal, e o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, foi acusado por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.

 

Gabriela Assunção rejeitou todas as diligências pedidas pelas defesas dos arguidos e a audição de 68 testemunhas, das quais 36 do ex-presidente do BES, 29 de Manuel Pinho e três de Alexandra Pinho. A juíza recusou também a realização de uma perícia médica que comprove a doença de Alzheimer pedida pela defesa do ex-banqueiro, considerando que essa perícia seria “manifestamente contrária aos fins da instrução” e que isso não iria interferir com uma eventual pronúncia do arguido para julgamento.

A investigação do caso EDP centrou-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP. Mas com o decorrer da investigação várias outras suspeitas foram nascendo, como a dos subornos superiores a cinco milhões de euros de Salgado, ex-líder do BES, a Manuel Pinho, à data ministro da Economia de Sócrates.

Manuel Pinho, Ricardo Salgado

“Nem instruções de dois anos, nem instruções de duas horas. Não devemos querer nem umas nem outras. Uma instrução de duas ou três horas não é uma instrução, como as instruções de dois ou três anos, infindáveis, também não servem a justiça”, afirmou então Ricardo Sá Fernandes, advogado de Manuel Pinho, à saída do TCIC, em Lisboa.

Estas críticas foram corroboradas por Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado, que notou que “os arguidos não tiveram direito a nada” e que as defesas vieram ao debate instrutório para “cumprir calendário”.

Durante o debate instrutório, também o advogado Manuel Magalhães e Silva, mandatário de Alexandra Pinho, considerou que a juíza não estava em condições de apreciar os indícios invocados pelo MP, argumentando que no período que durou a instrução isso “é manifestamente impossível”.

O que foi dito no debate instrutório?

No debate instrutório o Ministério Público pediu a ida a julgamento dos três arguidos por todos os crimes que constam da acusação. Os procuradores do MP, Carlos Casimiro e Hugo Neto, reiteraram a existência de um acordo corruptivo entre o antigo ministro da Economia e o ex-presidente do BES.

“Trata-se de corrupção da mais grave e ao mais alto nível”, referiu o procurador Hugo Neto, que salientou a “confissão do recebimento de meio milhão de euros” do Grupo Espírito Santo por Pinho, além de cerca de 15 mil euros por mês enquanto ocupou o cargo de ministro. “Só isso já justificava a pronúncia por corrupção, pelo que o desfecho da instrução só pode ser este, além da pronúncia por branqueamento”, sublinhou.

Já a defesa de Ricardo Salgado, o advogado Francisco Proença de Carvalho, nas alegações finais criticou a juíza Gabriela Assunção por ter rejeitado todas as diligências pedidas pelas defesas para a fase de instrução e assumiu ter pensado em não dizer nada por entender que o debate instrutório era “para cumprir calendário”.

“Teria trazido outros temas se tivéssemos tido uma instrução. Não havendo instrução, não vai esta defesa cavalgar numa instrução que parece um mero exercício formal para uma decisão que já todos esperamos”, disse. O advogado sublinhou não ter dúvidas de que a “única resposta que defende o estado de Direito é a não-pronúncia de Ricardo Salgado e é isso que pedimos”.

Francisco Proença de Carvalho realçou o que disse ser uma evolução da posição do MP sobre uma perícia médica e salientou que “não era inútil” ter uma perícia nesta fase processual. “A situação de saúde de um arguido tem de ser considerada em qualquer fase do processo e tem direito a defender-se na fase de instrução. Demos um passo em frente, pelo menos hoje, com o MP a admitir que deve ser sujeito a perícia independente”, afirmou.

Por outro lado, a defesa de Manuel Pinho apresentou um protesto. O advogado Ricardo Sá Fernandes defendeu que os atos instrutórios pedidos pelo arguido “eram suscetíveis de poder ser levados a cabo em poucos dias”, enquanto o MP conduziu um “inquérito que demorou mais de 10 anos a ser concluído”.

Ricardo Sá Fernandes lembrou uma nulidade invocada sobre uma eventual constituição irregular de Pinho como arguido para explicar que, se houver uma prescrição de crimes por essa circunstância, os procuradores é que “têm de ir para o pelourinho da opinião pública”.

“Deu como bom e assente o prato que o Ministério Público lhe serviu, sem dar conta das suas incongruências e inconsistências. A outro tempo, não deu aos arguidos o direito de se defenderem”, disse o advogado que notou que a magistrada “delimitou a presente instrução em termos que consubstanciam uma verdadeira denegação de justiça”.

Ricardo Sá Fernandes reiterou também que o ex-governante já assumiu que recebeu verbas sem declarar fiscalmente e que “tem hoje a perfeita consciência de que fez mal”, mas lembrou que esse era um sistema de pagamento usado no BES, que as verbas foram regularizadas e que recusa assumir o rótulo de corrupto, sublinhando que nomeá-lo como “criado de Ricardo Salgado é uma calúnia” para os dois arguidos.

Manuel Pinho responde perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de electricidade – 20DEZ18Hugo Amaral/ECO

“Esta histórias das vantagens concedidas por Pinho ao GES são uma pura fantasia de vossas excelências, arranjada à última hora quando a história dos CMEC vos fugiu”, considerou o advogado aos procuradores, em alusão à investigação que esteve na origem do caso e que acabou por ser separada para outro processo.

Por último, a defesa de Alexandra Pinho apontou “prepotência e arbítrio” ao MP, questionando quais as provas para se indicar que a mulher do ex-governante faria parte do suposto pacto corruptivo com Ricardo Salgado, e que os autos relativos à arguida devem ser arquivados na decisão instrutória, seja por ausência de provas, seja por prescrição do crime.

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Eixo Atlântico apoia ligação de alta velocidade a Espanha por Trás-os-Montes

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

A associação Eixo Atlântico manifestou apoio à reivindicação dos autarcas transmontanos de uma futura ligação ferroviária de alta velocidade a Espanha pela região de Trás-os-Montes.

“A comissão executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular apoia a posição de Bragança e de vários municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro relativa à exigência da passagem da alta velocidade ferroviária na região e a sua posterior ligação a Espanha”, avançou esta sexta-feira a Câmara Municipal de Bragança liderada por Hernâni Dias.

O município informa, em comunicado, que a posição da associação que junta cidades do norte de Portugal e da Galiza, em Espanha, foi assumida numa reunião do conselho executivo, realizada na quinta-feira, em Bragança.

Em causa está uma reivindicação assumida pela Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes de que o Plano Ferroviário Nacional (PFN) aposte numa linha Porto-Bragança-Zamora-Madrid, como corredor internacional, ao invés da prevista entre Aveiro e Salamanca. Esta posição já foi apresentada ao Governo e na discussão pública do PFN.

“Vários municípios, não só de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas também da Área Metropolitana do Porto, têm defendido uma ligação ferroviária que cumprisse o objetivo que o governo tinha definido — a ligação das capitais de distrito, no caso particular de Vila Real e Bragança, e a ligação a Espanha”, refere a autarquia.

A Câmara sustenta que, “além de várias premissas que a favorecem, Bragança tem uma linha de alta velocidade a 40 quilómetros, do outro lado da fronteira (em Puebla de Sanábria), e faz todo sentido que o PFN possa ser implementado de forma efetiva no território, fomentando a ligação entre dois países”, Portugal e Espanha.

Segundo a autarquia, “o Eixo Atlântico entende que estas propostas apresentadas pelos municípios portugueses, na reunião da comissão executiva, têm todo o sentido, uma vez que terão um impacto positivo no desenvolvimento da região Norte“.

Vários municípios, não só de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas também da Área Metropolitana do Porto, têm defendido uma ligação ferroviária que cumprisse o objetivo que o governo tinha definido — a ligação das capitais de distrito, no caso particular de Vila Real e Bragança, e a ligação a Espanha.

Câmara Municipal de Bragança

Na reunião “foi ainda definido dar início a um processo de debates no âmbito do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular relativamente a estas propostas, bem como a elaboração de pareceres técnicos que servirão de base à negociação e reivindicação da alta velocidade em Trás-os-Montes”.

Numa deslocação a Bragança, em fevereiro, para falar de ferrovia, o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, rejeitou começar por Trás-os-Montes a execução do PFN e não se comprometeu com a possibilidade de este território vir a ter comboio de alta velocidade.

O governante vincou que Portugal “tem a população quase toda no eixo Braga/Faro e todas as infraestruturas de transporte se ligam de uma forma ou de outra a esse eixo”, pelo que “sem estruturar esse eixo a utilidade das outras infraestruturas fica muito prejudicada”.

A região, concretamente todo o distrito de Bragança, está sem comboio há 30 anos e se demorar outro tanto tempo a regressar, para o secretário de Estado, “é um feito notável” como o foi o plano rodoviário nacional, em que Bragança foi a última do país a ter autoestrada.

O secretário de Estado remeteu para futuros governos esta e outras decisões, nomeadamente a calendarização e prioridades de execução do plano “de acordo com a capacidade de investimento que o país tiver”.

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Câmara de Braga reduz dívida à banca em 2,4 milhões de euros

Braga reduz dívida à banca em 2,4 milhões, contabilizando o endividamento, ao longo dos últimos quatro anos, em menos 15 milhões de euros. Os dados constam do relatório de Gestão e Contas de 2022.

Apesar da “difícil conjuntura económica” e da incerteza financeira a reboque da guerra da Ucrânia — e dos encargos suportados com a descentralização de competências na área da Educação –, a Câmara Municipal de Braga conseguiu reduzir a dívida à banca em 2,4 milhões de euros, passando dos 40 milhões de 2021 para 37,7 milhões de euros. Desde 2018, a autarquia já baixou o endividamento em 15 milhões de euros, de acordo com o relatório de Gestão e Contas de 2022, que leva dia 18 a discussão na reunião do Executivo.

A “difícil conjuntura social e económica vivida [que] teve e continuará a ter óbvios reflexos na administração e gestão municipal”, alerta a autarquia liderada pelo social-democrata Ricardo Rio, acrescentando ainda o reflexo nos cofres municipais dos 2,6 milhões de euros suportados desde abril de 2022 com a descentralização de competências na área da Educação.

Contas feitas, especifica a autarquia, desde abril de 2022, as “competências no domínio da Educação foram corporizadas no planeamento, na gestão e na realização de investimentos relativos aos estabelecimentos de ensino público integrados na rede pública dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário”. Mais ainda, argumenta o município, “essa assunção de competências conduziu a um aumento considerável da atividade operacional e, consequentemente, do volume de transações comerciais“.

A autarquia minhota considera, contudo, ainda ser “precoce avaliar o equilíbrio entre as verbas transferidas pelo Estado e os encargos que resultam da assunção destas novas competências”. Mas, na prática, frisa, “as opções políticas assumidas pelo município na atribuição de apoios que desonerem os encargos das famílias, através do desenvolvimento de programas que contribuam para o enriquecimento curricular dos jovens, da dotação de meios humanos que assegurem o bom funcionamento das escolas, e das respostas de apoio às famílias, com especial cuidado com as crianças e jovens com necessidades específicas, entre outras opções, resultaram em 2022, num encargo suportado diretamente pelo município na ordem dos 2,6 milhões de euros”.

Além do “contexto de forte recuo da atividade económica e de elevada incerteza sobre os efeitos económicos e sociais provocados pela crise pandémica, a recuperação em 2022 foi superior à expectativa inicial, com repercussões na receita e despesa operacional, consequência da concretização plena da atividade municipal, após dois anos de fortes restrições”, lê-se no relatório de Gestão e Contas de 2022.

O executivo destaca ainda que o “bom desempenho orçamental dos últimos anos, apenas perturbado nos anos de pandemia, e a contínua consolidação da dívida, permitiram ao município de Braga suportar a pressão suplementar na despesa, por efeito do aumento generalizado dos preços, e dar cobertura ao desenvolvimento do seu programa de atividades e de governação do concelho, em articulação com todos os agentes do território”.

Investiu 18,2 milhões em 2022

Dando continuidade ao ciclo de investimentos estruturantes, a autarquia injetou durante o último ano um total de 18,2 milhões de euros, tendo canalizado cerca de 3,8 milhões de euros para as Juntas de Freguesia do concelho.

De acordo com Relatório de Gestão e Contas de 2022, que vai a discussão na reunião do Executivo municipal, foram ainda transferidos 3,4 milhões de euros para manutenções e limpezas de equipamentos públicos. “Uma dotação financeira que se tem revelado fundamental para a coesão e desenvolvimento do território”, argumenta a autarquia liderada por Ricardo Rio.

A edilidade faz as contas aos últimos cincos anos e contabiliza em 95 milhões de euros o investimento executado, dos quais 16,3 milhões de euros foram concretizados diretamente pelas Juntas de Freguesia.

Receita com taxa de execução de 90,1%

No que toca ao desempenho orçamental do município, a receita atingiu uma taxa de execução na ordem dos 90,1%, com um total arrecadado de 132,2 milhões de euros. Contabiliza as receitas correntes cobradas em 116,7 milhões de euros, o que representa uma taxa de execução de 100,4%. “O total executado de receitas de capital foi de 14,3 milhões de euros, o que corresponde a 48,9% de execução”, lê-se ainda no documento.

No ano de 2022, a despesa executada foi de 129,6 milhões de euros, tendo sido executado 99,8 milhões de euros do total da despesa corrente orçada. O município faz as contas à poupança corrente na ordem dos 16,96 milhões de euros, “totalmente aplicada no financiamento das despesas de capital”.

O património líquido, que ascende a 712,4 milhões de euros em 2022, subiu cerca de 165,7 milhões de euros.

Durante o ano de 2022, as Grandes Opções do Plano apresentam um total executado de 74,8 milhões de euros e uma taxa de execução de 84,1%, ficando acima da execução do ano anterior em cerca de 9,9 milhões de euros. Deste bolo, só 14,4 milhões euros (19%) foram canalizados para a execução do Plano Plurianual de Investimentos.

Só as funções sociais representam uma execução de 46,8 milhões de euros, com especial destaque para os serviços culturais, recreativos e desportivos com 17,8 milhões de euros, a ação social com 14,6 milhões de euros, a educação com 7,8 milhões de euros e, por fim, a habitação e serviços coletivos com 5,8 milhões de euros.

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“Não confundimos empresas públicas com empresas políticas”, diz António Costa

Primeiro-ministro recusa pressa para vender a TAP por causa das condições de mercado e assume que não sabia da reunião da ex-líder da companhia aérea com o grupo parlamentar do partido.

“Não confundimos empresas públicas com empresas políticas.” O primeiro-ministro, António Costa, falou sobre a turbulência causada no Governo por causa da comissão de inquérito à TAP e definiu que o papel do Estado nas empresas públicas deve ser mais estratégico e não de “interferir na vida do dia-a-dia das empresas”.

“As empresas públicas são empresas tuteladas pelo Estado mas que têm de ter uma gestão empresarial, que deve ser assegurada pelas respetivas administrações”, referiu o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro detalhou que o que “compete ao Estado, enquanto acionista — que fala nas assembleias gerais — é fixar as orientações estratégicas, aprovar os planos de atividade, avaliar a execução e o trabalho das empresas quando faz a avaliação das contas e depositar confiança nas administrações para que exerçam o seu mandato”. Segundo o líder do Governo, “quando [o Estado] não tem confiança nas administrações, tem de proceder à sua substituição”.

António Costa deu o exemplo da relação “absolutamente exemplar” do Estado com a Caixa Geral de Depósitos. Numa conversa anual com o líder da CGD, Paulo Macedo, o primeiro-ministro tenta saber quais são os resultados, a visão estratégica e como o banco contribui para a estabilização do sistema financeiro.

Se há situações em que o funcionamento não é esse“, refere António Costa, “isso não corresponde à orientação do Governo”, acrescentou, tendo em tendo em conta que têm sido divulgadas várias conversas entre o ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, e a ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener.

Sobre o caso da reunião de janeiro do grupo parlamentar do PS com elementos do ministério das Infraestruturas e Christine Ourmières-Widener, na véspera de esta ir ao Parlamento, o primeiro-ministro assumiu que não tinha conhecimento do encontro. No entanto, o líder do Governo recordou que quando esteve no ministério dos Assuntos Parlamentares era habitual haver reuniões preparatórias de audições.

Sem pressa para vender a TAP

Sobre o início do processo de privatização da empresa, António Costa adiantou que, “muito brevemente, o Conselho de Ministros irá aprovar a resolução que desencadeia o processo de avaliação, na sequência do qual, nos termos da lei das privatizações, será aprovado o decreto-lei que define os termos concretos da privatização”.

O líder do Governo não pretende acelerar o processo porque, “em regra, a pressa é má conselheira. Não devemos dar um sinal aos mercados que estamos excessivamente apressados porque senão não procederemos ao processo de privatização nas melhores condições”. António Costa não se compromete com um final do processo ainda neste ano.

O chefe do Executivo lembrou ainda que “há uma empresa de consultoria internacional que fez uma primeira avaliação do mercado. Registou, felizmente, de várias empresas e grupos europeus interesse em estudar o caso TAP e integrá-la numa estratégia global dessas empresas”.

Sem somar crise e sem resposta ao “comentador” Cavaco

Foi pedido ainda ao primeiro-ministro para responder às declarações do ex-Presidente da República, Cavaco Silva, sobre a situação política “muito perigosa” que o país está a viver. Designando o antigo Chefe de Estado como um “comentador da atividade política”, António Costa sinalizou que “a pior coisa que podia haver é inventar uma crise política num mundo de excesso de crises“.

O líder do Governo recordou ainda a situação política e económica exigentes a nível internacional: “estamos com uma crise inflacionista, uma guerra dramática. Temos de responder no presente e dar execução no futuro”.

(Notícia atualizada às 14h20 com mais informação)

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Gestão da TAP e Governo “são coisas separadas, ponto”. Garantia é do novo CEO

Luís Rodrigues prometer olhar "com carinho" para as exigências dos sindicatos sobre o fim dos cortes salariais na empresa. Irá recebê-los logo que haja oportunidade.

O novo presidente executivo da TAP quer uma separação clara entre a gestão da companhia aérea e o Governo. “É natural que assim seja. É assim que os estatutos determinam”, defendeu nas primeiras declarações como líder da transportadora.

A TAP faz a gestão da companhia, o Governo faz a gestão do que tiver de fazer. As duas coisas são separadas, ponto“, afirmou o gestor, que assume esta sexta-feira a liderança executiva e a presidência do conselho de administração da TAP. “É natural que assim seja. É assim que os estatutos determinam, não há outra forma de fazer as coisas”, acrescentou.

Luís Rodrigues, novo novo presidente executivo da TAP

A ingerência do Governo na companhia aérea tem sido um dos temas da comissão parlamentar de inquérito à transportadora aérea. O anterior presidente do conselho de administração afirmou na audição realizada esta semana que o Ministério das Infraestruturas exercia um controlo excessivo, imiscuindo-se no que considerou ser atos “corriqueiros” de gestão.

Luís Rodrigues prometeu ainda dar atenção às exigências dos sindicatos sobre o fim dos cortes salariais previstos no plano de reestruturação. “Não conheço o dossiê. Tenho de olhar para aquilo com carinho, com detalhe, e falar com toda a gente, com os sindicatos em particular. E depois decidiremos em conjunto. Uma coisa é certa: estamos todos do mesmo lado”, afirmou em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

Eu não sou um jogador de futebol, nem uma estrela de cinema. Sou um tipo que está aqui a trabalhar e que tem de resolver os problemas dos passageiros e dos trabalhadores.

Luís Rodrigues

Novo CEO da TAP

O novo CEO disse ainda que falará com os representantes dos trabalhadores “logo na primeira oportunidade” e que nessa altura abordará “todos os temas sem tabus”.

O antigo presidente executivo da SATA e sucessor de Christine Ourimères-Widener deu a entender que prefere ficar longe dos holofotes e concentrar-se nas suas funções. “Eu não sou um jogador de futebol, nem uma estrela de cinema. Sou um tipo que está aqui a trabalhar e que tem de resolver os problemas dos passageiros e dos trabalhadores”.

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Ex-vice-presidente do Parlamento Europeu fica em prisão domiciliária

  • Lusa
  • 14 Abril 2023

A eurodeputada grega, também afastada do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D), é suspeita de ter intercedido a favor do Qatar e de Marrocos em troca de dinheiro, tendo-se declarado inocente.

A ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili foi hoje libertada da prisão de Haren, perto de Bruxelas, após quatro meses de detenção, sob regime de prisão domiciliária com pulseira eletrónica.

Eva Kaili era a única suspeita que estava ainda detida no âmbito do escândalo de corrupção ‘Qatargate’, depois de outros dois dos principais suspeitos — o eurodeputado belga Marc Tarabella e o antigo eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri — terem saído, na quinta-feira, da prisão com pulseira eletrónica.

A eurodeputada grega, também afastada do grupo dos Socialistas e Democratas (S&D), é suspeita de ter intercedido a favor do Qatar e de Marrocos em troca de dinheiro, tendo-se declarado inocente.

Na quarta-feira, o juiz de instrução belga Michel Claise tinha já decidido a passagem de Kaili para o regime de prisão domiciliária, que foi hoje executada. O companheiro da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu, Francesco Giorgi, também esteve detido dois meses antes de passar ao regime de pulseira eletrónica.

As autoridades belgas fizeram as primeiras rusgas e detenções em 09 de dezembro de 2022, tendo apreendido 1,5 milhões de euros em notas. O Qatar e Marrocos negam qualquer envolvimento no caso.

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Depois de Maia e Braga, Akiloc expande aluguer de equipamentos com franchising

A Akiloc disponibiliza dois modelos de loja (light e full), ajustados às diferentes regiões e níveis de investimento.

A empresas portuguesa Akiloc, que se dedica ao aluguer de equipamentos e veículos de curta duração, acaba de expandir o modelo de negócios para franchising.

A Akiloc abriu o primeiro espaço em 2017 na Maia e, passados apenas dois anos, inaugurou uma segunda unidade em Braga, devido à elevada procura por este tipo de serviços de aluguer.

Neste processo de expansão da marca a nível nacional, a Akiloc disponibiliza dois modelos de loja (light e full), ajustados às diferentes regiões e níveis de investimento.

“Queremos que os nossos clientes confiem na equipa Akiloc e nos nossos serviços, pois trabalhamos todos os dias em equipa para oferecer a cada cliente um atendimento personalizado e um acompanhamento exigente desde o início ao fim do processo de aluguer”, indica Ilídio Lourenço, responsável pela marca.

 

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Estratégia de descarbonização do Japão em contraciclo com restantes membros do G7

G7 reúne-se este fim de semana no Japão. País anfitrião apresentará nova estratégia, que em vez de reforçar a aposta nas renováveis, admite recorrer ao amoníaco e captura de carbono.

Os países com as sete economias mais avançadas no mundo (G7) vão reunir-se este fim de semana no Japão para debater os assuntos mais prementes da atualidade, entre eles a crise climática, isto numa altura em que a estratégia de neutralidade carbónica de Tóquio fica aquém dos objetivos climáticos. Em vez de reforçar a aposta na energia solar e eólica, a nação asiática admite recorrer a tecnologias como a captura de carbono e o amoníaco para prolongar a utilização de combustíveis fósseis.

A relutância da nação asiática em afastar-se das fontes de energia de intensivas em carbono intensivas refletiu-se nos documentos distribuídos entre os restantes membros do G7, a que a Bloomberg e a Reuters tiveram a acesso. No documento, o Japão admitiu ter reservas quanto à fixação de um prazo para a eliminação gradual do carvão, enquanto admite reforçar o apoio à produção e recurso do hidrogénio, reforçar os investimentos em gás natural e aumentar a aposta na captura de carbono.

A mesma reflexão indica que o país irá apostar no amoníaco para reduzir as emissões das centrais elétricas alimentadas por combustíveis fósseis, mas apenas sob certas condições. Esta proposta levanta algumas preocupações, uma vez que os benefícios climáticos do amoníaco podem ser limitados dado que a queima deste combustível pode gerar óxido nitroso, um gás com efeito de estufa significativo.

Especialistas ouvidos pela Bloomberg Green alertam que o recurso a este combustível, tal como a captura de carbono e a produção de hidrogénio, exige um avanço e investimento significativo no desenvolvimento tecnologias, que, atualmente, são mais caras do que a energia limpa, como a solar e a eólica e que produzem efeitos mais evidentes nos esforços para reduzir as emissões.

O Reino Unido, apoiado pela França, terá sugerido acrescentar ao texto do Japão que o amoníaco só poderia ser utilizado se estivesse alinhado com a descarbonização do setor energético até 2035 e uma redução do aquecimento global para 1.5 graus Celsius. Mas esta condição não terá sido bem aceite pelo governo japonês. Já o Canadá opôs-se a descrever o hidrogénio e o amoníaco como instrumentos “eficazes” de redução de emissões e insistiu em descrevê-los apenas como “potenciais”.

Alguns dos maiores produtores de amoníaco são também os maiores emissores de dióxido de carbono do Japão, tais como a Mitsubishi Heavy Industries, a IHI, fabricante industrial de baterias, compressores e turbinas e a energética Jera.

De acordo com os dados compilados pela Bloomberg Green e a Network for Greening the Financial System, uma organização de bancos mundiais que visa acelerar a aposta em finanças “verdes”, o plano do Japão para descarbonizar o setor energético é o menos objetivo entre os seus pares do G7. A atual trajetória de redução de emissões do país asiático revela alguma distância dos esforços necessários para alcançar as metas mundiais para 2030, os primeiros passos para que a neutralidade carbónica seja concretizada 20 anos mais tarde, em 2050.

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Grupo EAD entra em Espanha com aquisição da catalã Deletedoc

Com esta aquisição, a firma portuguesa posiciona-se como "único operador de cariz ibérico" e passa a ter capacidade para triturar mais de 4.000 toneladas de papel e cartão por ano.

A portuguesa EAD – Empresa de Arquivo de Documentação acaba de comprar a espanhola Deletedoc, empresa especialista em destruição de documentos, reciclagem de papel, digitalização e gestão de documento. O valor da aquisição não foi divulgado.

Com esta aquisição, o grupo português liderado por Paulo Veiga posiciona-se como “único operador de cariz ibérico” e passa a ter uma capacidade para triturar mais de 4.000 toneladas de papel e cartão por ano.

“A aquisição consistiu na compra de uma unidade de negócio do centro de trabalho especial, CET Javier Aguilar, em Barcelona, acabando por constituir uma empresa mantendo um nome muito semelhante à unidade de negócio que é de elite”, adianta Paulo Veia, CEO do Grupo EAD, em comunicado enviado às redações.

A marca espanhola, que emprega 26 pessoas, tem centros de operações em Barcelona, Madrid, Valência e Bilbau. “Nós quisemos manter a marca de elite, que passa a fazer gestão documental global, pois vão ser agregadas novas competências que a EAD pode dar ao nível da digitalização e custódia de artigos, algo que a empresa também já faz, mas em pequena quantidade”, esclarece.

Vamos continuar a olhar para o mercado espanhol com muita atenção, numa perspetiva de fazer outro tipo de aquisições neste mercado.

Paulo Veiga

CEO do grupo EAD

Com esta aquisição, a portuguesa EAD, que prevê faturar 1,5 milhões de euros este ano, passará a ter centros de operações em Valência, Bilbau e Madrid. Ficará sediada em Barcelona, onde dispõe de dois centros de operações.

Paulo Veiga, CEO do grupo EAD, com Ramon Ferrer, diretor-geral da Deletedoc

Em relação ao modelo de gestão da congénere espanhola, Paulo Veiga esclarece que o atual gestor, Ramon Ferrer, passará a diretor geral da empresa, ficando o conselho de administração sob alçada portuguesa. Não vai haver reestruturação, pois, de acordo com o plano de vendas o objetivo é faturar em 2024 mais 500 mil euros e, para isso, vamos ter de contratar mais pessoas, privilegiando a contratação de pessoas com deficiência”, afirma.

Paulo Veiga realça, por outro lado, que vão “continuar a olhar para o mercado espanhol com muita atenção, numa perspetiva de fazer outro tipo de aquisições neste mercado”.

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AICEP vai ajudar CMVM a promover a bolsa junto das empresas nacionais e investidores estrangeiros

Duas entidades irão conjugar esforços para divulgar informação junto das empresas nacionais sobre o mercado de capitais como fonte de financiamento. AICEP também vai promover bolsa portuguesa lá fora.

A AICEP vai ajudar a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a promover a bolsa nacional junto das empresas portuguesas e de investidores estrangeiros, no âmbito de um acordo de cooperação celebrado esta sexta-feira.

No âmbito do protocolo, as duas entidades vão cooperar e conjugar esforços para “divulgar informação junto de empresas portuguesas sobre o mercado de capitais nacional como fonte de diversificação do financiamento das atividades económicas e projetos das empresas”, de acordo com o regulador do mercado.

Além disso, o acordo visa difundir a bolsa portuguesa no estrangeiro, “procurando aumentar o seu nível de visibilidade no exterior e incrementar o recurso ao mesmo por agentes económicos estrangeiros”.

Para o efeito, a regulador da bolsa e a agência de apoio à internacionalização da economia portuguesa “vão trabalhar conjuntamente para definir e concretizar iniciativas e ações que permitam a identificação de empresas nacionais para as quais o acesso ao mercado de capitais possa ser uma opção a considerar, bem como para a disponibilização de informações de apoio à decisão sobre o recurso ao mercado de capitais nacional”.

Também serão desenvolvidas ações para captar investidores e operadores estrangeiros “que possam contribuir para um aumento da eficiência e dinamismo do mercado de capitais”.

Para a CMVM, a colaboração com a AICEP insere-se na estratégia para o triénio 2022-2024 que tem como uma das prioridades dinamizar e promover o mercado de capitais.

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Gasóleo desce 1,5 cêntimos e preço da gasolina mantém-se na próxima semana

Os portugueses que abastecem o carro com gasóleo vão sentir um alívio nos preços do diesel na próxima semana.

Alguns portugueses vão sentir um alívio nos preços quando forem abastecer o carro na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, vai descer 1,5 cêntimos, enquanto o preço da gasolina não vai mexer, segundo avançou uma fonte do mercado ao ECO.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deveria passar a pagar 1,483 euros por litro de gasóleo simples, enquanto o litro de gasolina simples 95 se mantém nos 1,707 euros, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

No entanto, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento. E ainda podem sofrer ajustamentos para ter em conta o fecho das cotações do petróleo Brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento do preço dos combustíveis. O Governo apenas indicou que decidiu manter os apoios que já estavam em vigor até 17 de abril, segunda-feira, tendo que informar até lá se as medidas permanecem implementadas ou não.

(Notícia atualizada às 12h25)

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Construtora de Santo Tirso amplia parque empresarial onde “aterrou” Airbus

Parque Empresarial da Ermida, que acolhe operações industriais da Airbus, Finieco e Casfil ou a logística do Lidl vai crescer 36 hectares. Garcia Garcia regista faturação recorde de 110,4 milhões.

A Garcia Garcia, construtora nacional especializada em edifícios industriais, logísticos, comerciais, residenciais e hoteleiros, vai avançar este ano com um investimento para ampliar o Parque Empresarial da Ermida, em Santo Tirso, do qual é proprietária.

Parque Empresarial da Ermida

O projeto de expansão, que já está em curso, vai aumentar em 36 hectares a área industrial desta zona empresarial, onde estão atualmente sediadas as operações portuguesas da Airbus, a Finieco, a multinacional brasileira WEG, a produtora de película flexível Casfil ou o centro logístico do Lidl Portugal. Depois das obras ficará com um total de 110 hectares.

Depois do “abrandamento” em 2020, provocado pela pandemia, a Garcia Garcia fechou o ano passado com um volume de faturação recorde de 110,4 milhões de euros, que representou um crescimento homólogo de 46%. Entre os projetos assinados no último ano destacam-se o centro logístico da Garland em Vila Nova de Gaia, a nova fábrica da BorgWarner no Parque Industrial de Lanheses, em Viana do Castelo, ou a nova unidade construída por um grupo belga para a Lingote, em Fafe.

Num ano em que a construção residencial e hospitality e o setor do retalho foram responsáveis por 15% e 5% das empreitadas executadas, respetivamente, a própria construtora, que no início deste ano aumentou o salário de entrada para 800 euros, inaugurou o seu novo edifício-sede em Santo Tirso, localizado na antiga Fábrica Arco Têxtil.

“Não obstante as perspetivas menos animadoras para a economia em geral e da tendência de abrandamento, acreditamos num ano de 2023 globalmente positivo. Estamos a desenvolver projetos em várias áreas, desde a logística, passando pela indústria, residencial e hospitality”, resume o administrador, Miguel Garcia.

Citado em comunicado, o gestor sublinha, por outro lado, que “o mercado privado, onde [encontrou] espaço, reconhece competência e credibilidade” à empresa, pelo que “é aqui que acredita que [pode] encontrar oportunidades que permitam estar em contraciclo com os cenários traçados”.

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