Prioridade “imediata e absoluta” do BCE é fazer a inflação regressar a 2%, diz Lagarde
Christine Lagarde referiu que com "taxas de câmbio estáveis, o mercado único – e o compromisso com a paz que ele representa – não apenas sobreviveu, mas também prosperou".
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou esta quarta-feira que fazer regressar a inflação ao objetivo de 2% é a “prioridade imediata e absoluta”, manifestando-se convicta de que isso vai ser conseguido. Lagarde falava na sede do banco central, em Frankfurt, numa cerimónia para assinalar os 25 anos do BCE, na qual estiveram presentes dois dos seus antecessores – Jean-Claude Trichet e Mário Draghi – e cerca de 200 convidados.
“A prioridade absoluta e imediata do Banco Central Europeu é trazer a inflação para o objetivo de médio prazo de 2% de forma atempada. E vamos consegui-lo”, disse Christine Lagarde. Numa intervenção em que sublinhou que o euro trouxe estabilidade à Europa, Christine Lagarde referiu que com “taxas de câmbio estáveis, o mercado único – e o compromisso com a paz que ele representa – não apenas sobreviveu, mas também prosperou”.
Num mundo que “é tudo menos estável”, o euro “protegeu-nos de perturbações de origem externa”, referiu a presidente do BCE que nesta sua intervenção salientou o facto de o euro, pouco depois de ter surgido, se ter posicionado como a segunda maior reserva e moeda de pagamento.
Lagarde referiu ainda que num mundo polvilhado de incerteza, o BCE tem sido e continuará a ser uma âncora de estabilidade, reiterando uma das ideias que pontuam um seu artigo de opinião publicado hoje em jornais de todos os 20 países da zona euro.
Este primeiro quarto de século do BCE assinala-se num contexto em que a taxa de inflação se mantém em níveis máximos e que obrigou o BCE encetar em julho de 2022 um ciclo de subidas rápidas das taxas de juro. A última ocorreu no início deste mês, com o BCE a aumentar as suas três taxas de juro diretoras em 25 pontos base, sendo este o sétimo aumento em 10 meses e visando fazer baixar a inflação para o objetivo de médio prazo de 2% para o qual o banco está mandatado.
Ao longo destes 25 anos o BCE já foi confrontado com várias crises que obrigaram à sua intervenção, nomeadamente na sequência da crise das dívidas soberanas. O chanceler alemão, Olaf Scholz, que também interveio nesta cerimónia, referiu, por seu lado, que a independência do BCE “é essencial para uma política de monitorização estável e credível’, sublinhando que o valor das moedas depende “em larga medida da confiança das instituições”.
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